O supervisor do turno da noite, Grissom, estava no estacionamento do LVPD, procurando alguma pista de onde Sara estava. Ele realmente estava preocupado com ela, mas dessa vez, como amigo. O relacionamento entre ele e Sara quase havia atingido um nível de compromisso, e os dois estariam juntos se não fosse pelas dispensas de Grissom e por Catherine no meio da história. Depois de quase três anos cheios de vários "nãos", Sara havia se cansado de tentar um amor não correspondido e decidido olhar à sua volta, onde Catherine pacientemente a esperava.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Esse fora um dos motivos que ele não investira em uma relação com a morena. Grissom havia notado desde o início que Sara e Catherine não eram realmente como água e óleo. Elas tinham coisas em comum, e apenas algumas opiniões diferentes, talvez por isso a razão de tantas discussões entre as investigadoras. Mas ele sabia que era apenas uma questão de tempo para que elas descobrissem a verdadeira causa de não conseguirem ficar no mesmo lugar por mais de duas horas sem brigar.

- Grissom! – Nick o chamou. – Acho que encontrei algo!

- O que? – perguntou ele assim que chegou ao lado de Nick.

- Pegadas. Há várias delas parecidas por aqui.

Grissom observou atentamente onde Nick estava indicando.

- E elas estão molhadas – continuou o texano. – Provavelmente o suspeito pisou nessa poça de água e de lama. Ele foi bem distraído.

- Ainda bem.

- É. Parece que o suspeito ficou parado aqui... E se você ver por esse ângulo – Nick demonstrou ficando onde estavam a maioria das pegadas, tomando cuidado para não pisar nelas. – Pode ver a saída perfeitamente daqui.

- Bom. E se ele estava esperando por Sara aqui, significa que o suspeito sabia quando ela iria sair.

- É mesmo.

- Tire uma amostra dessa pegada, quando encontrarmos o acusado, vamos comparar.

- Certo.

- Grissom! Nick!

- Greg, o que está fazendo aqui?

- Vim ver se precisam de ajuda. E conferi o celular de Sara, e sabe quem ligou para ela?

- Quem? – perguntou Nick, agora muito interessado.

- Hank.

- Hank? Ele não foi...

- Namorado da Sara – completou Grissom e sorriu. – Muito bem, Greg. Descobriu mais alguma coisa?

- Sim. Foi ele que ligou e eu acho que foi daqui. A chamada durou mais ou menos um minuto e meio, supondo que ele foi andando, ele chegaria até a esquina. Talvez Sara tenha desaparecido ali.

- Ótimo. E sim, precisamos de ajuda. Tire uma amostra dessa pegada. Eu e Nick vamos ver se encontramos algo até a esquina.

- Certo – respondeu o CSI e pegou sua câmera, pronto para tirar fotos das pegadas enquanto os outros dois investigadores recomeçavam sua observação pela calçada.

Catherine estava sentada em sua sala, com um copo de café ainda cheio na mão e aguardando impacientemente Brass trazer o mandado.

Lindsay estava em pé andando de um lado para outro e falando algo, e Catherine se esforçava para entender.

- Sabe, mãe, eu me lembro dessa tal de Hank e acredite, ele não me pareceu o melhor cara do mundo, disso eu tenho certeza. Sei lá, parecia... certinho demais. E o jeito com que ele olhava para a Sara... Ih, não sei, não. Se eu fosse apostar em alguém seria esse cara aí. Tá, tudo bem que a Sara é a maior gata, né? Mas que eu saiba ela já tá comprometida e eu acho que o Hank ficou com ciúme. O que você acha mãe?

Catherine já havia desistido de tentar acompanhar o raciocínio de sua filha no meio de primeira frase e estava imersa em seus próprios pensamentos. Mas quando sentiu que o ambiente estava silencioso demais, ela ergue os olhos para encarar Lindsay.

- O que disse?

- Perguntei se você concorda comigo.

- Sobre o que? – Catherine estava realmente perdida. Lindsay girou os olhos.

- Eu disse tenho certeza que o filho da... – Lindsay não continuou devido ao olhar severo de Catherine. – Do Hank sequestrou a Sara.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Eu também.

- Catherine, tenho más notícias – disse Brass entrando na sala.

Lindsay balançou a cabeça.

- Nossa, que desanimador.

- O que houve? – Catherine ignorou o comentário de Lindsay.

- Não consegui o mandado.

A notícia veio como uma bomba para Catherine, que tentou ao máximo se controlar. Ela não queria que Brass tivesse que ir a um hospital naquele momento.

- E por que não?

- Precisamos de uma prova concreta. O juiz disse que estamos sendo muito apressados em acusar Hank de sequestro,

- Merda – murmurou Lindsay sentando-se e Brass olhou para ela com as sobrancelhas levantadas. – Foi mal.

- Bom, eu vou com Warrick na casa de Hank assim que conseguirmos o mandado.

- Tá. E eu... Eu vou... Eu vou falar com a Sofia. Não consigo ficar parada, apenas esperando.

- Claro – Brass concordou e saiu.

- Fique aqui, Linds – disse Catherine e foi atrás de Grissom.

Lindsay ficou quieta por mais alguns segundos até que girou os olhos e se levantou, espiando por uma fresta para ver se havia alguém por perto. Não havia ninguém que ela conhecesse e muito menos algum sinal da presença desnecessária de Ecklie. Rindo como uma criança travessa, ela começou a andar pelos corredores atrás de Greg. Ela era a filha de Catherine Willows, e como toda boa Willows, ela tinha um plano para por em prática.

Primeiro, ela iria fazer uma coisa que sem dúvida iria deixar tanto sua mãe como o indecente do Ecklie muito nervosos, então ela teria que agir rápido. Precisava da ficha de Hank. E para isso ela iria pedir para alguém que certamente não iria traí-la como o Ecklie ou colocar tudo a perder com as emoções como Catherine estava naquele momento.

Enquanto procurava ansiosamente por Greg pelas salas, ela começou a entender do porque que sua mãe gostava tanto de ir trabalhar naquele lugar. Além de Sara, é claro, aquele laboratório era enorme, e qualquer um que tivesse que andar por aqueles corredor emagreceria. Não que Catherine precisasse, mas talvez ela mesma... Afastando esse pensamento da mente, Lindsay começou a se perguntar do porque que sua mãe ainda estava trabalhando naquele momento. Será que o Grissom não percebeu que ela não estava em condições disso? Então Lindsay balançou a cabeça. Não haveria jeito de tirar Catherine daquele laboratório enquanto aquilo tudo não acabasse. E por Deus, pensou Lindsay, tomara que isso termine logo.

Quando estava virando o corredor, ela deu uma breve olhada na sala ao lado e congelou. No meio da sala, estava Ecklie falando no celular e de um jeito meio estranho, como se estivesse brigando. Ela não conseguia ouvir direito porque a porta estava fechada. E trancada. Aproveitando que Ecklie estava de costas para a porta e para as janelas, Lindsay deu uma breve olhada em volta e quando viu que estava segura, inclinou-se levemente para ouvir a conversa dele. Era errado, mas devido às circunstâncias, ela estava perdoada.

- ...uma casa? Por que você quer uma casa? A parte número dois está feita... – ele ficou em silêncio por um momento e depois continuou sussurrando: – Se você fizer isso, está acabado – e desligou.

Lindsay se apressou a sair dali para evitar correr o risco de Ecklie vê-la. Enquanto observava atentamente Ecklie sair da sala e andar no sentido contrário, alguém cutucou seu ombro.

- O que está fazendo aqui? – perguntou Greg e Lindsay reprimiu um grito de susto.

- Nossa! Quer me matar do coração?

- Eu hein. Então, o que uma Willows está fazendo perdida por aqui?

- Investigando. E você?

- Falei com o Grissom, contei o que eu sabia e peguei uma amostra de uma pegada de sapato masculino – Greg ergueu um plástico com uma amostra de gesso do sapato.

- Ah. Legal.

Greg riu.

- E o que descobriu?

- Nada – a não ser uma conversa estranha do Ecklie, mas ela pensaria nisso depois. Greg estava ali e ela iria por seu plano em prática. – Greg, preciso de sua ajuda para ajudar a Sara.

E então o agente Sanders tomou lugar do quase-normal Greg.

- O que devo fazer? – ele perguntou, muito prestativo.

Lindsay segurou seu braço e começou a andar.

- Preciso que você baixe a ficha do Hank.

- Claro, mas... Por quê?

- Sem perguntas, Sanders – Lindsay cortou o protesto de Greg com uma voz tão autoritária quanto da mãe.

- Nossa, você é mesmo filha da sua mãe – comentou ele em voz baixa e entrou numa sala cheia de aparelhos os quais Lindsay não se deu ao trabalho de prestar atenção. Greg colocou a evidência cuidadosamente em cima da mesa, depois virou-se para o computador, digitou alguma coisa e segundos depois uma ficha de um homem apareceu na tela. – Aqui está.

Lindsay deu uma breve olhada no documento.

- Imprima.

- É pra já. Aqui está.

Lindsay olhou atentamente as informações no papel e depois sorriu.

- Ai, não. O mesmo sorriso que Catherine dá quando vai aprontar algo. O que você quer inventar, Lindsay?

Ela ergue os olhos extremamente azuis e decididos e encarou Greg.

- Pode me levar para o endereço dele?

Greg também sorriu, entendendo o que ela estava pretendendo fazer. Mas depois seu sorriso desapareceu quando percebeu que aquilo não daria certo.

- Linds, lamento acabar com seu plano, mas... Precisamos de um mandado para entrar na casa dele e procurar pistas.

- Quem disse que vamos entrar na casa dele?

- Mas...

- E quem disse que vamos procurar pistas entrando na casa? Pra que é que servem as janelas? – agora Lindsay sorria maleficamente.

- Linds... temos que avisar sua mãe. Ela vai ficar desesperada se não te encontrar aqui.

- Não há tempo!

- Mas... – Greg tentou argumentar, mas sem sucesso. Lindsay já começara a andar e já estava na metade do corredor. Girando os olhos, Greg apressou o passo e a seguiu até o estacionamento, onde o carro de Greg estava estacionado.

Algum tempo depois, Greg e Lindsay finalmente chegaram em seu destino: a casa de Hank. A casa estava toda fechada e não havia sinal algum de que alguém vivia ali dentro. Greg olhou para a adolescente loira do seu lado e suspirou.

- Linds, o que você pretende fazer?

- Eu tenho um plano – respondeu ela, determinada. – É meio precipitado e estranho, mas ainda assim um bom plano.

- O que é exatamente o plano? – Greg agora estava ficando curioso.

Lindsay ainda pensou por alguns segundos, como que se resolvesse os últimos detalhes.

- Na ficha do Hank – começou ela conferindo no papel. – Ele mora aqui, certo?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Aham.

- Só que olhe para essa casa.

Greg olhou e ergueu uma sobrancelha. Não havia nada de tão diferente ali.

- O que estamos olhando?

- A princípio eu pensei em vir aqui, ver se Hank estava ou não e tentar ver se havia alguma chance de que Sara pudesse estar aqui. Mas agora... Olhando para essa casa... Ela está vazia, Greg.

- Ele pode só ter saído – sugeriu ele.

- Talvez – a voz de Lindsay não indicava que ela concordava com a ideia de Hank ter dado um simples passeio. Havia algo estranho ali.

Lindsay mordeu o lábio e depois desceu do carro, começando a andar na direção da casa. Greg suspirou e a seguiu. Bateram na porta algumas vezes, ou melhor, Lindsay bateu na porta enquanto Greg tocava a campainha, mas não ouve resposta alguma. Dando a volta no perímetro, Greg viu por uma das janelas que não havia mais móveis dentro da casa, e isso o deixou com uma pulga atrás da orelha.

- Linds – chamou ele e ela veio correndo.

- Que?

- O problema de ninguém atender, é que não há ninguém para atender. Olhe lá dentro, não há nenhum móvel.

- Você já veio aqui antes?

- Uma vez – respondeu Greg, meio encabulado. Talvez estivesse escondendo um segredo, pensou Lindsay, mas logo tirou esse pensamento do caminho. Havia mais coisas para se importar do que Greg e suas aventuras por Las Vegas. – E tenho certeza que havia móveis – completou.

- Ele talvez tenha se mudado. Temos que falar com a imobiliária.

- Linds, nós não podemos fazer isso sozinhos. Alguém do laboratório tem que ter o conhecimento de que estamos fazendo isso, entendeu? Olha, vamos para o LVDP, falamos com o Brass, damos a sugestão para ele conferir essa casa e...

O discurso de Greg foi interrompido por o som de alguns carros. Ele olhou para o lado e viu que eram carros da polícia. Ótimo, parece que Brass havia conseguido o mandado.

- Ah... Estamos encrencados? – perguntou Lindsay.

- Não.

- Greg? Lindsay? O que estão fazendo aqui?

Brass saiu de seu carro e começou a vir até eles. Tudo bem, pensou Lindsay, é só o Brass. Ele é gente boa, não vai passar um sermão.

- Ah... nós... bem, eu... – Greg não estava tendo sucesso em se explicar.

- Nós viemos aqui ver se tudo estava em ordem – completou Lindsay.

Brass riu.

- Conseguimos o mandado para a casa dele.

- Nem será preciso – Lindsay cortou a alegria do detetive. – Nós já demos uma espiada. Não há móvel algum lá. Ele talvez tenha se mudado e levado Sara junto com ele.

- É uma boa hipótese – concordou Brass. – Greg...

- Vou voltar para o laboratório.

- Ótimo, que bom. Ah... Warrick está aqui para investigar a casa. Qualquer novidade nós o avisamos.

Greg assentiu e se encaminhou para o carro. Lindsay ia fazer o mesmo, mas no meio do movimento parou e olhou para Brass.

- Brass, não quero me meter, mas... Será que depois daqui você pode dar uma conferida com as imobiliárias? Se o Hank se mudou, ele alugou algo ou coisa assim.

O detetive assentiu e sorriu.

- Farei o que puder – garantiu e com isso Lindsay andou até o carro onde entrou e com Greg seguiu de volta para o laboratório.

Grissom estava andando pela calçada do lado da imensa construção do LVPD com Nick conferindo cada centímetro para descobrir algo. Sem exagero, cada centímetro mesmo. Muro, chão, acostamento, carros estacionados... Até que eles chegaram na esquina de onde supostamente veio o telefonema e onde realmente havia um vendedor de cachorro-quente e uma loja de conveniência.

- Vou ver se o vendedor viu o Hank por aqui – disse Nick e sua voz saiu mais grossa do que o normal, como se aquele assunto fosse o mais importante de sua vida.

- E eu vou ver se o dono dessa loja caridosamente nos empresta o filme de suas câmeras – Grissom apontou para as câmeras na porta e nos lados da loja. Ele esperava que eles tivessem uma boa imagem de algum suspeito.

Nick se aproximou do vendedor e sorriu levemente.

- Bom dia, o que deseja hoje? – o vendedor o cumprimentou com sua fala de sempre.

- Sou Nick Stokes, da Criminalística de Las Vegas e gostaria de saber se o senhor viu esse homem por aqui hoje – Nick estendeu uma foto de Hank que tinha para o homem, que sorriu.

- Sim, ele esteve aqui. Comprou um cachorro-quente. Mas ele era um sujeito estranho. Olhava para os lados como se estivesse procurando por algo.

Nick sentiu o coração se acelerar levemente.

- Pode contar o que aconteceu exatamente?

- Claro – disse o vendedor. – Esse homem apareceu por aqui eram mais ou menos nove e meia da manhã. A pé. Ficou parado aqui na esquina como se fosse um bandido ou coisa parecida, ele estava nervoso. Muito nervoso. Tanto que gaguejou ao me pedir um cachorro-quente. Me pagou com uma nota de $10 e nem quis o troco. Algum tempo depois, ele saiu e... – o homem parou de falar, como se estivesse se lembrando de algo.

- Senhor?

- Um carro preto virou a esquina e parou logo ali – ele apontou para uma árvore mais ou menos cinco metros após a esquina. – Eu lembro porque pareceu suspeito. Esse mesmo homem voltou depois de alguns minutos e entrou no carro. Chegaram alguns clientes, não vi o que aconteceu depois.

- Você chegou a ver essa mulher? – Nick perguntou, estendendo uma foto de Sara.

Ele assentiu.

- Sim. Me lembro. Mas só vi de vista. Não sei o que aconteceu com ela. Quando terminei de atender meus clientes, o carro preto havia ido embora.

- Obrigado, senhor. Ajudou muito.

Nick deu as costas para o vendedor de cachorro-quente e foi na direção da loja, de onde sai um Grissom com uma expressão de cansado e irritado ao mesmo tempo. Nick não soube dizer qual expressão seu chefe tinha exatamente. Aquele supervisor sabia como confundir as pessoas.

- E então?

- Precisamos de um mandado.

- Você está brincando! – exclamou Nick, se esquecendo completamente de que estava no meio da rua. – E por que diabos esse filho da...

- Nick! – Grissom o alertou e Nick ficou quieto. – Ele tem direito de exigir o mandado. E você não devia se descontrolar. Estamos trabalhando.

- Desculpe.

- Teve sorte? – Grissom mudou rapidamente de assunto.

- Sim – respondeu Nick e contou o que descobrira.

- Isso é um bom sinal. Vou falar com Brass para ele conseguir um mandado para essas fitas. Enquanto isso, Nick, descanse um pouco. Tecnicamente esse é quase seu terceiro turno. Vai trabalhar melhor se estiver com a cabeça fria.

- Ok. Vou para o LVDP e vou tentar descansar.

- Eu vou dar uma olhada por ali – disse Grissom. Nick assentiu uma vez e começou a andar de volta para o laboratório.

Grissom pegou seu kit e se dirigiu até onde Sara poderia ter estado pela última vez. Se caso ela fosse agarrada ou até mesmo atingida por algum objeto, haveria alguma evidência por ali.

Chegando onde pretendia, Grissom correu os olhos atenciosamente pelo chão, onde não encontrou nada suspeito. Lembrando-se do que Nick lhe contara sobre o carro estar perto da árvore, decidiu investigar alguma coisa ali. E seu instinto investigador não estava errado; havia algumas gotas de sangue ali.

- Nick! – chamou o investigador e Nick ver correndo.

- O que foi?

- Dê uma olhada nisso – Gil apontou para o local onde havia visto as gotas de sangue.

- Pela altura das gotas, Sara deve ter sido atingida na cabeça... Como não há muito, não foi um objeto cortante. Um bastão ou um pedaço de madeira, talvez?

- Talvez – Gil concordou e tirou algumas fotos dali. – E também há alguns fios de cabelo escuros aqui. Pode ser da Sara.

- Vou apanhar esses fios – disse Nick, pegando uma pinça e retirando os fios de cabelo do chão e alguns da árvore e colocando-os em pequenos cartuxos separados. – Se forem da Sara, quer dizer obviamente que ela esteve aqui. Se forem de outra pessoa...

- Nos dará um suspeito – completou Grissom.

- Brass, realmente não há nada – disse Warrick saindo de um dos quartos e encontrando o detetive na sala vazia. – O cara limpou essa casa.

- É, parece que o nosso amiguinho se mudou.

- Isso é suspeito.

- Não tire conclusões precipitadas. Ele pode não ter se mudado.

- Talvez, nunca se sabe o que... Epa! Olha o que eu achei – Warrick se abaixou e pegou um pedaço de papel que estava entre os assoalhos do chão.

- O que é isso?

- Um… endereço – Warrick olhou mais de perto e depois sorriu. – De uma imobiliária. Vou levar isso para ver se há digitais. Dê uma olhada no endereço.

- Tão logo você encontre o sinal, eu seguirei benevolente para lá – disse Brass.

- De onde tirou isso?

- Andei falando com o Gil.

- Ah. Bem, vamos ver se há alguma coisa nesse pedaço de papel. Eu espero que sim.

- Eu também, Warrick. Eu também.

O silêncio foi quebrado pelo barulho de um aparelho; o de Brass.

- Brass – ele atendeu rapidamente, ouviu por alguns segundos e assentiu para si mesmo. – Está bem, Gil. Até mais tarde. – e desligou. – Temos mais uma pista. Parece que o último homem a ver a Sara foi um vendedor de hot-dog, mas ele não sabe o que aconteceu com ela. E o dono de uma loja se recusa a entregar as fitas. Vou conseguir um mandado.

- Boa sorte – desejou Warrick. – Vou dar mais uma olhada por aqui.

- É, vamos precisar se sorte – Brass agradeceu e saiu.

Warrick voltou à sua investigação, observando cuidadosamente o local. Quando estava chegando ao corredor, seu celular tocou.

- Brown – ele atendeu. Oi Greg. Há quanto tempo, o que, uma meia hora?

- É, eu esqueci de te contar uma coisa. Grissom e Nick encontraram uma pegada... Tamanho 44. Você pode dar uma verificada por aí. Vai que ele deixou alguma coisa...

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Estou entrando em um quarto e pelo tamanho e jeito parece ser dele – disse Warrick. – Aqui tem um armário. Deixa eu... Opa, tem alguma coisa aqui sim. Roupas, um monte de bagunça e sapatos.

Warrick pegou um dos pares e olhou na sola.

- E então?

- Tamanho 44. Vou levar esses calçados para análise. Valeu Greg.

- De nada.

Warrick desligou o aparelho e sorriu brilhantemente.

- Quem diria que Hank fosse dar tanta chance para nós?