Depois de nossa discussão eu fui para o meu quarto, arrumei as minhas coisas o mais rápido que pude e, mesmo em meio as lágrimas saí, sem dar satisfações a ninguém, indo em direção à casa dos Everdeen.

Ao chegar bati na porta e depois de uns dois minutos um Cato sem camisa e com o cabelo todo desarrumado abriu a porta, visivelmente preocupado.

– Clove, o que aconteceu?

– É que... – Não consegui acabar de falar, porque só de me lembrar da expressão decepcionada de Gale as lágrimas inundaram meu rosto novamente, fanzendo com que Cato me abraçasse imediatamente, de maneira terna e carinhosa.

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– Shhhh, não precisa falar se não quiser, mas agora acho melhor nós entrarmos, já está tarde. – Sussurrou ele em meu ouvido. – Colocando a mão na minha cintura e me conduzindo para dentro de casa, causando-me arrepios.

– O-onde está a Kat?

– Ela foi dormir na casa do Peeta...

– Ah, então eu vo-ou indo para ca...

– Clove, tu não vai sair nesse estado, fica aqui e pense nisso apenas como uma mudança adiantada, certo?

– Certo – Concordei dando um sorrisinho.

– Agora fica quietinha aqui no sofá que eu vou preparar um chá para você. Você gosta de... hortelã, acertei?

– Sim, e... obrigada mesmo... por tudo.

– Imagina, até por que para mim você é... – Falou ele colocando a chaleira que continha a água no fogo.

– Eu sou o que?

– Nada, eu só estava pensando besteira...

– Tenho certeza que não estava... – Falei com a voz ainda falhando um pouco, por causa das lágrimas que recém haviam parado de cair.

– Estava sim, eu juro, e... até porque você nunca me veria da mesma maneira que eu te vejo...

– Como você vai saber se você não disser para mim como me vê? – Perguntei, com uma coragem insana que eu, sinceramente, não sei de onde eu tirei.

– Mas... é que... eu não sei se devo...

– Cato... eu estou te pedindo.... Por favor...– implorei com um ar frágil.

– Tá Clove, é que... eu só não queria estragar o que a gente já tem, por isso que eu não tenho coragem de falar.

– Como assim? – Perguntei, super inocente e lerda, como sempre.

– Clove, é que eu te amo.

Um silêncio mortal rompeu a sala e eu simplesmente travei.

– Fala alguma coisa, por favor. – Pediu ele

– Não sou muito boa com palavras, e neste caso elas não justificariam nem metade do que eu estou sentindo. – Falei antes de beija-lo com voracidade.