A chegada de Beckett e do Gustavo ao apartamento de cobertura de Rick foi muito festejada.

— Katherine, querida, que saudade! – Martha abraçou a nora assim que esta entrou em casa. — Eu não te vejo há duas semanas. Esta semana foi uma loucura pra você na delegacia, que eu já sei e na semana passada eu viajei com umas amigas.

— Eu também estava com saudades de você, Martha.

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Terminando de abraçar a Beckett, Martha carregou Gustavo assim que foi possível e o abraçou forte.

— Meu Deus, como eu amo esse menino! – Martha o apertava nos braços, sorria toda feliz e o enchia de beijos.

— Eu também te amo, vovó. – ele apertou o pescoço da avó de Alexis, a quem ele também chamava carinhosamente de avó.

Martha reparou o modo como Gustavo estava vestido e sorriu feliz — E como está lindo com esse roupão por cima desse pijama.

Sem ser afetado ou mesmo sem se esforçar, o garoto fez um trejeito no rosto, tipo uma caricatura para fazer uma zoação— Vovó eu estou lindo mesmo, é?... Eu sou charmoso igual ao Rick... Eu sou “Bonitão” também, né Rick?

Todos riram do jeito naturalmente engraçado de mini-Rick que o garoto tinha.

— Ah, está certo, “Bonitão”. – Martha era apaixonada pelo netinho e se divertia do modo espontâneo dele falar e brincar — Iiihhh!!! Mais uma coincidência, Katherine – Martha comentou em tom de pilhéria —, no dia em que o Gustavo nasceu também estava em falta de “modéstia”, não é? Colocaram dose tripla de beleza e simpatia, mas nada de modéstia. Igual como aconteceu no dia em que o Richard nasceu.

Os adultos riram até que o menino resmungou porque já queria brincar com a amiguinha — Vovó, agora me bote no chão, por favor, porque eu tenho que conversar com Alexis.

Aquele pedido tão formal vindo de um molequinho de quatro aninhos fez os adultos rirem muito. Aliás, tudo que as crianças faziam, os adultos sorriam e achavam lindo, pois ambas eram a alegria da família.

As duas crianças correram para se encontrar e se jogaram no tapete da sala de estar e lá ficaram rindo e conversando.

Os adultos, sorridentes, seguiram as crianças com os olhos.

— Eu queria saber o que eles tanto conversam e os assuntos não acabam nunca. – Martha sondava.

— Os dois são divertidos, extrovertidos e afáveis. – Richard se derretia ao falar das crianças — Eles alegram a nossa vida e amamos tudo o que eles falam e fazem. São lindos juntos, não é, parecem que se conhecem desde o berçário, só que a Alexis tem dois anos a mais que ele e isso não impede a amizade deles. – comentou todo feliz.

— Peraê que eu vou pegar uma toalhinha para enxugar sua baba, Rick... – Kate comentou radiante.

Eles riram da graça de Kate e ela continuou — Quando você fala deles, você faz uma cara tão linda, amor, fica todo bobo e apaixonado.

— Acho que eu também fico assim, viu... – Martha confessou — E você fica falando do Richard, Katherine, mas também fica toda risonha quando fala da Alexis e do Gustavo.

— Ah, eu amo estas crianças, Martha. Vou falar uma coisa, mas não pensem que eu estou maluca... – Beckett avisou— Eu olho para a Alexis e tenho a impressão que ela é minha filha. Pode um negócio desse? Me dá um arrepio!

— O amor materno e paterno não tem explicação e independe da consanguinidade, Katherine. – Martha se emocionou ao ouvir aquele comentário da nora e a moça assentiu, concordando.

— Gente, olha para aqueles dois. – Kate fez um gesto com o queixo, apontando para as duas crianças — Nunca vi terem tanto assunto. Acho que estão planejando alguma peraltice... Um segredo. – Katherine segredou e todos riram.

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Naquele momento o interfone tocou e era o Concierge anunciando que o jantar havia chegado e já ia subir.

O jantar foi um sucesso. Tudo estava delicioso.

Enquanto o jovem casal comia, Martha chegou perto e anunciou que já ia subir. — Crianças, eu já vou dormir. Estou com muito sono. Vocês cuidam dos filhos de vocês, ok? Katherine, eu já arrumei a cama do Gustavo no quarto de hóspedes. Aliás, o quarto já é dele... Você sabe que ele sempre dorme lá, não é?

— Oh, tá certo, Martha. Obrigada.

— Boa noite, crianças! – ela falou para o filho e para a nora e, chegando perto dos netos, ela os cumprimentou — Meus amores, a vovó já vai dormir. Boa noite.

As duas crianças se levantaram e abraçaram a avó e disseram em coro — Boa noite, vovó!

Após a saída da mãe, Rick prosseguiu o jantar com a namorada enquanto as crianças, em meio a muitas risadas, foram para o quarto dos brinquedos.

— Amor, acho que já está na hora de pôr o Gustavo para dormir. Já passa das vinte horas. – Beckett falou preocupada.

— Ah, só hoje... Hoje é sexta-feira e ele está tão contente com a Alexis... Vamos continuar nosso jantar. Depois a gente resolve isso, ok?

A moça anuiu e continuaram conversando e se deliciando com o jantar.

O casal lavou a louça do jantar e ainda na cozinha, começaram a bebericar um drink, e conversar.

Rick puxa um assunto — Quer dizer que a senhorita é o maior sucesso na Delegacia. Só hoje foram dois apaixonados. – Castle disse demonstrando ciúme por trás da brincadeira, mas não havia tom grosseiro ou acusação — Foi o ex namorado, Josh, vindo do passado... Direto do túnel do tempo e o Erik Vaughn, pai da vítima, que se derramou em elogios e te convidou para almoçar...— Richard fez bico, fazendo charme e indicando que não se tratava de cobranças ou briga.

— Sério!! Você teve a tarde toda para tocar no assunto e só falou agora... – ela riu. — Não acredito que o senhor está com ciúmes. – Katherine sorriu incrédula.

— Eu me controlei porque vi que você estava muito atarefada, mas não parei de pensar sobre isso a tarde toda. – ele estava sendo sincero.

Katherine deu uma passada de olho no local onde as crianças tinham estado e viu que elas realmente tinham saído dali e estavam distantes no quarto de brinquedo, entretidas em conversas e brincadeiras delas mesmas — Mas você não só sabe, mas também viu que não tem motivo para ter ciúmes, correto? – ela chegou perto dele e o abraçou pelo pescoço — Você sabe que eu só tenho olhos para um certo jornalista bonitão, muito alto, muito inteligente, muito charmoso e que é uma delícia! - ela beijou o namorado de forma apaixonada.

O beijo se tornava mais intenso a cada minuto — Eu te amo tanto, Kate, mas fiquei maluco quando vi e ouvi aqueles dois homens dando em cima de você.

— Mas...

— Eu sei que você não deu motivo para eu sentir ciúmes, tampouco deu espaço para eles flertarem com você. Eu sei, mas...

Ela continuava pendurada no pescoço ao mesmo tempo em que ele a abraçava pela cintura, apertando-a nos braços — Não tem esse “mas”, Rick. – Ela ria e dava um monte de selinho nele e prosseguiu — Amor da minha vida, se fosse para alguém aqui ter ciúme, esse alguém seria eu, porque não importa aonde a gente vá... Shopping, Restaurante, Teatro, Cinema, Praia, Parques... Não importa se a gente vá sozinho ou com nossos filhos... Em todo lugar tem um bando de mulher correndo ao seu encontro e é um tal de "vamos tirar uma selfie, Rick?" – de forma exagerada e sorridente, Kate encenou o papel de uma fã— e tem umas que ainda tem a petulância de pedir para eu tirar a foto delas agarradas ao seu pescoço... E eu tiro a fotografia e ainda me vejo obrigada a dar risadinhas para não ser a namorada chata... – ele comentou fazendo caras e bocas e ele ria muito do ciúme dela — Então, meu amor... Por mais que eu tenha vontade de dar um sopapo em cada uma daquelas mulheres, eu me controlo, conto até dez, respiro fundo e espero elas irem embora.

Você nunca me contou que tinha ciúmes dessas fãs. – ele achou engraçado ela desabafar sobre aquele assunto.

— Pra que? Pra que eu ia te contar? Quando eu te conheci você já era o “Bonitão”, já era delicioso, já era uma celebridade e já tinha milhares de fãs, então... Era “ficar” ou “largar” e eu preferi "ficar", desde que não passem do limite... Elas e você, está entendendo, Sr. Jornalista, até porque eu ando armada... – ela fez graça.

— Sim senhora! – ele aceitou a brincadeira e riu.

Eles se beijaram novamente.

Assim que terminaram o beijo, eles continuaram conversando até que Richard tocou em um assunto melindroso e, sem titubear, foi direto ao ponto — Kate, o Josh Davidson é o pai do Gustavo?

Sem contar dois segundos, Kate se soltou dos braços do namorado, empurrando-o para longe, demonstrando, assim, ter ficado muito irritada e decepcionada com a pergunta que ele fizera e com muito controle conseguiu conter o tom de voz para as crianças não ouvirem — Você é surdo, louco ou o que, eihm? Porque burro eu sei que você não é.

— Calma, Kate... Eu apenas...

“Apenas...”? “Apenas...”, o que, Richard Castle? “Apenas” quis me irritar, é isso? É... Só pode.

Ele tentou abraça-la novamente, mas foi repelido com veemência.

— Não me toque! – Ela estava furiosa e andou pela cozinha até se encostar a uma bancada e ficou de costas para o namorado. Ela estava muito aborrecida com a pergunta despropositada dele.

Beckett respirava forte e com os os olhos cheios de lágrimas se virou para ficar de frente a ele ao comentar — Se eu estivesse na minha casa, você não ficaria lá por mais um segundo, mas eu não estou lá. Estou na sua casa e não vou sair a esta hora com o Gustavo, porque ele vai chorar e eu não quero magoar meu filho nem a sua filha.

Ele caminhou até ela e tentou fazer um carinho nos cabelos dela, mas ela desviou a cabeça, evitando-o. Ele, então, a segurou firme pelos ombros, mas sem brutalidade, e falou com voz suave, demonstrando todo amor que sentia por ela, portanto ela não recuou — Kate, eu te peço perdão. Pelo que você falou para aquele sujeito, óbvio que eu percebi que o Gustavo não era filho dele, mas é que eu estava cismado com a cor dos olhos dele... Azuis claros iguais ao do Gustavo e os seus olhos são verdes...

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— Ah, Castle! - Kate procurava ter calma— Os olhos do Josh são escuros, acho que castanhos escuros... Ele deve estar usando lentes de contatos azuis... Só pode ser isso. Taí, Castle, a cor dos olhos é mais um motivo para ser impossível o Gustavo ser filho daquele infeliz.

— Desculpe, Kate... Eu apenas queria... Não sei...

— Você queria o que, eihm? – Kate estava mais furiosa ainda — Você queria ter certeza? É isso? Mas, Castle, eu deixei claro. Palavra por palavra! Eu falei grego, foi isso?

— Não, Kate. – ele negou — Você não deixou claro. Você disse que se ele quisesse, era para pedir um exame de paternidade... - Houve alguns segundos de silêncio e Richard meditava — Você tem razão, amor, você deixou claro... Meu ciúme falou mais alto e fiquei confuso... Aliás, minha raiva por aquele imbecil me fez fazer este papelão agora com você. Estou recordando suas palavras, amor... Você disse que iria processá-lo por difamação e calúnia, então ele iria ficar te devendo até a próxima geração...

— É, depois eu disse que Deus havia me livrado de ter tido um filho dele. Então, se eu disse isso é porque tenho certeza que o Gustavo não é filho dele. Óbvio! Ah, sim, óbvio, porque eu não blefaria com um assunto tão delicado que é meu filho. – Kate já estava mais calma — Eu nunca arriscaria perder meu filho para um crápula! E graças a Deus eu não corro o risco de perder meu filho, porque eu não sei quem é... – ela parou de falar ao perceber que tinha falado demais

— Graças a Deus que “você não sabe quem é...” o que, Kate?

Ela ficou sem graça e isso não passou despercebido dele. Tentou sair de onde estava, mas ele não permitiu.

— Você não sabe quem é o pai do Gustavo, é isso?

— Chega desse assunto, Castle. Chega! – ela não mais estava irritada. Ela agora estava tensa.

— Kate, eu não quero ser invasivo, mas eu preciso falar... Meu amor, eu te amo e te respeito e pouco me importa o que você fez para conseguir engravidar, mesmo que pra isso você nem se lembre do pai do garoto e nem saiba o nome do cara. Meu amor, na verdade eu achei isso ótimo. Excelente! Kate, se você não sabe quem é o pai do Gustavo, eu amaria que você me deixasse ser o pai dele. E se o registro de nascimento dele não tiver o nome do pai, eu teria o imenso prazer se você me permitisse colocar lá o meu nome. – ele a abraçou e desta vez ela não o repeliu — Kate, eu te amo e amo o Gustavo. Eu tenho certeza que vocês me amam. – Rick estava emocionado. — Kate, você sabe que eu quero me casar com você. Eu quero formar uma família com você. Já que você não pode me dar outro filho, me dê o Gustavo. Eu não me importo quem seja o pai biológico dele, porque o que depender de mim, eu serei o pai dele, o pai que vai dar amor. Eu já o amo e o que mais quero é que, juntamente com você, vamos ajudar a formar o caráter dele. Kate, eu e ele nos damos tão bem e ele e Alexis se amam mais do que dois amiguinhos ou coleguinhas de escola. Eles se amam como dois irmãos. Por coincidência, ele até se parece comigo, mas não é por isso que eu quero ser o pai dele... Isso é apenas uma coincidência. Eu quero ser o pai dele porque eu amo vocês dois e vocês dois me amam e também amam minha filha. A Alexis vai adorar ser irmã do Gustavo e minha mãe então, Nossa Senhora! Ela já adorou o dia em que o Gustavo pediu para chama-la de avó... Seus pais também vão amar, eu tenho certeza.

A essa altura, Kate já chorava nos ombros do namorado — Eu jurei que não te contaria tão cedo sobre isso porque eu estava com receio da sua reação e a reação da sua mãe, mas você tem razão, Rick. Eu não sei quem é o pai do Gustavo. Sei apenas que o Josh... Sei que aquele monstro não é o pai dele. Eu só engravidei do Gustavo em uma viagem que eu fiz à Europa, muitos meses depois que eu terminei o namoro com o Josh. Aliás, um namoro terrível que prefiro não tocar no assunto nunca mais.

— Hey, amor, não fique assim. Esqueça aquele homem. Aliás, ele já estava no seu passado mesmo, né? Então, devolva-o para lá, para bem longe. – ele se afastou um pouco, o suficiente para olhá-la nos olhos e aproveitou para passar os dedos com cuidado para secar as lágrimas sem borrar a maquiagem dela. — Não tome nenhuma decisão agora. Saiba apenas que a oferta para ser pai do Gustavo saiu do meu coração. Não foi por impulso só porque você estava com raiva de mim pela asneira que eu tinha falado. Também não fiz este pedido para ganhar pontos com você. Você me conhece e sabe que eu não faria um pedido tão importante como esse se não fosse sincero. Pense com calma, mas não se esqueça que eu amo vocês e quero me casar com você. Acho até que eu vou aproveitar esta oportunidade para te fazer novamente o mesmo pedido que te faço sempre e que te fiz no primeiro dia e agora é tão sério quanto naquele dia. Katherine Beckett, você aceita se casar comigo? – Ele estava muito emocionado.

— Sim! – ela se jogou novamente nos braços dele— Sim! Sim! Sim! Mil vezes, sim, Rick. Eu te amo e quero me casar com você. Eu quero ser sua esposa. Eu quero te fazer feliz e quero que você me faça feliz. Aliás, você já me faz feliz. Sou a mulher mais feliz do mundo. Acredite! Vamos ser felizes para o resto das nossas vidas.

Com os olhos molhados, ele olhou para ela e brincou — Somos dois chorões! Mas dois chorões apaixonados!

Ao lado deles havia um suporte de aço para guardanapos de papel. Rick pegou um guardanapo macio e secou os próprios olhos. Pegou outro e com mais cuidado ainda, ele secou os olhos dela.

— Eu devo estar toda borrada.

— Negativo! Se eu não fosse jornalista, eu poderia ser “Secador de Lágrimas”, pois não borrei sua maquiagem. – ele brincou, fazendo-a rir.

O casal já não estava mais chorando. — Querida, você me faz cada dia mais feliz. Hey, amor, por mais que eu quisesse casar com você, eu não iria repetir a pergunta hoje e por isso ainda não comprei o seu anel de noivado, mas mesmo assim não vou deixar passar em branco esse momento, a senhorita não vai sair daqui sem um anel. – Ele foi até o armário e tirou de lá um saco de pão e o trouxe até Kate.

Sem entender o que ele pretendia, ela perguntou— Vamos comer pão para celebrar o nosso noivado, é isso? – ela achou estranho— Meio incomum isso, viu...

— Muita calma nessa hora, querida – Castle brincou e rapidamente abriu o pacote que estava amarrado com um fitilho aramado flexível branco de onze centímetros e o levou até o dedo anular dela e deu duas voltas até formar um círculo.— Por esta noite seu anel será feito de fitilho aramado de amarrar saco de pão. Agora você é oficialmente minha noiva.

Ao dizer isso ele a puxou para si, meio brusco, mas sem grosseria, contudo muito excitante, e a beijou de forma inesperada e apaixonada, acariciando os cabelos, as costas e o pescoço dela e roçava seu sexo no dela e àquela altura, ambos estavam excitados.

— Uaauuwww!!! Que delícia! Que noivo gostoso que eu tenho! Eu preciso de você agora, Rick. – ela sussurrou ainda com os lábios colados aos dele, remexendo seus quadris de modo a facilitar e aumentar a fricção dos corpos.

— É!? – ele perguntou com voz safada e a apertou, deu uma mordiscada no pescoço dela — E como é que minha noiva linda e gostosa precisa de mim agora, eihm? – Rick provocava colaborando com a fricção dos corpos. — Assim?

Kate que já acariciava as costas, o pescoço e os cabelos macios do namorado, levou suas mãos até as nádegas dele, o empurrando em sua direção, aumentando a sensação de prazer e imediatamente levou a mão direita até o membro ereto dele e apalpou por cima da calça social — Eu te quero dentro de mim, mas antes, eu quero fazer muito mais coisas com você... Quero beijar seu corpo todo, te fazer carinhos... E quero que você me faça as mesmas coisas comigo.

— Oh, meu Deus! – excitado, Rick gemeu mais alto do que pretendia. – Jesus!

— Papai, você vai rezar aqui na cozinha, é? – Alexis perguntou entrando com Gustavo na cozinha, assustando o casal.

Pegos no flagra, Rick estava visivelmente excitado, ou seja, se encontrava em uma situação delicada... Aliás, uma situação mais para dramática e o único modo que encontrou para camuflar aquela situação foi fazer graça para divertir e distrair as crianças. Então resolveu carregar a noiva no colo para as crianças acharem graça.

Muito rapidamente e fazendo alguns trejeitos divertidos no rosto, Rick carregou Kate nos braços e a levou ao sofá. Chegando lá, ele se sentou e a colocou no colo.

A encenação deu certo e as crianças se embolaram de rir quando viram a cena.

— A mamãe agora virou criancinha de braço – comentou Gustavo ainda rindo.

A brincadeira serviu para Rick ficar sossegado e acalmar o corpo, então, aproveitando bem o momento, ele avisou que já era hora das crianças dormirem, só que a notícia não foi bem recebida.

— Oh, meu Deus! – Alexis se lamentou e Rick aproveitou a deixa e explicou.

— Foi isso mesmo que eu acabei de falar lá na cozinha quando eu percebi que já estava tarde, filha. E falei “Oh, meu Deus!!!, “Jesus!”.

— Ah, entendi, papai! Pensei que você estivesse rezando com a Kate. – ela justificou com inocência — Mas, papai, eu não quero dormir agora. – Alexis protestou.

— Eu também não quero dormir agora, mamãe. – Gustavo fez um bico lindo ao se insurgir contra a ordem de dormir, mas seus olhos sonolentos diziam outra coisa.

— Rapazinho, você pode nem querer dormir agora, mas seus olhos estão quase se fechando – Katherine comentou e saiu do colo do namorado, pois a situação do corpo dele já se acalmara. Ela se sentou no sofá.

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Assim que a mãe saiu do colo de Rick, Gustavo subiu no sofá e, muito à vontade, tomou o lugar da mãe e começou a ponderar com o mais velho, com coerência — Repare só Rick... – parecia um homenzinho falando.

Prendendo o riso para não intimidar o garotinho, Castle assentiu — Estou reparando. Diga, meu amorzinho.

— Pois é, Rick. Repare só. Amanhã não tem escola... – o organismo do menininho o obrigou a fazer uma pausa para bocejar. Um bocejo muito longo e, sem maldar que o bocejo entregava o sono que sentia, ele continuou — então eu e Alexis podemos ficar acordados e brincando até mais tarde?

Kate só apreciava a conversa dos dois homens da sua vida e queria ver onde aquilo ia dar. Estava evidente no olhar e nas palavras de Rick que ele amava aquela criança e corria o risco dele ser convencido por Gustavo, pois seu filho sabia usar argumentos fortes. Ele era muito inteligente. Beckett queria ver quem dobrava quem. Mas talvez aquele dia não fosse o ideal para medir isso, pois do mesmo modo que dava para ver o amor entre os dois, dava para ver também o sono estampado na carinha linda do Gustavo.

— Mas, meu lindinho – Rick tentava explicar —, como é que você disse que quer ficar acordado até tarde se você está morrendo de sono, eihm? – o garoto torceu a boca, franziu o nariz e a testa, sinais típicos de quem não sabia o que responder. Então, Castle continuou de forma bem carinhosa — Meu lindo... – ele olhou para Alexis que ouvia atentamente a conversa e a chamou — Vem cá filha. – A garota veio e foi acomodada no colo do pai ao lado da outra criança. — Pois é, meus amores, eu sei que vocês querem brincar mais, no entanto, dá pra perceber que vocês dois estão morrendo de sono. – ele olhou para Katherine e deu uma piscadinha teatral sem que as crianças notassem — Eu e a Kate também estamos morrendo de sono e vamos dormir assim que vocês dormirem, né, amor?

— Estou que não me aguento de sono – como se fosse um atriz, Kate fingiu um bocejo de ganhar o Oscar® e Richard se prendeu para não rir, até porque ele também estava bocejando de mentirinha.

As crianças viam tudo com atenção e não perceberam a encenação dos pais.

Ao falar, Richard usava um tom de voz bem vagaroso e baixinho, ideal para fazer qualquer pessoa dormir e era o que estava acontecendo, pois, as duas crianças estavam com os olhos pesados e o pescoço pendendo para frente.

— Amanhã a gente vai poder brincar? – Gustavo perguntava tropeçando nas palavras por conta do sono.

— Claro, meu amor! Vamos fazer uma programação bem divertida.

Katherine se levantou do sofá e chamou Alexis, pegando nas suas mãos — Você quer que eu te ajude a pôr o pijama, meu amor?

A menina, mesmo sonolenta, demonstrou ter amado aquele convite — Você faria isso?

— Foi o que eu disse. Venha, querida.

— E eu vou colocar este rapazinho na cama dele. — Rick carregou o garoto que já estava cochilando, mas lutando para manter os olhos abertos.

Chegando ao quarto de hóspedes que estava provisoriamente adaptado para ser o quarto do Gustavo, Rick retirou o roupão do garotinho, o deixou de pijama e rapidamente o pôs na cama, o cobrindo com um grosso e macio edredom e fez um carinho no rosto e nos cabelos do garotinho, sentando-se na cama bem próximo ao travesseiro para dar boa noite ao menino. — Deus te abençoe, filho! Bons sonhos! – Rick se abaixou e depositou um beijo na testa infantil. — Eu te amo.

Quando Rick se preparava para se levantar e se retirar, Gustavo segurou a sua mão e disse algo surpreendente— Rick, eu queria que você fosse meu pai.

Emocionado por conta daquele pedido, Rick sondou — Você queria que eu fosse seu pai para você ser irmão da Alexis? É isso?

— Não! Não é isso. Eu gosto da Alexis também. Ela é minha amiga e podia também ser minha irmã e eu iria adorar! Mas é que eu gosto quando você cuida de mim, Rick, e me coloca pra dormir e me faz carinho de pai igual como eu vejo você fazer com a Alexis e também nos filminhos que eu assisto de vez em quando na TV.

Controlando sua emoção, Rick confessou — Pois eu também gostaria muito que você fosse meu filho. Eu seria o homem mais feliz do mundo se eu fosse seu pai, Gustavo.

— Então vamos pedir à mamãe? – apesar de maduro para a idade, ele era ingênuo como qualquer criança — Mas eu também vou pedir ao Papai do Céu para a mamãe deixar você ser meu pai.

— Eu também vou fazer isso na hora que eu for dormir, tá certo? Eu vou pedir ao Papai do Céu.

— Certo! – o garoto aprovou— Rick, se a mamãe deixar você ser meu pai, você vai deixar eu te chamar de “papai”?

— Garoto, se você me chamar de “papai” eu vou ser o pai mais feliz do mundo.

— Então, boa noite, papai! – Gustavo falou meio sem graça, mas logo justificou— Estou treinando...

— Pois ficou ótimo, meu filho! – Rick piscou o olho, tipo cumplicidade entre pai e filho. — Também estou treinando.

Como qualquer pai amoroso, Rick se deitou na cama junto com o garoto e o abraçou forte — Você é o filho que eu pedi a Deus, cara! – confessou.

— E a Alexis?

— A Alexis? Ela é a filha que eu pedi a Deus. Ela é uma menina e você é um menino.

— Ah, tá. É mesmo. Entendi. Então ela é a “filha” que você pediu a Deus e eu sou o “filho” que você pediu a Deus, não é?

— Sim! Você é esperto, viu?

Feliz com o elogio do Castle, Gustavo deu um bocejo bem grande e se mexeu na cama escolhendo uma posição confortável para dormir e fechou os olhos, mas logo o abriu para se despedir — Boa noite, papai. – e sussurrou— É o nosso segredo, tá certo?

— Certo, meu filho. Boa noite. Eu te amo.

— Eu também te amo, papai.

Muito rapidamente o garotinho pegou no sono.

Rick voltou a se sentar na cama, mas logo se levantou e com um nó na garganta ficou observando o garoto a quem tanto amava: Ele agora seria seu filho.

Apagou o abajur, saiu do quarto, fechando a porta atrás de si e encostou-se a ela.

Ao ver-se sozinho fora do quarto do seu garotinho, Rick não conseguiu conter sua emoção e deixou as lágrimas descerem. O desejo do garoto era o mesmo que o dele: serem pai e filho.

Continua...