Agora eu estava irritada, frustrada, chorando e devo dizer que quando eu ficava assim, eu realmente não tinha a melhor da aparência e humor. Virei-me para John e com raiva, comecei a bater nele, contudo, por meu típico físico e minha força, era muito difícil que ele sentisse dor. Mas para mim, era ótimo para aliviar. Ele que tinha causado tudo aquilo! Harry não teria ficado daquele jeito se ele não tivesse me beijado.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- PORQUE VOCÊ FEZ ISSO? – Gritei ainda batendo em John. – VOCÊ NÃO PODERIA TER FEITO ISSO!

- Nina... – Ele tentava me parar. – NINA! PARA! – Dito isso, eu parei, mas não pense que minha raiva passou.

- Se não o que? Vai me beijar de novo? – Naquele momento, eu percebi algum. – Você sabia! Você sabia que Harry tinha chegado à hora por isso me beijou!

- Eu iria lhe beijar de qualquer jeito, foi sorte ele estar aqui para ver isso.

- Como... Como você pode pensar assim? – Eu estava incrédula. – Pensei que fossemos amigos!

- Nina, eu amo você! Eu quero ficar com você, porque eu sim te mereço. Ele não vai poder te dar uma vida normal como eu posso te dar. Seriamos só eu e você! O tempo todo. – Ele sorriu fracamente. – Não iria ter fãs, essa correria, paparazzi, Caroline...

- Caroline? Como sabe sobre a Caroline? – Ah, Meu Deus. Agora tudo estava ficando claro. – Você que estava seguindo eu e o Harry, não é? Como eu pude ser tão burra!

- Eu já seguia o Harry antes, e quando ele se encontrou com você... – Ele passou as mãos nos cabelos loiros. – Eu me apaixonei. Eu queria ter ficado ao seu lado quando seu irmão morreu, queria ter te levado a London Eye, queria estar te beijando no carro... Se tivéssemos nos conhecido antes, poderia ter sido tudo diferente!

- Por quê? Porque você seguia o Harry? Você não ganha nada com isso.

- Caroline me pagava por fora, era um dinheiro a mais para eu poder pagar minha faculdade. – Ele parecia realmente arrependido. – Eu não gostava, eu juro! Mas só assim eu pude perceber que ele não é quem você pensa! Ele... Brinca com os sentimentos das garotas, ele quer apenas uma noite e depois...

- NÃO QUERO SABER! – Me exaltei. – O Harry que eu conheci não é assim. Ele é diferente, eu sei disso. E por mais que ele cometa erros, que ele seja um pegador... Eu o amo! Sou apaixonada por ele e isso não vai mudar por nada que você for falar ou a Caroline.

- Duvido que depois do que ele viu vá querer voltar para você.

Com aquelas palavras secas e afiadas como facas, John deixou o local. Eu desmoronei ali mesmo, sentei ao chão com minhas mãos no rosto. Ele tinha falado a verdade, Harry nunca que vai me querer de volta. Ele não suportava traição, ninguém suportava. Se eu ficasse apenas chorando não iria adiantar nada, eu precisava falar com ele, tentar consertar as coisas. Tentei controlar minhas mãos tremulas e peguei o celular, como o número de Harry estava na discagem rápida, não demorou muito para chamar. Porém, todas as minhas ligações estavam dando em caixa de mensagem.

Droga! Corri para onde Harry havia saído e não o avistei em canto algum, aliás, eu estava no estacionamento do estúdio e pelo que eu percebi seu carro não estava lá. Ótimo! Ele tinha saído, e eu não sabia para onde ele estava e agora também não atendia o celular. Parecia até que ele tinha ido para algum lugar sem sinal. Incomunicável. “Sem sinal!” Estas palavras ecoaram na minha cabeça, e foi daqui que eu lembrei:

- Esconderijo?

- Eu e os meninos sempre vemos aqui para dar um tempo no...

- Mundo. – Completei.

- Sim, isso ai. – Ele sorriu – Aqui podemos ser os meninos bagunceiros e moleques. Aqueles adolescentes normais.

- E principalmente, se você for para o porão, o sinal do celular não pega! – Niall se intrometeu na conversa.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

É isso! Ele estava no Esconderijo! Sai correndo do estacionamento para a rua, balançando loucamente os braços atrás de algum taxi vago. Meus primeiros dez minutos eram frustrantes, uma cidade enorme como Londres e sua incrível quantidade de taxis e quando a gente precisa não aparece nenhum? Tinha alguém que realmente não gostava de mim. Ah, aposto que era a Caroline! Depois de muito balançar os braços, pular, um taxi finalmente parou. Entrei no automóvel correndo, e falei apressadamente o endereço ao motorista. Eu não percebi que ainda estava chorando quando o mesmo me perguntou. Aliás, a mesma. Era uma mulher.

- Não quero ser intrometida, mas, porque está chorando?

- Chorando? – Olhei-me no espelho e vi minhas lágrimas escorrendo pela minha face. – Aí que droga! Tudo tá dando errado.

- Isso tem cara que brigou com o namorado. – Ela supôs.

- Ele nem chegou a ser meu namorado. – Eu sorri tentando melhorar a minha situação.

- Me deixa adivinhar: Você está tentando se encontrar com ele?

- Exato! E eu realmente espero que ele me escute, foi tudo um mal entendido.

- Parece que você gosta muito desse rapaz.

- Eu o amo. – Não me cansava de falar isso.

- Quando eu tinha a sua idade, eu me apaixonei por um cara também. – Ela sorriu. – Nós tínhamos tudo para dar errado, brigávamos, éramos um o contrario do outro. Em compensação, nos tínhamos uma química, uma conexão única. Era como se nos completássemos.

- O que aconteceu?

- Eu me casei com ele. – Quando o carro parou no sinal vermelho, ela mostrou o anel no dedo. – Enfrentamos muitas brigas, mas no final, o amor que sentíamos um pelo outro era maior.

- Duvido que isso aconteça comigo.

- O verdadeiro amor nunca se desgasta. - E voltamos a andar.

Durante o trajeto, descobri que seu nome era Abbey e que ela estava grávida de poucos meses. Abbey me aconselhou muito, o que me fez lembrar que aqueles conselhos amorosos seriam dados por minha mãe se ela estivesse aqui e não no Brasil. Ao chegarmos, eu suspirei e apenas encarei a velha casa que já conhecia, e com medo de abrir a porta, me mantive dentro do carro.

- Não há nada de errado em ter medo. – Abbey falou. – É errado não enfrenta-los.

- Você realmente sabe o que dizer.

- Sou fã da boa leitura, menina. Vocês jovens deveriam ler mais, não sabem que é lá que estão as respostas para seus problemas.

- Obrigada, Abbey.

Sorri e tentei abraça-la no carro mesmo, foi meio difícil e constrangedor, mas me fez sentir um pouco segura. Com aquela nova coragem – recém-adquirida – abri calmamente a porta do carro e a fechei.

- Quanto fica?

- Vamos dizer que nada. – Ela me olhou carinhosamente.

- Abbey...

- Boa sorte, Nina.

E sem mais, o carro começou a andar, e ia se afastando lentamente. Dei as costas e caminhei até a porta de entrada. Pus minhas mãos na maçaneta e girei, mas não consegui abri. Chamei o nome de Harry, mas ele não abria a porta e nem se quer respondia. Peguei meu celular e liguei rapidamente para Zayn e esperei que ele atendesse no primeiro toque, e por sorte, foi isso que aconteceu.

- Nina? Onde você está? O Harry está com você? Estamos preocupados, não vimos mais vocês dois. – Sua voz parecia super preocupada.

- Zayn, me escuta, certo? Aconteceu uma coisa...

- Que coisa? Vocês estão bem? – Ele interrompeu.

- MALIK! ME ESCUTA, NÃO FALA NADA. – O ouvi suspirar do outro lado da linha. – Preciso que me diga como consigo entrar no Esconderijo, eu não tenho a chave da porta, tem outro jeito?

- Não, só pela porta. Mas geralmente deixamos uma chave reserva de baixo do tapete.

- Tapete? – Olhei para baixo e percebi que eu estava em cima dele. - Esse definitivamente não é o melhor dos esconderijos.

- Foi o Louis que escondeu, certo? – Zayn suspirou novamente impaciente. – Pode me dizer o que está havendo?

- Depois Zayn, eu prometo que te falo. E não apareçam por aqui. Avisa a todos que eu e Harry iremos ficar bem... Quero dizer, eu espero...

- Nina! Nina! Diz-me o que tá acontecen...

Desliguei a chamada e logo depois, o celular. Não tinha tempo para gastar com aquilo, Zayn que me desculpasse depois, agora, eu tinha que resolver um problema maior. Agachei-me e peguei a chave de baixo do tapete de boas vindas da casa e coloquei-a na fechadura. Meu coração estava acelerado e minha mão suava frio. Eu não tinha a mínima ideia de como Harry estaria e se ele queria falar comigo, mas uma coisa eu sabia: Não iria sair dali sem lugar pelo MEU Harry.