Escolhas Ocultas

Capítulo 6 - Formatura.


- Tudo bem, eu vou pensar! – Garanti.

- Obrigada Rose, agora dorme um pouco você está cansada – disse-me, mas soou como um mandado. Mas eu o fiz na mesma, eu realmente estava cansada e não só fisicamente, como também emocionalmente.

* * *

No dia seguinte fizeram as minhas três tatoos, neste momento tinha duas de batalha e duas de ter matado dois Strigois, que mataram Mason e estas que fiz agora, muitas pessoas ficam admiradas de como eu já matei tantos Strigois se nem formada ainda estou, mas fazer o que se o sangue Hathaway corre nas minhas veias.

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[…]

Uma semana depois…

Hoje era a minha formatura assim como a dos Morois e outro Danpirs, estavam todos nervosos e alegres, Lissa tinha preparado uma festa de formatura surpresa, mas deixou de ser surpresa pois, eu descobri, num “momento de fraqueza” de Lissa.

Estava conversando sobre Victor, que neste momento estava na maior prisão de Morois com Lissa quando batem na porta do quarto dela. Lissa foi até lá e abriu a porta, era Stan, um dos meus velhos instrutores, ele entrou sem pedir autorização a Lissa.

- HATHAWAY! – Rosnou – Que tal usar sua pouca gentileza e pôr-se a andar em direcção do campo! Está todo o mundo a sua espera! – Virou-se para sair, mas viu que eu ainda não tinha reagido – AGORA! – Gritou, fazendo me levantar num salto e ir atrás dele.

O assunto de sobre Victor sumiu da mente de Lissa. Ela me deu um rápido abraço – boa sorte! – Ela sussurrou no meu ouvido – não que você precise.

A expressão de Stan me disse que aqueles tchau de 10 segundos foram 10 segundos demais. Eu agradeci Lissa com um sorriso, e então ela foi encontrar nossos amigos nas arquibancadas do campo enquanto eu ia atrás de Stan para a pequena barraca, perto do campo.

-Você tem sorte por não ser uma das primeiras - ele rosnou - As pessoas estavam até apostando se você ia ou não aparecer.

- Mesmo? - Eu perguntei alegre - Quais são as chances? Porque eu ainda posso mudar de ideia e fazer minha própria aposta. Fazer um pouco de dinheiro.

Seus olhos estreitos me enviaram um aviso que não precisava de palavras enquanto entrávamos na área de espera adjacente ao campo, na frente das arquibancadas. Sempre me surpreendeu quanto trabalho dava esses testes, e eu não estava menos impressionada agora que estava vendo de perto. A barraca em que os novatos esperavam foi construída de madeira, completa com um teto. A estrutura parecia como se sempre tivesse sido parte do estádio. Ela tinha sido construída com uma incrível velocidade e seria derrubada igualmente rápido, assim que os testes terminassem. Uma porta da extensão de três pessoas dava uma visão parcial do campo, onde um dos meus colegas de classe estava esperando ansioso seu nome ser chamado. Todo tipo de obstáculo fora colocado lá, desafios cujo objectivo era testar o equilíbrio e coordenação dos estudantes enquanto ainda tinham que lutar e se esquivar dos guardiões adultos que estariam por perto de objectos e cantos. Paredes de madeira foram construídas em uma ponta do campo, criando um escuro e confuso labirinto. Redes e estruturas fracas estavam em outras áreas, designadas para checar o quão bem podíamos lutar nessas condições.

Alguns dos outros novatos estavam amontoados na porta, esperando conseguir uma vantagem observando aqueles que iam na frente deles. Eu não. Eu iria entrar lá às cegas, contente em enfrentar o que quer que fosse que eles iam jogar para cima de mim. Estudar o curso agora iria simplesmente me fazer pensar demais e entrar em pânico. Calma era do que eu precisava agora.

Aproveitei e fui vestir o meu equipamento uma calça, um top, umas botas com salto, sim eu ia lutar de salto, e luvas tudo em preto. (tudo o que não está em negrito foi eu que escrevi).

Então eu me inclinei contra uma das paredes da barraca e observei aqueles ao meu redor. Parecia que eu realmente tinha sido a última a aparecer, e eu me perguntei se as pessoas realmente tinham perdido dinheiro apostando em mim. Alguns dos meus colegas sussurravam amontoados. Alguns faziam flexões e aquecimento. Outros estavam com os instrutores que tinham sido seus mentores. Esses professores falavam atentamente com seus estudantes, dando conselhos de última hora. Eu ficava ouvindo palavras como concentração e calma. Ver os instrutores fez meu coração se apertar. Não muito tempo atrás, era assim que eu tinha imaginado esse dia. Eu imaginei Dimitri e eu parados juntos, com ele me dizendo para levar isso a sério e não perder meu controle quando eu estivesse no campo.

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Mas neste momento ele devia estar com Tasha em qualquer lado.

Alberta como capitã, ela estava no campo, ocupada com outras responsabilidades. Amigos, meus que poderiam oferecer conforto – Eddie, Meredith, e outros – estavam ocupados com seus próprios medos. Eu estava sozinha.

Eu senti uma surpreendente dor de solidão passar por mim. Isso não estava certo. Eu não deveria estar sozinha. Dimitri deveria estar aqui comigo. Era assim que deveria ter sido. Fechando meus olhos, eu me permiti fingir que ele realmente estava aqui, apenas centímetros de distância enquanto conversávamos.

- Não se preocupe, camarada. Eu posso fazer isso, vendada. Diabos, talvez eu até faça. Você tem alguma coisa que eu possa usar? Se você for bonzinho comigo, eu até te deixo amarrar - Já que essa fantasia iria acontecer depois que dormimos juntos, havia uma forte possibilidade dele depois me ajudar a tirar a venda – entre outras coisas.

Eu podia imaginar, perfeitamente, o balanço exasperado da cabeça dele que esse comentário teria ganho - Rose, eu juro, às vezes parece que cada dia com você é meu próprio teste pessoal.

Mas eu sabia que ele iria sorrir mesmo assim, e o olhar de orgulho e encorajamento que ele iria me dar enquanto eu caminhasse para o campo seria tudo que eu iria precisar para passar no teste, mas esse era o velho Dimitri, aquele que dizia que me amava e que estaria lá sempre para mim.

{pagina 10}

- Você está meditando?

Eu abri meus olhos, surpresa com a voz - Mãe? O que você está fazendo aqui?

Minha mãe, Janine Hathaway, estava parada na minha frente. Ela era apenas alguns centímetros mais baixa que eu, mas era durona o bastante para alguém duas vezes do meu tamanho. O olhar perigoso em seu rosto bronzeado desafiava qualquer um a encarar o desafio. Ela me deu um sorriso amarelo e pós uma mão no quadril.

- Você honestamente pensou que eu não viria ver você?

- Eu não sei - eu admiti, me sentindo meio culpada por duvidar dela. Ela e eu não tivemos muito contacto através dos anos, e foram apenas os eventos recentes – a maioria deles ruins – que começaram a restabelecer a conexão entre nós. Na maior parte do tempo, eu ainda não sabia como me sentir em relação a ela. Eu oscilava entre uma garotinha com carência por sua mãe ausente e uma adolescente ressentida por ter sido abandonada. Eu também não tinha muita certeza se eu havia perdoado ela pela vez que ela “acidentalmente” me socou no rosto em um treinamento – Eu, pensei que você teria, você sabe, coisas mais importantes para fazer.

- De jeito nenhum eu poderia perder isso - Ela inclinou sua cabeça em direcção à porta, fazendo seus cachos ruivos balançarem - Nem seu pai.

-O quê?

Eu corri até a porta e espiei no campo. Minha visão da arquibancada não era fantástica, graças a vários obstáculos no campo, mas era boa o bastante. Lá estava ele: Abe Mazur. Era fácil ver ele com sua barba e bigode preto, assim como um cachecol verde esmerando sobre sua camisa. Eu podia até ver um pouco do contorno do seu brinco. Ele tinha que estar derretendo nesse calor, mas eu achei que ia ser necessário mais do que um pouco de suor para ele manchar seu senso de moda.

Se minha relação com minha mãe era rudimentar, minha relação com meu pai era praticamente inexistente. Eu o conheci em Maio, e mesmo naquela época, não foi até eu voltar que descobri que eu era a filha dele. Todos os dhampir têm pais Moroi, e ele era o meu. Eu ainda não tinha certeza de como me sentia sobre ele. A maior parte da história dele ainda era um mistério, mas havia vários rumores de que ele estava envolvido em negócios ilegais. As pessoas também agiam como se ele fosse o tipo perigoso, e embora eu não tivesse visto evidência disso, eu não achava surpreendente. Na Rússia, eles o chamavam de Zmey: a Serpente. {pagina 11}

Enquanto eu o encarava surpresa, minha mãe foi para o meu lado.

- Ele vai ficar feliz por você ter chego a tempo - ela disse -Ele estava fazendo uma grande aposta sobre você aparecer. Ele apostou em você, se isso te faz sentir melhor.

Eu rosnei -É claro. É claro que ele estaria fazendo as apostas. Eu deveria saber isso assim que eu… – Minha mandíbula se abriu - Ele está falando com Adrian?

Yup. Sentado ao lado de Abe estava Adrian Ivashkov – meu melhor amigo. Adrian era um Moroi da realeza – e outro usuário de Espírito como Lissa. Ele era louco por mim (e normalmente apenas louco) desde que nos conhecemos, mas eu só tinha olhos para Dimitri. Para minha surpresa, as coisas têm sido... boas entre nós. Até mesmo óptimas. Ele não tinha tentado mais nenhuma investida em mim nesta última semana. Quando fui tirar o braço que estava ao peito, felizmente foi só um torção eu sai da enfermaria, ele me escreveu uma proposta do porque sair com ele era uma boa decisão. Ela incluía coisas como “eu vou desistir dos cigarros a não ser que eu realmente, realmente precise de um” e “eu vou fazer surpresas românticas toda semana, tais como: um incrível piquenique, rosas, ou uma viagem para Paris – mas nenhuma dessas coisas, já que elas não são mais surpresa.” Mas eu tive que dispensar, afinal eu não o queria magoar, mas ele compreendeu e prometeu nunca me deixar, e que seria meu amigo ate ao fim mas se eu mudasse de ideias que ele estaria me esperando.

Mas isso não significava que eu queria ele conversando com meu pirata e mafioso pai.

- Ele é uma má influência! - eu protestei.

Minha mãe bufou – Eu, duvido que Adrian vá influenciar Abe.

- Não Adrian! Abe. Adrian está tentando se comportar. Abe, vai estragar as coisas.

Fora fumar, Adrian tinha jurado parar de beber e de outros vícios em sua proposta. Eu me apertei entre a multidão olhando para ele e Abe, tentando descobrir que tópico poderia ser tão interessante.

{pagina 12}

-Do que eles estão falando?

- Eu acho que essa é o menor dos seus problemas agora - Janine Hathaway não era nada a não ser prática - Se preocupe menos com eles e mais com aquele campo.

- Você acha que eles estão falando sobre mim?

- Você acha que eles estão falando sobre mim?

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- Rose! - Minha mãe me deu um leve soco no braço, e eu arrastei meus olhos de volta para ela - Você tem que levar isso a sério. Fique calma, e não se distraia.

As palavras dela eram tão parecidas com o que eu tinha imaginado que Dimitri diria que um pequeno sorriso apareceu em meu rosto. Eu não estava sozinha afinal de contas.

-O que é tão engraçado? - Ela perguntou.

-Nada - eu disse, dando a ela um abraço. Ela a princípio ficou dura e então relaxou, de fato me abraçando de volta brevemente antes de se afastar - Estou feliz por você estar aqui.

Minha mãe não é do tipo afectuoso, e eu a peguei desprevenida – Bem… - ela disse, obviamente corada - eu te disse que não iria perder isso.

Eu olhei para a arquibancada - Abe, por outro lado, eu não tenho tanta certeza.

- Rosemarie Hathaway! - Foi Alberta quem me chamou, sua voz soando alta e clara, mas assim que comecei a andar, uma mão me parou.

- Boa sorte Rose, estou orgulhoso de você! – Sim Dimitri estava na minha frente com um sorriso sincero no rosto, eu nem queria acreditar que ele estava mesmo aqui, mas ao seu lago estava a vacthasa, com uma cara emburrada, tenho a certeza que ele lhe tinha dado um fora para vir ate aqui, por que se não fosse ela nem estaria aqui agora.

- Obrigada! – Agradeci, e virei as costas.

Era como um trompete, uma chamada para batalha. Todos os pensamentos sobre Abe e Adrian – e sim, até mesmo Dimitri – sumiram da minha mente. Eu acho que minha mãe me desejou boa sorte, mas as palavras exactas se perderam enquanto eu ia em direcção a Alberta e ao campo. Adrenalina passou por mim.

Meu pulso cresceu mais uma vez. Toda minha atenção agora estava no que eu iria enfrentar: o teste que me faria definitivamente uma guardiã.

{pagina 13 e 14}

Meus testes foram um borrão.

É de se imaginar que, já que era a parte mais importante da minha educação em St. Vladimir, eu lembraria tudo de forma perfeita e cristalina, com detalhes. Mas mesmo assim, meus pensamentos recentes eram meio que de realização. Como esses testes poderiam se comparar ao que eu já enfrentei? Como essas lutas simuladas se comparavam um grupo de Strigoi atacando nossa escola? Eu tive que enfrentar chances pequenas, sem saber se aqueles que eu amava estavam vivos ou mortos. E como eu poderia temer uma “batalha” com um dos instrutores da escola depois de ter lutado com Dimitri? Ele era letal.

Não que eu quisesse fazer pouco dos testes. Eles são sérios. Eu fui atacada por todo lado, por guardiões que vem lutando e defendendo Moroi desde antes de eu nascer. A arena não era toda nivelada, o que complicou tudo. Ela estava cheia de engenhocas e obstáculos, vigas a degraus que testaram meu equilíbrio.

A ponte da arena era frágil, um caminho mal construído de tábuas de madeira com apenas cordas para dar suporte. Cada passo fazia toda a ponte balançar e tremer, e buracos nas tábuas me mostravam onde meus ex-colegas tinham (infelizmente para eles) descoberto pontos fracos. O teste o qual eles designaram para mim na ponte, provavelmente foi o pior de todos.

Meu objectivo era levar um “Moroi” para longe de um grupo de “Strigoi” que o estavam perseguindo. Meu Moroi estava sendo bancado por Daniel, um guardião novato que tinha vindo com outros, para escola, para substituir aqueles que foram mortos no ataque. Eu não o conhecia muito bem, mas para esse exercício, ele estava bancando o dócil e indefeso – até um pouco com medo, como qualquer outro Moroi que eu estivesse guardando seria.

Ele foi um pouco resistente em pisar na ponte, e eu usei minha voz mais calma e persuasiva voz para fazer ele finalmente andar na minha frente. Aparentemente eles estavam testando o jeito das pessoas assim como sua habilidade em luta. Não muito longe de nós, é claro, eu sabia que os guardiões que agiam como Strigoi se aproximavam. {pagina 15}

Daniel pisou para fora, e eu fiquei atrás dele, ainda assegurando ele enquanto todos os meus sentidos estavam alertas. A ponte balançava largamente, me dizendo com um choque que nossos perseguidores tinham nos alcançado. Eu olhei para trás e vi três “Strigoi” vindo atrás de nós. Os guardiões bancando Strigoi estavam fazendo um excelente trabalho – se movendo com tanta destreza e velocidade como um verdadeiro Strigoi andaria. Eles iam nos alcançar se não acelerássemos.

-Você está se saindo bem - eu disse a Daniel. Era difícil manter o tom de voz certo. Gritar com um Moroi poderia deixar ele em choque. Muita gentileza o faria achar que isso não era sério. - E eu sei que você pode ir mais rápido. Precisamos ficar na frente deles – eles estão se aproximando. Eu sei que você pode fazer isso. Rápido.

Eu devo ter passado na parte persuasiva do teste, porque ele, de fato aumentou a velocidade – não o bastante para se comparar a nossos propósitos, mas era um começo. A ponte balançou como louca de novo. Daniel gritou de forma convincente e congelou, agarrando as cordas laterais com força. Na frente dele, eu vi que outro guardião-Strigoi, estava esperando do lado oposto à ponte. Eu acho que o nome dele é Randall, outro instrutor novo. Eu estava presa entre ele e o grupo atrás de mim. Mas Randall continuou parado, esperando na primeira tábua da ponte, para poder balançar ela mais e dificultar nossa passagem.

- Continue em frente - eu disse, minha mente girando -Você pode fazer isso.

- Mas tem um Strigoi lá! Estamos presos - Daniel exclamou.

- Não se preocupe. Eu cuido dele. Agora mexa-se.

Minha voz foi brava dessa vez, e Daniel continuou indo para frente, levado por minha ordem. Os próximos momentos exigiram sincronização da minha parte. Eu tive que olhar os “Strigois” dos dois lados e fazer Daniel continuar a andar, e ao mesmo tempo monitorar em que ponto, estávamos na ponte. Quando tínhamos atravessado quase 3/4 da ponte, eu disse:

- Fique de quatro, agora! Rápido!

Ele obedeceu, parando. Eu imediatamente me abaixei, ainda falando num meio-tom:

- Estou prestes a gritar com você, ignore - Em uma voz mais alta, para que os que estavam vindo atrás de nós me ouvissem, eu exclamei:

- O que você está fazendo? Não podemos parar!

Daniel não se mexeu, e eu de novo falei levemente.

- Óptimo. Está vendo onde as cordas estão conectadas com a base das tábuas? Agarre elas. Agarre elas com a maior força que puder, e não solte, não importa o que aconteça. Enrole ela ao redor de suas mãos se precisar. Faça isso agora!

Ele obedeceu. O tempo estava passando, e eu não desperdicei nenhum segundo. Em um movimento, enquanto ainda abaixada, eu virei e cortei as cordas com uma faca que recebi junto com minha estaca. A lâmina era afiada, graças a Deus. Os guardiões organizando os testes não estavam brincando. Ela não cortou instantaneamente as cordas, mas eu as cortei tão rápido que os “Strigoi” nos dois lados não tiveram tempo de reagir.

As cordas partiram assim que eu, de novo, lembrava Daniel de se segurar firme. As duas metades da ponte balançaram em direcção a “base” de madeira, carregadas pelo peso das pessoas nela. Bem, o nosso lado foi. Daniel e eu estávamos preparados. Os três, atrás de nós que nos perseguiam, não. Dois caíram. Um mal conseguiu se segurar numa tábua, escorregando um pouco antes de conseguir se firmar. A queda era de 1,8m, mas me falaram para considerar como se fosse 15 metros – uma distância que me mataria e Daniel também, caso caíssemos.

Contra todas as possibilidades, ele ainda estava agarrado na corda. Eu estava me segurando também, e assim que a corda e a madeira estavam parados contra as laterais da “base”, eu comecei a subir como se fosse uma escada. Não foi fácil subir por cima de Daniel, mas eu consegui, o que me deu mais uma chance de dizer a ele para se segurar firme.

Randall, que esteve esperando na nossa frente, não tinha caído. Mas ele estava com os pés na ponte, quando eu a cortei, e ficou surpreso o bastante para perder o equilíbrio. Rápido para se recuperar, ele agora estava balançando as cordas, tentando subir até o chão firme novamente. Ele estava muito mais próximo do que eu, mas eu consegui agarrar a perna dele e o impedir. Eu o puxei em minha direcção. Ele continuou a segurar na ponte, e nós lutamos. Eu sabia que, provavelmente, não conseguiria soltar ele, mas eu fui capaz de continuar a me aproximar. Finalmente, eu soltei a faca que estive segurando e consegui tirar minha estaca do cinto – algo que testou meu equilíbrio. A posição desajeitada de Randall me deu uma chance para acertar seu coração, e eu aproveitei.

Para os testes, tínhamos estacas sem ponta, que não iriam perfurar a pele, mas que poderiam ser usadas com força o bastante para convencer nossos

Oponentes de que sabíamos o que estávamos fazendo. Meu alinhamento foi perfeito, e Randall, aceitando de que teria sido um golpe fatal, soltou seu aperto e caiu da ponte.

{pagina 16, 17}

Isso me deixou a tarefa dolosa de persuadir Daniel a subir. Levou um tempão, mas de novo, seu comportamento não foi diferente de como um Moroi assustado poderia se comportar. Eu só estava agradecida por ele não ter decidido que um Moroi de verdade teria se soltado e caído.

Depois desse desafio muitos outros vieram, mas eu lutei, nunca diminuindo a velocidade ou deixando a exaustão me afectar. Eu entrei no “modo batalha”, meus sentidos focados em instintos básicos: lutar, desviar, matar.

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E enquanto estava ligada neles, eu ainda tinha que inovar e não cair em uma armadilha. Caso contrário, eu não seria capaz de reagir a uma surpresa como na ponte. Eu consegui passar por tudo, batalhando com nenhum outro pensamento a não ser completar as tarefas que me foram apresentadas. Eu tentei não pensar nos meus instrutores como pessoas que eu conhecia. Eu os tratei como Strigois. Eu não poupei socos.

Quando finalmente acabou, eu quase não percebi. Eu estava simplesmente parada ali no meio do campo com mais nenhum ataque vindo em minha direcção. Eu estava sozinha. Devagar, eu fiquei mais ciente dos detalhes ao meu redor. A multidão na plateia torcendo. Alguns instrutores acenando uns para os outros enquanto se juntavam. A batida do meu coração.

Apenas quando uma Alberta sorrindo puxou meu braço que eu percebi que tinha acabado. O teste que eu esperei por toda a minha vida, terminou no que pareceu um piscar de olhos.

- Venha - ela disse, envolvendo seu braço ao redor dos meus ombros e me guiando em direcção à saída - Você precisa tomar um pouco de água e sentar -

Deslumbrada, eu deixei ela me levar para fora do campo, onde as pessoas ainda estavam torcendo e gritando meu nome. Atrás de nós, eu ouvi algumas pessoas dizendo que eles teriam que fazer uma pausa e consertar a ponte. Ela me levou de volta a área de espera, e gentilmente me sentou num banco. Outra pessoa sentou ao meu lado e me entregou uma garrafa de água. Eu olhei ao redor e vi minha mãe. Ela tinha uma expressão no rosto que eu nunca tinha visto antes: puro e radiante, orgulho.

- Acabou? - Eu finalmente perguntei.

Ela me surpreendeu de novo com uma genuinamente divertida risada.

- Acabou? - Ela repetiu - Rose, você esteve lá por quase uma hora. Você passou como um borrão por esse teste com cores radiantes – provavelmente foi um dos melhores testes que essa escola já viu.

- Mesmo? Só pareceu... - Fácil não era bem a palavra certa - Foi uma confusão, só isso.

Minha mãe apertou minha mão - Você foi incrível. Estou tão, tão orgulhosa de você.

Entender isso realmente, realmente me afectou naquele momento, e eu senti um sorriso nos meus próprios lábios, se espalhar - E agora o que acontece? - Eu perguntei.

- Agora você se torna uma guardiã.