Leah acordou zonza, sua cabeça doía e sua visão continuava um pouco embaçada. Ela se sentou na cama, se espreguiçando. Olhando ao redor Leah constatou que ou ainda estava dormindo ou tinha sido raptada, já que nunca havia visto o lugar onde estava antes.

A garota levou os pés para fora da cama, sentindo o gelo que estava à pedra de granito preto do quarto. Leah olhou ao redor, achando alem da cama, um guarda-roupa pequeno, uma mesinha de estudos, uma prateleira vazia e empoeirada, e a porta de um banheiro.

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A loira não achou seus sapatos em lugar algum, mesmo procurando no guarda-roupa, embaixo da cama, no banheiro e nada. Alem disso ela não estava mais com seu vestido. Pelo contrario, ela usava um jeans e uma regata básica. Apesar das roupas servirem lhe bem, ela ainda se perguntava quem a havia trocado e como descobriram seu número.

Cansada de ficar ali, sendo feita de refém, Leah saiu do quarto descalça mesmo, sem se importar se seus pés machucassem. Ao abrir a porta, ela se encontrou em um longo corredor, com uma grande sala no final. A luz que entrava no corredor, vinda da misteriosa sala era grande.

Leah andou pelo corredor, observando as varias portas de quartos fechados. Se detendo a cada porta nova que passava, tentando descobrir quem era o dono de cada uma delas. Cada uma das portas tinha uma pintura, um contraste diferente.

Algumas eram feitas de materiais diferentes, como uma madeira mais escura que as demais. Outras eram pintadas de cores vibrantes e divertidas, já outras eram totalmente pretas. Só que em todas elas, haviam siglas. Duas letras que fossem, que Leah imaginou serem as iniciais dos donos do quarto.

A garota chegou finalmente à sala, depois de demoradas avaliações sobre a arte em cada quarto. Seus olhos arderam assim que a luz atingiu seu rosto. Era uma sala ampla, com as paredes revestidas de tijolos vermelhos, um conjunto de sofás vermelho escuro se encontrava perto da grande janela que dava para a sacada do lugar. Os móveis eram rústicos, dando certa naturalidade sombria no lugar.

E ele estava lá. É claro que estava. Leah se sentia burra por não ter percebido antes. Ele estava sentado, confortavelmente no sofá, com as pernas esticadas por toda a extensão das almofadas. Limpando uma arma preta em mãos. Ele parecia incrivelmente sedutor e perigoso daquele jeito. E Leah tinha que admitir a si mesma, que gostava do que via. Mesmo tendo a leve sensação de que a culpa de ela estar ali fosse toda dele.

- Que lugar é esse? – Leah perguntou diretamente. Tomando coragem para apenas abrir a boca, agora que o garoto se encontrava armado.

- Esse é um prédio abandonado, perto do porto de LA. – Sean respondeu. Sem tirar os olhos de sua arma, uma pistola, pelo que Leah pode identificar.

- Não parece abandonado para mim. – Leah comentou.

- Para o resto da cidade ele é. – Sean disse.

- O que eu faço aqui? – Leah perguntou. Encarando-o sem piedade.

Sean tirou os olhos de seu pequeno serviço e olhou para a garota. Seu olhar frio e vazio. Não cabia a ele explicar o motivo da garota estar ali.

Nem Leah e nem Sean olharam para Megan quando ela entrou na sala, eles estavam ocupados demais desvendando os olhos um do outro.

Megan bateu na perna de Sean, que finalmente lhe deu atenção. Ela tirou as pernas do irmão de cima do sofá, fazendo-o sentar e dar espaço a ela.

- Pare de assustar a garota, Sean. – Megan reclamou. Sean revirou os olhos.

- Ela é seu serviço, por que não estava aqui quando ela acordou? – Sean perguntou.

- Eu estava ocupada, é claro. Terminando seu trabalhinho sujo. – respondeu Megan ao irmão, que apenas revirou os olhos mais uma vez e se levantou.

Ele passou por Leah, jogando a arma que tinha em mãos para a garota. A loira se assustou quase deixando a arma cair no chão. Sean riu. O coração de Leah fracassou.

O garoto passou por Leah, indo pelo corredor até seu quarto. Ao lado do de Leah, pelo que ela pode perceber. Sean fechou sua porta preta atrás de suas costas.

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Leah segurava a arma como se tivesse uma bomba relógio nas mãos. Que fosse explodir a qualquer minuto. Só que sua cabeça não estava na arma, mas sim em seu dono.

- Leah, essa arma não vai te matar se você não puxar o gatilho. – Megan disse.

A garota despertou de seus pensamentos, olhando para Megan com um sorriso bobo.

- Sim, eu sei. – Leah disse.

- Garota, você não sabe mesmo onde esta se metendo não é? – Megan perguntou.

- Do que esta falando? – perguntou Leah.

- Nada, você vai perceber mais cedo ou mais tarde. – Megan disse. – Venha, vou te mostrar o lugar.