Fairy Tales - Fairy Love

Capítulo 3: Dragão Aluno, Dragão Professor



– Gun Magic: Tornado Shot – disparou Alzack ao mesmo tempo em que Loke ao seu lado, usava– Magic Ring: Twister!


Os dois golpes ventosos avançaram.


– Ice Make: Wall – pronunciou Gray, criando uma parede de gelo, enquanto Natsu, ao seu lado, se limitou a cruzar os braços na frente do peito com seu Karyu noTekken (Punhos de Ferro do Dragão de Fogo).


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Com uma explosão de vento, calor e lascas de gelo, o treinamento chegou ao seu ápice.


Loke foi o primeiro a conseguir ver através da nuvem de poeira formada.


– Você está bem, Gray? – perguntou ele, e viu o mago de gelo acenar por de trás de sua proteção.


– Natsu? – perguntou ele logo depois.


– Vivo – respondeu o Dragon Slayer de Fogo fazendo sinal de positivo com o dedo, semi-enterrado na poeira do chão de terra da área de treinamento – Isso foi empolgante, vamos fazer de novo? – perguntou ele com uma pequena chama saltando da boca.


Os outros magos não estavam tão energizados assim.


– E isso termina o treino de defesa – anunciou Loke ignorando Natsu – Obrigado por ajudar, Alzack.


– Não foi nada – disse o mago do oeste – Eu não tenho muito que o fazer até a Bisca voltar da missão dela, e é sempre divertido atirar em alguém. Até mais tarde – disse ele acenando.


Loke achou que era um bom ponto de vista.


– Para mim já deu – disse Gray espanando a poeira do corpo – Estamos nisso a horas, e se eu voltar para casa agora, é possível que eu consiga pegar a transmissão da final do mundial de patinação no gelo.


Sem dizer mais, ele recolheu sua camisa (ele não se lembrava de tê-la tirado) e saiu da área para treino.


Loke ajudou Natsu a sair do buraco de terra que ele próprio escavara ao parar ambos os ataques.


– Vamos comer alguma coisa na guilda – sugeriu ele – Uma batalha 1x1 entre nós não terá graça, e você parece estar dolorido demais para um treino físico.


– É só um arranhão – insistiu Natsu, apesar de aceitar a sugestão.


– Que tamanho exatamente tinha o puma que fez isso?


– Um pouco mais alto que você, com as quatro patas no chão – disse Natsu despreocupado – Como eu disse, só um arranhão, se fosse algo sério, ele teria arrancado meu braço.


– Me lembre de nunca visitar o deserto.


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Enquanto dirigiam ao edifico da guilda, conversaram sobre banalidades.


– E então – disse Natsu depois de um tempo – Como está a Garota Cabra...Áries – disse ele se lembrando do nome.


Loke pareceu subitamente interessado no tamanho de suas unhas.


– Porque eu saberia?


– Você está cheirando a lã – disse Natsu, sem perceber que Loke estava envergonhado – O que me faz pensar que ou você andou dormindo em um curral, ou esteve com ela a pouco tempo.


– Eu acabo me lembrar de alguns assuntos pendentes – disse Loke coçando a cabeça – Até outra hora – com isso ele sumiu no ar.


– Suspeito! –disse Happy que planava sobre sua cabeça – Você acha que eles precisam de um empurrãozinho, Natsu?


– Nãaao – disse Natsu sem convicção – Espíritos estão em um nível de dificultado superior. É melhor se limitar a chatear o Gray.


A guilda estava severamente vazia, então Natsu resolveu comer no balcão mesmo.


– Mira-chan – ele ia começar a pedir quando uma peça fumegante foi posta na sua frente.


Mira parecia estar em um humor esplêndido e saltitante, o que fez Natsu perguntar:


– Algum motivo para toda essa animação? – perguntou Natsu.


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– Só estou feliz – disse Mirajane meio distraida.


Era uma boa resposta para Natsu, que resolveu se concentrar na sua comida.


Em algum momento próximo a décima dentada, Gajeel se sentou ao lado.


– Salamander – disse ele em seu tom áspero – Amanhã eu e Lily vamos treinar batalhas aéreas, pode se juntar a nós se quiser – e saiu logo depois.


Natsu parou de comer e se virou para Happy, que acabava de voltar de um passeio.


– Porque será que o Gajeel mudou de idéia tão rápido?


– É porque eu disse que podíamos esquecer que ele estava lendo... – ela ia dizendo quando Mira colocou um peixe na frente dele, o que apagou sua linha de raciocínio – Peixe!


“Gato esperto” pensou Natsu.


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No outro dia, no hall da guilda...


– Mira-chan – anunciou Lucy – Estamos de volta!


Mira ainda estava meio distraída, mas “acordou” a tempo de dizer:


– Bem vindas de volta – disse ela – Como estava Oak Town?


– Cheia de maravilhosos livros, cafés e bibliotecas – disse Levy com um suspiro – E a missão também foi boa.


– Como está a guilda essa semana? – perguntou Lucy, parecendo ter pressa.


–Calma, muita gente em missão – ao notar a pressa, Mira riu – Vocês podem encontrar Natsu e Gajeel lutando como dois cães loucos na área de treino, se precisarem de entretenimento.


Lucy saiu em disparada, nem se lembrando de inventar uma desculpa para isso.


A Área de treino da guilda ficava atrás do edifico, sendo um espaço amplo de terra batida com alguns bancos delimitando seu espaço.


Lucy encontrou Lisanna em um dos bancos.


Houve uma troca de olhares malignos, que foi interrompida pela aproximação da Levy.


– Levy-chan – saudou ela amigavelmente – Lucy – disse ela de modo não tão amigável.


– Lisanna-chan – cumprimentou Levy tentando acalmar o ambiente, até que pensou em algo – Onde...


– Ali – disse Lisanna apontando para o alto, onde ocasionalmente podia se ver o brilho de ataques de fogo ou o reflexo metálico dos ataques de Gajeel – Estão nisso a horas, acho que só vão parar quando seus gatos não conseguirem mais voar;


Contra a luz, podia ver a rápida troca de golpes de modo mais nítido.


– E podemos acelerar isso – disse Bixslow rindo, enquanto se aproximava com Fried.


– Fried!Bixslow – saudou Lisanna – A quanto tempo chegaram?


– Há alguns minutos, junto com o grupo temporário da Ever – disse Fried – E agora pretendemos treinar. Eu recomendaria vocês se afastarem por alguns instantes.


Desenhando um circulo com seu ataque de runas mágicas, ele pronunciou:


– Nessa área cairão Dragon Slayers do céu – disse ele, se afastando.


Resultados instantâneos.


Gajeel conseguiu aterrissar de pé, mas Natsu não teve a mesma sorte... e aterrissou em cima de Gajeel.


– Ei que droga e essa?! – disse ele ficando de pé – Isso foi sujo! Fried, Lute comigo!


Enquanto uma pequena discussão começava, Levy havia parado de prestar atenção.


Enquanto Gajeel e Natsu discutiam com Fried e Bixslow, ela parou para observar os músculos dos Dragon Slayer, e a ocorreu que mesmo se ela fosse escolhida para o Exame classe-S , ela nunca teria chances contra magos que usavam ataques físicos, como Natsu,Elfman... E Gajeel.


"Não é bom ser considerada Frágil!" Pensou ela, ficando mais resoluta.


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Várias horas, em algum local próximo a Fairy Hills


Juvia caminhava lentamente, apreciando o tempo fresco.


A missão com a Bisca e a Evergreen fora bastante cansativa, então ela pretendia descansar o resto do dia.


“E quem sabe visitar o Gray-sama mais tarde” pensou ela cantarolando para si mesma.


Enquanto subia o declive suave que levava aos portões , Juvia notou uma silhueta encostada em uma árvore.


– Olá Gajeel-kun – disse ela – Como está hoje?


– Bem – disse ele se aproximando – Como foi sua missão?


Juvia achou aquilo estranho, mesmo eles sendo amigos, Gajeel não era o tipo de fazer perguntas educadas.


– Boa – disse ela surpresa – Juvia acha que a Bisca-san e a Evergreen-san são gentis.


Ela viu que Gajeel estava contraindo o rosto ocasionalmente, que era o modo que ele demonstrava desconforto.


– Não gostaria de tomar um chá com a Juvia e conversar? – sugeriu ela.


– Você mora no dormitório feminino – lembrou ele – Homens não podem entrar lá.


– Teoricamente falando, mas na pratica, só quando a Erza-san está por aqui – disse ela sorrindo, sendo acompanhada por Gajeel.


Poucos minutos mais tarde, Gajeel entendeu realmente o que Natsu quis dizer com Graylandia.


– Sinta-se a vontade, sente-se – disse ela mostrando uma mesa


Ele olhou para o lugar que ela indicava, uma mesinha para chá cercada de cadeiras.


– Sabe, eu não me sinto muito confortável em sentar em um lugar onde a cara de alguém foi bordada – disse ele ao ver pequenos Grays bordados no acolchoamento – Vou ficar de pé mesmo.


– Tudo bem então – disse Juvia enquanto lhe oferecia uma xícara – Alumínio derretido.


– Obrigado – disse ele tomando um longo gole.


Juvia esperou, mas ao ver que ele não falaria, resolveu tomar a iniciativa.


– Então, no que a Juvia pode te ajudar?


– Eu não me lembro de ter dito nada sobre ajuda – respondeu Gajeel esquivo.


Juvia suspirou. Ela havia esquecido o quão teimoso ele era. E teimosia era um bom indicio do problema.


– Então deixe a Juvia supor um pouco – disse ela sorrindo – Está gostando de alguém?


Gajeel soltou um grunhido que podia significar qualquer coisa, mas o fato de ele responder era um indicador positivo.


– E você precisa de ajuda, certo ? – outro grunhido inteligível, outro sim.


– Desculpe, não posso te ajudar – disse ela por fim.


– Por quê? – perguntou Gajeel surpreso e confuso.


– Gajeel-kun – disse ela com paciência – Você me considera uma pessoa de táticas delicadas e aproximação lenta?


Ele não havia pensado por esse ponto.


– Você não pediria ajuda se o caso fosse obvio como meu amor pelo Gray-sama e o dele pela Juvia... – ela pareceu perder sua linha de raciocínio, os olhos formando dois corações saltitantes.


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– Vamos manter um pouco de foco – pediu Gajeel.


– Como eu dizia... – ela pareceu voltar ao plano terrestre – Você precisa de ajuda especializada, eu recomendaria o Natsu-san.


– Salamander? – perguntou Gajeel incrédulo – Porque?


– Ambos são Dragon Slayer com nenhum sensibilidade romântica e que gostam de problemas que podem ser resolvidos com pancadas – disse Juvia – Vocês são quase irmãos, ele só é mais infantil.


Aquilo ofendeu Gajeel.


– O maldito idiota de cabelos rosa tem duas garotas se atirando em cima dele e nem percebe – disse Gajeel resoluto – Preciso de alguém mais inteligente.


– Então porque não a Lucy? – disse Juvia depois de um tempo – Ela é uma rival no amor de técnicas ardilosas, deve ter algum conselho.


Gajeel pensou um pouco, não era uma idéia ruim.


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Enquanto caminhava, Levy colocava o cérebro para funcionar.


Ela queria se tornar mais forte, mas precisaria de alguma ajuda, e queria que fosse alguém que acreditasse que sua melhoria física tinha motivações puramente profissionais.


A resposta caiu do céu... ou quase isso.


Foi Droy que caiu do céu.


– Você está bem? – perguntou ela para seu companheiro de equipe, que havia sido arremessado por algo.


– Estou – disse ele se levantando tentando manter – Estamos praticando com o Natsu – disse ele apontando para uma das arenas de treino.


Ela pressentiu que aquilo ia acabar em hematomas quando viu que Jet não se intimidara por ver seu companheiro ser arremessado para fora da grade de proteção.


– High Speed: Sonic Kick! – usou Jet partindo para cima com seu ataque.


Ela não estava errada.


O golpe explodiu contra o peito de Natsu, mas se ele sentiu, não demonstrou, e jogou Jet de volta com um Karyu noTekken (Punhos de Ferro do Dragão de Fogo) usado com as costas da mão.


– Vocês precisam de mais concentração – disse ele, falando com Jet, e se virando lentamente para Droy – Assim vocês nunca conseguirão impressionar a... Levy! – disse ele ao ver que ela estava ali.


– Pausa de 5 minutos rapazes – disse ela enquanto acenava com a cabeça para o Natsu a seguir.


Depois de distanciarem-se alguns passos, ela se virou para Natsu.


– Ei, Levy! Precisa de alguma coisa? - se adiantou ele.


– O que te faz pensar nisso? – perguntou ela surpresa.


– Você é pequena e frágil – disse ele com sua excessiva sinceridade. O maldito Dragon Slayer não sabia a hora de mentir para evitar ofensas.


– É exatamente essa a raiz do problema – disse ela com uma veia pulsando na testa – Eu posso precisar de alguma ajuda com o preparamento físico.


Como ela esperava, nenhum sorrisinho idiota ou conjectura sobre um outro motivo.


– Para o exame classe-S?- era mais uma afirmação que uma pergunta - Pode deixar Levy-chan. Uma semana de treinamento comigo e com o Happy e logo você vai ficar parecia com o Elfman!


Ela se imaginou alta e musculosa como um ogro. Isso não ia funcionar.


– Vamos nos limitar a algo mais fácil, como garantir que todos os meus ossos não vão quebrar se eu levar um golpe violento.


Aquilo fez Natsu rir, ele pareceu farejar algo que o fez rir mais.


– Porque você não disse antes? Isso é ainda é mais fácil de se conseguir...