Friends, enemies and leaf of absence

Lynn esforçou-se para não olhar para trás. Estava pensativa. Por que será que estavam indo tudo errado? Seu esforço foi em vão? Suspirou e abriu seu armário. Pegou os materiais necessário para as aulas seguintes. Tentou ignorar as garotas que estavam a dois metros dela, que riam e fofocavam. Fechou a porta com força. Carregando os cadernos, virou-se para ir em direção à sala.

–Aonde pensa que vai? – uma loira perguntou, derrubando seus livros no chão.

–Ei! – exclamou.

–Você não é a tal novata, chamada Lynn Darci?

–Sou sim... – disse.

Lynn pensou virou o rosto. Não estava a fim de intrigas, embora desejasse ir o mais rápido para sua sala de aula. Suspirou. Então virou-se sorridente.

–Acho que começamos com o pé esquerdo. – declarou, estendeu a mão – Vamos ser amigas!

–Argh! – ela falou, se afastando – Por que seríamos amigas?! Você é só mais uma retardada de Sweet Amoris. Eu nunca andaria com você!

Lynn recolheu a mão. Seu plano de tentar amizade foi água abaixo. Ela parecia ser um grande problema. Lembrou-se dos seus cadernos e os recolheu rapidamente. Quando se levantou, a loira os jogou de novo no chão. Suas duas amigas riam.

–É isso aí, Ambre! – exclamou uma indiana.

–Mostra pra ela quem é que manda aqui! – uma de cabelos loiro-escuros exclamou depois.

–Bem, acho que posso terminar por aqui. – Ambre falou – Mas antes...

Jogou Lynn no chão e agarrou sua carteira.

–Isto me pertence agora. – disse rindo.

Ambre se virou. E começou a andar junto às amigas. Lynn suspirou.

–Não era pra terminar assim... – balbuciou para si mesma.

Então, percebeu uma mão estendida para ela. Era branca e delicada. Surpresa olhou para a dona da mão, que tinha um sorriso solidário no rosto.

–Você está bem? – perguntou a garota.

–Sim... – respondeu em um sussurro.

Agarrou-se a mão da garota. Quando se levantou, a mesma sorriu.

–Meu nome é Rosalya! É um prazer. – falou, apertando a mão de Lynn.

–Meu nome é Lynn Darci. – disse. Devolveu o aperto.

–Eu vi o que a Ambre fez pra você. – falou, revirando os olhos. Seu tom de voz mudou repentinamente – Ela é mesmo uma praga.

–É... – Lynn suspirou.

–Ora! Não se preocupe com isso! Pode deixar que se ela tentar mexer com você de novo eu mesma cuido dela. – falou, cerrando os punhos e sorrindo. Lynn riu.

–Obrigada. – disse.

–Você vai pra aula agora? – perguntou, enquanto caminhavam.

–Sim. Tenho biologia agora. – sua voz era triste.

–O que foi? – perguntou

–Ambre roubou minha carteira! Não tenho como pagar meu lanche! E, sério, o lanche da escola não parece muito bom... – comentou, imaginando a cena.

Rosalya riu.

–Pode ter certeza! – falou sorrindo – Deixa que eu pago pra você.

–O quê? – Lynn estacou – Não! Não é...

–EU VOU SIM. – Esclareceu – E se você negar, vou dar uma volta com você no shopping e dar uma limpa no seu guarda-roupa.

–Ei! – Lynn exclamou, voltando a andar – Está dizendo que estou fora de moda?

–Bem, entenda como quiser. – riu.

Lynn sorriu. Feliz por ter conseguido uma amiga. “Já estava na hora!” – pensou. Passaram por algumas portas, e chegaram à sala de biologia.

–Obrigada por me acompanhar. – agradeceu

–Não tem de quê! – revidou – Se precisar é só chamar.

Adentrou a sala. Os alunos conversavam animadamente. Lynn sentou-se em uma carteira perto da janela. Olhava através da mesma, e sorriu. Então, sentiu um cutucão no ombro.

–Hein?

Virou-se. Ah, maravilha. Ken estaria sentado atrás de Lynn por todas as aulas de biologia. Suspirou.

–Lynn! Estou tão feliz em tê-la na sala de biologia comigo! - falou, parecendo muito feliz.

–Ah, é. – disse. – Eu também estou.

–Muito bem, alunos! – a professora chegou, para a felicidade de Lynn – Abram seus livros.

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–Tava demorando, hein? – Rosalya disse.

–Desculpa! – Lynn levantou os braços em redenção – Eu estou a fazer uma pesquisa de biologia em dupla, e não é fácil ficar de dupla com o Ken falando do “nosso amor” o tempo todo.

–Nossa, sei bem como é. – Rosalya disse.

–Nem imagina...

Rosalya comprou um lanche para Lynn, e sentaram-se. Lynn agradeceu sua amiga, que revidou dizendo que amigas são pra isso. Lynn sorriu. Feliz por ter tido uma amiga nova para desabafar e rir. Pelo menos era o que ela achava que aconteceria.

–E aí, meninas? – um garoto de cabelo prateado chegou à mesa.

–Lys-fofo!! – “Lys-fofo?!”.

–Oi, Rosalya.

–Ah! Eu não apresentei vocês. Lynn, este é Lysandre. Lysandre, esta é Lynn.

–É um prazer lhe conhecer. – falou gentilmente.

–O prazer é meu. – revidou.

Lynn sentiu o mistério de Lysandre. Era quieto e não fazia escândalo como Rosalya. Talvez tivesse feito um novo amigo. Acreditou que sim. Sorriu.

–Como você e o Lysandre se conheceram? – Lynn perguntou, curiosa.

–Ah! O irmão de Lysandre é meu namorado. – falou sorrindo – Então acabamos ficando amigos.

–É isso mesmo. – concordou Lysandre.

–Legal! – Lynn exclamou – Rosa, seu namorado estuda aqui?

–Não. Ele é dono da loja de roupas na cidade. – comentou – Um dia você vai conhecer!

–Aposto que sim...

Lynn se divertia perguntando e rindo com Lysandre e Rosalya.

–Lysandre.

–Ah, Castiel. Caramba, cara. – Lysandre disse, cumprimentando o amigo com um aperto de mão.

–E aí, Rosa. – Castiel cumprimentou a mesma de longe.

–Tudo certo? – falou.

–Ora, ora, ora. – Lynn olhou fixamente para Castiel – Se não é a ladra de notas.

–Eu não sou ladra. – disparou – A folha caiu da sua mão e eu devolvi pra você.

–Ah, sim. Isso vive acontecendo. – revirou os olhos.

–Vocês já se conhecem? – Rosalya perguntou.

–Sim, eu conheço a Tábua Desastrada. – Castiel riu

–É mesmo. Eu conheço o cabelo de pimenta. – revidou, com uma cara maliciosa.

–Epa, epa. Vamos parar com apelidos. – Rosa comentou.

–Vou aproveitar e passar o tempo com meu amigo Lysandre. – Castiel falou, se sentando.

“Ótimo! Vou ter que aguentar esse cara por mais tempo ainda.”

Lynn passou todo o intervalo rindo, conversando e zombando de Castiel. O sinal tocou e todos se levantaram. Despediram-se e seguiram caminhos diferentes.

–Lynn! – uma voz conhecida chamou

–Nathaniel?

O loiro chegou a Lynn. Parou e arfou diversas vezes. Correu muito para não perdê-la de vista.

–Eu preciso da sua ajuda.

–Pode falar. – Lynn animou-se.

–Preciso de ajuda para entregar uma folha de ausência. – disse – Agora que os alunos estão pegando seus materiais em seus armários, ele estará no armário 707.

–Está bem! – pegou a folha de ausência e dirigiu-se correndo para o corredor de armários.

Correu. Lynn estava ansiosa por poder fazer uma coisa boa. Finalmente poderia ser reconhecida por punir alguém por...

–FALTAR UMA AULA DE BIOLOGIA?! – estacou ali.

Podia admitir que a aula de Biologia fosse chata, mas a ponto de perder uma aula e receber suspensão?! Mas não era só isso: Havia muitos! Quem seria a pessoa que tanto se ausentava nessas aulas chatas? Lynn continuou a andar, mas em um ritmo menor. Ela até poderia faltar essas aulas, mas aos poucos estava se acostumando a gosta delas. Será que não podia convencê-lo?
Lynn prometeu a si mesma que daria seu melhor para fazê-lo voltar às aulas de Biologia.

–Vamos ver... 609... – olhava os números – 650.... 679... 700... 704... 707...

–O que você está fazendo aqui?! – perguntou rude.

–C-C-C-C-CASTIEL?!