Fairy Tales - Fairy Love

Capítulo 15: Missão simples, Missão Impossível


– Você deu sorte, mulher chuva - disse Gajeel enquanto ela saía da guilda, provavelmente para voltar para o dormitório - A devoradora de livros e o Salamander estavam atentos ao fato de você estar dormindo bastante perto do Garoto Picolé - ela pareceu um tanto confusa, e ele continuou, com uma gargalhada áspera - Você fala dormindo.


Toda a corrente sanguínea de Juvia foi redirecionada para o rosto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Mas como eles saberiam que a Juvia... Ou melhor, como você sabe? - perguntou ela com o rosto ardendo.


– Meu quarto ficava do lado do seu na sede da Phantom, as paredes eram bem finas - disse ele dando os ombros - E você foi a uma missão com eles, devem ter ouvido.


Juvia ainda estava muito corada.


– Me diga, é valida a possibilidade de ele te ouvir gemendo, caso você ficasse muito tempo por lá? - Juvia já estava em um tom que passava de rubro para roxo.


Juvia tentou um contra-ataque rápido.


– E como andam as coisas entre você e a Levy-chan?


Gajeel a encarou com indiferença, ele era um especialista em simular isso, por já ter sido indiferente á muitas coisas.


– Do que você está falando?


Juvia suspirou dramaticamente.


– Natsu-kun vai ter trabalho com vocês dois - disse ela em um tom distraído.


– O que você disse? - disse ele, ficando rígido.


– Nada - deixá-lo com uma pulga atrás da orelha era uma boa maneira de encerrar um assunto constrangedor.


___________________________________________________________________


As irmãs Strauss já começavam a se preparar para dormir quando ouviram barulhos no corredor.


– Natsu - disseram ambas. Só ele entrava em Fairy Hills fazendo mais barulho que a Quinta Cavalaria sem medo de encontrar uma morte horrível


Ele se preparava para bater quando Mira abriu a porta.


– Oi Mira! - disse ele - Me empresta sua irmã para um passeio?


O jeito em que ele colocou as coisas a fez rir.


– Hey Lis - disse ela se inclinando para trás - O Natsu está aqui com uma cara de cachorrinho com fome e quer dar uma volta.Aceite logo antes que eu vá no seu lugar.


– E arriscar ser pega pela Erza? - disse Lisanna se sentando na sua cama - Mande ele voltar no horário comercial - Ela gostava de Natsu, mas o destino horrível a que era acometidos os que desobedeciam as regras da Erza para o dormitório conseguiu neutralizar grande parte disso.


– Eu realmente não queria ter que apelar - sussurra Natsu para Mira - Fale para ela que tudo bem, vou ver se a Lucy está disponível.


Ele se virou para ocultar o sorriso.


– Garoto esperto - disse ela dando um tapinha de aprovação na cabeça dele, antes de se dobrar para trás e transmitir a mensagem.


Ela estava em “... Luc...” quando Lisanna já havia passado por debaixo do braço dela e se juntado a Natsu no corredor.


– Sabe que eu adoro passeios noturnos? - disse ela sorrindo.


Natsu sorriu, pensando que a rivalidade era uma fraqueza que pegava a todos.



Não haviam se passado nem dez segundos que eles haviam saído quando o clarão de um relâmpago encheu o quarto, e logo Laxus estava ali.


– Você pode duvidar da inteligência dele, mas não das suas técnicas de persuasão - riu Laxus, enquanto Mira ia na direção dele.


Ele realmente não esperava aquele tapa, um abraço, ou talvez um strip tease, mas não um tapa.


Plaft!


Laxus massageou o próprio rosto, recolocando a mandíbula no lugar.


– Wow! O que foi isso? - disse Laxus - para onde foi a garota doce e quão rápido a Demônia chegou?!


Mira resfolegou irritada.


– Você está de volta há exatas 15 horas, e não direcionou uma palavra a mim se não um oi, mas passou o dia inteiro zanzando por aí com o Raijinshû - disse ela terminando a sua explosão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Ele podia usar a lógica de dizer que ele preferia se encontrar com ela em particular a conversar entre a balburdia da guilda, mas lógica não funciona com garotas muito bravas. Além de água sagrada e exorcismo, poucas coisas funcionam.


Ele tentou o clássico movimento “adulação”, mas ele não pretendia se desculpar.


– Eu estou aqui agora - disse ele a puxando para o seu lado e afagando delicadamente os cabelos brancos dela - Enquanto você pode ficar comigo na hora que quiser, mas eles estavam sofrendo abstinência da minha adorável pessoa.


Ela riu daquilo, ficando um pouco menos raivosa. Mas só um pouco.


– Sabe, eu disse que eu sou o tempo todo seu, mas de uma forma poética - brincou Laxus - O Natsu não ficará passeando com a sua irmãzinha, e eu já devo agradecer a Luz Sagrada por ele ter conseguido espalhar o Raijinshû, eles estão muito grudentos.


– Desde quando vocês são tão amigos?


– Não somos, mas nossas parcerias criminosas sempre funcionaram - disse ele - Mas não se preocupe, dessa vez não tem nada relacionado a baratas gigantes.


– Não me provoque - disse Mira, de um modo que deveria soar assustador, mas Laxus achou que parecia apenas sedutor.


– E o que acontecerá se você ficar irritada? Eu acho que eu gostaria de descobrir...


_____________________________________________________________________________


Algumas horas mais cedo, nas proximidades de Fairy Hills...


Evergreen estava se ocupando na sua segunda atividade favorita (sendo a primeira apreciar a própria beleza), esculpindo.


– Ficou bonito, Ever - comentou Laxus, se aproximando.


Ela havia acabado de terminar uma estátua de fada.


– Obrigado - disse ela lisonjeada com o elogio - É para o meu quarto.


Laxus tinha a vaga lembrança de que ela enchia o seu espaço pessoal com estátuas e flores.


– Você podia criar um ambiente conflitante - disse Laxus, fingindo entender qualquer coisa sobre arte e decoração - Porque Você não começa a esculpir monstros?


Evergreen corou, como se aquilo lhe trouxesse a lembrança de outra idéia.


– Eu precisaria de um modelo, obviamente eu crio minhas estátuas de fadas baseada na minha estonteante beleza...


Laxus riu.


– Você podia usar o irmão bebê da Mira - ele fingiu tentar lembrar o nome - O grande e feio... Elfman.


Uma veia pulsou na testa de Evergreen, mas ela não corrigiu Laxus.


– Em toda caso, já que pelo menos por um tempo eu vou ficar na guilda, você não poderia fazer uma estátua para a minha casa? Uma bem grande é assustadora, você sabe, para marcar território.


Evergreen assentiu.


Laxus fez um aceno de agradecimento e saiu, com as mãos nos bolsos e assoviando, com se fosse dar uma caminhada para esticar as pernas.


Ele encontrou Natsu não muito longe dali, brincando de esmagar pedras com seu braço-armadura.


– Feito - avisou Natsu - Elfman vai ser molde, e eu apresentei aquela loja de brinquedos para o Bixslow.


– Ele vai perder dias escolhendo os bonecos perfeitos para depositar aquelas almas - concluiu Laxus - Com isso já são dois! E o Freed?


– Foi desafiado pela Cana para um duelo de bebidas, sobre minha instigação, é claro - riu Natsu - Ele não acorda mais essa semana, fique tranqüilo.


– Então isso me garante algumas horas de tranqüilidade...ou não - disse ele com uma gargalhada.


Natsu não entendeu exatamente o que ele queria dizer.


_________________________________________________________________________



No lago marítimo, que era basicamente uma baia quase vedada por um canal estreito, que ficava na traseira da Colina de Fairy Hills, Natsu e Lisanna observavam as pequenas ondas.


Era bom passar algum tempo sem fazer nada, apenas relembrar idiotices de infância. Mas ela notou que ele freqüentemente farejava o ar, como se estivesse nervoso com algo.


– Sabe, você pode dizer que está ajudando alguém - ele congelou, tentando pensar em algo, mas ela riu - Você não iria expor seu pescoço a Erza sem motivo, é necessária uma coragem além da humana para fazer isso.


Ele ainda estava tentando pensar em algo quando ela deu uma sacudidela gentil no ombro dele, para chamar sua atenção.


– Tem algo haver com o Laxus, não é? - ao ver a sobrancelha dele se arquear, ela riu - Minha irmã deveria tomar mais cuidado onde ela guarda suas cartas amorosas/eróticas.


Natsu riu.


– Sagaz - disse ele despenteando os cabelos dela com os dedos - Sim, minha tarefa é manter a Erza longe de Fairy Hills, e como eles precisam de privacidade, resolvi te chamar para dar uma volta.


Lisanna sorriu, enquanto Natsu ficou subitamente tenso.


– A Erza está voltando - disse ele farejando - Maldita seja, ela conseguiu comer um estoque de sorvete em meia hora!


– É melhor eu voltar para o dormitório - disse Lisanna, enquanto Natsu enchia o peito, do modo que fazia antes de um rugido.


– Karyū no Hōkō - no céu, fogo explodia em imagens, como se fossem fogos de artifício.



A camisa de Laxus havia acabado de encontrar um canto confortável do quarto quando ele viu o sinal de Natsu queimar no ar.


Rudimentares desenhos de palitos de fogo formavam a seguinte imagem: Um dragão e um demônio perto um do outro, antes de ambos serem perseguidos por um cavaleiro.


– Droga, esse é o meu sinal - disse ele deslizando Mira para uma posição, enquanto esquadrinhava o local a procura da sua camisa - Como pelo sétimo nível de tormento ela já está de volta?


Mira grunhiu irritada, ela havia descoberto quão divertido era desenhar coisas com as unhas, e a pele de Laxus fornecia possibilidades infinitas.


– Preciso ir - disse ele, enquanto tentava desgrudar ela do seu pescoço.


Uma sombra tapou o brilho que entrava pela janela.


– Ele tem razão - disse Natsu, empoleirado no beiral - A Erza estará aqui em questão de minutos.


– Você já ouviu o conceito da idéia “privacidade”? - perguntou Mira irritada puxando o lençol para cima - E como chegou aqui tão rápido?


– Eu corro bastante rápido, e Já, um conceito antiquado - ele farejou o ar, como se tentasse estipular um tempo - Espero que você saiba voar, Laxus.


– Eu digo o mesmo para você! - disse Laxus disparando uma carga elétrica, na intenção de derrubá-lo da janela.


Ele viu a figura desaparecer momentaneamente, mas não ouviu o doce som da queda.


– Esse braço armadura é fantástico - ele ouviu a voz de Natsu dizer, enquanto uma garra metálica se agarrava ao peitoril - A não ser que você tenha um desses, Corra!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Era um conselho sábio, mas ele manteve seu orgulho e dignidade... Por aproximadamente 20 passos.


Natsu subiu ao telhado para ter uma visão melhor.


Erza caminhava rigidamente, mas Natsu achou que ela ainda estava um pouco cabisbaixa.


– Ela não parece muito empolgada, não é? - ele se virou e encontrou Levy, que estava com um telescópio e algumas coisas que pareciam mapas abertos.


– Sabe, existe um momento esquisito em que você está se escondendo em um telhado e encontra alguém lá - disse Natsu - Mas eu concordo. A propósito, o que você está fazendo?


– Só verificando alguns mapas estelares de constelações mais visíveis no inverno estão corretos - disse ela com se fosse algo simples e cotidiano - Você faz idéia de porque a recuperação não foi total.


Natsu riu.


– Porque ela é uma noz muito dura de quebrar - brincou ele - Mas, exatamente por isso, acho que tudo depende da chance de eu conseguir soltar um certo criminoso internacional da prisão do Conselho da Magia...