Ninguém diz absolutamente nada, nem mesmo Ana Flávia, pois, ao contrário de antes, ela não enfrentava mais Viviane.
Joana: (quebrando o clima tenso, como sempre) Vamos jantar antes que esfrie.
Viviane: Claro, vamos!
Viviane segura a mão se Gustavo a força, e os dois vão de mãos dadas até a mesa de jantar, e Ana Flávia se corroía por dentro de tanta raiva.
Mesa do jantar.
Viviane: Então vamos logo ao assunto que me trouxe aqui.
Ana Flávia: E qual foi o motivo que te trouxe aqui, a Manu ou meu marido?
Viviane: A Manu, é óbvio! Mas é sempre bom rever os velhos amigos. (pisca para Gustavo, com um olhar pícaro)
Gustavo: Espero que vocês não comecem a discutir agora.
Viviane: Claro que não, não perderia meu tempo discutindo com qualquer pessoa. Bom, sobre a festa da Manu, eu já pensei em quase tudo, no tema, no buffet, no local, n...
Gustavo: (interrompe) Vivi, se levanta lembra do nosso combinado? Que a Ana iria te ajudar em tudo, e parece que não é isso que está acontecendo, você está fazendo tudo sozinha!
Viviane: (engolindo seu orgulho) Desculpa... É que ela não se interessa, e eu conheço muitas pessoas, aí eu acabo fazendo tudo sozinha!
Joana: Vivi, eu tenho certeza que a partir de agora, ela vai te ajudar em tudo, dando opiniões, e tal. Não é mesmo Ana Flávia?
Ana Flávia: Claro. (seca)
Viviane: Já que é assim, passa amanhã na empresa pra conversamos, e decidiremos o que vai ser feito. (se levantando) O jantar estava ótimo, mas tenho que ir.
Gustavo: Eu te acompanho até a porta.
Viviane: Como queira.
Os dois saem.
Porta da casa (lado de fora).
Gustavo: (puxando-a pelo braço) O que você ganha provocando Ana Flávia, hein?
Viviane: (se soltando) Primeiro me solta, que eu não sou suas amiguinhas pra que você tenha esse tipo de liberdade comigo! E depois, eu amo vê-la com cara de tonta quando eu me aproximo de você (rindo).
Gustavo: Essa é a desculpa que você usa, mas eu tenho certeza que você se aproveita disso.
Viviane: Ah, faça me um favor Gustavo, até parece que eu iria me aproveitar dessa situação pra me aproximar de você!
Gustavo: Mudando de assunto, eu já não te disse que não quero que você vá ver a Manu sem o meu consentimento?
Viviane: Carmen te disse que eu estive lá?
Gustavo: Não. Eu fui vê-la, e ela apareceu com uma boneca que era quase maior que ela, e eu logo deduzi que tinha sido você!
Viviane: Eu não sei qual a necessidade de eu ter que pedir permissão à você pra vê-la!
Gustavo: Porque ela é minha filha, e nós combinamos que seria assim, e você não está cumprindo com a sua palavra!.
Viviane: Você disse, quando eu perdi a minha filha, que eu poderia ver a Manu quando eu quisesse, acho que é você que não está cumprindo com o combinado!
Gustavo: Quando você quisesse, desde que eu fosse comunicado! Minha filha, minhas regras!
Viviane: (começa a chorar) Você é um insensível, a Manu não merece os pais que tem! Me dá licença, porque só de olhar pra tua cara me dá nojo! (sai)
Gustavo: (falando sozinho) Ah Aninha, se você soubesse da verdade me odiaria pra sempre. Eu não suportaria de perder de novo...
***Casa Verde***
Ao chegar em casa, Viviane fala com o pai, as irmãs e os cunhados e vai direto para o seu quarto, e lá ela pensava na insensibilidade de Gustavo, e o porquê da vida ser tão injusta com ela, tirando a sua filha. Ela estava perdida em seus pensamentos, quando seu celular toca, fazendo com que ela volte ao mundo real.
Viviane: (atende) Alô!
Victor: Adivinha quem está falando!
Viviane: Victor, é você? Não acredito que estou te ouvindo de novo!
Victor: Nossa, como descobriu que era eu?
Viviane: Eu nunca vou esquecer da sua voz! Mas é aí, o que você conta de bom?
Victor: Tenho uma boa notícia, eu volto para o Brasil amanhã!
Viviane: Serio!? Que notícia maravilhosa!
Victor: Que bom que você gostou! Eu queria perguntar se a pessoa mais maravilhosa desse mundo, poderia me pegar no aeroporto amanhã?
Viviane: Não precisa perguntar duas vezes, é claro que eu posso. Me espere amanhã, estarei lá!
Victor: Sabia que poderia contar contigo. Então nos vemos amanhã. Beijos!
Viviane: Beijos! (desliga o celular) Ah, Victor, que saudades que eu estou de você...
A noite passa, e logo amanhece.
Viviane: Bom dia!
Angélica: Bom dia! Estávamos justamente falando de você!
Viviane: O que vocês falavam de mim?
Bruna: Que você deveria parar de trabalhar um pouco, e arrumar um namorado!
Tito: Suas irmãs estão certas Vivi, você precisa se relacionar com as pessoas. Uma pessoa que eu recomendo, e ficaria muito feliz em tê-lo como genro, é o Cadu!
Viviane: Que Cadu pai, não diga besteiras! E vocês deveriam parar de se meter na minha vida, seria ótimo!
Pedro: Ah Vivi, nós só queremos ver você feliz!
Alex: E quem sabe você arrumando um namorado, o Gustavo não para de falar de você no trabalho!
Todos direcionam o olhar para Alex.
Alex: Ops, falei demais...
Viviane: Ah, então quer dizer que o Gustavo fica falando de mim? Isso é muito interessante! Bem, mas quem disse pra vocês que eu não tenho namorado
Angélica: Ué, ninguém nunca te vê com alguém, se você namora só pode ser às escondidas, e isso não combina contigo.
Viviane: Para o governo de vocês, eu estou namorando sim!
Bruna: E quem é o azarento, digo, sortudo?
Viviane: Vocês só vai conhecer no dia da festa da Manu! Agora bye bye! (sai desfilando)
Alex: Viviane tá aprontando alguma coisa.
Tito: Quem será esse namorado? Eu nunca a vejo falando nem saindo com ninguém...
Ao sair de casa, Viviane vai até a casa se Carmen, pois queria ver Manu, e levá-la pra escola, claro, sem a permissão de Gustavo.
Carro de Viviane.
Manuela: Tia, fiquei muito feliz quando soube que a senhora me levaria pra escola.
Viviane: Também meu amor! É porque depois que eu te levar pra escola, eu vou até o aeroporto buscar uma pessoa, e como é caminho, eu resolvi te pegar. Mas isso é um segredo nosso, não conta para o seu pai tá.
Manuela: Tá bom tia. Sabe tia, eu queria muito morar com a senhora, na sua casa, eu queria também que a senhora que fosse a minha mãe, e não a Ana Flávia!
Viviane: (parando o carro, e se virando para trás) Manuela, nunca mais diga isso! Eu sei que sua mãe é ausente, mas ela tem os problemas dela que a impendem de estar sempre com você, mas isso não quer dizer que ela não te ame!
Manuela: Ela mal fala comigo, nunca me abraça. Eu só queria que a minha mãe me amasse de verdade!
Viviane: Ela te ama meu amor, mas do jeito dela! Agora muda essa carinha, porque eu não gosto de vê-la assim.
Manuela: Tá bom tia. (força um sorriso)
Aquelas palavras machucam os ouvidos de Viviane, pois a mesma não suportava ver a pequena Manuela triste, e só segurou o choro, porque tinha que ser forte perto dela.
Depois da conversa, as duas vão em silêncio por todo o caminho, dando lugar aos diversos pensamentos.
Pensamento on: "E quem sabe você arrumando um namorado, o Gustavo para de falar de você..." Pensamento off. Então ele fala de mim...
***Madeline's***
Secretária: A senhorita Viviane ainda não chegou, mas se quiser pode aguardá-la.
Ana Flávia: Ok, eu espero até que ela chegue. Obrigada.
Carlos Eduardo aparece.
Carlos Eduardo: Ora, ora, se não é a minha cunhada que está aqui!
Ana Flávia: Cadu... Tudo bem?
Carlos Eduardo: Melhor impossível. E como anda a sua vida medíocre?
Ana Flávia: E quem disse que eu vivo uma vida medíocre? Andam te dando informações erradas.
Carlos Eduardo: Ninguém me disse nada, só deduzi. O que você veio fazer aqui?
Ana Flávia: Vim falar com a Viviane.
Carlos Eduardo: Com a Vivi? Não sabia que viraram amiguinhas!
Ana Flávia: Claro que não! Isso nunca vai acontecer! Eu vim pra falarmos da festa da Manu.
Carlos Eduardo: Eu tenho pena da minha sobrinha por ter você como mãe, você não merece tê-la como filha.
Ana Flávia: Eu não admito que...
Carlos Eduardo: (interrompe) Você não tem direito de admitir nada, você é Gustavo são péssimos pais! A vida foi injusta com a Vivi, ela sim merecia ser mãe!
Ana Flávia: Você não tem o direito de opinar sobre a minha vida!
Carlos Eduardo: Você tem toda razão! Obrigado Ana Flávia, obrigado por ter me afastado de você, foi a melhor coisa que você pôde ter feito!
Ele a olha com cara de nojo, e sai. Ela apenas fecha os olhos e suspira, pensando em como sua vida poderia ter sido se tivesse feito outras escolhas.
***Aeroporto***
Viviane: Victor!
Ela corre, e o abraça.
***Lanchonete***
Viviane: Cara, eu tava morrendo de saudades de você!
Victor: Também minha pequena! Já fazem uns sete anos que eu saí do Rio. Mas como estão as coisas por aqui?
Viviane: Ah, tá tudo do jeito que você já sabe.
Victor: Eu fiquei muito triste quando soube que sua filha nasceu morta, eu queria estar aqui contigo.
Viviane: Foi a pior dor que eu já senti na minha vida, mas tô aprendendo a superar. Mas mudando de assunto, você vai ser muito útil pra mim.
Victor: Como assim? O que você tá aprontando?
Viviane: Eu quero que você finja ser meu namorado! É só por um tempo bem curto, só pra minha família sair do meu pé.
Victor: (rindo) É claro que eu aceito ser seu namorado de mentira!
Viviane: Bobo (rindo)! Bom, nós vamos "oficializar" nosso namoro na festa da Manu, tudo bem?
Victor: Por mim, sim. Vem cá, a senhorita não tinha que está trabalhando?
Viviane: Ser filha do dono da empresa tem suas vantagens!
Victor: Sério?
Viviane: Não, eu tô cheia de coisas pra resolver, mas eu vou atrasar por um bom motivo! E agora eu vou indo, toma aqui as chaves do meu apê, fica lá. Ah, mais tarde te ligo pra almoçarmos juntos. Beijos! (sai desesperada)
Victor: Beijos! (fala sozinho) Continua doidinha (rindo)!
***Madeline's***
Viviane chega toda afobada no trabalho, ela sabia que seu pai pegaria no seu pé se a visse chegar aquela hora. Ao chegar, se depara com a presença de Ana Flávia, ela sabia que tinha que comprar a briga da pequena Manuela.
Viviane: Você já está aqui? Me acompanhe por favor.
Ana Flávia não diz nada, apenas acompanha Viviane, como ela havia pedido.
Sala de Viviane.
Ana Flávia: Vim pra conversamos sobre a festa da Manu, como o Gustavo sugeriu.
Viviane: Eu sei muito bem pra o que veio, mas antes nós temos algo pra conversar.
Ana Flávia: Eu não tenho nada pra falr contigo, que não seja referente a Manu!
Viviane: E quem disse que não tem haver com a Manu?
Viviane sai de onde estava, e vai até Ana Flávia, e sem pensar duas vezes, dá um tapa em sua cara.
Ana Flávia: (com a mão no rosto) Você ficou louca?
Viviane: (com ódio no olhar) Você não merece ser mãe, sua desalmada!
Continua...

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