POV Bruno

4 anos depois

Era um finzinho de tarde de uma sexta feira, eu havia saído para levar uns textos revisados e editados que eu havia feito para uma publicação de um livro em todo o Brasil. Cheguei em casa, o Mateus não estava porque eu havia deixado ele com meu pai, ele amava ir ao shopping com meus pais, ele sempre voltava com dois ou mais presentes.

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Bruno: Fatinha?

Fatinha: OI amor, aqui na cozinha. –ela disse mais alto. Fui até o cômodo, e a vi lavando alguns copos que estavam sujos, me aproximei dela e dei um beijo em seu pescoço. –Como foi lá na editora? –ela virou para mim, jogando seus braços em volta do meu pescoço.

Bruno: Foi muito bom, eles já me pagaram, e foi um ótimo negocio esse viu Faat, e nós ate temos convite especial para ir na festa de lançamento.

Fatinha: SÉRIO? OOOOOH ! –eu sorri para ela. –Você é o melhor amor! Parabéns. –depois me deu um beijo doce nos lábios.

Bruno: O que temos para hoje em? To morto de fome. –disse me soltando dela e indo para a sala de jantar.

Fatinha: Ah eu sabia disso, por isso quando estava voltando do trabalho passei pegar essas pizzas, eu acabei de chegar também, não faz nem 5 minutos.

Bruno: Pizza? Amo! Mas porque tem duas?

Fatinha: Quando você esta com fome, se deixar come um boi sozinho. –ela gargalhou e eu também. –Então vamos comer? Depois nós tomamos um banho juntinhos. –sorri maliciosamente, e me sentei à mesa.

Bruno: Quer ajuda com os pratos?

Fatinha: Não precisa moreno, aqui, seu prato e seus talheres.

Bruno: Obrigado. –ela se sentou ao meu lado, e deu sinal para que eu abrisse a caixa de pizza.

E quando eu abri para a minha surpresa havia dois sapatinhos de bebe. Meu coração falhou.

Bruno: O... Que... Significa isso? –eu disse falhando, ela apenas sorria então se levantou e pegou uns papeis em cima da bancada, e entregou para mim.

Era exame de gravidez, e o resultado era: Positivo. Fatinha. Grávida. Eu. Pai. Isso era incrível.

Bruno: Fatinha você esta... Eu vou ser...

Fatinha: Sim amor, eu estou gravida e você vai ser pai. –ela disse radiante com lagrimas nos olhos, eu ainda estava em choque.

Bruno: Eu vou ser pai. EU VOU SER PAI. –senti meus olhos encherem de lagrimas também. Eu olhei para ela, me levantei da cadeira e a puxei comigo, a envolvi num abraço apertado, ela não poderia ter me dado maior alegria do mundo. –Ah meu Deus Fatinha, eu não acredito, eu... Obrigado. Obrigado. Eu te amo.

Fatinha: Eu te amo, muito. –peguei seu rosto entre as mãos, e beijei-a. Ajoelhei-me a sua frente, passando a mão em sua barriga lisa ainda, e depositei um beijo ali.

Bruno: OI bebê, sei que você é muito pequeno ainda, mas queria te dizer que eu te amo muito. –eu sequei as lagrimas e dei mais um beijo em sua barriga. –E eu vou ser o melhor pai do mundo para você, assim como eu tento ser para o Mateus, vou proteger vocês de todo mal, vou amar vocês para sempre, porque vocês são minhas vidas.

Fatinha: Bruno se antes eu chorava por qualquer coisa, agora em diante vai estar mil vezes pior. –eu olhei para ela e me coloquei de pé. -Vocês são as melhores coisas da minha vida, você, o Mateus, e agora esse bebê, e eu, vou amar para sempre, sempre, sempre. –deixei que as lagrimas rolassem novamente e a beijei.

Bruno: Obrigado por tudo meu amor. –a envolvi em meus braços novamente.

Não havia palavras para isso, era apenas sentir.

8 meses e meio depois

A noticia da gravidez da Fatinha foi uma explosão de sentimentos por todos os lados, todos se emocionaram, e estávamos ansiosos para a chegada da nova menininha da família, Carlie, para a nossa sorte e total felicidade o Mateus já amava ela também, e não via a hora de ver sua irmãzinha. Alice e Julia discutiam sobre quem seria a tia preferida de Carlie, elas passaram a gravidez inteira nesse dilema, mas todos nós sabíamos que seria em vão interferir nessas discussões. Fatinha era uma grávida linda, às vezes seus hormônios afloravam e ela brigava comigo e com o Mateus sem mais nem menos, mais depois caia em lagrimas, e eu me divertia com tudo isso, era uma fase que eu com certeza daria tudo para passar novamente, era incrível a expectativa, ela era incrível, sua barriga media, já pronunciava a chegada do anjo, a medica nos disse que a partir dessa semana ela poderia ter dores de parto a qualquer momento, e eu estava mais ansioso que ela, me lembro de bem de suas broncas.

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Hoje era o casamento da Alice com o Guilherme, era a união definitivamente deles, aqueles que nunca nos deixaram, aqueles que sempre nos apoiaram nos piores momentos, aqueles que eram como irmãos para nós. Mas seria apenas uma cerimônia simples, eles decidiram por não fazer uma recepção, eles iriam viajar, e nós já havíamos programado uma festa surpresa para eles na casa de Angra.

Estávamos todos à igreja a espera da Alice, os convidados chegavam de pouco em pouco, e os padrinhos já estavam posicionados. Por conta de sua enorme barriga Faat não pôde ficar junto com ela no seu dia da noiva, o que lhe causou um bico maior ainda, mas ela estava linda, um vestido vermelho, longo, destacando sua barriga, ombros nus, seu cabelo loiro estavam em longas ondas, puxados todos de um lado só, ela estava maravilhosa.

Julia e Alex estavam do outro lado do altar. Guilherme entrou acompanhado de seus pais, o que fez Fatinha se emocionar.

Bruno: Ei Faat, não precisa chorar amor guarde as lagrimas para a Alice. –eu disse em seu ouvido.

Fatinha: Incrível não? Ele esta completamente feliz. –passei meu braço pela sua cintura a puxando mais perto de mim, e acariciei sua barriga, e ela pousou sua mão em cima da minha.

Foi quando as portas se abriram e apareceu ela, Alice, a rockerinha do colégio agora havia se tornado umas das noivas mais lindas que eu já havia visto. Em um vestido que contornava seu corpo, simples e linda, seus cabelos estavam meio solto e meio presos com algumas tranças, e o sorriso enorme não lhe faltou, Fatinha estava do meu lado se derramando em lagrimas, meu braço possessivo não saíram do redor da sua cintura, e ela apertava a minha mão. Alice sorriu para nós e para os amigos do outro lado do altar, e o padre iniciou a cerimônia.

No meio do discurso do padre, Fatinha começou a se contorcer do meu lado, ela mudava de perna, estava inquieta.

Bruno: Algum problema, amor? –perguntei baixinho para ela, e ela apenas negou com a cabeça.

Depois de uns 10 minutos, novamente, mas agora ela levou as mãos na barriga flexionando ali, fechou os olhos como se estivesse falando com o bebe.

Bruno: Você tem certeza que esta tudo bem?

Fatinha: Tenho... Olha para frente. –ela ordenou. E eu soltei um riso.

Depois novamente, mas agora ela havia soltado em gemido e suas respirações estavam ofegantes e ela respirava pela boca, ela apertou a minha mão.

Bruno: Ai Fatinha.

Fatinha: Shiu, continua olhando para a frente. –ela disse entre os dentes.

Padre: Se há alguém contra esse casamento, fale agora ou cale-se para sempre.

Bruno: Fatinha, você não esta entrando em...

Fatinha: AAAAAAAAAH! –olhei assustado para ela.

Bruno: Fatinha. –a segurei, apoiando.

Fatinha: A bolsa estourou, vai nascer! AAAAAI.

Bruno: Vai nascer! Oh meu Deus! Vai nascer. –todo mundo olhava espantado para ela.

Fatinha: Pode continuar o casamento padre, AII! Bruno Isso dói.

Juh: Fatinha!

Alice: Fatinha... Oh Meu Deus a Carlie esta chegando! Precisamos ir para o hospital.

Fatinha: O QUE? VOCÊS NÃO VÃO A LUGAR NENHUM! VOCÊS VÃO SE CASAR E... AAAI.

Bruno: Fatinha temos que ir para o hospital agora.

Fatinha: Bruno, ta doendo muito. Vocês prestem atenção... –ela direcionou para a Alice e o Guilherme. –Vocês vão casar, e depois vão para a Lua de Mel, e... aaai. Termina isso Bruno, eu não consigo dizer.

Bruno: Mas eu não sei, o que você quer que eu diga?

Mateus: Mamãe!

Bruno: Mateus, o que você esta fazendo aqui?

Padre: Mas que bagunça é essa na minha igreja? –a igreja já estava em tumulto.

Fatinha: DA PRA VOCÊ PARA DE CONVERSAR E ME LEVAR A UM HOSPITAL? EU NÃO QUERO ATRAPALHAR O CASAMENTO DELES. AAAAAI! DESCULPE POR ISSO, EU AMO VOCÊS, MAS ELA REALMENTE NÃO QUIS ESPERAR.

Gui: Hey Faat, esta tudo bem, se realmente eu não estivesse casando eu já estava la com você.

Juh: Bruno você quer que eu vá com você?

Bruno: Espere o casamento acabar tudo bem? Ai você voa para aquele hospital.

Peguei a no colo, e disparei igreja a fora, meus pais vieram comigo trazendo o Mateus.

Bruno: Mãe, vai com ela no banco de trás. Pai, leva o Mateus no seu carro.

Mateus: Minha mãe vai ficar bem papai?

Bruno: Claro que vai filho, te vejo depois campeão.

Ana: Ela entrou muito rápido em trabalho de parto.

Fatinha: Isso é ruim? MEU DEUS COMO DÓI.

Ana: Claro que não querida, mas se não nos apressarmos minha neta vai nascer aqui mesmo.

Bruno: Ela não vai, já estamos chegando!

Dirigi o mais rápido possível para o hospital, escutando os gritos de dor que vinham do banco de trás, eu odiava vê-la tão vulnerável e com dor, mas eu não podia fazer nada para isso passar. Chegamos ao hospital em 15 minutos, peguei a no colo, e levei-a para o quarto, para ser preparada.

Logo depois que as enfermeiras trocaram a roupa dela, a colocaram na cama, ela se contorcia de dor e eu fui para perto dela.

Bruno: Calma amor, já vai passar, estou aqui com você. –ela ofegava de dor, e respirava fundo.

Fatinha: Eu sei que vai, eu preciso empurrar. AAAAAI.

Enfermeira: Maria, a doutora Sônia já esta vindo tudo bem? O parto será normal, e essa menininha resolveu vir mais cedo uh?

Fatinha: No meio do casamento da tia, para ser mais precisa.

Enfermeira: Espero que esteja tudo bem com a tia dela. –nós rimos. –Agora preciso fazer o exame de toque tudo bem? -enquanto calçava um novo par de luvas, distanciou um pouco as pernas da Fatinha, e colocou sua mão entre elas para fazer o exame. — Ótimo Maria, você esta com dez centímetros, esta pronta. Sua vontade agora é de empurrar, isso é normal, mas aguente um pouquinho.

Em poucos segundos a medica obstetra de Fatinha, Dra. Sonia, entrou no quarto.

Sônia: Olá casal, vejo que esta tudo pronto em?

Fatinha: EU ACHO QUE VOU MORRER DE DOR, DOUTORA VAMOS LOGO COM ISSO.

Sonia: Claro, vamos começar, você esta pronta?

Fatinha: Eu preciso empurrar, aaaaaaaaaaai.

Sonia: Papai, segure um joelho dela, Ângela segure o outro. –eu fiz o que ela mandou, e com a outra mão segurei em sua mão. -Tudo bem, vamos lá, eu preciso que você conte até três e empurre com toda sua força.

Fatinha: Eu consigo... tudo bem. –disse ofegante pela dor. –Um... dois... três... –ela empurrou com força.

Sônia: Isso Maria, isso, continue empurrando.

Fatinha: Isso dói muito, eu não vou conseguir.

Sônia: Você vai conseguir, vamos. Sua filha quer nascer e você precisa fazer isso por ela, é só mais um pouco.

Fatinha concordou, respirou, e empurrou com todas suas forças novamente.

Sônia: Já posso ver a cabecinha dela, isso, você esta se saindo muito bem, continue Maria, respire e empurre.

Bruno: Você esta perfeita amor, Carlie esta chegando. –beijei sua mão suavemente.

Fatinha: Eu nunca mais vou deixar você fazer filhos em mim Bruno, nunca mais. Se você quiser, você vai ser a barriga. –ela disse ofegante.

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Todos riram, e ela permaneceu de olhos fechados reunindo forças.

Sônia: Acho que isso não é possível, mas eu vejo o que posso fazer.

Fatinha: Isso é possível sim, agora eu tenho que empurrar.

Enfermeira: Isso querida, continue você esta ótima.

Fatinha continuou a empurrar sob a orientação da medica e nosso incentivo.

Fatinha: EU NÃO CONSIGO MAIS, ISSO É HORRÍVEL, UMA TORTURA. Me desculpe moreno, eu não consigo.

Bruno: Você consegue amor, você consegue, eu estou muito orgulhoso de você. –ela suspirou e inspirou.

Fatinha: UM... DOIS... TRÊS...

Ela empurrou com toda força, se curvando e forçando sua barriga, seu rosto ficou totalmente vermelho, e as lagrimas se misturavam com o suor de seu rosto.

Sônia: Isso Maria, já posso ver a cabecinha dela. Falta pouco.

Fatinha respirou novamente, puxou todo ar que conseguiu, e empurrou com mais força que da ultima vez, aguentou sem respirar e por fim soltou um grito forte. E caiu para trás, seu rosto agora era de alivio.

Sonia: Nasceu! Papai quer cortar o cordão? –ela disse para mim, eu peguei a tesoura em suas mãos e cortei o cordão que ligava Carlie a Fatinha.

O choro fino ecoou por todo o quarto, Fatinha abriu os olhos, emocionada.

Fatinha: Nossa filha amor, nossa... –ela disse cansada, meu rosto já estava inundado pelas lagrimas.

Bruno: Ela é linda, linda... Tão pequena, tão linda. Obrigada Faat, eu te amo muito. –depositei um beijo suave em sua testa.

Fatinha: Cadê ela? Eu quero pega-la.

Sônia: Aqui esta sua filha. –ela disse colocando Carlie nos braços da mãe.

Fatinha chorava, passando a ponta dos dedos suavemente no rosto da pequena, enquanto eu as olhava, emocionado.

Fatinha: Você é linda... Eu te amo tanto. –ela beijou sua pequena mãozinha. –Aqui amor, segure sua filha.

Com todo o cuidado do mundo, segurei a pequena em meus braços, eu não podia descrever essa sensação, não existiam palavras para isso.

Bruno: Oh. Meu. Deus... Minha filha... Meu anjo, ela é tão delicada, e... Céus, o bebê mais lindo que eu já vi. Oi bebê, eu sou seu papai. –Fatinha nos fitava com lagrimas nos olhos.

Depois de alguns minutos, Fatinha deu sua primeira amamentação, e levaram Carlie para o berçário, Fatinha exausta, mas resistindo ao sono, me fez prometer que não deixaria que nada de mal acontecesse a nossa pequena, e por fim adormeceu.

Do lado de fora do quarto, estava os nossos amigos e familiares, e eu fui até eles.

Juh: BRUNO! AAAH MEU DEUS, PARABÉNS! –os braços da minha irmã me encontraram, e eu a abracei forte.

Bruno: Ela é tão linda, tão linda.

Juh: Eu quero muito poder ver ela, e pega-la.

Bruno: Agora ela esta no berçário, depois você poderá pegar ela o quanto quiser.

Mateus: Papai!

Bruno: Oi campeão! –agachei para poder ficar na mesma altura que ele.

Mateus: Cadê a mamãe? E a Carlie?

Bruno: Mamãe esta dormindo, ela ficou muito exausta, e a Carlie precisou ir para o berçário, mas depois eles a trarão de volta.

Mateus: Eu quero ver elas, eu quero!

Bruno: Eu te levo lá, campeão.

Alex: Parabéns cara! Parabéns! Finalmente ela chegou.

Bruno: Obrigado parceiro, finalmente. –disse com o sorriso estampado no rosto.

Tony: O titio perdeu a hora do nascimento, mas está aqui. –olhei para trás e o Tony estava parado próximo a nós.

Bruno: Tony! Cara, você veio.

Tony: Acha que eu iria deixar de conhecer minha sobrinha? Parabéns brother. Vocês merecem!

Bruno: OH cara, obrigado mesmo. Obrigado. Vocês precisam ver como ela é linda! Julia, cadê o pai?

Juh: Ele esta no berçário babando na neta.

Bruno: E vocês não foram junto?

Juh: Não, a gente esperou aqui para ver se vocês precisavam de algo.

Bruno: E o casamento?

Juh: Terminou tranquilamente, e eles disseram que amanha de manha estão aqui.

Bruno: Isso é bom! Fatinha ficara feliz, agora vamos.

Paramos diante da parede de vidro, e nos juntamos ao meu pai, que chorava emocionado. Carlie Menezes havia nascido saudável com 2, 900 g, perfeita, doce, um anjo. Era uma mistura perfeita das características, os cabelos eram lisos, e sua cor era mel, sua pele era morena bem clarinha, ela era a mais linda do berçário.

Juh: Oh meu Deus ela é tão linda.

Tony: Caprichou em brother na hora de fazer, gostei. –todos riram do comentário.

Ovaldo: Eu tenho os netos mais lindos do mundo, esse meninão, e agora aquela garotinha.

Alex: Teremos que tomar cuidado com ela quando crescer, ela será um perigo.

Tony: AAh! Coitado do rapaz que quiser namorar com ela, vai te que passar pelo pai e tios.

Ovaldo: E avó também!

Juh: Mas vocês, ela mal nasceu, e já tem guardiões, francamente. –nós rimos novamente.

No outro dia

Fatinha abria os olhos devagar, e me fitou. Eu estava com Carlie nos braços, e enquanto ela dormia, todo mundo já havia a conhecido.

Fatinha: Amor...

Bruno: Que bom que acordou, ela esta morrendo de fome. –disse alegremente.

Fatinha: Traga-me ela aqui... –ela se sentou na cama, e eu coloquei o pequeno bebê em seus braços, ela retirou seu seio e começou a amamentar.

Bruno: Esta com alguma dor?

Fatinha: Não... Está tudo bem, cadê o Mateus?

Bruno: Ele foi para a casa, estavam todos aqui, meus pais, Julia, Alex e o Tony.

Fatinha: Oh meu Deus, eu nem vi eles.

Bruno: Eles entraram aqui no quarto, e viram você, pode ficar tranquila, depois eles voltam.

Fatinha: Você não estava com essa roupa ontem. –eu ri.

Bruno: Fui para casa, tomei um banho e voltei, enquanto a Julia ficou aqui com você. Não dava para ficar de terno e gravata até você sair né?

Fatinha: Eu gosto de terno e gravata. –nós rimos. –Obrigada Bruno, você é o melhor do mundo. –desviei meu olhar dela, e meus olhos encheram de lagrimas. –Ei, ei, o que foi?

Bruno: Eu to com medo... Medo de fracassar, medo dela não gostar de mim... –eu admiti, ela sorriu limpando minhas lagrimas.

Fatinha: Não precisa ter medo, você conseguiu uma vez com o Mateus e vai conseguir de novo, você não vai fracassar, eu vou estar sempre com você, te lembrando disso, e por favor, tem como não gostar de você? Você é perfeito!

Bruno: Desculpe por isso, eu só estou nervoso, é a minha primeira filha.

Fatinha: Primeira? Com um tom de primeira de muitas ou só primeira mesmo?

Bruno: Você ainda quer que eu carregue o bebê? E dê a luz também? –ela riu.

Fatinha: Não precisa, amor. Eu faço isso por você. E sabe por quê?

Bruno: Porque você é a mulher da relação?

Fatinha: Não, porque não há sensação melhor do que isso, poder carregar um filho seu, poder dar a luz, e também olhar para você, e te ver todo bobo, todo orgulhoso pelo bebê. Eu devia ter tirado uma foto sua serio... Mas a imagem esta guardada comigo, todos os nossos momentos desde quando anunciei para você que estava grávida, na verdade esta tudo guardado no meu coração desde quando eu te vi pela primeira vez.

Bruno: Obrigado por fazer isso por mim senhorita, eu também guardei tudo na minha caixinha.

Fatinha: Sua caixinha?

Bruno: Sim, ela fica aqui. –apontei para o coração. –Guardei todos nossos momentos, guardei todos os nossos beijos, nossas noites, nossas palavras, guardei imagens de você grávida, tudo.

Fatinha: Sabe Bruno, quando eu fui... Sequestrada, eu só pensava em você, será que eu iria ver seu rosto de novo, sentir seu abraço, sentir você perto de mim, eu não sabia de nada, eu não sabia o que ia acontecer comigo. Mas esses mesmos pensamentos foi o que me deu forças, porque eu queria você de volta, queria tudo de volta, e eu estava disposta a lutar por você, de novo, se você não me quisesse.

Bruno: Fatinha, meu coração sempre foi seu. Sempre. Mas eu idiota, não havia notado isso, eu sempre fui idiota, se não fosse por você, eu não teria tudo o que eu tenho hoje, e essa vida perfeita.

Fatinha: Deus nos abençoou de uma maneira grandiosa, amor.

Bruno: Eu te amo muito, muito, muito. E para sempre.

Fatinha: Eu te amo muito, e com certeza, é para sempre.

Carlie havia acabado de amamentar e agora nos fitava curiosa.

Bruno: Hey anjo, papai te ama muito viu, eu prometo que vou proteger você sempre, e te amar para sempre.

Fatinha: Mamãe também promete, sempre e para sempre. –ela se curvou para beijar a cabecinha de Carlie, eu fiz o mesmo, e depois dei um cheio de amor em seus lábios.

E assim até que o para sempre dure, nós viveremos cumprindo nossas promessas, e vivendo nossa felicidade intensa.