Estórias De Horror

Capítulo XX


Harrison Lane costumava ser um homem pacífico, educado, pacato e de boa índole. Agora não passa de um psicótico assassino que queria se livrar da prisão. Ele continuou mantendo Natasha como refém. O tenente apenas acatou a ordem do assassino e colocou sua arma no chão.

– Quer saber da história não é? Pois aí vai. Sim fui eu que matei as meretrizes fui eu que matei Manfield e fui eu que assassinei Larisse. O prazer em vê-los morrer foi suficiente para me viciar cada vez mais a matar pessoas.

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– Como consegue estripá-las?

– Eu sei muito sobre a anatomia. Meu pai era médico e me ensinava no seu consultório quando eu era criança. Quando eu atacava as vítimas sempre andava com casaco e chapéu e pedia um programa normalmente. As levava por um local isolado e ali as esfaqueava. Foi assim que aconteceu com Lacombe e Joan Truman. Eram perfeitas.

– E qual é o seu envolvimento com Barker?

– Ele sabia demais. No dia em que ele morreu eu estava no jardim. Observei Willame Ford segui-lo, mas decidi me adiantar e entrei no porão antes dele. Como o velho era cego não me viu escondido. Em seguida eu peguei um pedaço de arame farpado e o estrangulei. Depois retirei suas roupas, preguei seus punhos na parede e peguei um pedaço de carvão para escrever na parede. Já com Larisse aproveitei que estava só e a matei quebrando-lhe o pescoço. Não poderia deixar pontas soltas por isso a eliminei como um frango de açougue. Agora se afaste e pare de fazer perguntas.

Harrison segurou Natasha pelos cabelos, pegou a arma de Carl e saiu pelos becos que ficavam próximos. O homem estava disposto a matar quem fosse lhe atrapalhar. Carl tinha uma arma reserva e seguiu o bandido. A tensão tomou conta agora que chovia. O estripador estava encurralado perto de um beco sem saída.

– Eu já disse pra me deixar em paz. Eu juro que estouro a cabeça dela!

– Calma. Só me diga se houve algum propósito na morte de Willame Ford. Ele estava sendo acusado injustamente.

– Aquele patife incomodava os planos da senhora Barker - Carl ficou perplexo - apesar de eu ser o assassino a megera me contratou para matar as meretrizes sem me dizer o motivo. Ela me pagou quase dez mil para acabar com o marido. Pergunte a ela quem matou Ford. Talvez ela tenha contratado outro profissional. Aquela lá é mais perigosa do que eu. E vocês pensando que era uma pobre viúva solitária. Hehe que nada, aquela ali só visa seus próprios interesses.

Harrison ameaçou atirar quando Carl calmamente tentava abaixar a arma. De repente o bandido empurra Natasha pra cima do tenente. Os dois caem, o criminoso tenta fugir, mas é surpreendido por Liam que sem pensar atira contra Lane. Este também dá um tiro no policial, porém de raspão no braço. Era o fim do Estripador, pois ele levara o tiro bem no peito. Natasha correu para ajudar o colega.

– Você está ferido - disse ela preocupada em estancar o sangramento dele.

– Estou bem. Não foi nada de grave.

Carl caminhou até o criminoso que estava caído ao chão. Harrison morria lentamente com o sangue saindo pela boca. Mesmo assim sorria da cara do detetive até vir a óbito.

– Fiquem aqui eu tenho algo para resolver. Chame os socorristas e a polícia - disse saindo do local.

– Me desculpe por ter desconfiado de você, estou envergonhada - falou ainda triste pelo mal entendido.

– Ei senhorita Christie não fique preocupada por isso, eu te desculpo. Então podemos ser amigos a partir de agora?

– Sim podemos.

– Ótimo. Agora como amigos oficiais eu posso ser sincero?

– Pode.

– Você tá espetacular nesse traje.

Os dois riram da conversa sem noção que estavam tendo. Minutos depois a polícia e os socorristas chegaram.

Continua...