Everybody Lives And Everybody Dies

Capítulo 2: She can not be saved


Estava andando no caminho de terra, chutando pequenas pedras pelo caminho e olhando para o chão. O que aquele garoto tinha? Ele é tão metido, arrogante e confiante. Mas por que eu gostei dele? Vamos combinar, Cato é bonito sim... lindo, na verdade. O que está acontecendo comigo? Eu não sou assim. Tenho que esquecer esse garoto estúpido.

E é assim que conheço Cato. Eu e Cato realmente ficamos bem amigos. Ele me ajudava a treinar corpo a corpo todos os dias, me ensinava a manusear espadas e lanças. Mas meu forte era facas, não me dou bem com armas grandes. Depois de treinarmos juntos durante uma semana, chegou 13 de Outubro, dia do meu aniversário. Cato sabia que eu iria fazer 15 anos, eu tinha dito a ele uma semana atrás, quando nos conhecemos.

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Quando acordei, meu pai e meu irmão mais novo, Charlie, compraram uma torta de chocolate com nozes picadas para mim. Charlie me deu um grande abraço e me entregou um pequeno cartão azul-escuro escrito "Feliz aniversário para a melhor irmã do mundo".

- Obrigada - falei olhando para Charlie.

Olhei para o lado e meu pai já tinha saído para o trabalho. Ele é um empresário, não tem tanto tempo assim para mim e Charlie. Meus pais são separados, minha mãe se separou quando eu tinha 8 anos, nem eu, nem meu pai e nem Charlie sabemos para onde ela foi ou onde ela está. Olhei para o relógio e resolvi ir mais cedo para minha Sessão de Treinamento para que meu turno terminasse mais cedo.

Chegando lá, esperei me deparar com Cato me desejando feliz aniversário. Nada. Treinei com minhas facas. Nada. Meu turno acabou. Nada. Por que Cato não foi me ver em minha Sala? Hoje é meu aniversário. Todos os dias ele ia lá me ver, por que então hoje ele simplesmente não foi? Estou ficando louca. Meu turno já havia acabado, mas, irritada, continuei arremessando facas em bonecos de sacos de areias. Após um tempo, peguei minha mochila e saí da minha Sala.

Atravessei o longo corredor com algumas salas e de relance vi Cato. Olhei em volta para ver se havia algum segurança ou alguém e entrei na sala dele. Ele olhou surpreso para mim e então falei.

- Que foi?

- Você nunca vem aqui. Quer alguma coisa? - ele me respondeu, ainda golpeando com sua espada alguns bonecos de areia sem olhar para mim.

- Não... por que você não veio me ensinar alguns golpes hoje? - falei, séria.

- Eu estava ocupado.

- Hum - Falei, então abri novamente a porta e saí.

Novamente, o que havia acontecido há uma semana atrás, aconteceu novamente. Senti uma mão quente me segurar, dessa vez na cintura. Me virei, e Cato falou, olhando em meus olhos.

- Estava ocupado planejando por isso. - Então ele me beijou.

Mas não foi um beijo qualquer. Foi a melhor sensação da minha vida. Eu nunca me apaixonara antes, nunca havia tido um sequer namorado. Eu não era o tipo dos garotos, só me importava comigo mesma e em aprender cada vez mais a lutar e arremessar facas como uma profissional. Isso mudou quando conheci Cato. Agora eu eu só me importava comigo mesma, com Cato e como lutar e arremessar facas como uma profissional (certo, há outras coisas com que me importo).

- Feliz aniversário, Clove - Ele me abraçou com força e tive dificuldade para respirar, mas foi um dos melhores abraços do mundo. O abraço de Cato era quente e acochegante. - Não tive ideias para presentes legais - Ele tornou a falar - Então lhe trouxe isso.

Ele me mostrou uma flor.

- Uma Rosa - falei, sorrindo. - Obrigada.

- É. Tem espinhos, isto é óbvio. De início, não se parece muito amigável, mas depois, descobrimos que é uma flor maravilhosa.

Entendi o recado. Desse dia em diante, Cato se tornou meu primeiro namorado. Alguns meses depois, vieram os Jogos Vorazes. Eu estava pronta para lutar, Cato e Kalya me ensinaram muita coisa, me tornei mais confiante. Mas eu não estava pronta para lutar contra Cato. Ele também foi escolhido como Tributo. Foi horrível, pois nós dois sabíamos que apenas um iria sobreviver.

***

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E isso foi tudo que se passou pela minha cabeça, até eu lembrar que agora eu estava na arena, na beira de minha morte, ao vivo, para Charlie, para meu pai, para todos.

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- Cato! Cato! - berrei, desesperada, ainda recuando tonta de quatro do homem gigante do Distrito 11.

Eu estava em choque. Não conseguia correr, não conseguia pensar em mais nada nesse momento. Eu não conseguia pegar uma faca sequer de minha jaqueta, eu estava tremendo, suando frio, ainda paralisada, apenas recuando e respondendo as perguntas sobre a garotinha do Distrito 11. Por que Cato não veio me ajudar?

- Clove! CLOVE! - ouvi a resposta de Cato, ao longe.

Mas já era tarde demais. Eu já estava muito tonta, após o tal homem ter me girado e me arremessado no chão com uma força brutal. Eu estava recuando cada vez mais depressa dele, com medo de sua pedra e sua força. "Onde está você, Cato?", pensei, meus olhos se enchendo em lágrimas. Avistei Katniss me observando, também um pouco assustada com o homem do Distrito 11.

Quando me dei por conta, o homem já estava muito próximo de mim, pensei pela última vez em Cato, em Charlie, em meu pai, em Kalya que deveria estar se sentindo envergonhada de mim, com medo de uma pedra inútil.

E então, não ouvi mais nada, apenas senti uma dor horrível, agoniante, em minha têmpora e dei meu último suspiro.

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Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.