Céu Azul - Charlie Brown Jr.

POV Ricky.

Cara, agora até eu estou curioso para saber quem ajudou aquela chata da Blair. Sinceramente, aquela garota é um saco!

Mas quando ela chegou coberta de lama no refeitório e me pediu ajuda, por impulso, aceitei. É claro que eu poderia tê-la deixado toda suja, mas simplesmente não sei por que ajudei.

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-Eai, cara. Ainda pensando naquela gata? – o Tony é mesmo um sem noção. Só porque eu implico com a chata da Blair, não quer dizer que eu penso nela o tempo todo!

-Sai daqui.

-Ei, calma aí, ô estressadinho! Relaxa, ela é toda sua – e então ele formou um sorriso totalmente cínico naquela cara pálida que ele tem.

-Nem vem, pode ficar com ela. Deus me livre aquela lá do meu lado, passaria vergonha na certa.

-Cara – ele disse pondo a mão no meu ombro -, eu to é de olho naquela amiga dela. Como ela chama mesmo? O nome combina certinho com ela. Acho que é Bella.

-Ah, sim. E depois vai atacar qual? A diretora? – minha gargalhada fora tão alta e idiota que até alguns alunos que passavam por ali nos olharam.

-Não, seu idiota. A Bella já está na minha. Caiu na rede é peixe. Mas essa, com certeza eu não deixo escapar.

Bom, pelo menos ele tem alguém, e eu estou aqui, ainda pensando como vou fazer aquela chata pagar um micaço. Eu trouxe algumas coisas, acho que serve. Vou decidir na hora. Só espero que talvez, um dia, eu consiga uma história. Sei que ficou meio gay, mas sei lá.

POV Blair.

Eu não sei o que fazer! O Sr. Oron está sempre de olho em mim. Ou aquele inspetor chato fica me olhando, toda hora. Preciso bolar alguma coisa, porque se não, amanhã não vou ter como fazer a brincadeira com o Ricky.

-Ei, Blair! Por que não me apresenta aquela sua amiga. Bella? – o vi correndo até mim, mas não era o Ricky. Era o amigo dele, o tal do Tony. Era só que me faltava, ele querendo dar em cima da Bella.

-Cara, ela está a menos de cinco metros daqui. Vai lá falar com ela logo. – sei que não devia ter dito isso, mas preciso de tempo para pensar em alguma coisa pra despistar o inspetor. Que agora me olhava com aquela cara totalmente pálida e aqueles olhos escuros.

-Blair, por favor!

-Argh! Tudo bem – tenho que acabar logo com isso. – Bella! Bella! – gritei.

Ela olhou e do nada começou a gargalhar. Foi aí que percebi que o tonto do Tony tinha caído no chão. Ela veio rindo e se agachou pra ajudar o cara.

-Ei, tudo bem com você?

-Sim. Eu só tropecei aqui. Mas acho que está tudo bem.

-É, eu vi. Vem cá, deixa eu te ajudar. – aos poucos, eu fui me afastando e deixando os dois conversarem sozinhos. Até que acho bonitinho, essa coisa de amor e tals, mas nunca aconteceu comigo. Não ainda.

Como não queria ficar ali pra ouvir a conversa dos dois pombinhos, fui até algum canto daquele campo.

Me sentei embaixo de uma árvore. Encostando em seu tronco. A única coisa que me veio a mente foi quem poderia ter me ajudado. Sei que não foi o Ricky. Ele nem falou comigo depois de termos terminado de limpar o refeitório. Até que era legal ficar irritando ele e depois sair correndo.

Mas agora, eu sabia que tinha alguém ali que estava do meu lado. Pensei em todas as possibilidades dos garotos que poderiam ter me ajudado. Só que nesse acampamento, tem muita gente, principalmente meninos.

Não sei o nome de todos, apenas do Ricky e do Tony mesmo. Não tenho muita amizade com o resto da turma. Eles são bem legais, mas não me entendem. Por isso, ando só com a Lara e com a Bella, que até hoje, andam comigo.

Apesar de que a Lara anda meio sumida. Acho que ela está ajudando na cozinha ou algo assim. É o jeito dela, adora ajudar.

Mas então, se foi um garoto, não poderia ter sido a Bella ou a Lara fazendo graça comigo. O Ricky me odeia, por isso não pode ter sido ele. E se o Tony está a fim da Bella, por que me ajudaria? Então, hipoteticamente, não é nenhum deles.

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Então, quem?

[...]

Eu praticamente amo andar no meio do pátio quando termino de jantar. Mas hoje, enquanto estava sozinha, com todo mundo ainda no refeitório, ouvi um ruído de folha.

Virei para trás e não tinha ninguém. Com certeza era aquele idiota do inspetor me vigiando e sem querer estragou o próprio disfarce. Mas não era ele.

O vulto que passou era com certeza de alguém mais novo. Mas como estava escuro, não consegui identificar.

Só que assim que voltei a olhar para frente, dei de cara com um garoto não conhecido, me olhando como se eu fosse algum E.T, sei lá.

-Quer me matar? O que você está tentando fazer?

-Me desculpa. Não queria te assustar. Mas é que você deixou isso em cima da mesa do refeitório e saiu.

-Minha pulseira! – parece bobagem, mas aquela pulseira fora o presente que minha avó me dera antes de partir. Era muito importante pra mim, e deveria ter caído na mesa enquanto eu comia e eu nem reparei. – Obrigada!

-Por nada. Apropósito. Sou Chad.

-Prazer, Chad. Sou Blair. – eu não sei como, mas conhecia aquele garoto de algum lugar. Mas não sei de onde. Estava escuro, mas eu conseguia ver que seus olhos eram castanhos e seu cabelo era escuro.

-Eu sei.

-Como assim? Eu te conheço?

-Creio que não. Mas como não conhecer a Garota Da Comida? – o tom de sua voz era forte. O que combinava com sua postura. Parecia um homem muito mais velho.

-Aé, sou eu mesma.

Não sei mesmo de onde o conheço. Mas tenho certeza de que já o vi.

-Ei, Blair. Que tal uma caminhada antes de dormir? Daqui da floresta, fica bem mais fácil ver as estrelas.

-Claro. – por que não? Assim eu poderia conhecê-lo melhor e ver se ele pode me ajudar com essa de Quem Me Ajudou A Fugir Do Inspetor.

E não posso me esquecer, daqui á algumas horas, Ricky vai ficar tão lindo e quem sabe, colorido.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.