Depois do almoço, eu e Aphrodi fomos até a cidade ver as coisas do casamento. Ele queria ir para ver um vestido, mas Haruna falou que, se o noivo ver o vestido, não teria graça... Então, ela sugeriu juntar as meninas e ir à uma loja na cidade onde tinha vestidos de noiva. Eu concordei e iríamos depois que o dia acabasse. Enquanto isso, Aphrodi poderia escolher onde seria realizado o casamento e outras coisas mais.

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- Eu queria escolher o vestido com você... – Aphrodi falou desanimado.

- Será mais legal se você ver no dia do casamento! – Pisquei para ele.

- Falando nisso... Que dia seria melhor para nos casarmos? – Aphrodi perguntou.

- Que tal... – Comecei a pensar na data.

- Que tal no dia do seu aniversário? – Aphrodi perguntou com os olhos brilhando.

- Por que no dia do meu aniversário? – Perguntei confusa.

- Bom, você me ganharia de presente! E festejaríamos seu aniversário e o aniversário de casamento! – Ele falou, estufando o peito.

- Seu exibido! Sabia que você se acha muito? – Falei dando risada.

- Ora, eu não me acho... – Aphrodi murchou na hora.

- Ta bom, ta bom... Você não se acha... Voltando ao assunto... Gostei da idéia! – Falei sorrindo.

- Sabia que gostaria! – Ele sorriu de volta para mim, abraçando-me pela cintura.

- Que tal a gente tomar um sorvete? – Perguntei animada.

- Vamos sim! – Ele concordou.

Nós fomos até uma sorveteria ali perto. Eu pedi um sorvete de creme, como de costume e Aphrodi pediu um de chocolate. Estávamos esperando nossos sorvetes e... Não sei porque, mas... Sinto que estamos sendo observados...

- Aphrodi... Não que eu seja paranóica, mas... Sinto que estamos sendo observados... – Falei olhando para os lados.

- Não se preocupe, não vão fazer nada com a gente! – Ele disse, dando de ombros.

- Como você sabe? Podem ser espias do Seiguji! – Falei meio alertada.

- Não são... – Ele falou, cruzando os braços.

- Como assim? Só ele nos seguiria assim! – Falei meio desesperada.

- Vou provar que não são espias dele... – Aphrodi levantou-se da cadeira.

- O que vai fazer? – Falei assustada.

- Espere e verá! – Ele falou isso sorrindo para mim.

Ele pegou uma pedrinha pequena nas mãos e atirou em direção a um arbusto que não estava ali antes, pelo que me lembro. Ouvimos um “ai” vindo dali, bem baixinho. Depois ouvimos três vozes discutindo.

- Ta maluco? Eles vão nos descobrir! – Uma voz falou.

- Foi mal, isso doeu nii-san! – Uma segunda voz falou.

- Acho que já é tarde demais! – A terceira voz falou, vendo Aphrodi aproximar-se do arbusto.

- Só tem uma coisa a fazer... – Algum deles falou.

- CORRAM!! - Depois disso, vi Daika, Sosuke e Yoshihiko saírem correndo.

- N-nani? – Falei, com uma gota enorme na cabeça.

- Voltem aqui! Vocês não deveriam estar treinando? – Aphrodi saiu correndo atrás deles.

- Legal... Me abandonaram aqui... – Falei, com uma gota máster na cabeça.

- O que a mulher mais linda do mundo está fazendo aqui, sozinha? Não deveria estar “espionando” o quinto setor? – Ouvi uma voz conhecida vindo de trás de mim.

- S-Seiguji... – Falei, encarando-o séria.

- O que é isso na sua mão? – Ele apontou para a aliança.

- N-nada que te interesse! – Falei brava.

- Vai mesmo se casar com o Aphrodi? – Ele me perguntou.

- Claro que vou! Por que não iria? – Perguntei brava, cruzando os braços.

- Com certeza você acharia coisa melhor... – Ele falou, olhando-me de cima a baixo.

- M-me deixe em paz! – Falei, tentando sair da sorveteria.

- Ei... Não deixe seu patrão falando sozinho... – Ele segurou meu braço com força, puxando-me para perto dele. Com isso, ele abraçou minha cintura.

- V-você não é mais meu patrão! – Falei, tentando me livrar de seus braços.

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- Serei seu patrão até EU te demitir! – Ele falou unindo nossos corpos mais ainda.

- Você não pode me obrigar a voltar pra lá! – Falei, tentando me soltar.

- Não posso? E se eu acabar com a Raimon e o Terumi? – Ele falou, sussurrando em meu ouvido.

- N-não faria isso... – Encarei-o por um instante.

- Quem sabe? – Ele encostou sua testa na minha.

- Me solta! – Fiquei me debatendo nos braços dele. Mas ele era mais forte que eu.

Ele começou a olhar para meus lábios como se quisesse engoli-los. Eu estava assustada e com medo do que poderia acontecer. Ele aproximou-se de meus lábios e os tomou. Eu tentava de todas as maneiras sair daquele beijo, mas... Parecia impossível! Ele tinha mais força física que eu! Alguns segundos depois, eles separou o beijo e desceu para meu pescoço.

- O que pensa que vai conseguir fazendo isso? – Perguntei me debatendo.

- Eu vou ter você pra mim... – Ele continuava beijando meu pescoço.

- O que pensa que está fazendo? – Ouvi uma voz vinda de trás de nós dois. Era Aphrodi.

- A-Aphrodi... M-me ajuda! – Falei, tentando empurrar Seiguji.

- Seiguji... Já falei para ficar longe dela... – Aphrodi parecia estar se segurando para não avançar em Seiguji.

- Acho que não me lembro de ter ouvido isso de você... – Ele nem olhava para Aphrodi. Continuava me olhando como se eu fosse uma posse dele.

- ... –

Aphrodi nada falou, só caminhou até nós dois e, num movimento rápido, tirou-me dos braços de Seiguji e, logo em seguida, levou-o para fora da sorveteria. Eu estava assustada e sentei-me um pouco para tentar fazer minhas pernas pararem de tremer. Lá fora os dois começaram a brigar. Foi uma briga feia, não vou entrar em detalhes... Mas, no final dela, os dois estavam machucados. Corri até Aphrodi para ajudá-lo a levantar-se.

- Você ficou maluco? Brigar assim na rua? – Falei, limpando um pouco de sangue que escorria da boca dele.

- Não suporto que te toquem Harumi... – Ele estava com o olhar sério, raivoso para cima de Seiguji.

- Não quero mais te ver assim, todo machucado... – Falei com lágrimas nos olhos.

- Pois vai continuar me vendo assim, toda vez que algum esperto tocar em você... – Ele estava com raiva.

- V-vamos para casa... – Ajudei-o a se levantar e fomos caminhando lentamente para fora do parque, onde ficava a sorveteria.

Estávamos a caminho de casa. Aphrodi não falava nada, só caminhava com dificuldade ao meu lado. Eu ainda estava assustada pela cena que presenciei dos dois brigando. Foi horrível... O estado de Aphrodi agora é... Lamentável também... Chegamos a casa dele e ajudei-o a subir as escadas até seu quarto. Quando entramos, deixei-o na cama e desci até a cozinha para pegar água e, depois, fui até o banheiro pegar uma caixa de primeiros socorros. Subi as escadas novamente. Quando entrei no quarto, Aphrodi estava do jeito que eu o deixei, com um braço cobrindo os olhos.

- Aphrodi? – Chamei-o.

- Harumi-chan... Gomen pelo que aconteceu hoje... Fiquei fora de mim quando vi aquele retardado tocando em você... Como se fosse dele... – Aphrodi tirou o braço de seus olhos e demonstrou uma expressão de raiva.

- C-calma... Vamos nos casar, não vamos? Isso vai acabar... – Tentei animá-lo um pouco, mas foi em vão.

- Harumi-chan... Tenha cuidado com esse cara, ok? – Ele levantou-se da cama, segurou firme meus ombros e olhou-me nos olhos.

- H-hai... Tomarei cuidado... – Falei, olhando-o nos olhos.

- Prometa-me... – Ele parecia necessitado em ouvir tais palavras de minha boca.

- Prometo! Agora deite-se que eu vou cuidar dessas feridas todas! – Falei, empurrando de leve ele para que deitasse.

- Hai... – Antes de deitar, ele tirou a camiseta que usava.

Não pude deixar de corar com isso. Tentei parecer normal, mas, acho que isso não deu muito certo... Ele pareceu ter notado a coloração no meu rosto. Peguei uma toalha, molhei-a na água e fui limpando aquele sangue que insistia em sair, agora menos, de seu peito. Fui passando a toalha levemente para que não sentisse dor. Depois, larguei a toalha molhada e peguei uma pomada que estava dentro da caixa de primeiros socorros. Quando virei-me para poder passa-la em seu peito, ele tinha se levantado e estava bem próximo de mim. Corei mais ainda com isso.

- A-Aphrodi... D-deite-se novamente, tenho que passar a pomada e... – Fui interrompida por um beijo dele.

O beijo dele, agora, era como se estivesse desesperado. Ele me beijava ferozmente, me fazendo perder o ar. Quando nós dois perdemos o ar, ele desceu até meu pescoço. Lá ele depositava beijos e mordiscava vez ou outra. Aquilo estava me deixando doida.

- Aphrodi, lembra do que eu te falei? Só depois que nos casarmos! – Falei, tentando não gemer, para não dar prazer a ele.

- Não vou agüentar esperar até o dia do nosso casamento... – Ele falou deitando-se por cima de mim.

- M-mas... – Fui interrompida novamente.

- Que tal casarmos no cartório primeiro? Aí depois casamos na igreja... – Ele continuava distribuindo beijos no meu pescoço.

- Aphrodi... Por que isso agora? – Eu estava ficando com dificuldades até para falar.

- Porque eu quero você... – Ele sussurrou em meu ouvido e mordiscou a ponta da minha orelha.

- E-então vamos fazer assim... Vamos no cartório amanhã e... – Fui interrompida de novo. Ele está desesperado mesmo, hein?

- Vamos hoje... – Ele falou, olhando-me fundo nos olhos.

- H-hoje? – Assustei.

- Hoje... Só precisamos de dois padrinhos e duas madrinhas... – Ele falou.

- Mas... Aphrodi... Não precisa ter pressa! – Falei assustada.

- Eu estou com pressa... Isso já está ficando insuportável... Não poder tê-la em meus braços de noite... Ter que ficar agüentando aquele cara tocando em você... – Ele falou, olhando-me de cima a baixo.

- A-Aphrodi... P-para de me olhar assim! Ta bom, vamos até o cartório! Mas... Quem vamos chamar para ir conosco? – Falei pensando.

- Podemos chamar O Endou e a Natsumi... – Aphrodi sugeriu.

- Isso! E... A Haruna e o Tachimukai! E o Kidou pode ir assistir também... – Sugeri.

- Ok, vamos ligar pra eles então! – Aphrodi levantou-se rápido da cama e rumou em direção a sala, ainda sem a camisa.

- Que desespero é esse? – Continuei no quarto dele, pensativa.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.