Entre Rosas e Espinhos

Traumas do passado.


Traumas do passado.

BELLA POV.

Comecei a despertar, estava um tanto quanto zonza devido a grande quantidade deEcstasy que James me fez inalar. Senti alguém mexendoem meus cabelos, eu estava abraçada em algo quente e macio. Abri meus olhos e percebi que não estava mais no quarto do hotel.

OH MEU DEUS! JAMES ME LEVOU PARA OUTRO LUGAR!

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Olhei para cima e me deparei com... Edward sorrindo?

- Ok eu devo estar sonhando e ainda não acordei. – deitei de novo sobre o suposto corpo de Edward e fechei os olhos com força.

A minha imaginação estava tão perturbada que até a risada de Edward era igual. Perai então me deixa tentar entender, estou sonhando e Edward estava sendo um dos protagonistas desse sonho. É ISSO?

- Bella se você está pensando que isso é um sonho, esta enganada querida. – voltei olhar para cima e ele ainda estava lá enrolando uma mecha do meu cabelo em seu dedo.

- Não, eu estou sonhando. Desde quando uma pessoa sequestrada acorda e não está com o seu sequestrador? Pelo contrário está com você. – ele gargalhou.

- Bell’s é sério, você está no meu quarto. Nós fomos te salvar ontem. – olhei novamente para o quarto. Olhaaa era o quarto do Edzinho mesmo!

- Edward? – falei ainda incerta.

- Fale Bella. – sorriu torto

- AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH!

Em um ímpeto de loucura gritei e o abracei, ele retribuiu meu abraço e logo após depositou um beijo em meus cabelos. Me afastei um pouco e fiquei lhe fitando, parecíamos dois bobos, um sorrindo para o outro.

- AAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH!

Gritei mais uma vez e o abracei de novo, era tão bom saber que eu não corria mais perigo. Minha família havia ido até o hotel me salvar, dá para acreditar nisso? Oun como eu os amo, até o Edward que é chato eu amo.

- Nossa tudo isso é amor pela minha pessoa? – sorriu torto.

- Ah qual é, apesar de você ser insuportável arriscou a sua vida para me livrar daquela praga. – sorri – não é todo mundo que faz isso por uma desconhecida.

- Ah não começa com esse papo de desconhecida garota. Você sabe muito bem que é da família. – bateu na minha perna – se você visse o caos que essa casa ficou quando soubemos da noticia. Só faltou sair morte durante o seu resgate, mamãe quase bateu no delegado daqui por sua causa mocinha. – tocou com a ponta do dedo no meu nariz.

- Ouuuun como eu amo vocês. – o abracei de novo – Não consigo mais viver longe dessa família maluca.

- Nós que não conseguimos viver longe de você. – olhou fixamente para mim. – Bella você é super importante para a gente eu não conseguira viver sem você.

- Você não conseguiria viver sem mim? Ah Edward conta outra. – falei debochada.

- Com quem eu iria brigar, heim? Ninguém aceita tão bem as minhas provocações como você. – sorriu – BRIGUENTA! – gritou e depois gargalhou.

- Só não vou bater em você, porque estou te devendo uma. – dei um tapa em seu braço musculoso, gostoso... PARA AI ISABELLA!

- Uma nada, eu ainda não esqueci do episodio do estacionamento benzinho. – sorriu pretensioso.

- Já disse que aquele dia você me ajudou porque quis. Benzinho – sussurrei a ultima parte em seu ouvido e ele se arrepiou.

A porta foi aberta revelando minha família, um sorriso se formou em meu rosto, creio que eu era um reflexo deles, a felicidade era palpável nesse recinto.

- BELLAAAAAA – para quem pensou na baixinha se enganou era Emm o dono do grito.

Ele empurrou todo mundo que estava na frente veio correndo em minha direção, eu apenas me encolhi nos braços de Edward, já esperava ser amassada e morrer com todo aquele peso do gigante, porém Ed virou na cama colocando o seu corpo sobre o meu, fazendo com que Emmett abrasasse o espaço vago que tinha na imensa cama de casal.

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- Você é louco Emmett? Com todo esse peso iria acabar por matar a Bella, pensa menino – deu um tapa na cabeça do irmão.

- Ah desculpa – olhou triste – é que eu estava com saudades da Bella. Ontem eu ajudei no salvamento, mas não pude zoar com a cara dela. – fez biquinho – Me desculpa Bellinha, mas eu fiquei com medo de você estar morta ou algo do gênero. Não sabia o que aquele loiro louco poderia fazer com você.

- OUNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN! – todos fizemos.

- Oun Ursão, fica triste não. – me desvencilhei de Edward – agora daqui um abraço. – ele me abraçou – Agora chega... to ...sem ...ar.

- Desculpa de novo. – mostrou as covinhas.

- BEBÊEEEE DA MAMÃE.! – e lá veio dona Esme chorando me abraçar. – Ô minha menina, você não sabe como é bom te ver aqui. – beijou meu rosto – Você não pode imaginar como o coração da sua mãe ficou. Estava quase tendo um ataque. – me abraçou novamente.

- Esme quase morreu ao saber do seu sequestro – Carlisle estava rindo – Quase o delegado gordinho ficou sem bigode, sua mãe estava tão nervosa que era bem capaz de arrancar aquilo com pinça. – veio me abraçar também – é bom te ver de volta ao lar minha filha. – beijou minha testa.

- Oun pai, oun mãe. Obrigada por irem atrás de mim naquele hotel. Amo muito vocês – Esme chorou que nem criança e Carlisle ficou com os olhos marejados.

- DEEEVA!- gritaram as meninas em conjunto.

Abri meus braços e elas correram em minha direção, acabou por as três caírem com tudo no chão. Nenhuma de nós se importou, continuamos abraçadas e chorando, era estranho pensar que horas atrás eu estava tentando me livrar de um maluco e agora estava chorando com as minhas melhores amigas.

Levantamos e Jazz resolveu me abraçar também, de todos ele era o mais tímido, porém o mais sensato.

- Agora me contem quem me tirou de lá? – todos levantaram a mão – Perai foram todos? – assentiram – Tipo todos, todos?

- Claro que sim Bella. Bem que eu tentei fazer dona Esme voltar para a casa, mas é teimosa e quis ir junto, acabou por ficar escondida em um carrinho de comida. – todos riram, menos eu. – Vem aqui que a gente te conta toda a historia.

Sentei ao lado de Edward na cama e o resto fez o mesmo, só que cada um em um canto da enorme King size. Então eles começaram a relatar uma história mega louca que segundo Alice foi intitulada como “O Resgate”, ri horrores com as façanhas de Esme.

- Bella – olhei para Ed – posso lhe perguntar uma coisa? – assenti – promete que vai me responder? – assenti novamente. – Da onde você conhece aquele cara? – engoli a seco, não deveria ter concordado em responder.

- Er... bem... – comecei mexer minhas mãos freneticamente.

- Hey! Calma, não precisa ficar nervosa. – segurou minhas mãos nas suas e me olhou – eu só quero entender porque ele fez isso.

- Ele era meu namorado -todos fizeram um perfeito “o” com a boca – ele matou meus pais e agora tentou me sequestrar.

- E porque vocês terminaram? – continuou segurando minhas mãos como se quisesse me dar apoio.

- James sempre foi meu amigo de infância, então quando eu completei quinze anos ele me pediu em namoro, e aos dezessete em casamento eu como uma boa boba aceitei, os anos foram passando e ficávamos mais e mais apaixonados. Porém no dia em que completaríamos três anos de namoro meus pais descobriram que ele estava apenas comigo pelo dinheiro de minha família.

( Música: http://www.youtube.com/watch?v=cH3xMA0vAMo )

FLASHBACK ON:

- Bella me escute – implorava mamãe – eu o vi tentando clonar a conta de seu pai, ele apenas quer a nosso dinheiro ele não gosta de você meu amor. – meu rosto estava entre suas mãos.

Estávamos em meu quarto, era uma manhã de verão, típica manhã de histórias a beira do lago do Central Park. Porém a noticia que mamãe estava me dando fez a linda manhã desmoronar. Parecia que pedras estavam caindo sobre mim, eu me sentia machucada e quebrada em pedaços.

- Bell’s, meu anjo, não desconfie de nós. – suplicou papai – você sabe melhor que ninguém sobre a nossa promessa de nunca mentirmos.

Eu lembrava dessa promessa, mais não queria acreditar que meu tão amado namorado não gostava de mim, apreciava apenas a porcaria do meu dinheiro. E pensar que nesses três anos de namoro eu o achava o máximo, cheguei até a cogitara ideia de me entregar plenamente a ele, por sorte meu medo falou mais alto.

- Pelo amor de Deus minha filha, me responda. – mamãe chorava como uma criança – você acredita em nós? – seus olhos eram desesperados.

Eu não conseguia falar nada, apenas tentava entender por que de tantos “eu te amo” falsos. Por que tantos beijos sem sentimentos? Por que me pedir em casamento se não me queria? Os por quês rondavam a minha cabeça. Resolvi responder minha mãe que estava desolada a minha frente.

- Eu acredito em vocês. – minha voz saiu esganiçada pelo choro.

Mamãe e papai soltaram um breve sorriso pela minha resposta, mas logo após me abraçaram, eu queria conforto e nos braços deles eu me sentia confortada, não importava a hora, mas ali eu sabia que teria sempre amor. AMOR de verdade.

- Filha ele não merece suas lágrimas – papai estava com o rosto contorcido pela dor, ele não gostava de nos ver tristes, isso o dilacerava por dentro.

Com as costas das mãos eu limpei as lágrimas e prometi para mim mesma que nunca iria chorar por James, ele não merecia as lágrimas antes derramadas, ele não merecia a dor que eu sentia... ele não me merecia.

Com um baque enorme a porta foi aberta, revelando o próprio com seus olhos verdes quase negros de tanto ódio. Sua irritação era visível, em poucos casos ele ficava vermelho, só quando estava realmente nervoso. E hoje ele estava.

- EU FALEI PARA A SENHORA NÃO FALAR NADA COM BELLA! – começou se aproximar de minha mãe com uma arma na mão.

- NÃO SE APROXIME DELAS! – meu pai se colocou em nossa frente.

- DEIXE DE SER RIDICULO SEU VELHOTE! TODOS SABEMOS QUE UM DE NÓS NÃO SAIRA VIVO DAQUI. – meus olhos pareciam cachoeiras, não queria que as palavras daquele verme fossem verdade.

- Jas... James, por favor, abaixa essa arma. – falei pressentindo o pior.

- Você ainda vai se casar comigo Bellinha? – seus olhos eram esperançosos.

- NÃO! NUNCA PERMITIREI QUE FAÇA MINHA FILHA SOFRER. – papai gritou alterado.

- Me desculpe Bella, seu pai me deixa sem escolhas. – olhou-me falsamente se desculpando.

Tão friamente quanto me disse pela primeira vez que me amava, atirou em meu pai que antes de morrer sussurrou um “amo vocês, meus amores.” meu ódio por James cresceu de uma forma imensurável naquele momento.

- SEU DOENTE! O QUE FEZ COM O MEU PAI. EU TE ODEIO, COMO NUNCA ODIEI UMA PESSOA EM TODA A MINHA VIDA. – eu chorava por ver minha mãe chorando ao lado de meu pai. – SEU PROBLEMA ERA COMIGO. SE QUISESSE MATAR ALGUÉM, QUE ESSE ALGUÉM FOSSE EU E NÃO ELES. OS DOIS SÓ QUERIAM ME PROTEGER, QUEM NÃO TE AMA SOU EU! QUEM NÃO QUER SE CASAR COM VOCÊ, SOU EU! – James chorou com minhas palavras – EU TE ODEIO SEU MONSTRO.

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- Bella não fala isso meu amor, eu não quero fazer o mesmo para você. EU TE AMO ISABELLA. – ele estava desesperado, parece que tinha notado o tamanho da besteira que fez.

- ENTENDE DE UMA VEZ! EU – NÃO – TE – AMO, PELO CONTRÁRIO, EU – TE – ODEIO. TENHO NOJO DE VOCÊ. – cuspi as palavras para ele.

Isso o deixou perturbado, então novamente levantou o revolver em minha direção e disparou. Esperei pelo baque da bala em meu peito, mas a mesma não senti, o que senti foi pior que a dor, foi pior que a morte, eu senti o corpo delgado de minha mãe cair em meus braços.

Seu olhar era tranquilo, seu sorriso que nas noites de pesadelos me confortavam estava lá, o sorriso que tanto me acalmava estava estampado em seu rosto. Suas feições mostravam calmaria, ela se sentia satisfeita por estar morrendo no lugar de sua filha.

- Bella – tocou meu rosto banhado de lágrimas – nunca se esqueça, nós sempre amamos você. Não importa o lugar sempre estaremos contigo meu amor, estaremos em sua memória e em seu coração. Esqueça os momentos ruins, lembre-se apenas dos bons. Eu te amo minha filhota linda. – fechou seus olhos devagar e dormiu o sono eterno.

Estava mergulhada no mundo da tristeza, que acabei por não ver os policiais levando James de casa. Eu continuava no meio do quarto sentada sobre o tapete branco e felpudo que agora estava manchado. O corpo de meu pai estava na minha perna esquerda enquanto o de minha mãe estava na minha perna direita.

Chorava descontroladamente, eu não enxergava nada, apenas uma camada de água que ocultava a visão de meus pais mortos. Lágrimas que não foram choradas por James foram derramadas agora e por pessoas que eu amava incondicionalmente.

FLASHBACK OFF.

( Música: http://www.youtube.com/watch?v=0I6MK13wRj8 )

As pessoas ao meu redor tinham lágrimas no rosto, prova de que todos sentiram o mesmo que eu senti quando relembrei aquela cena. Edward me tinha no colo dele e me ninava como uma criança.

Soluços altos da minha garganta saiam, não controlava minhas emoções, estava dominada pela dor e pela tristeza. Essas eram lembranças que continuavam vividas em minha mente, em meu ser. Por tanto tempo eu tentei esconder, fugir da verdade, mas a hora de dividir a minha dor tinha chegado.

De certa forma me sentia leve, eu não precisava mais temer a reação da minha nova família quanto o meu passado. Eu via em seus olhos a compaixão transbordando.

Ed continuava me ninando, não sei a que altura dessa narrativa ele me colocou em seu colo, mas ali me sentia segura. Não era como o colo de meus pais, porém era bom. Ele beijava meus cabelos e testa, tentava a todo custo me acalmar, senti suas tímidas lágrimas molharem meus cabelos.

- Me desculpe, fazer você reviver tanta dor. – me olhava agora nos olhos – me desculpe mesmo. – seus olhos mostravam seu arrependimento.

- Não se preocupe – toquei – lhe o rosto – eu precisaria contar essa história uma hora ou outra. James não ficaria calado por muito tempo, como não ficou. – sorri – não se preocupe. – dei um beijo em sua bochecha.

- Filha – Esme não parava de chorar – saiba que apesar de não ser sua verdadeira mãe, quando você precisar de colo, essa sua mãe aqui vai estar à disposição. – sorriu – Bella, minha filhinha, eu te amo meu amor. Você é parte de nossa família e nós somos a sua família. – seu sorriso angelical e sua voz maternal estava ali presente.

- Bella, você sabe que a gente te ama, né irmã?! – Lice perguntou chorosa.

- Sei sim irmãzinha, e saibam que eu amo todos vocês. – sorri largamente – desde os mais implicantes – olhei para Edward que sorriu torto – até os mais temperamentais – olhei para Esme chorona a minha frente.

- ABRAÇO COMUNITÓRIO! – gritou Emm e todos nós nos abraçamos. – Beleza, agora pessoal tá todo mundo prontinho, todo mundo arrumadinho?

- Hã? – foi feito um coro.

- Já tá todo mundo prontinho e arrumadinho para tomar o café? Derdes! – riu que nem criança – Eu to com fome. – rimos.

- Ah se vocês quiserem podem irem tomando café, eu vou para o banho antes. – sorri – sinto que estou meio sujinha. – rimos novamente.

- Pode ir tomar banho Bellinha – Emm falou sério – prometo que te espero para o café. – nossa. Ficamos surpresos com isso – IRMÃZINHA! – correu e me abraçou.

- Amor solta a Bella, a coitada está roxa! – Rose estava rindo.

- Vamos embora cambada a Bella quer se banhar. – Esme falou abrindo a porta.

Todos saíram, não sem antes me abraçar e beijar umas mil vezes. Olhei para a cama e Edward ainda estava lá me encarando.

- Algum problema Edward?

- Bella – levantou e veio em minha direção – Me desculpe, eu não queria te fazer chorar – segurou minhas mãos – me desculpe mesmo.

- Já te falei que não é preciso pedir desculpas, eu sei que não era a sua intenção. – sorri para ele – você pode ser chato, arrogante, irritante e etc, etc e tal, porém tem um coração, e nesse coração existe bondade. – coloquei a mão sobre seu peito desnudo – Não precisa se desculpar, Oks?!

Ele assentiu e me abraçou, ficamos assim por uns dois minutos que mais pareciam eternidade. Então ele me soltou beijou minhas mãos e saiu do quarto.