Estrela Cadente

Capítulo 5 - Estrela Cadente.


— Fro apresenta: O parque de diversões — esticou os bracinhos.

— Como sabia desse parque, Fro? — Lucy olhava atônita para o lugar.

— Fro leu em um panfleto que tinha do lado da cama, só que Fro escondeu para fazer surpresa.

— Isso é incrível, Fro... Só tem um pequeno problema... É um parque de casais — olhou para a placa que dizia “Parque Love”.

— Fro não vê nenhum problema, Fro fica no playground — apontou para um lugar onde as crianças ficavam.

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— Fro...

— Eu acho uma boa ideia — Rogue finalmente falou algo.

— Rogue-kun.

— Não temos nada a perder, vamos logo — saiu puxando a loira.

O parque era como qualquer outro, suas únicas diferenças eram os corações espalhados e o fato de só ter casal.

Frosch ficou no playground, brincando com as crianças, enquanto ao outros dois exploravam o lugar. Ou pelo menos tentavam.

Rogue sabia muito bem o porquê do gatinho ter escolhido esse lugar e não o culpava. Fazia alguns meses que o pequeno começou a questionar o moreno sobre quando a loira se tornaria sua mamãe.

Tentou explicar para ele que não era tão simples assim, porém foi ignorado. Frosch podia ser inocente, mas sabia de muitas coisas.

O moreno não teve nenhuma chance, então apenas prometeu para o gatinho que, futuramente, Lucy seria sua mãe. E foi por causa dessa promessa que ele comprou um anel de compromisso... Frosch tinha o convencido a fazer isso (esse é meu garoto).

Ele estava com o anel guardado em uma caixinha em seu bolso, só estava esperando o momento certo para fazer o pedido.

Lucy por outro lado estava nervosa, não esperava estar em um lugar para casais com um homem assim do nada. Admitia com toda certeza que tinha começado a nutrir sentimentos pelo amigo, mas tinha medo...

Medo de não ser retribuída, medo de novamente ser traída. Rogue tinha sua total confiança, mas ainda sim ela ficava com um pé atrás.

Todos diziam para ela arriscar, quem sabe não encontrasse o amor da sua vida? Mesmo assim ela continuava irredutível e se mantinha afastada de novos relacionamentos.

Tinha pretendentes? Muitos, tanto da sua guilda como se outras, mas não ligava. A loira tinha muitas certezas na vida, e uma delas era de que não queria entrar em uma relação amorosa tão cedo.

Bem... Pelo menos era o que ela achava, até se apaixonar pelo moreno de olhos vermelhos que tanto a apoiou.

— Lu — Rogue a chamou, estralando os dedos na sua frente. — Você está bem? Quer voltar para a pousada?

— Hã? Ah, desculpa... Eu estava perdida em meus próprios pensamentos...

— Tudo bem. Então, por onde quer começar?

— Não sei... O que sugere?

— Hum... Vem comigo — a puxou pela mão.

Rogue agarrou a oportunidade e planejou um passeio em sua cabeça. Primeiro levou a loira para a montanha russa, mas estava com um fila enorme então tiveram que esperar.

Enquanto esperavam, Rogue pediu para a loira guardar seu lugar na fila um pouco, pois queria ver se Frosh estava bem, e assim saiu de perto da loira.

No meio do caminho ligou para Minerva, para que ela pudesse buscar o gatinho antes do parque fechar, assim ficaria mais tranquilo em sair dali com a loira, sabendo que ele estava a salvo.

Depois conversou com a moça do playground e com Frosch, assim deixando tudo certo para que seu plano desse certo. Com tudo feito, voltou para o lado da loira.

— Ansiosa?

— Muito, faz tempo que vou em uma montanha— russa — sorriu. — Agora vamos logo, antes que alguém fure a fila e pegue nosso lugar! — puxou o moreno.

Rogue quase se arrependeu de ter aceitado a ideia de Frosch. Lucy era... Maluca. Cada brinquedo estranho que via, ela o puxava, fazendo com que seu plano de passeio não saísse do imaginário.

Foram em montanhas-russas, brinquedos que giram loucamente e barcos que balançam em alturas absurdas. A cada novo brinquedos que entravam era uma nova reza que ele fazia.

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A loira parecia uma criança ligada no duzentos e vinte. Pulava, gritava e ria a todo momento, e ver ela assim foi o que fez o moreno se manter firme e se deixar levar por ela.

Depois de tanta adrenalina os dois decidiram parar, ou melhor, foram obrigados a parar, pois o parque já estava para fechar.

— Acho que é hora de buscar o Frosch — Lucy olhava para o céu e viu que já estava escurecendo.

— Não precisa se preocupar, Minerva veio buscar ele mais cedo.

— Sério? Por quê?

— Porque nós temos um lugar para ir, mas antes vamos passar na pousada para nos trocar.

— E para onde vamos?

— Segredo — sorriu.

— De novo um segredo, já não bastava o Frosch — virou rosto fazendo bico.

— Você vai gostar, apenas confie em mim.

— Certo, eu confio em você — sorriu, seguindo o moreno de volta para a pousada.

—- // --

— Rogue, isso é... Lindo — olhava admirada para o lugar.

Depois de se trocarem, Rogue a vendou e começou à guiar até um monte florido, um pouco afastado da cidade.

Nesse monte tinha um restaurante um pouco peculiar. Não havia mesas e cadeiras, e sim toalhas de piquenique espalhadas em cantos estratégicos. A que o moreno tinha reservado ficava rodeada por várias flores.

— Vem, você ainda não viu a melhor parte — a puxou até a toalha.

Assim que se aproximou, Lucy ficou ainda mais surpresa. A localização era mais perfeita de perto, pois conseguia ver toda a cidade de onde estavam.

— ... — a loira ficou estática, estava muito surpresa para dizer algo.

— Lu? Está tudo bem?

— Sim, é só quê... Eu fiquei surpresa, mas adorei — sorriu amável.

— Bem, que tal aproveitarmos nosso piquenique?

— Claro.

Comeram calmamente, sem pressa. Rogue ainda criava coragem para falar o que realmente queria, então ficava enrolando com assuntos aleatórios, mas não podia fazer isso por muito tempo.

Depois de alguns bons minutos, ambos ficaram em silêncio, apenas olhando as estrelas que brilhavam no céu. A noite estava muito bonita.

— Lucy... Você...

— Eu sei, Rogue-kun. Eu sei o porquê de ter me trazido aqui — sorriu ainda olhando para cima.

— Então... Por que aceitou?

— Acho que já está mais do que na hora de eu parar de fugir, certo?

— Isso só você pode decidir, Lu.

— Eu sei...

— Sabe... Para mim você sempre foi brilhante como uma estrela, uma estrela que caiu e perdeu seu brilho a dois anos atrás, como uma estrela cadente... Quando aquilo aconteceu, eu só te via como uma amiga.

— ...

— Eu não queria te ver triste... Eu apenas queria que você voltasse a brilhar. Foi então que passei a te ver de uma forma diferente.

— Rogue... — ficou atônita com o que estava escutando.

— Lu, me deixa te ajudar a brilhar de novo, me deixa te mostrar que no escuro também tem luz — pediu, tirando caixinha com a aliança de namoro do bolso.

— ... Sim, eu deixo.

— O quê? Sério?

— Claro que estou falando sério — riu da cara que o moreno fez.

— Então eu posso..

— Pode — esticou a mão.

Rogue não perdeu tempo, se levantou segurando a mão de Lucy, a fazendo se levantar também. Tirou a aliança da caixinha e colocou no dedo dela.

Lucy sorriu com o ato e fez o mesmo com ele, se sentia feliz e realizada, finalmente sua chance de recomeçar tinha chegado.

O moreno a abraçou logo em seguida, selando seus lábios no dela. A beijou com calma, demonstrando tudo o que sentia por ela.

— Eu te amo, Lucy — admitiu ainda sem fôlego.

— Eu também te amor, Rogue — sorriu, puxando o moreno para outro beijo.

—- // --

~ Três anos depois ~

— Rogue Cheney, você aceita Lucy Heartfilia como sua legítima esposa? — o padre perguntou.

— Aceito — disse sorrindo, como poderia negar algo que sonhava a tanto tempo?

— E você, Lucy Heartfilia, aceita Rogue Cheney como seu legítimo esposo?

— Aceito.

— Eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.

O padre não precisou falar duas vezes para que os dois se beijassem e os convidados “explodissem” em palmas.

Nunca tenha pressa para as coisas da vida, pois ela está em constante mudança e esperar tudo acontecer no seu tempo é o mais certo a se fazer. Lucy sabia disso e ficou feliz por descobrir que fez a escolha certa.

Cada um tem sua luz, sua felicidade e ela pode ser encontrada onde menos se espera. E foi isso que aconteceu com a loira. Antes apagada, hoje iluminada pelas sombras... Suas amadas sombras.

Ela era como uma estrela cadente que caiu e se apagou, mas agora podia voltar a brilhar.

Brilhar em seu próprio céu escuro.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.