Eu não Sou mais Criança!

Provocações (parte II)


Fogo – Capital Inicial

Só pude o olhar assustada. Não o reconhecia. Jacob nunca me tratou dessa maneira, eu dei motivos?

- Você está me machucando, Jacob. – disse, séria.

- Você merece ser machucada, Renesmee. – falou irritado, soltando-me, estava me assustando.

- Não quanto você. – eu disse ríspida.

Você é tão acostumada a sempre ter razão.

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- Você sempre é a vítima, não é Nessie? – ele me olhara debochado.

Onde ele queria chegar com isso?

- Sem rodeios Black, diga o que você tem a dizer. – cruzei os braços o encarando.

Você é tão articulada quando fala não pede atenção.

- Você acha que aquela cena de ainda agora é correta? – me olhou furioso.

- Quem é você para me dizer o que fazer, Black? – perguntei irritada.

- Sou alguém que quer o seu bem. – disse sério.

O poder de dominar é tentador.
Eu já não sinto nada, sou todo torpor.

- Bem Jacob? – eu perguntei irônica – Se quisesse o meu bem, não tinha me tratado daquela forma! – tinha que jogar na cara.

- Não podíamos Nessie! – ele quase gritara – Você tem que me deixar explicar as coisas! – ele me olhou intensamente, já me pegando pelos braços de novo.

- Você continua a me machucar, Jacob! – falei alto. – Não vê isso? – meus olhos se encheram de lágrimas.

MALDITAS REAÇÕES HUMANAS!

É tão certo quanto calor do fogo

- Perdoe-me Nessie. – ele falara mais calmo – A minha intenção não era te machucar. – arrependimento?

- Não agüento mais isso Jacob. – eu disse já sentindo as lágrimas escorrerem pela minha face.

- Nem eu Nessie... – ele disse com os olhos cheios d’água. – Mas se você me deixasse te explicar... – ele suplicou.

Eu já não tenho escolha e participo do seu jogo, eu participo.

- Explicar o que Jacob? – limpei minhas lágrimas – Que não pode ter nada comigo por que eu sou criança? – perguntei irônica.

- Não. – falou sério – Explicar o porquê de tudo que você não entende, principalmente sobre a impressão. – ele finalmente me contaria?

- Não quero saber Jacob, eu já não me importo mais. – disse determinada, já não me importava mesmo.

- Por favor... – suplicou.

- Não Jacob! – disse séria – Mesmo você amando outra... Eu amo você, Jacob Black! – eu disse isso mesmo?

- Você me ama? – ele tá de palhaçada com a minha cara?

- O que você ouviu? – fiz cara de óbvio.

Não consigo dizer se é bom ou mal.

Não tive tempo para mais nenhuma frase. Jacob me puxou, colando seus lábios nos meus. Quanta saudade eu sentia desses lábios carnudos e macios...

Que beijo era aquele meu Deus? Corpos colados, mãos passeando, beijo descontrolado, com urgência e com sabor de quero mais! Ficamos nesse beijo desesperado por longos minutos. Tivemos que nos soltar, afinal, precisamos respirar.

Assim como o ar me parece vital.

- O que você quer afinal, Black? – ele não podia simplesmente me agarrar.

- Você. – ele respondeu colando seus lábios novamente nos meus em seguida.

Podia passar a eternidade assim. Não me importava mais nada. A boca de Jake foi passando para o meu pescoço com direito a mordidas e chupões, minhas mãos bagunçavam mais ainda seus cabelos.

Onde quer que eu vá e o que quer que eu faça, sem você não tem graça.

Os lábios de Jake foram se aproximando do meu ouvido.

- Eu amo você, Renesmee Cullen... – ele sussurrara em meu ouvido.

COMO É?

JACOB BLACK ME AMA?

ME SEGURA QUE EU VOU MORRER!

Puxei-o para um beijo urgente e apaixonado. Ele me amava! Queria gritar para o mundo inteiro ouvir! Mas espera aí, e a impressão? Tive que interromper.

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- Jake... – eu o chamava entre beijos.

- O que? – ele perguntava do mesmo modo.

- E seu imprinting? – indaguei assim que consegui me separar dele.

- Prometo que conto pra você, mas não agora. – ele disse sério. – Vamos aproveitar o momento sim? – ele me fitou com a carinha de “gatinho do Shrek”. Como resistir?

Você sempre surpreende e eu tento entender.

Eu somente assenti com a cabeça e nós fomos caminhando pela rua deserta. Acabamos sentando num banco de uma praça por ali perto e ficamos namorando até o amanhecer.

Muita coisa iria mudar a partir de agora. Mas eu não entendia essa insistência dele não querer me falar sobre a tal imprinting. Estou confusa, será que ela ainda existe e eu estou tirando a felicidade dela? Ele dormiu, mas eu não consegui pregar o olho a noite inteira. Estava preocupada.

Levantamos quando o sol já estava quase nascendo, e fomos pegar nossos carros. Ele foi pra casa dele e eu pra minha.

Você nunca se arrepende.
Você gosta e sente até prazer.

Cheguei a minha casa e estava tudo em silêncio. Doce engano, logo minha mãe apareceu na sala.

- Cedo, Nessie? – ela me indagou.

- É. – limitei-me a responder isso.

- Algo errado? – sempre perceptiva Sra. Cullen.

- Nada demais. – fui subindo para o meu quarto com minha mãe em meu encalço.

- Tem certeza, meu amor? – ela me olhava preocupada.

-Tenho mãe. – ô mulher insistente!

Ela saíra do quarto e eu fui tomar um banho gelado. Para ver se arrumo meus pensamentos.

Mas se você me perguntar: eu digo sim, eu continuo.

As coisas estavam estranhas. Jacob disse que me amava e eu também disse o mesmo. Mas o que me deixava mais confusa era essa história de imprinting. Por que ele não se esclarecia de uma vez? Precisa ficar nessa lerdeza? Onde estaria ela? Pelo que eu sei, quando se tem a imprinting, se fica com a pessoa até a morte, no caso dos lobos.

Porque a chuva não cai só sobre mim.

Os dias foram passando e com isso fui evitando o Jake. Estava confusa demais. Precisava pensar. Pode parecer estranho, já que nos declaramos, o óbvio seria que ficássemos juntos. Mas por eu estar confusa demais com o que aconteceu naquela festa. Acabei por me afastar.

Vejo os outros, todos estão tentando.

Jacob ficou confuso, eu sei. Mas era necessário. Ficou me procurando e eu sempre o evitando. Estava me fazendo um mal enorme, mas também fazia a ele. Pelo que minha mãe me disse. Ele parou de me procurar e eu dei vivas por isso. O ano letivo acabou e as férias de verão finalmente começaram, estava bem quente em Connecticut, mas dava pra sobreviver.

É tão certo quanto calor do fogo.

Eu já não tenho escolha e participo do seu jogo, eu participo.

Eu estava no meu quarto deitada na minha cama, refletindo pela milésima vez. Vestia um short jeans curto e desfiado, uma regata rosa e meus cabelos estavam soltos e enormes. Minha mãe entrou no meu quarto e se sentara na minha cama.

- Nessie, podemos conversar? – ela perguntou com a voz doce.

- O que mãe? – a olhei.

- Você não acha que já deu tempo demais com essa frescura toda? – ela me indagava.

- Que frescura mãe? – a olhei confusa.

- Não se faça de burra Renesmee. – ela disse ríspida – Você sabe muito bem do que eu estou falando. – ela me olhara torto. Eu perdi alguma coisa aqui?

Não consigo dizer se é bom ou mal.

Eu continuei a olhar para minha mãe confusa, ela bufou e me olhava triste.

- Nessie, você não vê que está fazendo mal ao Jake? – ela perguntou um pouco mais calma.

- É só a ele que eu estou fazendo mal? – eu perguntei incrédula.

- Não amor, mas você tem que parar com isso e deixá-lo se explicar! – ela falou exasperada – Se você não ouvi-lo, vai ficar sofrendo pro resto da vida! – ela estava bem agoniada – Pára de ser criança e o ouça, por favor! – ela me olhava suplicante.

Eu fiquei estática. Nunca pensei que minha mãe falaria comigo desse jeito.

- Pense nisso Nessie, ou nunca será feliz de verdade. – ela disse séria e saiu do meu quarto.

Ainda sem palavras, não consegui dizer nada em resposta para a minha mãe.

Assim como o ar me parece vital.

Pensei, pensei e pensei.

Até que cheguei a uma conclusão: seja o que Deus quiser! Eu amo Jake e o mesmo me ama, pra quê essa confusão toda? Sorri com o meu pensamento e logo o meu sidekick vibrou, era ele.

Onde quer que eu vá e o que quer que eu faça, sem você não tem graça.

- Alô? – eu perguntei.

- Tenho uma proposta pra te fazer e seus pais já autorizaram. – ele simplesmente disse.

- Oi Jake como vai você? – perguntei irônica.

- Ambos sabemos como estamos, Nessie. – ele disse ríspido – Então, sem gracinhas.

- Que proposta é essa afinal de contas? – se era pra ser desse jeito.

- O que acha de ir passar as férias em La Push? – ele perguntara ansioso demais.

- Acho ótimo! – disse empolgada – Quando vamos? – nem um pouco apressada.

- Quando você quiser! – ele pareceu bem mais calmo.

- Que tal amanhã? – falei pensativa – Você já está de férias, não é?

- Já Nessie. – ele falou divertido – Então, arrume suas coisas, pois vamos de carro, ou melhor, no seu carro! – ele riu. Saudades de ouvir suas risadas.

- Tudo bem seu folgado! – falei rindo também.

- De manhã cedo, na sua casa. – ele falou mais sério, agora.

- Sim Sr. Black, estarei pronta. Bye! – eu disse já desligando.

Nós desligamos o telefone e eu fui começar a arrumar minhas coisas. O engraçado era que mesmo estando afastados, nós ainda falávamos normalmente.

Acho que essa vai ser as férias mais inesquecíveis da minha vida.