Eva

Capítulo Três: Princess


Atualidade

Casa de Regina.

-mamãe, mamãe!- a menina pulou em cima da cama.

Regina ainda dormia tranquilamente quando ouviu os pequenos gritos da filha. Logo sentiu a menina pulando em sua cama.

-cinco minutinhos Eva- ela disse ainda de olhos fechados.

-você já disse isso, eu fui para o meu quarto e assisti um desenho inteirinho da Barbie e você ainda não acordou- a menina disse franzindo a pequena testa.

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-isso é porque você acordou seis horas da manha pequena- ela disse se sentando na cama.

Eva deitou em seu colo, Regina fazia carinho nos cabelos loiros dourados da menina.

-e agora são oito da manha- ela suspirou- você esta ligada na tomada Eva?-ela sorriu- Áleas o que ainda faz com essa roupa? – Regina riu.

Eva estava vestida ainda com a fantasia de borboleta que ela havia usado na apresentação de dia das mães na escola na semana passada, ninguém conseguia faze-la tirara aquela roupa, ela tomava banho e vestia a mesma. Regina já havia desistido de tentar fazer a filha trocar, ela mesmo decidiria isso, Eva tinha uma personalidade e tanto, assim como o pai David.

- eu gosto dessa roupa mamãe –ela disse manhosa- hoje não tem escola-ela disse satisfeita-você disse que podíamos ir ao parque.

-não as oito da manha filha, vamos depois do almoço- ela sorriu gentilmente.

-já é hora do almoço?

-não, primeiro precisamos fazer o café da manha, depois nos vamos arrumar o seu quarto que você bagunçou todo ontem a noite, depois vamos tomar um banho, ir um pouco no trabalho da mamãe e ai sim iremos almoçar no Granys e ir ao parque-ela sorriu.

-mas é muita coisa mamãe vai demorar- ela disse meio irritada.

-você vai ver que vai passar rapidinho- ela disse fazendo cócegas na menina.

Eva deu uma gargalhada gostosa.

-Mamãe vai fazer o café da manha-Regina disse se levantando da cama.

-vou brincar mais um pouquinho com meus legos-Eva correu para seu quarto.

Regina se levantou da cama, seu corpo implorava por mais algumas horas de sono, Eva nessa ultima semana estava mais agitada do que nunca, dormia tarde e acordava cedo com todo gás, tipo de uma criança de quatro anos, ela cuidava e educava a filha sozinha então o trabalho era dobrado, roupas, escola, sapato, passeios e além de tudo carinho, Regina amava a menina com todo seu coração e havia lhe criado regada a muito carinho e amor. Pelo caminho ela ia recolhendo os brinquedos jogados pela casa juntamente com algumas roupas sujas da menininha.

-Eva o que a mamãe disse sobre deixar brinquedos pela casa? –ela gritou para a menina que não respondeu.

Ela apenas guardou os brinquedos no grande baú rosa cheio de adesivos com borboletas e desceu para a cozinha.

A menina estava casa vez mais grande e linda, Regina não acreditava que o tempo havia passado tão rápido, Henry já estava com 15 anos quase um homem a relação com o filho mais velho estava indo muito bem, depois do nascimento de Eva ele costumava passar os finais de semana com a mãe adotiva e a irmãzinha o que deixava a morena muito feliz. Podia-se se dizer que ela era feliz, seria ate injusta se dissesse que não, ela tinha tudo que precisava. Mas faltava ele.

Ela se lembrava dele todos os dias, cada movimento de Eva, cada palavra, cada sorriso, cada modo de falar, cada jeito de agir, Eva era ao copia fiel da personalidade do pai, ela se parecia com David a todo momento, cada detalhe, tinha até o mesmo jeito de franzir a testa quando estava zangada. Regina não podia deixar de se lembrar do homem que ela amava, apesar de passar tanto tempo ela não podia negar que esse sentimento estava vivo dentro dela, bastava um olhar, bastava estar a sentimentos de distancia, bastava um “oi” ou apenas velo de longe para o todo esse sentimento vir a tona e deixarem suas pernas bambas, sua fala nervosa, seu coração acelerado, era como se cada vez que o visse na filha, ou o visse passando por ela, ou se encontravam em algum lugar por ironia, seu corpo, sua alma implorassem por ele.

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-mamãe! – ela ouviu Eva gritar a despertando de seus pensamentos.

-Eva que tal descer para o café da manha?- ela gritou da cozinha.

Segundos depois a menina estava entrando na cozinha, com a mesma fantasia de borboleta e dessa vez com a coroa e varinha na mão.

-eu estava te chamando não me ouviu? –ela disse se sentando na mesa.

-eu ouvi, mas o seu leite vai esfriar então em vez de subir pedi para você descer meu amor- ela disse com humor.

-posso comer cereal de chocolate?

-você sabe que não pode comer chocolate por um tempo Eva, comprei de baunilha- Regina disse colocando os cereais no pote rosa.

-quando Henry vai vir aqui? Já era a hora de irmos ao parque? Porque o meu leite esta branco mamãe? –a menina fez uma pergunta atrás da outra.

-porque faz tantas perguntas?- Regina riu.

-a professora disse que estamos em fase de descobrimento- ela disse dando uma bocada no cereal.

-sei-Regina disse mordendo um pedaço da maça.

-quando Henry vem mamãe? Ela disse que ia me ensinar a jogar vídeo game- bebeu um gole do leite.

-ele vem amanha Eva- Regina disse aliviada, quando Henry vinha ela tinha mais tempo para descansar.

Não que a filha fosse um cargo para ela, ela só estava exausta por ter que trabalhar, manter a casa e cuidar de Eva.

-mamãe- a menina disse fechando a expressão- se eu te fizer uma pergunta não vai ficar triste comigo?- a menina disse acanhada.

-eu nunca ficaria triste com uma pessoa tão linda e meiga como você Eva- ela disse enquanto a menina descia da cadeira e se sentava em seu colo.

-porque todos na minha escola tem um papai e eu não tenho? Henry tem um papai ele é meu irmão, porque o pai dele não é o meu papai também?

Regina sentiu seu coração se acelerar, ela sabia que Eva perguntaria pelo pai, mas não sabia que isso aconteceria tão cedo, ela passou noites e noites planejando como iria contar isso a Eva, mas nesse momento as palavras fugiam de sua boca.

-meu amor- Regina respirou fundo- você é uma princesa, a linda princesinha da mamãe, sabe que eu te amo muito não sabe?

-é claro que sei mamãe, eu também te amo muito-ela sorriu para a mãe.

-lembra quando mamãe disse que Henry não veio da minha barriga? Que ele é filho de Emma e Neal também, que ele morou com a mamãe um longo tempo até Emma poder cuidar dele?

-lembro. É por isso que o papai de Henry não é o meu papai?

-é sim meu amor.

-e o meu papai? Porque ele nunca vem me visitar? Ele não gosta de mim? Eu fiz alguma coisa ruim?- a menina disse tristonha.

-nem pense nisso Eva- Regina olhou nos olhos azuis da menina- você não fez nada de errado filha, todo mundo que te conhece se encanta com você, porque você é uma princesinha linda ok? Seu papai te ama, ele te ama muito mas ele não pode estar com a gente meu amor, ele teve que partir quando você ainda estava dentro da barriga da mamãe, mas ele ficou muito triste por ter que te deixar, muito mesmo- ela disse passando as mãos nos cabelinhos da menina.

-ele não vai mais voltar?- a menina olhava para a mãe.

Estava atenta a casa frase que Regina dizia.

-eu não sei meu amor- ela beijou as cabelos dourados da filha –eu não sei- ela sussurrou para si mesma.

-não fique triste mamãe-ela disse limpando uma lagrima que desceu sobre a face da mãe- eu estou aqui e vou cuidar de você-ela deu um beijo na mãe- eu nunca vou te deixar- ela sorriu.

Regina chorou ainda mais, ouvir aquilo de Eva era como musica em seus ouvidos, olhar a filha dizer que ama e nunca vai deixa-la era como se sentir plena e com uma paz interior muito grande, apesar de saber de todo seu passado ruim e ate pavoroso ela sabia que com Eva ela poderia recomeçar.

-eu sei meu amor- ela disse enxugando as lagrimas- eu te amo filha, te amo muito.

Naquela manha Regina decidiu não ir para o trabalho, ela ficaria em casa com sua Eva, assistiram filme, brincaram de chá, fizeram um gostoso bolo cheio de chocolate e finalmente a pequena venceu pelo cansaço e cedeu a algumas horas de sono junto com a mãe. Acordou por volta da uma hora da tarde, Regina lhe deu um banho e Eva insistiu em por o mesma fantasia de borboleta, Regina também tomou banho e colocou um casual vestido preto dando valor as suas lindas curvas, colocou um salto preto e de acessório um colar e um pulseira simples. E uma hora depois foram ao Granys almoçar.

-você esta muito bonita mamãe- Eva disse assim que Regina terminava de prende-la na cadeirinha.

-muito obrigada meu amor, você também fica linda nessa fantasia de borboleta-ela sorriu gentilmente para a filha.

Não demoraram muito e já estavam na frente da lanchonete.

-Ruby!- a pequena Eva correu para ela lhe dando um abraço.

-oi princesa-Ruby beijou o rosto da menina- ainda com essa roupa de fada Eva?- ela riu.

-eu gosto- ela disse animada.

-oi Ruby- Regina disse logo atrás da menina.

As pessoas não eram muito fãs de Regina, mas Eva era a princesinha de todos ali, por onde passava a menina deixava seu brilho. Sem duvidas ela era especial. E ninguém duvidava do amor e dedicação que Regina tinha pela menina, apesar de especularem quem poderia ser o pai da menina eles sabiam que ela fazia o seu melhor.

-oi Regina- ela disse educada.

-hei Eva vamos nos sentar perto da janela?- Regina pegou a menina no colo.

-eu amo sentar na janela- ela disse se soltando no colo da mãe e correndo ate a mesa perto da janela.

Ela se sentou e logo Regina estava do seu lado.

- o que vão querer hoje?- Ruby disse com a caderneta na mão.

-eu só quero um prato com salada- Regina disse.

-e eu quero hambúrguer, batata frita e muito catchup – Eva disse.

-promete que vai comer uma fruta depois?-Regina olhou para a menina.

-tem morangos tia Ruby?- ela olhou para Ruby.

-sim tem morangos- ela sorria para a menina.

- ok, eu como morangos- ela disse não muito animada.

Não demorou muito para Regina e Eva terminarem de comer, a menina comeu meio hambúrguer, algumas batas e morangos e ficou Regina apenas com a salada mesmo. E como havia prometido ela levou a menina ao parquinho que não ficava muito longe dali. Quando chegaram a menina saiu correndo disparada na frente mãe.

-Eva!-Regina andou mais rápido-filha não atravesse a rua me espere!

-hei garotinha acho que sua mãe esta te chamando- Eva ouviu uma voz masculina.

-filha eu di...- ela não terminou de falar, apenas ficou em transe alguns segundos observando o que estava vendo ali na frente.

Era ele, David, seu garoto tímido ao seu lado olhando para Eva e ele segurando na mão da menina para que ela não corresse para a rua, seu coração estava na boca, ela o vira a um mês atrás no super mercado mas foi apenas com contato visual, David nunca mais havia falado com ela, ele nunca mais havia visto Eva tão de perto a não ser no dia em que ela veio ao mundo, ele nunca havia falado com a filha.

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Ele também ficou sem reação quando viu Regina, quando olhou novamente para a garotinha percebendo que ali era a sua filha Eva, tão linda, tão crescida, tão linda como um anjo, ela tinha os seus olhos com certeza, seus cabelos loiros também não negavam que ela era sua menininha, mas os lábios? Ela tinha os lindos lábios avermelhados da mãe.

-Filha vem com a mamãe- Regina pegou a menina em seu colo se afastando alguns passos de David.

-oi Eva- David então se atreveu falar com a menina.

-como você sabe meu nome?- ela disse curiosa.

-eu te conheci quando você era uma bebezinha- ele sorriu.

Regina estava tensa observando David dialogar com a menina.

-como?

-eu levei sua mãe para o hospital para você nascer.

-é verdade mamãe?- ela olhou para Regina.

-sim meu amor- ela sorriu- David me ajudou muito.

-você esta crescida- ele admirava a sua linda menininha- e muito linda.

-obrigada.

Regina colocou a menina no chão.

-esse aqui é Nicholas Eva, meu filho- ele disse.

O menino deu um sorriso tímido se simpatizando com a meia irmã.

-Nicholas você esta um homenzinho- Regina sorriu para o menino.

Ela havia o visto uma ou duas vezes quando pequeno, ele era uma copia real do pai assim como Eva. Regina gostava do menino, ele era uma vitima nessa historia como a filha, as crianças não deviam ser envolvidas em assuntos de adultos.

-obrigada- o menino sorriu.

-quer brincar comigo na gangorra? –Eva perguntou.

-posso papai? –ele olhou para David.

-pode sim filho. Segure na mão de Eva para atravessar a rua.

O menino então segurou a mão de Eva, juntos foram ate o parquinho do outro lado da rua. Regina e David estavam um na frente do outro quietos.

-ela é linda Regina- David disse vendo a filha brincar no balanço.

- ela é a melhor coisa que podia me ter acontecido- ela disse também olhando sua garotinha.

-tudo poderia ser diferente se eu tivesse largado Mary Margaret para ficar com vocês...

-não diga disso...

-eu preciso Regina-ele disse segurando em seus braços delicadamente-isso esta me matando, me matou ter que sair daquele hospital, me matou ter que deixar Eva e você lá e isso esta me consumindo a cada dia, eu vejo você a levando na escola, buscando, dando risada, no supermercado, comendo no Granys, e eu não posso me aproximar, eu não posso dizer para a minha própria filha que eu sou o pai dela, eu não posso estar ao lado da mulher que eu realmente amo, eu te amo Regina, eu amo a nossa filha, você me disse a quatro anos atrás que eu me arrependeria de minhas escolhas, mas você estava errada quando disse que eu devia ficar com a minha família, eu devia ter escolhido você e Eva eu devia ter lutado por você e por nossa filha, me arrependi Regina. Volta pra mim eu te amo, por favor me deixe fazer parte da sua vida e da vida da nossa filha- ele disse segurando em suas mãos.

- e quanto a sua mulher? Seu filho? Tanto tempo se passou, como acha que isso vai dar certo David? Eva vai sofrer...

-ela já sofre Regina, ela sofre por não ter um pai por perto, ela já sofre com todas as piadas de mal gosto, ela já sofre por te ver sozinha...

-eu fiz o meu melhor, eu fiz o meu melhor, ela é feliz David...

-eu sei que ela é feliz, nunca duvidei disso, você a criou com todo o amor que possa existir, só me deixe acrescentar mais amor, me deixe cuidar de vocês duas, pela primeira vez na minha vida eu quero fazer o é certo...me separar da minha mulher e poder ser feliz com você e Eva.

-e quanto a Nicholas já pensou no quanto seu filho vai sofrer?

-olhe só para eles dois Regina- ele disse mostrando Nicholas e Eva brincando no parque- são irmãos, estão felizes brincando...não acha que Eva e Nicholas merecem conviver um com o outro?

-Mary Margaret nunca vai deixar Nicholas se aproximar de Eva quando descobrir que ela é sua filha David.

-ele é meu filho também...ele vai conhecer a irmã- ele chegou mais perto de Regina, suas respirações estavam ofegantes, seus corações acelerados, suas penas bambas.

Depois de tanto tempo podiam sentir a paixão estremecer cada parte de seus corpos. Era algo incontrolável.

-eu te amo –ele encostou os lábios dela nos dele- eu te amo-ele sussurrou lhe dando um beijo calmo.

Há, como aquele beijo lhe fazia falta, como sentir seu corpo quente lhe fazia falta, como sentir seus lábios vermelhos lhe fazia falta, como poder tela tão perto lhe fazia falta, ele a amava mais do que tudo e ele queria lutar por ela não importa quantas dificuldades viriam, ele estava disposto a enfrentar tudo e todos para ter Regina e Eva ao lado dele.

-pode me dar a chance de fazer tudo diferente? –ele se afastou olhando em seus olhos negros.

-eu te daria todas as chances do mundo- ela sorriu.

- eu te amo Regina.

-eu também te amo David.