Adriana chegou bem cedo ao CPAI, pois aceitou ajudar às buscas se fosse pela manhã. Não esperou muito tempo até ir à sala do velho Otávio.

– Não sei o que deu naquele louco do Raimundo pra desaparecer assim. Eu já liguei várias vezes, mas sempre caía na caixa-postal - disse o velho.

– Sei... mas o senhor teve algum desentendimento com ele? - perguntou o policial.

– Não, a única coisa que teve naquele dia foi uma pequena discussão sobre o projeto que desenvolvíamos e que ele estava atrasando. Será que tem algo a ver?

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– É o que veremos - respondeu. O policial era jovem e se chamava de Edson. - Podemos ir?

– É claro, mas aguarde só uns dez minutos, por favor.

Edson assentiu. Adriana esperou Otávio sair da sala para seguir caminho rumo à busca pelo homem perdido. Seria uma caravana com seis pessoas: quatro cientistas e dois policiais.

Os carros saíram do CPAI ainda pela manhã e foram direto ao casebre do cientista.

– Tem certeza que é por esse caminho? - perguntou Otávio.

– Claro que sim. Ele morava no centro, mas há meses que se mudou. Eu já fui aqui com o doutor Ernest várias vezes.

Ernest fazia parte da equipe de Raimundo nas pesquisas, mas mudou-se para Fortaleza quando foi trabalhar para uma universidade.

Foram dois carros entrando numa estrada de terra bastante erma. Não havia moradia, não havia pessoas, não havia animais, apenas vegetação da caatinga e terra, muita terra.

– Ali, chegamos - disse Adriana.