Eu Sou Pai?.!

Culpa Do Milk-Shake


Varias pessoas pararam o que estavam fazendo para olhar o que tinha acontecido. Rolei os olhos. Tudo bem ser curioso, mas precisava estar com varias câmeras de celulares apontados em nossa direção?

Ok, todos aqui eram famosos, ricos e importantes em suas áreas de trabalho e o que estava acontecendo aqui poderia render uma bela matéria para os fofoqueiros e tabloides de plantão.

– Mamãe. – disse Nina passando por mim e indo até Annabeth que a pegou no colo a abraçando protetoramente. Will passou um braço sobre os ombros de Annabeth puxando as duas para mais perto dele. Não gostei.

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– Você é a mãe dela, né? – pergunta Rachel debochada olhando com nojo para Annabeth. – Deveria dar educação a sua filha.

– Se eu não tivesse dado educação a ela, ela estaria que nem você dando um chilique por uma coisa tão pequena. – disse Annabeth olhando para Rachel com os olhos semicerrados. A multidão soltou um coro de “Uhhhh” para Rachel que já estava com as bochechas rosadas.

– Toma, patricinha. – disse alguém na multidão a nossa volta e muitos começaram a rir.

– Olha quem fala? – disse Rachel desdenhosa tentando não se importar com o que esse alguém disse dela. Rachel liga muito para a opinião dos outros, principalmente se esse alguém for rico. – Você que esta fazendo um escândalo aqui.

– Pode apostar que estou mesmo. Faço um escândalo quando se trata de defender quem eu amo e merece ser defendido e não quando uma roupa, que pode ser facilmente jogada fora, esta suja como você esta fazendo exatamente agora. – disse Annabeth mordazmente e varias pessoas soltaram mais um coro de “Uhhhhh” para Rachel.

– Minha nossa, mais uma. Depois dessa saia de fininho. – disse alguém no meio da multidão e todos caíram na gargalhada, ate os seguranças da Rachel riram um pouco quando não deu para segurar mais a risada.

Obvio que a única que não riu foi Rachel que ficou com o rosto completamente vermelho, mais vermelho que seu cabelo, não sei se de raiva ou de vergonha. Provavelmente os dois.

Rachel olhou para mim indignada e eu só deu de ombros. Ela começou com tudo isso, não é só porque estou com ela que tenho que defende-la quando ela claramente esta errada. Tudo bem que sujaram a roupa dela, mas roupa pode comprar uma nova ou lava-la.

– Você não tem o direito de falar assim comigo. – disse Rachel brava olhando para Annabeth, mas acho que ela também estava brava comigo. – Sabe quem eu sou?

– Graças a Deus não. – disse Annabeth e todos riram mais uma vez.

Thalia e Nico se acabavam de rir ao meu lado deixando Rachel mais fula ainda da vida comigo por eu não fazer nada e ainda estar sorrindo com tudo. Eu juro que eu tentei me segurar, mas poxa, todos estavam rindo e rir é contagioso.

– E nem me interessa saber quem você é. E para a sua informação, eu tenho direito sim de falar com você desse jeito já que você não demonstra qualquer educação que, se tiver tido, seus pais tenham lhe dado para eu ser educada com você. – continuou Annabeth e a multidão se acabava de rir.

– Rachel, é melhor você ir embora. – disse minha mãe interferindo quando Rachel abriu a boca para revidar. Murmúrios de lamentos foram ouvidos vindo da multidão. O povo gosta de um barraco.

– Mas, Sally...

– Mas nada. – disse minha mãe firmemente. – Eu já aturei demais seu escândalo para cima da minha neta e suas atitudes não estão lhe dando o direito de agir desse jeito.

– Mas foi ela que derrubou... espera um pouco. Você disse neta? –perguntou Rachel com os olhos arregalados olhando da minha mãe para mim diversas vezes tentando assimilar o que tinha acabado de ouvir.

– O bicho vai pegar. –comenta Nico e eu somente balanço a cabeça concordando com ele.

Eu iria contar para ela, mas eu um lugar em que não tivesse ninguém além de nós dois e que não tivesse nem um objeto que poderia ser usado como uma arma para acabar com a minha vida. Rachel pode ser bem escandalosa, para não dizer coisa pior, quando as coisas não saem como ela quer.

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– Vamos lá, dissipando, cada um para um lado. – disse um cara de terno passando pelo meio da multidão com vários, presumi pelo uniforme que usavam, seguranças do shopping atrás dele. – O show já terminou.

– Terminou uma ova. – disse Rachel furiosa vindo para o meu lado.

– Te encontro no inferno, amigo. – disse Nico divertido antes de se afastar de mim.

– Que historia é essa de filha, Perseu? – ordenou Rachel e eu fiquei com raiva. Eu já disse que odiava quando me chamavam de Perseu com esse tom de voz, ou com qualquer outro?

Menos quando é minha mãe que me chama assim, ou Annabeth. Eu fico é com medo delas, mas não conte isso a elas, eu sempre dou a desculpa que eu tenho educação por isso fico quietinho quando falam assim comigo. Bom, Annabeth falava assim comigo as vezes.

– Aqui não é lugar para esse tipo de conversa. – falei por entre os dentes.

– Ah então é verdade? – só faltava Rachel sair cuspindo fogo agora.

– Senhorita Dare. –disse um dos seguranças de Rachel se aproximando dela. – Seu pai já sabe desse infortúnio e pede imediatamente que a senhorita vá para casa e se caso se recusar, temos a autorização dele para leva-la a força. – completou quando viu que Rachel já iria reclamar, brigar, com ele.

– Saiba, Perseu, que o que tinha entre a gente acabou aqui. Não vou tolerar suas mentiras, seu cafajeste. Você vai me pagar por essa humilhação em publico, seu imbecil. – disse Rachel raivosa e deu um tapa bem forte no meu rosto antes de se virar bruscamente jogando seus cabelos na minha cara me obrigando a fechar os olhos e a boca rapidamente.

Levo um tapa na cara e mais um do cabelo. Acho que vou precisar de um pouco de gelo, eu não sabia que Rachel podia dar um tapa tão forte assim.

Ela saiu marchando em direção à saída mais próxima do shopping com um de seus seguranças a acompanhando e alguns dos seguranças do shopping abrindo caminho entre algumas pessoas que ainda estavam curiosas.

O outro segurança de Rachel conversa com o cara de terno enquanto os outros seguranças do shopping tentavam dispersar as pessoas.

Como eu disse antes, Rachel podia ser bem escandalosa quando as coisas não saiam como ela queria e se tiver mentira envolvida em tudo ela pode ser bem ruim. Pelo que eu sei tem algo haver com os pais dela, mas ela nunca quis me contar em detalhes.

– Até que enfim. – gritou Nico feliz quando Rachel saiu de nossas vistas. –Se livrou da peste ruiva. – comemorou chacoalhando os meus ombros entusiasmado.

– Para Nico. – falei olhando para os lados um pouco alarmado. Meus olhos acabaram pousando em Nina no colo de Annabeth.

Senti um aperto no peito ao ver Will e Annabeth consolarem a pequena que ainda parecia um pouco assustada com tudo que tinha acontecido. Me repreendi mentalmente por não ter feito nada por Nina na hora que tudo aconteceu.

Eu acho que eu não servia para ser pai. Por que raios eu tive que ficar parado que nem uma anta empacada e não ter feito nada para ajudar a minha filha? Isso não é algo que um pai faria.

– Para nada, temos é que comemorar. – disse Nico ainda sorrindo e foi para o lado de Thalia e os dois engataram uma conversa que eu não dei a mínima atenção. Eu ainda estava olhando para Annabeth, Nina e Will.

– Não fique assim não, filho. – disse minha mãe se postando ao meu lado e passou seus braços reconfortantemente pela minha cintura me abraçando de lado.

– O que é isso que eu estou sentindo? –perguntei olhando para a minha mãe.

– Amor. – disse ela simplesmente com um sorriso orgulhoso no rosto e eu senti meu rosto esquentar não sei por quê.

– E se eu não for um bom pai? – perguntei voltando a olhar para Nina e Annabeth. – Eu fiquei aqui parado sem fazer nada.

– Ninguém sabe se vai ser bom em alguma coisa se não tentar. – disse minha mãe. – Então tente, de o seu melhor para mostrar a você mesmo que pode ser um bom pai se assim desejar.

Sorri. Ela tinha razão. Eu tinha que tentar e mostrar que eu podia ser um bom pai mesmo não tendo tido uma referencia paterna para isso. Preciso de um livro de auto ajuda para pais inexperientes que tenham uma filha de sete anos de idade. Será que existe?

Vi Annabeth colocar Nina no chão e a pequena veio em minha direção me olhando com os olhos estreitos. Minha mãe riu baixinho ao meu lado enquanto eu ficava nervoso com isso.

– Mamãe e tia Thalia falaram que o senhor era lerdo, eu só não pensei que fosse a ponto de ficar parado. – comenta Nina quando chegou perto da gente e minha mãe riu com gosto agora.

– Hã... – eu fiquei sem reação, eu não sabia o que fazer e piorou quando Nina começou a rir junto com minha mãe. Ela com certeza estava tirando uma com a minha cara e minha mãe nem para me ajudar.

Ingenuidade a minha se pensava que Nina só pegaria no pé do Nico e da Thalia. Tenho que ter cuidado a partir de agora porque se eu der uma brecha, como agora a pouco, ela vai tirar uma comigo também independente de eu ser ou não o pai dela.

Thalia é um mal exemplo para crianças.

Me abaixei ficando quase na mesma altura que Nina e ela parou imediatamente de rir e olhou para mim intrigada assim como minha mãe.

– Me desculpe, pequena. – falei puxando ela para um abraço, ato esse que a pegou totalmente de surpresa. Eu não sabia o que eu estava fazendo, mas isso me parecia ser o certo principalmente depois que ela correspondeu ao meu abraço.

– Tudo bem, você é novo nisso. Mas eu quero outro milk-shake, o outro sujou a moça mal-humorada. – disse ela se afastando de mim sorrindo o que me fez sorrir também.


Passamos mais algumas horas no shopping antes de irmos embora. Na verdade, dessa vez, eu, Nico, Will e Nina fomos até a parte de jogos do shopping como Nina havia pedido enquanto que as mulheres foram ver os vestidos para a festa.

Durante o intervalo de um jogo para o outro, eu tinha que confessar que Will não era um cara tão chato assim – mas eu ainda não gostava dele – Nico usou a internet do seu celular e viu as ultimas noticias na mídia.

Não foi com espanto que eu via a maioria dos sites de fofoca falando sobre o que tinha acontecido a pouco, eu até tinha visto alguns paparazzi do lado de fora da área de jogos há pouco tempo tentando tirar fotos nossas.

Mas tinha alguns seguranças do shopping de guarda perto da gente e todas as vezes que viam alguém com uma câmera do tipo que os paparazzi usam pediam que eles se retirassem ou entregasse a câmera para eles enquanto ficassem nessa área.

Nico ria o tempo todo que lia uma matéria, pois em todas contavam como a mais nova brilhante arquiteta dos tempos modernos, é assim que eles chamam a Annabeth, tinha dando uma “lição” em Rachel E. Dare somente usando palavras inteligentes.

Também tinha varias fotos do que tinha acontecido e uma em particular deixou os três sorrindo, mesmo eu é claro já que a foto era do momento em que Rachel tinha me dando um belo tapa na cara e eu estava fazendo uma careta horrenda por isso.

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Mas quem não ficaria. O tapa tinha doido para caramba e minha mãe me fez eu até colocar gelo o que gerou gargalhadas e mais algumas fotos, mas dessa vez dos que estavam comigo.

E claro que não podia faltar a noticia de que a filha de Annabeth era também minha filha. Eu tive que desligar o meu celular de tantas mensagens que eu tinha recebido de Rachel me xingando de diversos nomes ofensivos por eu ter a feito de boba enquanto eu tinha uma filha e nem se quer tinha contado para ela.

Não me dei ao trabalho de dizer que até ontem eu também não sabia que era pai. Todo mundo parecia feliz que eu tinha terminado com a Rachel – ela terminou comigo, mas isso é só um detalhe – e eu não estava me importando muito com isso.

Eu gostava dela, pelo menos um pouco, mas... É melhor eu não me lamuriar por isso, não vale a pena. O que passou, passou não é? Com tudo, eu precisava ter uma conversa com ela de qualquer jeito, não podia deixar as coisas assim.

Minha filha não ficou surpresa quando contei que Rachel e eu éramos namorados alguns minutos atrás e ainda me pediu o endereço dela para poder pedir desculpas pelo milk-shake dela ter sujado a roupa de Rachel.

E a culpa foi para cima do pobre milk-shake e ainda tive que comprar outro para Nina.

Isso me lembra que meu encontro com Rachel vai ser mais cedo do que eu pretendia, já que eu combinei com Annabeth que eu arcaria com a roupa manchada de Rachel, e eu ainda ia levar Nina já que ela queria pedir desculpas nada melhor do que eu estar por perto sabendo como Rachel é nada se sabe ao certo, mas antes precisávamos conversar com Annabeth se ela deixava eu levar Nina.

Will contou, depois que Nico perguntou para ele, que ele e Annabeth tinham recebido uma mensagem de Thalia contando a onde estávamos e por isso nós encontraram facilmente no shopping.

Nina quis brincar em quase todos os brinquedos e jogos. Ela até jogou bilhar e foi muito cômico ver ela segurando aquele taco e tentando acertar a bola branca. Nina ficava praticamente em cima da mesa e hora ou outra Nico, Will e eu a segurávamos para ela pode jogar. Como eu disse muito cômico.

– Mensagem da mamãe. – disse Will e Nina imediatamente passou o seu controle para mim e foi para o lado de Will pegando o celular da mão dele.

– Elas terminaram as compras e querem saber a onde vamos encontrar com elas. –disse Nina sorrindo e olhou para mim com os olhos pidões, não me perguntem por quê.

– Você escolhe. – falei dando de ombros.

– Eba. – gritou ela eufórica e Will gargalhou ao seu lado. Nina começou a digitar algo no celular com muito entusiasmo.

– Que filme vamos ver? –perguntou Will quando Nina entregou o celular de volta para ele. Franzi o cenho confuso com a pergunta sem sentido dele.

– Era do Gelo 4. – disse ela entusiasmada. Agora a pergunta não era tão sem sentido assim.

Bufei desanimado. O cara conhecia bem demais a minha filha para o meu gosto. Mas eu me apeguei ao fato que eu só a conhecia a pouco mais de 24 horas e o cara a conhecia há anos, então eu tinha que me dar um desconto e eu iria conhecer minha filha tão bem quanto ele.


Nós quatro engatamos uma conversa animada sobre filmes enquanto íamos encontrar com elas. Sim, Will e eu ainda estávamos nós dando bem, mas como eu disse antes eu ainda não gostava dele. Falávamos principalmente de filmes de animação que eram o gênero preferido de Nina.

Quando chegamos ao cinema vi que as mulheres tinham feito mais duas aquisições ao grupo delas. Sorri ao perceber quem eram essas duas aquisições. Silena, minha amiga, e sua filha Katherine de cinco anos que era minha afilhada.

Mas meu sorriso logo se foi quando vi o jeito que Silena estava me olhando. Minha sorte esta cada vez melhor.