Falso amor

Capítulo 63


Olá lindas, olha eu por aqui. Não está sendo fácil achar um tempo para escrever, mas aqui estou e ciente do que vai vim nos capítulos seguintes porque eu anotei kkk então se preparem para o final que eu andei tanto falando ele já está decidido e está chegando!! Enfim, Bjs e espero que gostem do capítulo.

Mansão San Roman

Maria estava andando pela casa que voltava a ser dela. Bom, seria assim que de fato estivesse mais uma vez casada com Estevão. Com o pai dos filhos dela.

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No corredor dos tantos quartos, ela se abraçou parando enquanto olhava um quadro na parede. Era uma pintura de um autor famoso. Ela então suspirou lembrando de quando Estevão tinha voltado para casa com aquele quadro. Mais um de tantos que ele gostava de pôr pela casa. Então, sim aquele quadro tinha mais de 15 anos ali. Era mais velho até que Estrela. E contava a ela, histórias vividas que ele testemunhou ali naquela parede e que andava pela casa ela podia lembrar das que tinha mais recordações dos 5 anos que viveu casada com Estevão.

Tomada por vários sentimentos controversos ela andou mais, agora espantando aqueles pensamentos e pensando em sua menina. Ela olhou á sua direita mais ao fim do corredor, mirando uma porta de mais um quarto. Estrela dormia há 4 quartos de distância do dela, o que tinha agradado nada a menina. Não mais do que as bonecas que ela encontrou no seu novo quarto.

—Estrela: Mamãe.

Estrela falou assim que colocou a cabeça para fora da porta de seu novo quarto, tirando Maria de seus devaneios.

Ela então caminhou em linha reta e logo depois estava novamente diante do quarto da filha.

Estrela estava em um quarto grande, muito maior do que ela tinha no apartamento da mãe, tinha até um banheiro com banheira para ela, mas ainda assim, a menina não queira dormir nele.

Que então assim, firmando sua vontade, ela disse sentada na cama que cabia 3 dela para dormir.

—Estrela: Mãe, eu quero dormir no seu quarto.

Ela cruzou os braços e olhou ao redor.

Tirando as bonecas e ursos pendurados, em duas fileiras de prateleiras acima da sua cama o resto a agradava muito. Tinha uma mesa de estudo muito maior para ela ali e um material muito bom para ela estudar, como abajur, um macbook entre outros aparelhos digitais da apple e uma televisão enorme na parede.

E não era como que se ela não pudesse pedir algum daqueles luxos para mãe, só era tanto luxo que ela se contentava com um notebook de HD e memória RAM normal, para querer exigir algum tão caros como via ali. E a verdade era que que nem todo bem material que estava cercada a fazia feliz estando ali.

Estava de novo vivendo uma mudança que não pedia. E seus planos de voltar junto a mãe para Londres estava cada vez mais distante e com 0 chance de se tornar realidade.

Então Estrela não tinha motivo para estar feliz. Ao menos ela não, já que tinha certeza que Heitor tinha e muito mais Estevão.

Maria então suspirou cansada, cruzando os braços também e disse.

—Maria: Tudo bem, filha. Até que se acostume com essa casa, poderá dormir comigo.

Estrela sorriu mas rapidamente se desfazendo de sua alegria, ela quis saber.

—Estrela: Ficaremos até quando aqui mamãe? Até meu irmão nascer?

Ela olhou a barriga de Maria ficando em silêncio depois.

Maria então caminhou, sentou na ponta da cama grande e com colcha rosa e disse.

—Maria: Eu aceitei se casar com seu pai, você já sabe disso filha e se nada mudar, ficaremos todos aqui, eu, você, o bebê que espero e claro Heitor que morou a vida toda aqui.

Estrela de braços cruzados se sentou ao lado dela e disse descontente.

—Estrela: Nunca mais voltaremos para Londres, não é?

Maria pensou no país que Estrela não deixava de querer voltar e sabia que se nada mudasse ela só voltaria para um motivo para ele, para desfazer a sociedade que tinha com Luciano na firma de advogados que trabalhou nela todo o tempo que viveu no país que sua filha nasceu.

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Que então assim, ela disse.

—Maria: Depois que tudo passar, acredito que voltarei para resolver o que ficou pendente lá, filha. Apenas isso.

Estrela então rápido se levantou e disse, ficando vermelha.

—Estrela: E Luciano, não se importa com ele?

Ela andou saindo de perto da mãe e seguiu com seus questionamentos.

—Estrela: Não fala dele mamãe! Parece que esqueceu tudo que ele nos fez! Nem falou de visita-lo, já que não iremos voltar mais!

Maria se levantou também, que perdendo a forma calma que falava, ela disse se alterando.

—Maria: Luciano tem a vida dele e eu a minha filha, que nesse momento é ao lado da minha família e que são vocês!

Ela tocou a barriga por um momento e deu dois passos tocando o rosto de Estrela que virou ele de lado.

—Estrela: Eu sinto falta da nossa vida tranquila em Londres, sinto falta dele! Sinto falta de Luciano, mamãe!

Alba apareceu ouvindo as últimas palavras da sobrinha. Que com a porta do quarto aberta, Maria a viu ali e deixou de tocar a filha e disse.

—Maria: O que quer Alba?

Estrela observou a falta de simpatia que Maria mais uma vez mostrava diante da mulher que ela só tinha visto uma vez na vida e não gostado.

Que por isso calada e agora mirando Alba tão desconfiada como a mãe, ela ouviu a senhora dizer.

—Alba: O jantar está pronto e Estevão acabou de chegar e disse que logo se juntará à mesa com todos nós.

Maria então desejando apenas estar novamente sozinha com a filha, a respondeu logo.

—Maria: Obrigada Alba. Logo minha filha e eu desceremos.

Alba que não saiu dali, encarou a adolescente e depois disse.

—Alba: Espero que tenha gostado do quarto querida. Eu que ajudei seu pai montá-lo.

Estrela tinha os braços cruzados que depois de olhar tudo de novo, ela disse.

—Estrela: Hum. Só esqueceram que eu tenho 15 anos não 10.

Maria a olhou séria e disse.

—Maria: Estrela. Por favor.

—Estrela: Mas é a verdade, mamãe!

—Alba: Deixe ela Maria. Como eu já disse, essa menina é como o pai.

Sem poder argumentar tal fato, Maria deixou Alba sair sem nada responder e depois, já sozinha com Estrela, ela disse.

—Maria: Tome seu banho para que desça para o jantar e com a cara melhor do que está filha. Por favor.

Maria já estava pronta para sair do quarto, quando ouviu.

—Estrela: Eu só estou aqui pela senhora mamãe.

Ela suspirou com pesar, parou e olhando a filha, ela disse séria.

—Maria: Não. Você está aqui porque eu sou sua mãe e você deve estar onde eu estiver filha ainda que não queira.

Estrela fez um bico torto e sem temer suas palavras, ela disse.

—Estrela: Eu andei pesquisando sobre tutores.

Maria quando a ouviu a olhou atenta e já de coração aos saltos. Que assim ela disse.

—Maria: O que disse?

Estrela levantou o rosto, empinando o nariz e esclareceu seus pensamentos a mãe.

—Estrela: Por lei, eu posso ter um tutor que não seja meus pais.

Maria então deu um riso irônico. Sua pergunta de antes não foi que não sabia do que Estrela falava, mas sim porque queria ter certeza do que ouviu e então disse firme.

—Maria: Depende de muitos fatores para que isso aconteça e um deles, como têm pais vivos, isso dependeria de nossa autorização Estrela. Então esqueça seja o que for que te faça pensar nisso!

Estrela andou pelo quarto, parou de frente a mesa nova de estudos e disse.

—Estrela: E da minha vontade...

Ela falou baixo mas Maria conseguiu ouvir e entender onde ela queria chegar e então ela disse.

—Maria: Fale mais alto e olhe para mim enquanto fala, Estrela.

Estrela então se virou rápido mostrando em seus olhos esverdeados lágrimas que assim, ela expos seus desejos.

—Estrela: Eu gostaria que Luciano fosse meu tutor e que se responsabilizasse por mim em Londres enquanto eu não fosse maior de idade, mamãe.

Maria teve alguns segundos para que seus pés voltassem pisar na terra, senti-los assim o chão que quando sentiu ela se viu na frente da filha e pegando nos braços dela, enquanto dizia tomada por terror.

— Maria: Isso é algo que eu jamais permitiria. Ouviu, Estrela? Eu não abriria mão de tê-la próxima a mim e você não pode pensar nisso quando sabe do meu sofrimento por não ter tido seu irmão por 15 anos! Você não pode fazer isso comigo!

Ela soltou a menina quando notou que suas mãos nela estavam pesadas demais, e andou se afastando que assim, Estrela chorando pela ação da mãe, a respondeu.

—Estrela: Eu só soube que tinha um irmão há pouco tempo porque a senhora escondeu tudo de mim, meu pai, ele e ainda mentiu quando disse que nossa viagem não ia ser para ficar!

Maria a olhou depois de ouvir tais acusações e ainda que sentiu elas feri-las, ela seguiu firme naquela conversa.

—Maria: Eu reconheço meus erros e o maior deles foi deixar que odiasse seu pai e tomasse minhas dores que por isso prefere um estranho ao invés dele.

Depois de falar, sentindo que sua carne tremia, Maria levou a mão na parede mais próxima e assim, começou tentar se acalmar enquanto soltava ar pela boca o inspirava pelo nariz.

Que naquele modo, não contente e em prantos, ela ouviu Estrela rebater as palavras dela.

—Estrela: Luciano não é um estranho ele foi meu único pai!

Ela então correu chorando para o banheiro, Maria então foi atrás, mas quando tocou no trinco da porta, estava com chave.

Ela então levou a mão na boca agora chorando. Estava certa que afastar Estrela de Luciano seria mais difícil do que ela pensava, ainda fazendo aquilo dentro da casa que estavam.

Mas que escolha tinha? Aquela casa era onde ela sabia com toda certeza que Luciano não se aproximaria, além de saber que Estevão por ter agora o pátrio poder sobre a filha deles, era ali que ela deveria ficar querendo ou não.

Que assim, ela então limpou o rosto, encarou a porta e então disse séria, ainda que seu coração doía.

—Maria: Agora você não entende nada, mas um dia quando for maior vai entender que tudo que faço e fiz foi por amor a você e ao seu irmão, Estrela e agora esse bebê que apesar de tudo, não quero que ele passe pelo que vocês passaram.

Estrela dentro do banheiro pôde ouvir, mas nada respondeu. Que assim, Maria deixou o quarto, limpando o rosto tentando se recompor que enquanto andava, ela viu Heitor que saia do quarto dele.

Ela parou no meio do corredor e ele diante da porta olhando para ela.

Assim ele reparou os olhos dela vermelhos, o rosto abatido e então disse.

—Heitor: Estrela não quer estar aqui, não é mãe?

Maria fez um gesto negativo com a cabeça, dizendo.

— Maria: Não, ela não quer e acho que vou enlouquecer com tantas coisas na minha cabeça, filho.

—Heitor: Vem aqui.

Os dois caminharam na mesma direção, e quando Heitor teve a mãe perto, ele a abraçou, beijou a cabeça dela por ser ele o mais alto mesmo que sempre via Maria com elegantes e finos sapatos alto, e a ouviu falar.

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—Maria: Eu falhei com sua irmã e ela na fase que está me acusa sem entender que meus erros também foram por amor, filho.

Podendo compreender a situação, Heitor a respondeu sem larga-la.

—Heitor: Como diz, na fase que ela está. E ela vai passar mamãe e vai entender que o lugar dela é aqui também.

Maria suspirou ali entre os braços do filho mais velho e disse.

—Maria: O que me consola nesse momento é que tenho seus braços, Heitor, filho. Ter você assim comigo é o que me consola.

Heitor ficou em silêncio. Pensou no tanto que desejou ainda na idade de Estrela aquele milagre de ter a mãe com ele, que então assim, ele confessou como, diferente da irmã dele, ele se sentia.

—Heitor: Eu não quero ser egoísta diante do que Estrela sente, mas eu sim estou feliz que estejam aqui.

Maria então o olhou e tocou em um lado do rosto dele e disse com pesar, sentindo culpa como a que Estrela tinha feito ela sentir.

—Maria: Eu poderia ter feito isso antes. Eu falhei com você também filho. Ficamos separados por 15 anos.

Ela tocou agora sua bochecha limpando as marcas lágrimas que cariam nela. Que enquanto tentava se recompor, ela ouviu Heitor rebatendo firme as palavras dela.

—Heitor: Nos separaram. É diferente.

Maria então se separou devagar também, e o respondeu baixo.

—Maria: É certo filho. E seu pai está entre as principais pessoas que nos separou.

Ela olhou um ponto fixo ao lado na parede. Heitor notou que sua expressão era como que se ela visitasse o passado aquele momento e então disse.

—Heitor: O perdoou? Perdoou, meu pai?

Maria piscou agora olhando para o filho.

Não sabia se tinha certo aquela resposta. Tinha assumido sim seu amor para Estevão e assim aceitado se casar com ele outra vez. E tudo porque ainda o amava. Mas então havia o perdoado?

Havia ela dito alguma vez em voz alta à ele, que o perdoava?

Ela suspirou outra vez e então apenas disse, o que ao menos tinha certeza.

—Maria: Eu ainda amo seu pai. E isso é um fato que eu decidi não mais lutar contra. Agora não sei se já o perdoei, filho. Eu não sei...

Ela quis chorar ao final de suas palavras.

Estava abalada com os nervos a flor da pele, e tudo depois de 2 dias que estava em repouso e sobre recomendações médicas para evitar tais sentimentos que a deixariam naquele modo.

Ela riu sem vontade. Desde que havia voltado a pisar no México, não teve um dia realmente calmo e que não tivesse que lidar com o seu passado. Fato no qual o bebê que ela esperava precisava se forte, já que ela começava sentir que dias como aqueles só se repetiriam.

Que com suas suspeitas de Luciano, logo ela buscaria saber mais a fundo o que se passava e ela ali naquela casa onde seu passado estava em todas paredes dela, não facilitaria nada sua situação.

Assim, ela acabou deixando Heitor lhe dando um beijo no rosto e foi para o quarto dela.

Quando entrou, ela bateu a porta e se encostou nela.

Fechou então os olhos e puxou firme todo o ar que tinha dentro de seu peito.

Precisaria ser forte mais que nunca. Forte, firme, decidida e disposta a arcar até com seus erros. Que eram os quais ouviu Estrela lhe gritar.

Ela então abriu os olhos olhando todo seu quarto novo.

Conhecia aquele quarto, mas não como ele era agora. Antes ele era um quarto de uma criança, o de Heitor e agora não.

Ela olhou uma cama grande e bonita que ela dormiria, uma cômoda, um sofá na ponta da cama, janelas com longas cortinas e depois, uma porta que dava para um closet pequeno e outra que era o banheiro. Mas também tinha outra que estava fechada e ela a encarou.

A porta ali ligava a outro quarto e que ela sabia qual era. Era o de Estevão e que um dia também foi dela.

Ela suspirou agora sentindo um misto de sentimento tomando conta dela. Angústia, ansiedade, curiosidade também em querer passar por aquela porta que via só para ver o quarto onde por 5 anos ela havia sido tão feliz como mulher.

Mas seria demais confrontar aquela realidade. Seria algo mais ao que deixá-la abalada, que por isso, ela desviou a direção e foi para porta que a levou ao banheiro do seu novo quarto.

Estevão estava debaixo de um chuveiro.

Água abundante lhe caia sobre suas costas nuas e largas, enquanto ele não fazia nada, ali de mãos na parede era como que se ele esperasse por um milagre e que aquela água toda, levasse toda tensão em seu corpo e a raiva que ainda nutria em seu ser.

Que ainda tomado por ela, ele só queria poder ter paz em seus pensamentos para decidir como e quando contar à Maria, que ele já sabia quem era o homem que fez parte daquela terrível armação para separá-los.

Dirigiu de volta para casa todo o tempo pensativo no que fazer o que falar e pedindo calma para não seguir em direção daquele homem e ele mesmo lhe cobrar a injustiça que haviam feito ao amor dele com Maria.

E tudo por quê? Por dinheiro? Seria ele a maior causa?

Estava confiante que daquele homem ele poderia tirar toda verdade sem precisar que Bruno contasse o que sabia e nem ninguém vinculado a sua empresa. Estava certo cada vez mais que em poucos poderia confiar, ou talvez em ninguém que só não os tiravam dela, porque não tinha prova alguma.

Apenas tinha conspirações contada por Maria, algumas imagens suspeitas e a certeza de que outras foram roubadas para ele não saber mais.

Mas, mais de quê?

Lembrava que Maria muito dizia que quando tudo viesse átona, sua empresa não seria mais a mesma e tampouco seu nome.

Perderia tudo. Prestígio, nome, uma história naquela empresa passada por gerações. E ele só pensou que tinha muita culpa no que acontecia. Havia falhado como presidente de uma grande empresa, como pai, marido, homem...

De repente ele soube que a água que corria em seu rosto, não era mais apenas ela, mas também lágrimas.

Chorar debaixo do chuveiro, um truque velho que ao sair dele nada nem ninguém suspeitariam que você havia se quebrado enquanto se lavava.

Estevão então esfregou o rosto com as mãos. Ele sabia que teria que sair com uma decisão tomada dali.

Alba estava na sala de jantar, a mesa estava posta com louças de porcelanas e taças de cristais. Tudo bonito e elegante, e com mais dois lugares a mais que esperavam as donas deles. Ela suspirou pensativa e apesar de ter suas armas abaixadas, não significava que ela não as tinha. Apenas tinha que tomar uma decisão se aliar aos que iriam estar presente na mesa, ou não.

—Heitor: Tia.

Heitor apareceu, notando que só ele e ela já estavam abaixo para o jantar. Assim, ele deu a volta na mesa enquanto Alba lhe dizia.

—Alba: Boa noite, querido. Deve estar feliz com o regresso da sua mãe nesta casa.

Heitor se sentava enquanto Alba fazia o mesmo o olhando e então ele disse.

—Heitor: Muito tia. Aqui é um lugar que ela nunca deveria ter saído.

Alba pegou sua taça que tinha vinho, a levantou e respondeu Heitor.

—Alba: Aparece incrível como a perdoou tão rápido Heitor.

Heitor que viu que Maria junto de Estrela, chegavam por trás de Alba, disse, com um sorriso nos lábios que a senhora amargada, não notou o motivo.

—Heitor: Eu simplesmente não tinha nada para perdoá-la, tia Alba.

Ele sorriu e Maria fez o mesmo dando um breve sorriso e automaticamente voltando a estar séria, ela disse.

—Maria: Boa noite.

Alba então depois de bebericar de seu vinho, a olhou buscando o lugar na ponta da mesa e Estrela sentando ao lado direito dela e disse.

—Alba: Bom, agora só falta Estevão.

Estrela suspirou sentindo que estava em um lugar totalmente estranho e deixou seus ombros cair em desanimo. Heitor a olhou atento. Era irmão mais velho dela e como o mais velho sentia que deveria fazer algo, ao menos não sabia o quê. Havia sido por tanto tempo só ele de filho ali naquela casa e agora recebia dois irmãos, só que diferente de Estrela ele já era bem maduro para ficar com um bico como o que via no rosto dela.

—Estevão: Boa noite.

Estevão então apareceu e depois que falou, por um momento ele teve que parar e piscar mais de uma vez para ter certeza que o que via não era uma miragem. Que era real ali toda sua família reunida. Todos os San Roman. Ele então sentiu as mãos suarem e formigarem em ansiedade e teve que se esforçar para buscar seu lugar na mesa também. Na ponta dela, assim como Maria estava na outra foi que ele se sentou.

Os olhos dele buscaram os de Maria ao mesmo tempo que os dela buscaram os dele. E ele suspirou outra vez. Ela estava bela, usava os cabelos cheios e soltos e um batom vermelho nos lábios e que ele viu depois ela molhar eles com água que ela havia servido na taça que tinha na frente dela.

Momentos depois, eles foram servidos por duas moças e seguiram o jantar com pouca conversa, mas muitos pensamentos ali e cada um deles com sentimentos expostos, nostálgicos outros nem tanto como Alba e Estrela que não estavam de boa vontade ali.

—Alba: E o bebê, Maria. Quanto tempo está?

Alba de repente no meio de um silêncio quis saber. Maria limpou então os lábios dizendo.

—Maria: 12 semanas, Alba.

Estrela olhou para mãe querendo saber quanto tempo era 12 semanas, enquanto Heitor disse.

—Heitor: Vai ser bom ter um bebê entre nós.

Ele sorriu e Estevão também sorriu ilusionando já seu filho ou filha fazendo parte daquela mesa e também fazendo bagunças suficiente para um silêncio por mais de 2 minutos não ser sustentado.

—Alba: E já pensaram em algum nome?

Estevão e Maria então se olharam. Alba parecia interessada e era uma conversa que não o incomodavam, que para Maria era melhor do que o silêncio que antes havia caído sobre eles e enchido sua cabeça de pensamentos.

Que então assim, ela disse.

—Maria: Ainda não. Está cedo para pensarmos em nomes Alba.

Estrela deixou de mexer no prato. Nem comia mais, apenas afastava para o lado algumas ervilhas. Que então assim, ela disse olhando Maria e buscando uma reconciliação com ela naquela oportunidade.

—Estrela: Conte a todos como que escolheu meu nome, mamãe.

Maria olhou a para filha. Lembrou como contou mais de uma vez, que em um momento quando já estava preste a dar à luz dela ela olhou o céu de uma noite bem estrelada e estava ali o nome escolhido. Que parecendo uma mensagem, ela entendeu que no meio de uma escuridão que ela vivia, ainda uma estrela poderia brilhar, que no caso era sua menina, a estrela de seu céu todo ainda escuro.

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Maria então sorriu agora sendo arrebatada por aquele momento bonito, buscou a mão de sua menina e então disse.

—Maria: Olhei para o céu em um momento que eu não conseguia ver nada de bom, nenhuma luz e nele estava muitas delas que eram estrelas e então te senti mais de uma vez naquele dia mover em meu ventre e te dei esse nome, meu amor. Estrela. Porque você estava sendo minha estrela naquela noite. A luz que eu necessitava para seguir.

Elas se acariciaram com as mãos enquanto os presentes a olhavam. E Estevão fitou aquela união dela das mãos, sentido, pensativo.

Momentos mais tarde. Ele estava na sala de estar. Sozinho, com um copo de uísque sobre a mão e sentado no sofá. Queria um momento sozinho com Maria, mas até aquele momento ele não tinha. Queria olhar nos olhos dela e dizer ou ao menos tentar dizer que já sabia quem havia sido o homem que tinham usado para separá-los.

Ele então passou a mão na cabeça e tomou em seguida um longo gole de sua bebida.

O que pensava? Com raiva de si mesmo ele sabia que quem realmente tinha separado eles, havia sido ele mesmo que não tinha sido capaz de acreditar na mulher que amava. Ele tomou então mais de sua bebida até ver o copo vazio e se levantou para se servir de mais.

Assim, então a porta de onde ele estava se abriu. Era Maria que desejando o mesmo que ele um momento para que conversassem a sós, o encontrou ali.

Ela suspirou encostando a porta devagar e então ele já sabendo que não estava sozinho, a olhou de copo na mão e disse.

—Estevão: Precisamos conversar, Maria.

Ela então adentrando mais na sala e se sentando em seguida em um sofá, querendo o mesmo que ele disse.

—Maria: Sim temos Estevão. Quero conversar contigo desde que deixei meu apartamento essa tarde.

Ela o olhou apreensiva desejando falar com ele sobre as suspeitas que tinha de Luciano e mais que aquilo, queria também falar do desejo que Estrela antes do jantar revelou ter em relação ao homem, que a única coisa que ela queria como mãe era mantê-lo longe da menina deles.

Estevão notou então a apreensão dela e se atentou mais ainda ao fato que ela estava sobre prescrição médica, em repouso não apenas de algum esforço físico, mas também de algo que pudesse desestabilizá-la, como o que ele tinha para falar e se não havia dito ainda era exatamente por aquilo.

Que então assim, ele disse indo até ela.

—Estevão: Você está bem, querida?

Ele deixou o copo que tinha na mão na mesinha ao meio da sala. Maria fez que não com a cabeça. Não se sentia bem de várias maneiras diferentes e nem saberia como conseguiria dormir pela noite, estando mais uma vez naquela casa e ainda com a cabeça tão cheia de tantos dilemas.

Estevão então quando a viu olhar para as mãos sobre o colo dela, levou uma dele abaixo do queixo dela, e então disse buscando seus olhos.

—Estevão: O que tem, minha vida?

Maria suspirou e ao mesmo tempo fechou brevemente os olhos, e quando os abriu novamente, ela o respondeu.

—Maria: Há muitas coisas em minha mente nesse momento que me perturbam, Estevão.

Foi Estevão então que agora suspirou. Ele havia notado quando olhou para as mãos dela que não via a aliança que tinha dado a ela. E não era a primeira vez naquele dia que ele notava a ausência dela. Que então assim, ele disse.

—Estevão: Está arrependida de ter dito sim ao nosso amor? Está arrependida de estar aqui? É isso, Maria?

Maria puxou fundo o ar do seu peito e ficou calada por minutos que foram uma eternidade para Estevão, até que ela disse.

—Maria: Não é isso, Estevão. Não é arrependimento que tenho. Apenas queria que minha volta a essa casa fosse de outra maneira. Ao menos com tudo que nos rodeias, as dúvidas e todos esses problemas tivessem acabado.

Estevão deixou de tocá-la quando viu que ela se movia para estar de pé, que então assim, ele disse.

—Estevão: Não existe mais nada que me faça duvidar de você Maria se é esse ainda o problema, também o que passa em minha empresa se formos espertos poderemos resolver juntos e tudo isso terminaria de uma vez.

Ela depois de ouvi-lo se virou para olhá-lo e suspirou. Ainda que tinha ele do lado dela e acreditando em sua inocência, Maria era ciente que Luciano estava certo e quando ela tivesse tudo o que precisava ela o destruiria. Destruiria a empresa dele e tudo o que ele tinha construído por todos aqueles anos. E depois o que seriam? O que sobraria deles?

Que então assim, ela disse baixo.

—Maria: Espertos como Estevão? É um fato que o que passa em sua empresa é um crime que você não pôde enxergar há tempo de quando ele fosse revelado arruinasse tudo o que têm.

Estevão deu um riso sem vontade, cruzou uma perna acima da outra, enquanto seus braços repousavam relaxadamente sobre as costas do sofá, e então ele disse.

—Estevão: Acha que não sei disso? Você mesma antes de estarmos agora como estamos, me disse isso e eu não dei muito valor.

Ela torceu o lábio de lado depois de ouvi-lo.

—Maria: Claro que não.

Ela voltou então se sentar no sofá, mas mais para o canto e tocou nos cabelos e ouviu Estevão dizer.

—Estevão: Precisamos de um plano Maria. Um plano para dessa vez não deixarmos nada nem ninguém nos separar.

Ela olhou ele de lado. E ele seguiu se arrastando para estar mais próximo a ela.

—Estevão: Posso perder tudo que hoje tenho, o que conquistei, mas não você, Maria. Não mais você e nossa família que eu tive reunida no jantar que há pouco tivemos.

Ele tocou em um lado do rosto dela. Acariciou devagar enquanto seus olhos brincavam em buscar os lábios dela e também seus olhos.

Maria tinha o coração saltando no peito. Apesar de tanto pesares, tampouco ela queria aquilo. Estava certa de seu amor, e que Estevão seria o único homem que ela seria capaz de amar daquela maneira, mas mais que aquilo, mais que uma outra ilusão de amor que vivia ela queria de verdade fazer o certo daquela vez. Havia errado como mãe e mais ainda Estevão como pai, por isso deviam para aquele bebê que esperavam, uma família de verdade e com pais que o amavam e o melhor de tudo, que não se odiavam.

Que então assim, ela disse.

—Maria: Eu também não quero perder o que temos agora, Estevão. Apesar de tudo, eu quero que voltemos a ser quem fomos um dia nesta casa e que o filho que vamos ter, desfrute dessa felicidade.

Estevão deu um curto sorriso e buscou então os lábios dela. Ele deu um beijo rápido nela para olhá-la e dizer.

—Estevão: Eu te amo, Maria.

Ela sorriu e teve então ele cobrindo a boca dela agora em um beijo mais profundo e cheio de sentimentos.