P.O.V Thalia Grace

Escuto a porta do quarto abrir e cubro o rosto com a coberta, esperando que quem estiver entrando perceba que não quero ser acordada e vá embora. Escuto Bianca rir e murmurar alguma coisa quase inaudível.

— Nem pense em tentar me enganar, Thalia – ela se senta na ponta da cama e descobre meu rosto, dando um sorriso animado. Retribuo com uma expressão chorosa. – Vamos lá, cunhadinha. Hoje é sexta e amanhã eu deixo você dormir o tempo que for.

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Cubro o rosto com as mãos, pedindo para todas as divindades que me levem desse mundo cruel.

— Você sabe que não é verdade – eu respondo, com uma voz baixa e desanimada. – Todo final de semana acontece alguma coisa e você me acorda cedo.

Encaro ela que dá de ombros e se levanta.

— Não é minha culpa – ela me puxa, fazendo com que eu me sente. – Vamos, Grace. Tenho certeza que esses bebês estão desesperados por comida.

Eu me levanto e me arrasto até o guarda-roupa. Procuro alguma coisa que me deixe confortável e tento me segurar para não tentar atravessar o guarda-roupa e encontrar um lugar para dormir em paz, lá em Nárnia.

— Estou indo separar alguma coisa para você comer – Bianca avisa. – Nem pense em voltar para a cama!

Ela sai do quarto, fechando a porta. Sigo para o banheiro, para fazer toda a minha higiene matinal.

Quando chego à sala, Bianca sorri e aponta para a cadeira em frente à dela. Me sento e coloco o suco no copo, bebericando lentamente.

— Onde está Nico? – pergunto, olhando em volta.

Bianca sorri maliciosamente.

—Saudades do seu amorzinho? – reviro os olhos. – Ele saiu mais cedo com o Percy e Silena, nada demais.

Eu assinto e termino meu suco, me levantando.

— Vamos?

— Você não vai comer nada? – Bianca pergunta, incrédula. – É o fim dos tempos.

Eu dou risada com o comentário dela e coloco a mochila nas costas.

— Eu como alguma coisa na escola, estou com muito sono e não me dou bem comendo muito cedo – eu explico e ela assente, mas vejo que coloca algumas comidas na bolsa.

Arqueio a sobrancelha para ela, que dá de ombros.

— Só para garantir, vai que você não encontra comida por lá.

...

— Você parece péssima – Leo se senta ao meu lado, no banco do pequeno jardim que tem perto da entrada da escola. Dou risada.

— Quem fica bem às 7 horas da manhã?

— Amanhã é sábado, alegre-se! – ele diz com entusiasmo.

— E eu moro com a Bianca, ela acorda cedo sempre e inventa coisas malucas que me envolvem – faço uma careta, imaginando uma de suas “ideias para animar o final de semana”.

Leo coloca a mão em meu ombro e balança a cabeça, com uma expressão de quem sabe bem sobre o assunto.

— Eu moro com Silena – ele faz uma cara de quem tem traumas de infância. – Ela adora testar os produtos que ela inventa em mim. - Diz que eu tenho uma pele boa.

— E por que você quer que chegue logo o final de semana? – eu questiono.

Ele abre um sorriso enorme, fazendo que seus olhos fiquem quase fechados. Depois passa a mão pelos cabelos enrolados e suspira.

— Eu e Reyna vamos sair amanhã – eu dou um sorriso. – Está tudo ótimo entre nós e eu não me sinto mais sem palavras perto dela, até conversamos bastante.

— Isso é ótimo! Estou feliz por você – ele coloca o braço em volta de mim.

— Devo tudo isso a você, Thalinha — ele fala o apelido com provocação.

— Que tal não me chamar assim, então? – Ele ri. – Mas eu realmente não fiz nada demais, sério. Só ajudei um amigo.

Ele pisca para mim.

— Acho melhor irmos, Rainha do suco – ele se levanta e me leva junto. – Estamos atrasados e aquela professora de geometria parece odiar todo mundo.

Seguimos para a sala. No corredor, ele me conta como foi seu último encontro com Reyna, fazendo atuações e imitações de vozes péssimas, o que me faz rir.

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— Thalia! – escuto Paige me chamar, com seu sotaque inconfundível. – Espere!

Viro e encontro a loira vindo em nossa direção com passos rápidos. Ela está sorridente, como sempre.

— Tente ser simpática pra variar – Leo sussurra para mim.

— Algum problema? – eu pergunto, tentando não parecer tão indelicada.

Leo coloca a mão sobre a testa, provavelmente querendo mostrar que minha tentativa não deu muito certo.

— Não! – ela responde animadamente, sem parecer notar minha impaciência. – É que temos aula juntos agora, pensei que poderia ir com vocês até a sala... Oi Leo!

Leo dá um aceno e um sorriso para ela.

— Vamos, então. Estamos atrasados – eu digo e ela concorda.

Voltamos a andar apressadamente, agora sem tantas risadas. Paige fala como se não houvesse amanhã e Leo responde de modo simpático. Ela parece estar se acostumando novamente com a mudança de país, já que não troca tanto as letras como costumava fazer a algumas semanas.

— Nico estava procurando por você, Thalia – ela avisa, sorrindo como sempre. – Como estão os bebês?

— Estão bem... – eu respondo e paro em frente à porta, que já está fechada. – Chegamos.

— E parece que todos já chegaram também – Leo diz, espiando pela pequena janelinha da porta.

— Nem todos – Paige responde, apontando para o lado oposto do corredor.

Meus olhos encontram Jade, correndo de modo desesperado em nossa direção. Seu cabelo está preso e seu rosto está vermelho.

— Meu Deus – Ela está ofegante quando chega até nós, se apoiando em Leo. – A professora não deixou vocês entrarem?

— Nem tentamos ainda, Jadelyn – Paige responde, sem esboçar nenhum de seus sorrisos.

Jade olha para a alemã sem nenhuma expressão, depois olha para a porta e balança a cabeça.

— Ok, melhor assim. Vocês provavelmente teriam estragado tudo – ela passa a mão pelo cabelo e se coloca ao meu lado, dando batidas fracas na porta.

A porta se abre segundos depois e uma mulher morena nos encara com a expressão séria. Ela arruma o óculos e cruza os braços.

— Vocês não acham que é um pouco tarde para tentarem entrar na minha aula? Francamente, estão atrapalhando um momento crucial da aula! – ela respira fundo e olha para nós quatro. – Estava tendo uma festa e eu não fui convidada?

— Quem convidaria uma professora chata para uma festa? – escuto Leo sussurrar e Paige dar uma cotovelada nele. A professora parece não reparar isso.

Penso em abrir a boca para responder a professora, mas Jade faz isso primeiro.

— Temos como explicar, Sra. Lozasso – a professora continua séria. – Você sabe que eu nunca me atraso, mas também sabe como são adolescentes irresponsáveis, como nossa querida Thalia, que está grávida.

Reviro os olhos e a professora assente com um balanço mínimo de cabeça.

— Encontrei eles no corredor e ela estava passando mal. Paige e Leo são dois alienados e estavam desesperados porque não sabiam o que fazer. – ela explica tudo com uma expressão séria e calma. - Eu não podia abandonar Thalia morrendo lá, então a levamos para tomar um ar e beber uma água.

— Prometo que tento não fazer isso se repetir – eu digo, confirmando a história.

Sra. Lozasso nós observa com seus olhos escuros e assustadores, depois solta um suspiro e balança a cabeça.

— Saibam que isso não vai acontecer de novo, crianças – ela diz, abrindo caminho para nós. – Só vou permitir porque Jadelyn é uma aluna excelente e é normal situações como essa nas condições da Srta. Grace. Sentem-se e não atrapalhem mais minha aula.

Ando rapidamente até a mesa onde está Nico, que me observa com a sobrancelha arqueada. Me sento ao seu lado e respiro fundo.

— E mais uma vez os bebês salvam o dia – eu sussurro e Nico ri.

Leo, Jade e Paige se sentam nos lugares disponíveis em nossa mesa. Eu olho confusa para as duas loiras.

— Não me digam que já somos super amigas só por causa essa pequena história para entrar em uma aula – Jade revira os olhos.

— Não tem outros lugares vazios, Grace – ela responde, irritada. – Não me atrapalhe ainda mais que já fez.

— O que? – eu olho para ela incrédula. – Se não fosse por mim, você por mim você nem teria entrado nessa sala!

Ela abre o caderno e olha para a professora, que explica algo sobre triângulos.

— Se não fosse pelo seu ex-namorado – ela volta a olhar para mim -, eu nem teria me atrasado.

— Eu não tenho culpa disso!

— Ele é a pessoa mais irritante e persistente que eu já conheci – ela diz, inclinando a cabeça para nós.

— Concordo totalmente – Nico diz, revirando os olhos.

Encosto a cabeça no ombro dele. Jade se vira, voltando a prestar atenção na aula. A professora continua suas explicações sobre os triângulos desenhados na lousa, mas não consigo me concentrar para escutar alguma coisa.

— Vocês já pararam pra pensar que nessa mesa eu sou o único que nunca beijou o Nico? – Leo diz, com a voz baixa e um sorriso malicioso.

— E não adianta pedir – Nico fala, me dando um susto. – Isso não vai mudar.

Le faz uma cara de nojo para Nico, que ri. Paige tem uma expressão de surpresa, como se a observação de Leo fosse uma novidade para ela.

— Eu também sou o único que Thalia nunca odiou – Leo diz, bagunçando meu cabelo.

— Ainda – eu respondo irritada, passando a mão pelos fios e colocando-os de volta do lugar. – Babaca.

— Meu Deus, calem a boca – Jade exclama em um sussurro.

Todos voltamos a ficar em silêncio. A Sra. Lozasso termina a explicação e começa a falar sobre um trabalho em grupo que teremos que fazer.

— Cada grupo terá uma forma geométrica e alguns tópicos para cumprir – ela pega folhas e começa a entregar para os alunos, uma folha por mesa. Ah, não. – Parte escrita, desenhos, pequenas representações e claro, contas... Enfim, está tudo aí. A entrega será semana que vem e haverá uma apresentação oral no dia. Boa sorte a todos.

Ela entrega a última folha em sua mão para nós.

— Se saíram muito bem trabalhando juntos hoje, não é? – ela dá um sorriso desafiador. – Vamos ver como se sairão trabalhando juntos novamente, agora com triângulos.

Ela dá aquele último olhar assustador antes de se virar e voltar para frente, liberando a sala dos cinco minutos restantes da aula.

— Credo, a velha é vingativa – Leo comenta, jogando o caderno dentro da mochila. – Vai ser um desafio e tanto.

Ele olha para mim e depois para Jade e Paige, fazendo uma careta como se tivesse acabado de ter um pensamento horrível.

— Eu posso fazer tudo – Jade diz, se levantando. – Nem é nada demais, já tivemos essa mesma matéria milhares de vezes.

— Isso seria ótimo... – Leo começa, mas é cortado por Paige.

— De jeito nenhum! – ela exclama. – Você pode muito bem estar fazendo isso para estregar tudo e tirar nota de nós.

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Jade revira os olhos e Leo ri.

— Como se ela fosse fazer isso... Ela jamais faria isso com Nico ou com a própria nota – ele olha para ela e arqueia a sobrancelha. – Né? Porque eu também preciso de nota e não seria legal, loira...

— É claro que eu não faria isso! – ela dirige seu olha a Nico. – Minha nota não mudaria muito com um zero e eu não me importaria nem um pouquinho em ver as duas afundadas em geometria. Mas não prejudicaria Nico de jeito nenhum... Nem Leo. – Leo sorri e ela dá de ombros. - Drew ficaria irritada.

Paige cruza os braços e olha sério para ela.

— Eu não vou deixar o trabalho nas mãos dela. Ela nem gosta de mim!

Solto um suspiro irritado e me levanto, apoiando o corpo em Nico.

— Não querendo concordar com a gringa e nem desconfiando dos seus fantásticos sentimentos pelo Nico, mas prefiro participar do trabalho também – eu digo, fazendo Paige dar um sorriso para mim e um olhar superior para Jade.

— Eu não vou deixar as três sozinhas fazendo um trabalho porque... Ah, porque provavelmente teria sangue e não queremos isso – Nico diz, me fazendo rir.

— Eu prefiro permanecer longe, se for possível – Leo diz, piscando para nós.

— Tanto faz – Jade diz com impaciência. – Só digam adiantadamente quando vamos fazer porque não sou uma desocupada como vocês. Tchau, tchau.

Ela se vira e sai da sala rapidamente.

— Garota insuportável – eu murmuro. Olho em volta e vejo que somos os únicos que ainda estão na sala. – O papo está maravilhoso, mas temos aula, né? – apoio o queixo no ombro de Nico se vira, quase colando nossos rostos. – Vamos?

Ele assente e me despeço de Leo com um abraço e dou um aceno impaciente para Paige, que continua com essa simpatia exagerada e irritante para mim.

No corredor, as pessoas gritam e correm como se o mundo estivesse acabando. Será que ninguém sabe conversar civilizadamente, sem gritaria e coisas do tipo?

— Como você aguentou namorar aquela garota? Ela é super animada e amigável... Eca! – Nico ri, me puxando para perto.

— Ela só tenta ser legal com você, Thalia. A culpa não é dela que você é rabugenta e irritada – reviro os olhos e ele sorri. – Aliás, ela tem um jeito bem parecido com o da Bianca.

— Você está insinuando que eu passe a me irritar com sua irmã, Nico? – eu arqueio a sobrancelha, dando um sorriso.

— Você me entendeu – encosto na porta do armário e ele me dá um selinho, que logo se transforma em um beijo.

É a primeira vez que fazemos isso no meio do corredor da escola onde todos podem ver e eu praticamente sinto os olhares e escuto os murmúrios sobre nós. Isso não dura muito tempo, já que Annabeth, Percy e Zoë chegam, atrapalhando tudo como de costume.

— É tudo muito lindo e tal – Zoë diz, afastando nós dois. – Mas eu já estou cansada de ficar de vela.

— E estava todo mundo falando de vocês – Percy diz, sorrindo.

— Não me importo – dou de ombros e dou um passo, ficando ao lado de Zoë. – Vamos, garota carente.

...

Abraço a mochila e olho com desconfiança para as duas garotas, que me olham com impaciência.

— Vocês prometem que vão me levar pra fazer alguma coisa legal? – eu pergunto e Annabeth assente, sorrindo. – Porque eu costumo almoçar e assistir alguma coisa com Nico toda tarde e não quero mudar isso pra fazer alguma coisa que me deixe entediada, cansada ou irritada.

— Nós só vamos almoçar e ir ao parque, Thalia! Credo – a loira diz e tira a mochila de minhas mãos, jogando no canto do chão do carro.

— Uh, nossa queria hater de rotinas querendo ir pra casa e fazer o mesmo de sempre – Zoë provoca, enrolando no dedo uma mecha do meu cabelo. – O que o amor não faz com as pessoas, não é?

Dou um tapa na mão dela e mostro a língua.

— Cale a boca, Zoë. Você não sabe o que está falando – eu digo e ela ri.

— Você que é ceguinha – ela ri e me abraça de lado. – Vem, vamos logo porque eu estou com fome.

— Tem certeza que vocês não querem ir pra casa? – eu pergunto, dando um sorriso para convencer as duas. – Tenho certeza que está passando um filme ótimo e que Bianca faria um brigadeiro maravilhoso...

— Não, Thalia! – Annabeth me arrasta para o carro. – Vamos ao parque hoje. Você precisa de ar puro, natureza.

— Annie tem razão – Zoë concorda, sentando-se no banco da frente e virando para mim, que fui praticamente jogada no banco de trás. – Você está até mais branca do que o normal. Aposto que está faltando vitamina D nesse corpinho.

Eu e Annabeth rimos.

— Deixe de ser exagerada, Zoë! – me apoio no banco e dou um sorriso. – Fiquem sabendo que vocês vão me pagar um sorvete por esse sequestro, ok?

— Pago até dois – Annabeth diz, piscando para mim e dando partida no carro. -, se você prometer não reclamar durante o resto do dia.

P.O.V Nico di Angelo

Bianca estende a lista de nomes, há quase quinze páginas ou mais. Milhares de nomes. Eu demoraria dias só para ler tudo aquilo.

— Você só pode estar brincando, Bia – eu digo, pegado os papéis de sua mão. – Você não acha que isso vai piorar tudo?

— Claro que não, Nico – ela prende cabelo e se joga no chão, esticando a perna e começando a se alongar. – Eu tenho uma lista pra Thalia também. Vocês escolhem os preferidos e depois comparam.

— Acho que tem todos os nomes do mundo aqui – eu digo, passando as páginas e fazendo uma careta.

— Não, maninho – ela encosta a mão na ponta do pé e vira a cabeça para mim. Se fosse eu ali, já estaria morto. – Eu tirei alguns nomes. Sabe, alguns que eu simplesmente não suportaria em meus sobrinhos. Tipo Robert, tem alguma coisa nesse nome que me irrita.

— Aquele seu ex, talvez? – eu provoco e ela mostra a língua, voltando a se concentrar no alongamento.

Escuto a porta abrir e risos conhecidos. Zoë, Annabeth e Thalia entram na sala e andam até nós. Bianca – que está com a cabeça quase colada no chão e as pernas esticadas – sorri para elas. Elas acenam para mim.

— Estou cansadaaa - Thalia se joga ao meu lado, me abraçando e dando um beijo demorado na minha bochecha. - Elas me fizeram andar muito!

Zoë faz uma cara de choque para Thalia.

— Nada disso! - ela exclama. - Thalia, nós andamos pouquíssimo! Você que é preguiçosa.

Annabeth ri, se jogando na poltrona.

— Talvez seja a abstinência de Nico - a loira aponta para Thalia, que está agarrada em mim com o rosto escondido em meu pescoço. - Desde quando ela é tão melosa assim?

Em um movimento rápido, Thalia se afasta de mim e joga uma almofada em Annabeth. A garota dá um grito quando o objeto acerta seu braço.

— Isso é amo... - Bianca começa e Thalia mira outra almofada nela, com uma expressão irritada. - Hormônios! São só os hormônios da gravidez.

Thalia mostra a língua, mas volta a se encostar em mim e pressionar a barriga com a ponta dos dedos.

— Parem de incomodar ela! - eu reclamo, passando o braço em volta de Thalia. - Sou eu que preciso aguentar o estresse dela depois.

— Seu idiota! - Thalia exclama, tentando se afastar de mim e dando tapas em meu braço. - Eu tenho tentado ao máximo ser a melhor pessoa do mundo com você!

Ela tenta se afastar enquanto eu tento manter seus braços parados.

— Era brincareira, Thalia! Eu amo até quando você está irritada e jogando tudo longe – ela para de tentar soltar seus braços e pisca seus olhos azuis. - Não tem nada que eu não goste em você.

Ela me encara sem expressão e não diz nada, mas as três garotas em nossa volta dão suspiros apaixonados e dizem coisas como "tão fofo” e “que lindos”.

Thalia dá um sorriso envergonhado e entrelaça nossos dedos, virando-se novamente para encarar suas amigas.

— Vamos assistir alguma coisa?

— Claro – Annabeth concorda e dá um sorriso. – Mas precisa ter brigadeiro.

Zoë se senta no chão e balança a cabeça.

— Ótimo para mim também, mas antes... – ela franze a testa e aponta para Bianca. – Alguém pode me dizer por que Bianca está nessa posição com essa calça colorida no meio da sala de vocês?

— Eu aprendi a não questionar – Thalia diz, levantando e me puxando junto em direção à cozinha. – Eu faria o mesmo se fosse você.