Fairy Tales - Fairy Love

Capítulo 30: O Romance no Ar


Aquilo fez Levy saltar desperta da sua cama, e ela já pretendia sair quando Lucy a lembrou:


– Você está de pijama - lembrou-lhe Lucy quando ela já estava na porta do quarto, Levy fez o caminho reverso, abrindo sua cômoda de qualquer maneira, e pegando apressadamente um vestido laranja leve que encontrou lá e o deslizou cabeça abaixo. Sem se preocupar com mais nada, ela já ia saindo novamente quando Lucy disse:


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– E começou a nevar - disse a maga loira, fazendo Levy dar meia volta novamente e enfiar um pesado casaco de inverno, colocar um cachecol e abafadores de ouvido.


– Agora vamos - disse ela correndo, puxando Lucy pela mão, enquanto murmurava consigo mesma -


O caminho entre a guilda e Fairy Hills é pequeno, mas elas levaram um a quantidade de tempo considerável para chegar até lá devido à neve alta, e quando chegaram, estavam ofegantes e suadas.


A guilda estava quase vazia, a não ser algumas garotas tomando café da manhã e pelo Raijinshû e Laxus, que conversavam em um canto, e ninguém parecia muito interessado em parar os insultos lançados pelos dois membros da Shadowgear contra o Dragão de Ferro. Eles sabiam que no final aquilo ia acabar em uma luta corporal e ambos aprenderiam a não ofender o Dragon Slayer.


Levy não conseguiu entender completamente a base das ofensas por já chegar no meio da conversa.


– Não me venham com essa merda novamente - rosnou Gajeel.


– Você não vai nos enganar, eu não sei o que você disse a ela, mas ela está com a falsa ideia que você não é um cara mau - disse Droy em um tom ameaçador, mexendo em algumas sementes na palma da mão, em uma ameaça sutil.


O braço de Gajeel já estava se transformando em um bastão de ferro quando Levy resolveu acabar com a briga.


– Chega! - disse Levy, que parecia um camundongo em comparação ao trio que se encarava - Jet, Droy, não ofendam o Gajeel, ele é nosso nakama agora. Gajeel controle-se.


Ambos os lados pareciam pretender retrucar, mas só foi necessário um olhar mortal da pequena maga escritora para calá-los.


– Agora vamos, temos centenas de canos e máquinas a consertar - disse ela puxando Gajeel pelo braço, que a seguiu por puro reflexo, pois bastaria ele firmar os pés no chão para que Levy não conseguisse movê-lo.


– Mas hoje não é o seu dia de descanso ou algo do tipo?


– Sim, mas já que me acordaram cedo, não há nenhuma vantagem nele - disse ela mal-humorada - E já que você não pode ficar um minuto sem supervisão sem arranjar problemas, então que façamos desse tempo algo produtivo.



Laxus observou o pequeno confronto se dissolver no ar e notou que aquilo iria ocorrer novamente em breve, mas achou que uma boa briga poderia animar a guilda, então aquele não era um assunto preocupante.


Com a desculpa de pegar mais bebida, ele conseguiu uma folga temporária da presença do Raijinshû, e se sentou em um banco de costas para o balcão.


– Casalzinho complicado aquele, não? - comentou Mira, enquanto se debruçava sobre o balcão do bar para abraçá-lo pelos ombros.


Laxus sorriu, eles não eram exatamente um casal de demonstrações de afeto público, então ele interpretou aquilo como um gesto de carência. Ele se virou e lhe deu um beijo rápido nos lábios.


– Sim, as coisas podem se podem fáceis - disse ele - Só é necessário fazer algum esforço.


– Por falar em esforço - disse Mira com um sorriso malicioso - Posso ir na sua casa hoje?


Laxus suspirou, ele tentou não assentir enfaticamente e freneticamente, mas verdade seja dita, aquilo dificilmente poderia ocorrer.


– Eu preciso arranjar um jeito de me livrar do Freed, ele nunca está a mais de dez metros de distância.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Vamos, faça um esforço - disse ela enquanto dava alguns beijinhos em seu pescoço, seu nariz causando cócegas na pele suave - Eu não posso colocar metade do dormitório para fora em uma noite de inverno. Um tempo na sua casa é tudo o que precisamos para conversar de modo bem a vontade.


Dentre todas as coisas que passaram em um flash em sua cabeça, conversar era uma das últimas, mas o tom dela o convenceu a agir.


– Freed vai sair - garantiu ele, enquanto esquadrinhava o lugar em busca de ideias. Uma Cana completamente bêbada caída em cima de uma mesa lhe forneceu a ideia perfeita.


Fazendo um aceno para que o membro do Raijinshû viesse até ali, Laxus tentou colocar a sua melhor carranca preocupado.


– Sim? - perguntou Freed.


– Você conhece alguma explicação para aquilo? - disse ele apontando levemente para a Cana caindo de bêbada.


– Pelo que dizem, ela sempre fica assim na época do Exame Classe-S - disse Freed dando os ombros - Isso tem alguma importância?


– Alguma - disse Laxus tentando parecer incomodado - Sabe, em todos os exames que ela já participou, ela saiu depois de eu derrotá-la, isso pesa um pouco na consciência.


Como ele esperava, Freed reconsiderou a própria resposta apenas para não dar a parecer que Laxus era culpado de algo.


– Talvez haja outro motivo - começo Freed atrapalhadamente - Afinal, o Natsu é derrotado há anos por todo mago Classe-S dessa guilda e nunca ficou assim...


– Você acha? Você acha que poderia descobrir? Se for algo do tipo, isso aliviaria muito a minha consciência...


Freed assentiu freneticamente.


– Eu vou considerar isso uma ordem, e não vou parar até conseguir essa reposta - disse ele rigidamente, enquanto se diria até a mesa onde estava Cana com um ar grave, como se estivesse em uma missão real.


Laxus observou a cena por um tempo, antes de rir consigo mesmo.


– Isso foi maldade - admitiu Laxus para si mesmo - Mira minha querida, eu acho temos uma semana inteira de privacidade ilimitada.



_____________________________________________________________________________



Em uma cozinha de uma confeitaria, em Magnólia...


– Ok, nós estamos sozinhos, agora me dê um único motivo para eu não entregá-lo para o conselho - disse Erza de maneira rígida, seu lado moral berrando que aquele era um criminoso internacional fugitivo, o lado emocional fazia uma ridícula dancinha da vitória.


– Pelo prazer de rever um velho colega? - tentou ele em um tom triste, enquanto começava a apanhar as palavras que mudavam a sua aparência - Erza, eu sei que eu fiz muitas coisas horríveis contra você e seus amigos, mas eu só quero uma chance de consertar isso...


– Vendendo tortas?! - o tom de Erza chegou a um tom próximo ao escárnio, mesmo não sendo sua real intenção.


– É um começo - disse ele desanimado, a mão alcançando a de Erza, dura e fria coberta com a manopla da armadura - Por favor, Erza, eu não estou pedindo para você me perdoar, apenas...


Os olhos de Erza estavam começando a reagir a emoção do momento, e eles teriam a traído se Natsu não tivesse escolhido esse momento para entrar na cozinha.


– Olá Jellal - disse ele sem prestar muita atenção - Erza, já estamos atrasados para a sessão.


E foi assim que aquela cena se desfez, com duas pessoas se olhando atônitas enquanto ela era conduzida para fora dali pelo Dragon Slayer.



Enquanto ambos caminhavam em silêncio, Erza pensava no que viu.


– Foi você - entendeu ela, e o Dragon Slayer confirmou quando não respondeu.


Ele ficou para lá de surpreso quando sentiu ela o abraçar.


– Obrigado - disse ela em voz baixa, afagando levemente os cabelos dele. Esse momento de amizade fofa durou aproximadamente 30 segundos, antes de Natsu sentir um pesado soco do punho revestido de ferro da maga de armadura.


– Você enlouqueceu?! - disse ela furiosa, o lado emocional sendo temporariamente esquecido.


– Ei! Eu só queria ajudar - disse Natsu esfregando a cabeça no lugar do golpe - E no fim, eu não sinto como se eu realmente tivesse feito isso. Alguém montou um plano completo, tornando possível algo que eu havia pensado.


Erza assentiu, tentando imaginar quem poderia fazer aquilo.


– Isso foi algo muito arriscado - disse ela por fim - Por que você queria fazer isso?


– Bom segundo o meu faro... - o olhar mortal que ele recebeu indicou que caso o termo romance fosse abordado, alguém ali iria sangrar -... ele é uma boa pessoa! - terminou ele, tendo a sorte de sofrer um acesso de espirros que facilitou para ele terminar a conversa.


– Sei... - disse ela desconfiada.



_______________________________________________________________________



Enquanto isso, no subterrâneo de Fairy Hills.


Levy começava a se arrepender de sua decisão de trabalhar.


Eles haviam desbloqueado mais duas salas de máquinas, e agora um calor verdadeiramente infernal impregnava o local, chegando ao ponto de convencer Levy e retirar suas roupas (antes de descer, ela havia apanhado um biquíni ao se lembrar do calor do conserto anterior).


Ela tinha que admitir que ficava envergonhada de trabalhar seminua, principalmente sabendo que Gajeel estava em alguma daquelas salas atrás dela. Não devido ao biquíni em questão, no próximo dia ela iria posar de biquíni e qualquer um que quisesse a ver só precisaria comprar uma revista, mas sim porque aquela situação a lembrava demais a um capitulo de uma história que ela havia lido.


“Maldita mente pervertida” - murmurou ela para si mesma, as bochechas corando devido aos pensamentos, as pernas se esfregando em um gesto inconsciente.


Ela resolveu voltar ao trabalho e restaurar a já precária válvula de escapamento de um cano de água antiguíssimo. Sua mente resolveu voltar a pensamentos pervertidos.



– Devoradora de Livros, você não teria... - chamou Gajeel, enfiando a cabeça pela porta, fazendo Levy ser mover sobressaltada ao ser tirada de seus pensamentos. Essa reação devido à surpresa fez o grande alicate que ela operava escorregar e arrancar a válvula, fazendo uma água gordurosa jorrasse, junto com toda a sujeira que se juntou naquele cano por anos sem conta.


– Porcaria! - praguejou Levy, enquanto começava a tentar conter o vazamento. Gajeel entrou na sala, e uma pequena parte da mente de Levy ficou presa no peito nu dele.


Gajeel suspirou, enquanto se apressava para conter o vazamento, que já começava a inundar o local. Foi necessária muitas pancadas para amassar o cano até a água parar de jorrar, e quando ele terminou tanto ele quanto Levy estavam ensopados e sujos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Bom, agora já sabemos o que se acumula em um cano de ralo de banheiro com o passar dos anos - disse Levy enquanto tentativa retirar o máximo possível daquela gosma negra do seu corpo - O Placar de acidentes está 1X1.


Gajeel soltou um rosnado áspero, devido ao fato que molhar as calças deixa qualquer homem de mal-humor, mas isso foi mais para evitar sorrir.


– Eu não me lembro de ter enfiado a minha mão em um tubo de vapor - disse ele sarcástico - Venha, devoradora de livros, deve haver algum tipo de torneira em algum lugar por aqui, ela seguiu ele com cuidado, pois o chão havia se transformado em um pântano de poeira antiga molhada e sujeira nova.


Os corredores eram bastante confusos, então Levy notou que era o momento perfeito para contar vantagem do mapeamento que ela havia feito.


– Eu acho que eu sei o caminho - disse Levy tomando a dianteira, apenas para pisar em uma poça de gordura um tanto grande e escorregar.


– Kyaaaaah! - gritou ela caindo para trás, sendo amparada pelas duas mãos grandes de Gajeel, o próprio que ao se mover para a frente para mantê-la na posição, mas a diferença é que ele conseguiu apoio em uma parede, então logo Levy e Gajeel estava prensados contra uma parede.


Ambos ficaram parados na mesma posição, a respiração um pouco alterada devido a surpresa e os olhos fixos uns nos outros.


– O placar de erros ainda não se alterou - disse Gajeel em um tom divertido. Levy não respondeu.


Ela estava muito envergonhada com a situação, pois ambos estavam com poucas roupas e com os rostos excessivamente perto, o que fez Levy corar loucamente e Gajeel dar um leve sorriso.


Aquele momento poderia facilmente ter evoluído, se não fosse uma suave movimentação no ar que fez o nariz de ambos reagirem.


– Precisamos encontrar água logo - disse ele se afastando e tentando não espirrar - Estamos fedendo mais do que gambá morto em combate corpo a corpo.


Levy concordou com um aceno de cabeça.



____________________________________________________________________________



Enquanto Erza parecia conter seu instinto de matar, Natsu e Taurin assistiam tudo em cadeiras de praia.


Jereffer surgiu na sala no momento em que eles apostavam que a Erza não ia aguentar usar o modelito horny home wife.


– Por que você me fez buscar a tabela dos modelos mais vistos se ainda não colocamos isso na revista? - disse ele com um aceno vago em direção ao cenário, enquanto atirava algumas planilhas no colo dela.


Taurin riu daquilo, enquanto se virava para o Natsu.


– Vindo dele, isso quer dizer que ele está absurdamente impressionado - disse ela enquanto olhava os papéis - Você tem que ler isso na sua guilda, vocês vão rir até o próximo ano...


– 10 dias não são tanto para a Fairy Tail - disse Natsu animadamente, mas antes que tivesse tempo de ver o motivo, uma grande comoção se iniciou no cenário.


– Ok, vamos fazer uma pausa - gritou Jesseline, enquanto pendurava a sua câmera de forma indolente no pescoço. Para a tristeza geral, ela se dirigiu naquela direção.


– Salamander! - chamou ela - Você poderia pedir educadamente para a ruiva ali parar de atirar membros da minha equipe pela janela toda vez que ela achar que alguém chegou perto demais!


Natsu assentiu e saiu, achando que falar isso poderia ofender a Erza, mas infelizmente era o seu trabalho ali.


Jesseline se voltou para os dois magos que sobraram.


Babybrother- Jereffer controlou seu desejo de escrever meteoros perante ao título - Espero que você não tenha nada de útil para fazer amanhã, pois o idiota do French resolveu que a próxima atualização da revista precisa de mais ação, ele inventou uma luta beneficente ou coisa do tipo, já que estamos perto do natal. Vamos enfrentar uns idiotas da Fairy Tail, Raijinshû ou coisa do tipo, e quando eu disse “nós”, eu me referia a você também, Taurin - disse ela, a última palavra sendo dita na entonação de uma praga.


Logo as duas estavam se encarando, deixando o mago mais jovem impaciente.


– Algo mais?


– A, um dos meus iluminadores foi atirado contra a parede por encarar por tempo demais o traseiro daquela ruiva e quebrou o braço, então eu preciso de um novo temporário, para hoje ainda.


Uma idéia divertida ocorreu ao mago.


– Pode ser qualquer um?


– Até um padeiro, desde que seja rápido - disse ela em um tom impaciente.


– Seu desejo é uma ordem – disse ele zombeteiro, desaparecendo no ar.



__________________________________________________________________________


Mais uma parte-one já postada, como na outra, é só pular até a próxima quebra de página.



Kinanna suspirou, enquanto olhava o pomar “pague quanto puder carregar”. Era dia de batidas com frutas na guilda, e era trabalho da garçonete recém contratada as adquirir.


O lugar não era nada mais que um hectare de árvores disposta em ordem aleatória, então poderia demorar um bom tempo. Ela se dirigiu ao centro da área, onde haviam as melhores árvores, mas isso também implicava um maior esforço.


Ela se esticou para apanhar uma maçã de aparência suculenta quando ouviu o estalo de madeira quebrando atrás dela, e ela sentiu a desagradável sensação de estar sendo observada.


– Quem está aí-kina? - perguntou ela em voz alta, os olhos indo em todas as direções.



Alguns minutos antes, naquele mesmo lugar...


Cobra vagava sem destino, apenas seguindo ecos da voz que ele achou que ser Cuberos, mas sentindo que nunca faria nenhum progresso. Até que a fome o forçou entrar em uma cidade, e agora, entre um labirinto de árvores mal-cuidadas, e agora atacava avidamente um arbusto de amoras que parecia ter sido arrancado com uma foice.


“Venenosas” entendeu ele enquanto as mastigava avidamente, cuspindo os caroços e a terra que havia nelas “Nada recupera melhor a energia tanto quanto amoras ”


Ele ouviu o barulho de passos do outro lado das árvores, mas iria ignorar isso, se não fosse uma mente com traços tão familiares. Ele podia escutar que ela havia ouvido seu barulho, então ele resolveu simplesmente caminhar até ela.



Kinanna viu um homem sair trôpego de trás de trás dos arbustos. Ele vestia uma túnica branca aberta imunda, deixando exposta a pele em um tom brônzeo a amostra. O cabelo vermelho escuro e desarrumado lhe fornecia uma aparência de abandonado.


Ela não sentia medo daquela figura estranha, apenas pena. Por que ele lhe parecia tão familiar?


Vendo que o intruso parecia confuso, ela resolveu iniciar o diálogo.


– Ummm... meu nome é Kinanna, uma funcionária da Fairy Tail-kina. E você é...-kina?



Parada na frente de Cobra, estava uma jovem mulher, trajando um vestido verde. Ela tinha cabelos roxos curtos, um rosto levemente redondo e olhos levemente oblíquos como os do próprio Cobra.


Cobra podia ouvir. Ela não sentia medo dele. Ela achava que ele estava abandonado.


– Ummm... meu nome é Kinanna, uma funcionária da Fairy Tail-kina. E você é...-kina? - as palavras não faziam nenhum sentido para o reconhecimento.


Mas ele conseguiria reconhecer aquela voz vinda de qualquer canto do mundo.


Ele não se lembrava ter andando para frente, mas quando se deu por si novamente, ele estava a abraçando.


– Eu encontrei você, Cuberos - murmurou ele feliz.



Kinanna observou o jovem homem ficar a encarando de forma surpresa, e quando ele a abraçou, foi a vez dela ficar surpresa ao se sentir surpresa.


Mas por algum motivo, ela ainda não se sentia assustada, e foi então que algumas das suas memórias começaram a aflorar: dias sem conta tendo apenas ele como compania desde a infância, e mesmo assim sendo o suficiente.


– Cobra! - murmurou ela com lágrimas nos olhos, enterrando a cabeça em seu peito.


– Eu encontrei você, Cuberos - murmurou ele em um tom feliz.



________________________________________________________________________



Natsu achou que aquilo era um acaso muito estranho.


Ele não sabia realmente que o garçom daquela sorveteira seria o Jellal, e o ver ser contratado como “cara que fica segurando uma lâmpada enorme no fundo do cenário, e fica mudando ela de lugar para dar um efeito bonito” era o ápice da coincidência.


Aquilo pareceu atiçar o humor assassino da Erza.


– Aposto 1000 que ela mata alguém ainda hoje - disse Jereffer para Taurin, que parecia estar hiper ventilando, o rosto com uma coloração rosada enquanto ela observava o cenário.


Ao ver que ela estava imersa demais em pensamentos, ele escreveu uma jarra de água com cubos de gelo em cima dela.


A água fria pareceu tirar ela daquele transe.


– Desculpe, eu estava...


– Eu realmente não preciso saber - garantiu ele - E então?


– Apostado - disse ela apertando a mão dele - Ela me parece mais agoniada do que com desejo de matar.


Natsu achou que ambos seriam assassinados se a Erza soubesse que seu comportamento estava sendo alvo de apostas.


Com o passar das horas, Natsu percebeu que Taurin estava certa, e Erza parecia totalmente inquieta durante a próxima pausa na sessão.



Depois de fazer uma pose sexy pela centésima vez, Erza quase ouviu os coros celestiais quando uma pausa foi oferecida, e ela resolveu ir tomar um ar e controlar os nervos.


Vestindo um roupão para ocultar o minúsculo pedaço de tecido que a Sorcerer parecia chamar de biquíni, Erza saiu por uma porta traseira, que desembocava na margem de um canal.


“Isso sim é um lugar tranqüilo” pensou Erza respirando profundamente.


Não demorou mais que um minuto para ela ouvir a porta se abrir atrás dela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Está me perseguindo agora? - perguntou Erza reequipando a roupa para uma armadura.


Jellal suspirou, se aproximando.


– Erza, por favor, apenas me deixe falar - disse ele triste - Se o que eu falar não parecer o suficiente para você, eu juro que você nunca mais precisará olhar para mim novamente.


Ela deu um aceno rígido, tentando conter seu lado emocional.


– Eu sei que eu fiz muitas coisas horríveis, e eu mesmo nunca vou me perdoar, então eu não peço que você faça o mesmo - disse ele se aproximando cada vez mais, fazendo que Erza reequipasse uma espada de modo inconsciente - Então eu peço uma chance para provar que eu quero fazer algo de bom dessa vez.


“Erza, controle-se” ela dizia mentalmente.


Jellal fitou a espada na mão dela com desânimo.


– Mas é claro - disse ele segurando a espada pela ponta e a colocando na altura do peito - Me matar é um direito seu.


Aquilo foi demais para Erza, e Jellal ficou para lá de surpreso ao ser abraçado.


– Nunca mais fale isso, seu idiota! - disse Erza, algumas lágrimas traidoras saltando dos olhos - Nunca trate a sua vida como se fosse algo sem valor!