Délfica: uma leitura de Emilia Solles

# 14/03 #

Enquanto Castiel e Nathaniel amargavam a ansiedade de aguardar as consequências do descontrole de ambos, os professores corrigiam as atividades de Emília.

A professora de Artes ficou encantada com a interpretação dada por Emília a poesia de Gérard de Nerval. Poucos foram os alunos que conseguiram se expressar de forma tão romântica e inocente quanto ela.

Sol havia garantido, graças a ajuda e Lysandre, um 10 naquela atividade.

[ O soneto, para muitos, diz em seus quartetos e tercetos, coisas que eu não entendo e que não quero entender, ainda, pois não sinto que tenha chegado a hora, nem mesmo de pensar sobre o que ele diz. Mas a grosso modo, ele fala de algo que eu conheço um pouco, embora não compreenda direito. Ele fala sobre o amor. Talvez não seja o mesmo tipo de amor que eu sinto, porque em mim ele acabou de florescer, e suas pétalas são "douradas" como o girassol, mas é amor, e amor é sempre amor.

No poema há um dragão vencido e um tremor de terra, mas eu só entendo de palpitações. Ele faz questionamentos, mas a única dúvida que tenho, é se o dourado girassol seguirá o Sol, aonde ele for, e se quando este estiver bem pertinho, o Sol conseguirá ser tocado por ele.

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