Falso amor

Capítulo 38


Olá meus amores, primeiro de tudo, feliz día internacional de las mujeres, lindas!!! Agora fiquem com o capítulo. Bjs!

Já fazia horas que Maria estava na delegacia e ao lado de Geraldo, que tomou o papel de advogado e testemunha em defesa dela, afinal, havia sido na firma dele e diante dele, que Cecília tinha buscado conseguir o divórcio com as garantias dos direitos dela e a guarda da filha.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

De frente com um delegado, Maria ainda que entendia que estava sendo interrogada diante daquela situação que estava como suposta cúmplice de Cecília, não sentia medo e sim revolta por não poder acreditar que de fato ela tinha se suicidado como haviam informado a ela e Geraldo. Supostamente, antes de escrever a carta que confessava o que havia feito, Cecília havia tomado uma dose líquida de veneno, o que era difícil para Maria acreditar que depois de ver sua cliente feliz e fazendo planos para uma nova vida, ela havia cometido tal barbaridade e ainda mais, que havia mentido sobre tudo que passou no casamento com o marido para apenas prejudicá-lo. Mas agora Cecília estava morta e mortos não falam, não denunciam e os problemas assim do Senador Canedo haviam acabado, silenciados! Uma morte conveniente demais para o homem sem escrúpulos que agora era dado como inocente.

Durante os esclarecimentos, muitas vezes, Maria sentiu Geraldo apertar a mão dela, quando da boca dela quis sair uma óbvia acusação quando era questionada. Geraldo não permitiria, que a firma dele passassem para aquele lado, o lado dos advogados criminalistas, não era área que atuavam, que se realmente o que ele pensava também fosse verdade, já não estavam nas mãos deles aquela investigação então, para ele não era problema dele nem Maria mais.

E quando ficaram sozinhos e preste a serem liberados, Maria ficou de pé e ele também.

Ela empinou o nariz quando ergueu a cabeça e o olhou com raiva. Com raiva sim dele, de todos os homens, da lei que ela claramente sabia que iam cobrir o homem branco e rico e ainda político e aquele assassinato que de alguma forma ela acreditava que havia ocorrido, como até em uma chantagem emocional que pudesse levar Cecília tirar a própria vida, ficaria impune.

Que deixando lágrimas silenciosas de frustração e tristeza descerem do rosto dela, ela disse.

—Maria: Por que? Por que não me deixou dizer o que eu sei, e que é o mesmo que você acha, Geraldo!? Está tão nítido que aquele monstro, matou nossa cliente depois de obrigá-la de alguma forma deixar uma carta que para inocentá-lo!

Ela tocou um lado do rosto limpando o choro toda nervosa, e Geraldo tocou nos braços dela e a respondeu.

—Geraldo: Eles vão investigar e concluir o que tiver que ser concluído, Maria. Não é nossa área mais, nem nosso trabalho! Esse caso acabou, de uma forma trágica sim, mas agora estamos de mãos atadas, por isso não deixei que falasse. Foi para nosso bem, principalmente o seu!

Ele deslizou as mão nos braços dela querendo acalmá-la. Desde do início, Geraldo soube que pegar um caso como de Cecília poderia trazer consequências até como aquelas, que por isso, a mulher havia passado em mais de um escritório de advogados para conseguir o que tanto quis e que agora que via que o final não foi dos melhores, o que ele tinha que fazer ficar fora de tudo que viria a seguir e ele não queria fazer isso sozinho mas sim fazer Maria entender que o afastamento deles das investigações era o melhor a se fazer. Enquanto Maria, sem poder pensar como Geraldo, se esquivou do toque dele nervosa e o respondeu.

—Maria: Isso não é justo! Estamos vendo mais uma vez um crime contra uma mulher e ainda mãe, que pode ficar impune porque seu agressor e agora assassino tem dinheiro suficiente para comprar sua justiça! Isso não é justo, Geraldo! Não é!

Ela passou a mão nos cabelos e andou lembrando de Cecília e chorou, chorou pela vida dela que tinha sido tirada de uma forma tão covarde. Covarde, porque ainda que a lei aceitasse o fato invendeciado que era um suicídio, ela não.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

O delegado voltou pra dentro da sala. Ele trazia em mãos documentos que tinha que ser assinado por Geraldo e Maria para que depois eles pudessem serem liberados.

Enquanto longe dali, Estevão saia do escritório dele, rápido ele andava nervoso. Depois da manhã com Maria havia passado a tarde na empresa pensativo enquanto trabalhava em cima das ações que ela havia herdado de Evandro, e no final do dia havia se trancado no escritório, até receber a notícia que o atormentou de imediato.

Que por isso, depois de tentativas inúteis de falar com Maria, ligando para o apartamento dela e celular, ele saiu querendo ver quem ele sabia que saberia dela. Que então ele viu Heitor, que era quem ele queria, chegando em casa e ele não demorou pra dizer nervoso.

—Estevão: Onde está sua mãe, Heitor? Falou com ela essa tarde? Sabe dela?

Heitor parou no meio do caminho depois de ouvir Estevão com suas perguntas. Quando esteve diante deles no final de semana, tinha sentido algo no ar que ele ainda queria ter a certeza, que ouvir Estevão e ver a agonia estampada nos olhos dele, a certeza que buscava, começava vim sem precisar perguntá-la.

Que então ele respondeu.

—Heitor: Por que tantas perguntas sobre ela, pai? Não entendo! O que houve?

Estevão então impaciente, disse.

—Estevão: Só me responda, filho! Ela se meteu em lugares que desconhecia, isso que aconteceu, então só me responda!

Heitor então suspirou agora assustado e logo depois entendeu do que Estevão falava.

Maria na delegacia assinou os papéis que tinha comprovado que havia cooperado para o caso como a lei exigia em nome do delegado. Ela o assinou a contragosto e se levantou pra sair da sala.

Geraldo a seguiu ao lado dela, a tocando nas costas sabendo que tinha ao lado dele uma mulher inconformada e que podia se meter em algo maior do que era paga para lidar. Que então, enquanto andavam visando a saída, Maria parou. Ela tinha a bolsa entre os braços e o olhou.

Havia tomado uma decisão, não queria apenas se livrar de uma futura acusação que ela e a firma que trabalhava pudessem ser acusados que haviam conspirado contra um senador por sua mulher já titulada por toda mídia, como transtornada ao ponto de tirar a própria vida, mas queria também dar os pontos que poderiam levar aquela investigação que teriam para outro lado, o lado que levaria a um crime. Que então, ela disse.

—Maria:Eu não posso ir assim, Geraldo! Eu não posso ir daqui, sem dizer de como foi realmente a última vez que vi Cecília, como ela estava feliz e fazia planos para um futuro, eu não posso ir deixando que ela seja tratada como uma desequilibrada que tentou derrubar o marido! Então você vai, e eu vou dar eles ao menos algo que possam seguir depois disso.

Geraldo suspirou passando a mão no rosto e depois disse.

—Geraldo: Maria, você não sabe quem é aquele homem, não sabe também no que estará se metendo, aquele homem é um político poderoso.

Maria torceu os lábios por lembrar que havia ouvido palavras como as que ele falava, mas vindo de outro, outro homem e disse.

—Maria:Já me falaram isso e não tive medo antes, então não vou ter agora, Geraldo. Agora vai, eu vou fazer o que devíamos ter feito naquela sala.

Ela foi andar, mas Geraldo pegou gentilmente no braço dela e disse rendido.

—Geraldo: Eu vou te esperar.

Maria deu um sorriso contido e Geraldo a soltou e foi sentar em umas cadeiras que estavam em fileiras e com algumas pessoas em espera nelas.

Maria então procurou um agente da delegacia, falou com ele e ele a conduziu agora pra outra sala que também a faria esperar.

Ela então sentou no meio de três cadeiras e suspirou, depois olhou a bolsa a abriu e pegou o celular.

Tinha ligações de casa que ela sabia que vinha de Estrela por ela estar sem celular, de Heitor, Vivian e Estevão. Ela revirou os olhos com o último. Estava perdendo muito com sua falta de controle quando estava só com ele, estava tanto que não se reconhecia mais, mas que como um pecado bom, depois de cometido sempre a trazia arrependimentos e até dor, assim ela começava pensar que era o sexo com Estevão.

Ela então sacudiu a cabeça e ligou primeiro para Estrela. A menina estava com a babá, que por isso Maria estava tranquila, menos ela que cobrava logo a presença da mãe em casa. Quando então ligou para Heitor, ela disse onde estava, pedindo desculpas pelas ligações não correspondidas, enquanto Vivian, a mensagem foi digitada rápida a pedindo para ter calma, já que Vivian também havia tido Cecília como cliente, enquanto Estevão, Maria havia ignorado a existência dele.

Na mansão San Román. Heitor queria ir até Maria, depois de saber onde ela estava, mas ele tinha uma pedra no caminho dele, que era Estevão que queria ir também.

Que por isso ele disse, depois que desceu toda a escada e viu Estevão vestindo o casaco que buscou no escritório dele.

—Heitor: Eu vou sozinho papai, sei que ela não vai gostar de vê-lo.

Estevão bufou ao ouvi-lo e respondeu.

—Estevão: Quero ir para saber que situação que ela está, falei com Demérito e ele me disse que ela poderia também ser suspeita de saber do que a cliente dela está sendo acusada que planejou, Heitor. Eu vou pra ajudá-la também!

Heitor então cruzou os braços. Uma verdade o tomou junto com uma raiva que fez o coração dele bater mais rápido, que a sentindo pulsar dentro de suas entranhas, ele disse.

—Heitor: Ajudar? Mas por que? Porque agora? Só agora, papai?

Sem entender, Estevão rebateu as palavras dele.

—Estevão: O que quer dizer com só agora? Eu a alertei quando soube que ela estava com esse caso! Sua mãe que não me ouviu!

Heitor deu um riso sem vontade, virou os rosto e quando voltou olhar o pai, ele o respondeu.

—Heitor: Estou falando passado, pai! Agora teme que ela seja acusada por algo que não fez querendo interceder por ela, mas e no passado, porque não fez isso?

Estevão fechou a cara.O passado sempre ele!E era um passado que ainda cutucado doía de uma forma que era quase impossível para ele duvidar dele. Que então, ele o respondeu vermelho.

—Estevão: São casos diferentes, Heitor! Sei quem é esse senador e o que ele é capaz, diferente da sua mãe! Enquanto meu passado com ela, se não fiz o que estou querendo fazer agora é porque havia provas suficientes para mim ir contra elas! Satisfeito?

Heitor nada contente negou com a cabeça e o respondeu decidido.

—Heitor: Podia ter lutado pela verdade quando eu não pude fazer isso por ela, então não vou deixar que seja esse homem que devia ser 15 anos atrás só agora, pai

Estevão bufou ao ouvi-lo, mas não tinha nada a dizer apenas vê-lo ir e ele ficar pra trás.

Horas passou e Maria acabou fazendo uma acusação formal contra o marido de Cecília, contando até que ele tinha sido capaz de oferecer dinheiro a ela e incitar que ela ao lado dele, poderiam sujar a imagem de Cecília e distorcer assim sua verdade. Ela com seu agora depoimento, virou o jogo pondo um suicídio a prova.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Quando Maria foi liberada e já exausta e caminhava, ela viu Heitor encostado em uma parede a espera dela e ela sorriu.

Heitor segurava um saco de papel de Restaurante Fast-Food, por quando ter chegado ali e perguntado por ela, Geraldo ouvir fazendo ele dar as informações ao filho que buscava a mãe, fazendo assim também ambos se conhecerem.

Que assim ele disse, erguendo a mão pra mostrar a ela o que trazia.

—Heitor: Deve estar com fome, já que pelo que sei, passou horas aqui.

Ele deu um leve sorriso a ela e ela o retribuiu, mas sem tempo ainda de respondê-lo, Geraldo chegou com dois copos de cappuccino que tinha comprado na cafeteria da esquina, um que ele bebia e outro para ela.

—Geraldo: Como foi lá dentro, Maria? A propósito conheci seu filho.

Ele estendeu a mão que tinha o cappuccino dela e Maria pegou e enquanto Heitor disse, sem sorrisos para o chefe da mãe.

—Heitor: É nos conhecemos.

Maria quando o ouviu o mirou encarando Geraldo sério demais e depois de beber um pouco do que tinha no copo de líquido ainda quente o que ela pensou que Geraldo havia comprado a pouco aquele cappuccino para ela, ela disse.

—Maria: Obrigada por estarem aqui, obrigada mais a você filho de não precisar estar e ainda está, meu amor.

Com a mão livre, ela tocou um lado do rosto de Heitor e Geraldo a encarou, tentando se conformar que uma mulher como ela já tinha um filho homem como o que ele via.

Depois então ela olhou Geraldo e o respondeu.

—Maria: Tinha coisas que eu tinha que falar e agora sim Geraldo, deixaremos a justiça nas mãos deles.

Geraldo suspirou a entendendo e depois a viu ir depois que se despediram e sem a carona que ele havia dado por eles terem chegado juntos na delegacia e no carro dele.

Que então mais tarde, Maria dentro do carro de Heitor a frente do condomínio que ela morava por estarem parados e conversando, ela terminava de comer o lanche que ele havia comprado pra ela. Um hambúrguer que Heitor pensou que ela não comeria, estava sendo quase devorado por ela sem frescura e acompanhado de um copo de refrigerante.

Que então, ele sorriu de lado por ver que ele poderia da próxima vez acompanhá-la em um lanche daqueles. Mas que por ter a olhando demais, Maria pigarreou e o olhou dizendo.

—Maria: Eu tenho uma filha adolescente, então de vez em quando eu tenho que me render a um cardápio como esse Heitor.

Ela limpou os lábios com um guardanapo de papel e Heitor disse sorrindo.

—Heitor: Se um dia se render a ele com seu filho adulto também, tudo bem.

Depois de falar, Heitor virou o rosto pro lado da janela enquanto seus dedos tocavam o volante do carro, como que o que tivesse dito não tinha sido claro suficiente sua vontade de ter um momento daquele com ela também. Enquanto Maria sorriu boba por entendê-lo e então disse.

—Maria: Se isso é um convite para fazermos esse tipo de programa juntos, eu aceito.

Heitor então olhou pra ela e agora ele deu um contido sorriso e depois disse, a encarando.

—Heitor: Por que não consigo resistir a sua presença senhora? Nem seu sorriso, esses olhos tão cheio de amor e sinceridade. E eu queria resistir, mas não consigo, porque quanto mais o tempo passa mais eu quero minha mãe, a senhora todo tempo ao meu lado mesmo que eu não possa ter.

Maria quando o ouviu, rápido pegou no braço dele e disse, de olhos agora emocionados e querendo garantir que agora sim ele a tinha.

—Maria:Mas você me tem filho, agora me têm todo tempo que quiser.

Mas desacreditado que algumas horas do lado de Maria como aquelas, supria a ausência que sentiu dela todos aqueles anos, Heitor disse.

—Heitor: Mentira senhora, Estrela, minha irmã têm. Eu não.

Maria tirou a mão dele, suspirou e disse sentida e temendo que viria dele alguma demonstração de ciúmes que ela já tinha de Estrela.

—Maria: O que quer me dizer com isso Heitor? Não me diga que está com...

Heitor que tinha virado o rosto voltou olhá-la e disse rápido.

—Heitor: Não estou com essa palavra que ia falar, senhora mas é a verdade. Não somos uma família desde que eu tinha 5 anos e eu ainda não lembro dela como gostaria, então não te tive! Estrela sim e vai seguir tendo. E não falo por, por ciúmes e sim porque é a verdade! Não moramos juntos e tem um passado não esclarecido ainda separando todos nós.

Maria suspirou não esperava aquelas palavras de Heitor, aquela cobrança tão clara que ele fazia e não esperava também com elas, trazer à tona na mente dela a proposta feita pela manhã por Estevão . Que então ela disse.

—Maria: Não sabia que tinha vontade de nos ver juntos como uma família, Heitor. Quando conheceu sua irmã, cheguei a dizer que mesmo que não vivêssemos como uma família, ainda assim os dois me teriam igualmente.

Heitor deu de ombros e puxou o ar do peito tentando voltar ser racional naquele assunto, ser o adulto que já era. Que por isso ela apenas pensou nos supostos culpados dele ainda querer o que não podia ter, a olhou agora com uma expressão diferente no rosto e disse.

—Heitor: Eu seria capaz de cometer um crime se eu tivesse frente a mim os verdadeiros culpados de nossa separação.

Maria que temeu a fala dele o buscou para abraçá-lo como pôde e disse com a cabeça no peito dele.

—Maria: Não, não, não fale assim, Heitor querido.

Ela respirou nervosa ali entre o peito dele e Heitor levou as mãos nos olhos os esfregou pensativo e depois de alguns minutos ele disse.

—Heitor: É melhor eu ir e a senhora subir. Até amanhã.

Maria se separou dele devagar e ajeitou o que tinha comido e bebido e estava no colo dela, tudo na embalagem que estavam e depois que fez, o olhou e disse agora de olhos tristes.

—Maria: Me perdoe por ainda não poder dar todo meu amor que te faltou como você merece, Heitor, filho.

Heitor ficou calado Maria então abriu a porta para ir, mas antes de sair ele resolveu perguntar.

—Heitor: Antes de ir, senhora, está acontecendo alguma coisa entre a senhora e meu pai?

Quando ouviu aquela pergunta sem ao menos esperar no meio do momento que acabava de acontecer entre eles, Maria sentiu seu coração bater forte e suas mãos gelar que negando com a cabeça, ela disse ainda sem olhá-lo.

—Maria: Não sei muito bem ao que se refere, filho, mas se é o que tô pensando, não.

Heitor esperou que ela o olhasse, o que ela fez mas rápido desviou o olhar dos olhos dele e ele então disse.

—Heitor: Ele quis muito ir até a delegacia também mas não o deixei, por isso pergunto.

Maria suspirou agora o encarando nos olhos e depois disse séria.

—Maria: Obrigada por não ter deixado, querido. Boa noite.

Ela então deu um leve e rápido beijo na bochecha dele e saiu então do carro junto a embalagem de sujeira do lanche dela.

Na mansão San Román.

Estevão bebia na sala com portas fechadas. Ele estava acompanhado, mas de um homem e era Arnaldo.

Ele sabia então por ele, por ter pedido pra ele seguir Heitor, que Geraldo também esteve todo o tempo com Maria e até que ela deixasse a delegacia acompanhada do filho deles.

Que então ele disse sentindo um misto de sentimentos que o atormentavam e o preocupava.

—Estevão: Maria de fato denunciou o Senador Canedo e com Geraldo Salgado, ao lado dela, tomando meu lugar...

Ele tinha um copo grosso de bebida na mão e olhou o líquido dentro dele depois que falou, enquanto Arnaldo que bebia com ele também, disse.

—Arnaldo: Só é mandar que resolvemos isso, senhor, San Román.

Estevão levou o copo à boca e engoliu o resto da bebida que tinha dentro dele, olhou o seu motorista capacitado demais para a função e pensou.

A noite passou e com ela 5 dias depois.

Que assim, nela, Maria furiosa invadia a sala de Estevão, com Bruno e Demétrio dentro da sala dele.

Que assim ela disse ignorando que ele estava acompanhado.

—Maria: Te dou até o final do dia, para que eu já tenha minhas ações em mãos e minha sala nesta empresa com todos meus direitos como sócia garantidos pela lei, Estevão!

Os homens se levantaram assim que a viram e ouviram e Maria encarou cada um deles, mas parando seu olhar em Bruno. Pela primeira vez depois de sua volta que o via, e Bruno igualmente que por isso ele disse, mexendo em sua gravata azul marinho.

—Bruno:Que bom vê-la, querida Maria. E devo dizer que os anos só te fizeram bem.

Ele a mirou de baixo a cima depois de falar. Maria empinou o nariz e o respondeu, lembrando que ele também não tinha acreditado na inocência dela mesmo que ela começava ter lembranças já esquecidas de tantas vezes que já sentaram juntos para trabalhar e confiaram assim um no outro.

—Maria: É uma pena que já não posso dizer o mesmo de você, nenhum de vocês, exceto, Demétrio que só o tinha visto uma vez em meu passado no qual sei que deve conhecer muito bem.

Estevão fez cara feia ao ouvi-la e Demétrio agora sorrindo levando as palavras dela como elogio, disse.

—Demétrio: É uma gentileza da sua parte, Maria.

Estevão então o olhou nada contente e Maria cruzando os braços depois de dar um sorriso sarcástico, disse.

—Maria:Não foi um elogio Demétrio, eu só não guardei sua fisionomia, enquanto ajudava Estevão acabar com minha vida me tirando meu filho!

Estevão então bufou e saiu por trás de sua mesa e disse, interrompendo que aquele momento dos 4 ali seguisse.

—Estevão: Vamos acabar com isso, Demétrio e Bruno, por favor me deixe a sós com Maria.

Os dois homens assentiram com a cabeça e saíram logo depois, então Estevão encostou a porta, e apontou umas das cadeiras a frente da mesa dele e disse.

—Estevão: Sente-se Maria, pois era sobre as ações que Evandro te deixou que Demétrio e Bruno estavam aqui.

Maria não sentou, mas em troca Estevão sentou e abriu uma pasta cheia de folhas e disse.

—Estevão: Aqui está toda a cláusula de direitos que tem agora como sócio das empresas San Román, também tem formulado o valor e peso delas no mercado financeiro, Maria. São suas. Agora só não me decepcione como fez da última vez que esteve entre nós.

Ele a estendeu a pasta cruzando os olhos com o dela e ela então acabou sentando depois que pegou a pasta e o respondeu séria, assim como ele seguia com aquele tema.

—Maria: Não pense que vou sair daqui sem ler cláusula por cláusula, parágrafo por parágrafo, Estevão, enquanto o que disse, não sei o que leva como decepção, a mentira que acredita ou a verdade que fazem abaixo do seu nariz em sua querida empresa e você não vê.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Estevão suspirou com ela folheando já as folhas e disse, se ajeitando melhor em sua larga cadeira.

—Estevão: Vejo que veio pronta pra caçar briga comigo e com todos em sua frente. Mas leia sem pressa, assim na reunião do conselho de hoje estará por dentro do assunto.

Maria então parou de olhar as folhas sabendo dos compromissos que tinha aquele dia e disse, brava.

—Maria:Como assim, hoje vai ter uma reunião do conselho e só me comunica agora, Estevão?

Estevão sorriu de lábios fechados, já que tinha feito aquilo de propósito apenas para mostrar a ela que não teria como ela seguir trabalhando para Geraldo e também na empresa como ela queria, e disse.

—Estevão: Eu pensava em fazer isso antes que invadisse minha sala como fez Maria. Mas agora que já está aqui, estou comunicando pessoalmente.

Ele ajeitou a gravata e se moveu na cadeira dele e a olhou deixando mais evidente seu sorriso quando viu ela ficar vermelha de raiva e tão mais linda daquela maneira, para desgraça dele. Que assim, ela torceu seus lábios pintados de vermelhos de lado, tocou nos cabelos e disse se levantando mas trazendo com ela a pasta.

—Maria: Hoje não posso ficar em uma reunião, marque para segunda, hoje é sexta e tenho muito o que fazer no escritório que trabalho e no final do expediente ainda tenho um compromisso.

Estevão então se levantou rápido, agora ele ficando nervoso e disse.

—Estevão: Não pode ser do jeito que quer Maria, me deu um ultimato estive no prazo até hoje. Então tem que estar nessa reunião!

Maria então o encarou e o respondeu rebatendo as palavras raivosas dele.

—Maria: Estaria no prazo se tivesse feito isso no meio da semana, Estevão, então na próxima semana estarei já presente na empresa e em quantas reuniões quiser! Hoje não!

Estevão bufou com a teimosia dela e dando a volta na mesa dele para estar mais próximo, disse impaciente.

—Estevão:Que demônios tanto faz onde trabalha e que compromisso tem que não pode adiar? Me cobrou tanto essas ações e agora parece esnoba-las!

Maria então pegou agora a bolsa dela que estava ao lado na cadeira e disse, o mirando nos olhos pronta para acionar uma bomba no meio do escritório de Estevão.

—Maria:Vou ao aeroporto depois do trabalho. Vou receber Luciano que está vindo de Londres para me visitar, Estevão. Satisfeito?