Falling

Capítulo XI - Everybody cries


Ele tinha acabado de entrar no local, para chegar ali ele teve que revirar todos os arquivos que tinha do pai. Sempre se comunicava com a pessoa que tinha dado a missão para o seu pai e que passou para ele logo depois que Lucas foi morto. Era um local escuro, parecia abandonado e tinha um trono mais a frente. Ele sorriu, chegou mais perto do trono e passou a mão por ele, sorriu mais uma vez antes de sentar e respirar fundo. Se imaginou ali, comandando talvez um exercito ou talvez manipulando algumas mentes só por diversão. Estava confortável, simplesmente sentia que aquele sim era o seu lugar.

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— Crianças, sempre pensam pequeno demais mas são adoráveis – aquela voz fez ele se levantar de uma vez e ficar ereto do lado do trono. O homem de terno, um pouco mais baixo que ele e com um sotaque carregado demais sorriu ao fundo. Tinha as mãos nos bolsos e olhava diretamente para o garoto – seu pai sempre dizia que você seria um ótimo herdeiro, eu não estou vendo isso ultimamente mas posso mudar de ideia nesse exato momento dependendo da sua resposta. Aonde está a menina?

— Ainda não consegui pegar, ela... ela se escondeu. Eu não estou conseguindo rastrear ela mas estou chegando cada vez mais perto dela novamente e talvez – ele não terminou de falar, soltou um grito de dor.

— Seu pai tinha razão em uma única coisa criança, você consegue ser uma decepção quando realmente se esforça para isso – ele largou Owen, gemendo de dor e estirado no chão – sabe como ele te chamava às vezes? Aborto – Ele se levantou – eu não quero desculpas, eu não quero saber se você vai precisar matar um bairro inteiro, se vai precisar deixar metade da cidade louca com suas habilidades – Owen gritava cada vez mais de dor – eu não me importo se você simplesmente morrer durante o processo, eu quero ela viva aqui. Eu quero a graça dela e ela também, você entendeu? – Owen deu um último grito antes dele para de tortura-lo

— Sim senhor – o homem sumiu. Owen se levantou, estava furioso. Odiava se sentir assim vulnerável para alguém e mas esse alguém sendo um traidor daqueles que ele liderava – Crowley, você não sabe com quem está se metendo.

—x-

Ariel entrou na escola, estava vazia e escura, ela precisou destruir um cadeado para conseguir entrar ali, e começava a se arrepender de ter ido aquele encontro mas estava preparada. Seja lá quem fosse, ela ia sair dessa ilesa, pelo menos era o que ela esperava - Olá? – a voz dela fez eco mas ninguém respondeu de volta, Ariel tinha trazido com ela uma arma na cintura, ela apontou para o vazio a sua frente e começou a andar devagar. Ela não teve tempo de pensar direito quando alguém segurou sua cintura e tampou a sua boca, puxando-a para um local afastado do caminho que ela fazia. Ariel começou a se debater e tentar tirar as mãos da pessoa mas parou quando olhou nos olhos dele, Ariel sentiu sua visão ficar turva e seu coração bater mais forte

— Eu vou deixar que você fale mas você tem que me prometer que não vai gritar, tudo bem? – ela concordou com a cabeça, ele tirou a mão da boca dela

— Owen?

— É complicado – ele recebeu um tapa forte em seu rosto – okay, eu mereci – e logo depois Ariel se jogou em seus braços. O apertando o mais forte possível

— Eu pensei que você estava morto, eu... – ela se afastou dele – porque você está aqui?

— Você não deveria ter vindo. Você veio sozinha? É claro que veio sozinha – ele fechou os olhos e fez uma careta de dor – fuja!

— Owen... – ele agora estava com a mão na cabeça e encurvado – Owen o que está...? – ele começou a rir, aquela risada, ela conhecia aquela risada. Owen começava a gargalhar. Ariel se preparou para fugir dali até que sentiu seu corpo preso no lugar.

— Mas nem começamos a brincadeira ainda – ele sorriu e jogou Ariel para longe, derrubando algumas mesas que tinha ali perto – eu merecia um Oscar, francamente – ela se levantava mais uma vez, Owen jogou ela outra vez – sabe, eu fiquei perto de você por todo tempo, você achando que eu era o menino perdido e triste que tinha medo de tudo, eu te enganei tão bem que eu tenho certo orgulho de mim – Ariel foi jogada contra uma parede ali perto e ficou parada ali, o rosto estava machucado e seu corpo doía – eu não vou te matar porque alguém precisa de você mas eu deveria, você matou meu pai – ele fechou as mãos em punho e Ariel começou a gritar de dor – ele tomou o corpo daquela vadia e fez com que você acreditasse nele, foi tão fácil que eu sinceramente não acreditei que aqueles dois idiotas não perceberam – ele fechava cada vez mais a mão, Ariel agora sufocava – mas, eu esperei. Eu sabia que teria uma chance com você – Ariel começou a respirar com dificuldade, ele tinha parado de fazer ela sentir dor mas ainda estava prendendo-a contra a parede – estamos ligados, somos a mesma coisa, a mesma... espécie

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— Não, não somos

— Somos, você acha que eu conseguia entrar na sua cabeça porquê? Fazer você ter aquelas visões horríveis, aqueles pesadelos... eu tive o prazer de fazer aquilo porque ver você gritando era a melhor coisa que eu poderia ouvir. Você só tornou isso mais fácil

— O que você quer? – ele começou a rir

— Você continua engraçada, isso é ótimo. Não é o que eu quero e sim...

— Owen você fez um bom trabalho até aqui – Ariel ouviu uma voz desconhecida de longe, ele apareceu, era mais baixo que Owen mas mesmo assim dava medo. Ele estalou os dedos e Owen sumiu, Ariel viu que estava livre e foi escorregando até o chão – olá querida

— Quem é você?

— Desculpe não me apresentar, sou Crowley, talvez você tenha escutado meu nome...

— Sim, o homem que matou a minha mãe. É, eu escutei – Ariel se levantou – o homem que vem me perseguindo todo esse tempo por causa de algo que eu nem sei o que é realmente.

— Querida...

— Não me chame de querida!

— Ariel, eu não mandei matarem a sua mãe, não! Seria uma falta de respeito com um anjo tão... lendário que nem ela era. Ela aborreceu Lucas e bem... ele consegue ser nada compreensível quando tiram ele do sério, quer dizer... conseguia. Owen apenas estava fazendo um... favor para mim, eu preciso de uma coisa que você tem e você precisa ficar viva então vamos fazer um trato

— Eu não negocio com demônios

— Santo Deus você já está falando que nem um Winchester, quanto tempo tem com eles? 5 meses?

— 8 meses

— 8 meses desperdiçados com dois idiotas. Enfim, eu tenho um trato. Você me dá a honra de ter a sua graça e eu deixo você viva... e ilesa.

— Não tão ilesa porque seu cachorrinho já fez o trabalho de quase me quebrar inteira – ela andava mancando, chegou perto de Crowley e sorriu – Eles tinham razão, você é um pedaço de merda

— É claro que você ia tornar isso mais difícil – ele prendeu ela contra a parede novamente – é o seguinte eyebrows, eu posso estalar meus dedos e você explodir, eu posso fazer você sentir tanta dor que você iria falar até sua arvore genealógica inteira para mim, eu posso fazer com que você mesma se mate. Mas não farei isso antes de você me dizer aonde está a sua graça.

Bite me!

— Tudo bem, eu tentei – Ariel sentiu seu corpo queimar, gritava tanto que sentia sua garganta arranhar. Crowley sorriu – já mudou de ideia querida?

— Vai para o inferno – ele intensificou ainda mais a dor que ela estava sentindo, Ariel olhou para o seus braços e eles estavam brilhando um pouco

— Incrível, você ainda tem um pouco dela. Você é mais forte do que pensa querida – ele livrou ela, Ariel, ofegante, se ajoelhou. Seu corpo inteiro doía e ela tinha dúvidas se ia sobreviver ao final daquilo tudo.

— Deixe ela em paz Crowley – ela olhou para a pessoa que tinha acabado de dizer aquilo e se sentiu aliviada, Castiel estava parado atrás de Crowley.

— Como se eu tivesse medo de você wings, agora você tem um novo pet? Ótimo – Ariel se levantou e foi atacar o demônio, o que não deu muito certo, ele jogou ela mais uma vez para longe dele, fazendo ela bater a cabeça com força em uma parede. Ela se apoiou em um dos braços e viu a sala inteira girar, sua visão estava embaçada demais mas ela via o anjo mais a frente lutando com o demônio, ela se levantou, foi andando até aonde estava havendo a luta mas foi impedida por alguém, Owen tinha aparecido na sua frente

— Você deveria ter fugido quando eu disse – ele sorriu e cravou uma faca no estomago dela, Ariel sufocou um gemido de dor e segurou o braço de Owen, ela escutou alguém gritando seu nome no fundo mas não fazia ideia de quem era, ela foi se ajoelhando, a dor era forte demais para manter ela consciente de tudo que estava acontecendo a volta dela – não preciso mais de você, na verdade eu nunca precisei – disse ele baixo em seu ouvido, Owen tirou a faca, o local aonde tinha sido atingido agora estava manchado de sangue, Ariel estava deitada e colocava a mão na barriga, ainda estava sem reação – até qualquer dia Ariel, na verdade, acho que essa será nosso último encontro, uma pena eu confesso – ele sumiu, junto com Crowley. Castiel que tinha sido arremessado para longe, vinha correndo na direção da menina que estava ainda em estado de choque e apertando a barriga com a maior força possível

— Eu não quero morrer – ela disse, as primeiras lágrimas corriam pelo seu rosto – eu não quero... eu não posso.... – ele colocou as mãos em sua testa mas nada aconteceu – Cas por favor

— Eu não consigo – ele tentou novamente mas parecia que o organismo dela estava evitando que ele conseguisse fazer algo para cura-la – Isso nunca aconteceu – alguns passos apressados foram escutados, os irmãos apareceram correndo na direção dos dois que estava mais a frente – ela precisa ir para um hospital – Ariel estava mais pálida e sua blusa agora estava completamente ensanguentada – Dean precisamos...

— Vai na frente e deixa o carro ligado pronto para quando eu chegar – Sam saiu correndo enquanto Dean se abaixou e pegou a menina nos braços

— Me desculpe

— Eu estava pronto para brigar contigo mas esquece isso. Cas... – o anjo tinha desaparecido – ótimo – ele foi andando mais rápido que podia. Chegando no Impala ele mal colocou a menina no banco de trás e entrou ficando junto com ela e o carro saiu dali.