Esqueça o passado

Capítulo 5


Maldita carta. Por que aquilo?

Demorei três meses para conseguir sair de Honolulu e uma carta me mandava voltar. Eu sabia que era ele.

‘’ Querida Sarah,

Vejo que já está feliz novamente. Não faz tanto tempo, não é?

Serei breve. Você irá encontrar Steve. Sim, isso mesmo.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Mas precisa voltar ao Havaí para reencontrá-lo.

Sei que virá. ’’

Wo Fat

Eu não poderia estar considerando esta ideia simplesmente impossível!

Mas estava.

Wo Fat era um homem frio. Onde eu estava com a cabeça? Ele não era confiável.

Mas eu queria ir.

Eu precisava ir.

...

Não fui para nenhuma cena de crime no dia seguinte. Trabalhei no laboratório com Adam, em silêncio.

Escutei Flack chegar e pedir para Adam sair. Se a intenção dele era fazer aquilo sem que eu ouvisse, falhou.

DF: Bom dia! – ele estava animado.

SW: Bom dia.

DF: O que aconteceu?

É tão fácil assim notar a minha preocupação? - pensei.

SW: Nada. – respondi sem olhá-lo.

DF: Não precisa mentir para mim. O que aconteceu?

SW: Não é importante para você.

DF: Sarah...

SW: Eu recebi uma carta. Veio do Havaí. – pausa. – Ele pode estar vivo.

Já o encarava.

DF: Quem mandou?

Flack engoliu seco. Ignorando o nó na garganta ao ouvir aquilo.

SW: Wo Fat.

DF: Espera aí! O cara que te sequestrou? – ele aumentou a voz. – Não está querendo ir para lá, está?

Silêncio.

DF: Está? – a voz dele passou de alta para o nível extremo de preocupação. – Você é louca! E não vai para o Havaí!

SW: Claro que vou!

DF: Você não pode fazer isso! É quase um suicídio.

SW: Ninguém garante que ele vai me matar.

DF: E ninguém garante que não vai!

Silêncio.

SW: Eu vou. – falei firme e baixo – Hoje a noite.

Ele escutou, me olhou e saiu.

...

Eu já estava pronta. Meu voo sairia as dez. Ainda faltavam duas horas.

Senti ansiedade com uma parcela de culpa e medo. Eu não estava indo para o Havaí porque ainda amava muito Steve, estava indo porque me sentia culpada. Convivi com a dor de achar que ele tinha morrido por mim a longos três meses. Eu poderia salvá-lo!

Mas eu estava enganada.