Entre Dois Amores

Suze tem convulsão.


POV Leo

- Não. Não. Não. Isso não pode ser verdade – Suze disse – Você não fez isso.

- Desculpa. Eu não tive escolha. – Respondi.

- Você... Você podia ter chamado Poseidon, Atena, Zeus, ou sei lá, o seu pai ou o meu pai.

- Eu fiquei nervoso. Não pensei direito.

Eu estava mal, agora que Suze falou, eu pensei em como o que fiz foi uma idiotice, eu podia ter chamado outro deus, mas não, chamei Apolo.

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- Não. Não – Suze gritou. E então parou. Ficou calada olhando pra frente.

- O que está acontecendo? – Perguntei nervoso – Suze!

Ela não respondeu. Apolo se levantou e correu até Suze.

- Ela está em convulsão de ausência.

- Como você sabe disso? – Perguntei

- Sou o deus da medicina.

- E o que é isso?

- É um tipo de...

- Esquece não quero saber. Vou chamar a mãe dela. – Disse nervoso.

Sai correndo do quarto e fui até a sala de recepção. Encontrei Emma conversando com Sally.

- Ela está se recuperando rápido, sabe? Estou feliz. – A ouvi dizer.

- Senhora Emma! – Chamei – Suze está em convulsão.

Ela arregalou os olhos e correu até mim. Juntos voltamos ao quarto.

Quando entramos, vimos Apolo de mãos dadas com Suze. Ela ainda estava parada, olhando o nada.

- O que aconteceu? – Emma perguntou sentando ao lado de Suze.

- Convulsão de ausência. – Disse Apolo.

- Ela não tem isso desde criança. Como aconteceu?

- Não sei.

- Cadê o médico? – Emma perguntou.

- Você – Eu disse olhando para Apolo - Ajude-a.

- Estou tentando, mas é como se ela não estivesse aceitando minha benção.

Então a porta abriu e um homem entrou. Apolo arregalou os olhos e Emma soltou um grito abafado. Parece que eu era o único que não sabia quem ele era.

- Me de ela.

- Eu sou o deus da medicina aqui.

- É, mas, parece que você não está sendo de grande ajuda. – Disse o Homem – E eu sou o pai.

- Hermes? – Perguntei

O deus se virou pra mim e sorriu, depois pegou Suze no colo. Ele fechou os olhos e começou a falar alguma coisa. Acho que, uma benção grega.

Suze foi aos poucos fechando os olhos, e então caiu nos braços de Hermes.

- Pronto. Ela aceitou minha benção.

Apolo o olhou com raiva.

- Mas ela desmaiou.

-Não, ela só está desacordada. Ela está fraca. Precisa descansar. – Hermes disse colocando Suze de volta na cama. - Não precisa se preocupar irmão, eu sei cuidar dos meus filhos.

Apolo o olhou com mais raiva ainda, não pude deixar de sorrir. Emma olhou para Hermes.

- Obrigada.

Ele sorriu.

- Posso não ser o pai mais presente de todos, mas, você me pediu ajuda, eu não abandonaria minha família.

- Pai? – Alguém perguntou.

Todos olhamos pra porta e vimos Jesse parado. Seus olhos estavam meio vermelhos. Será que ele ia chorar?

- Hey, filho.

Jesse veio até Hermes e o abraçou. Ver os dois me lembrou de como foi o meu primeiro encontro com Hefesto. Bem, digamos que não foi bem assim.

- Meu Deus. – Disse uma mulher entrando no quarto. Pela roupa presumir ser a enfermeira. – Tem muita gente aqui. Podem ficar no máximo dois. Os outros precisam sair.

- Eu fico – Disse Emma – Sou a mãe.

Ela olhou para Hermes.

- Não posso ficar. Preciso... Visitar uma pessoa.

Emma assentiu. Parecia que ela sabia de quem ele falava.

- Mãe, eu quero ir pra casa. Preciso descansar. – Jesse disse.

- Claro meu anjo. – Emma respondeu dando um beijo na bochecha dele.

Beijo de mãe. Como eu sentia falta daquilo.

- Você pode ficar e ajudar minha mãe a cuidar da Suze. – Jesse disse pra mim.

- Eu...

- Ele aceita. – Apolo interrompeu.

Eu e Jesse olhamos surpresos para ele.

- Eu também preciso ir. – Ele disse – Tenho deveres a fazer.

Assim, ele, Hermes e Jesse saíram do quarto.

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- A senhora me dá licença um minutinho? Eu já volto.

- Claro. – Emma respondeu.

Eu sai do quarto e fui correndo atrás de Apolo.

- Ei! – Chamei quando o vi no corredor.

Todos os três se viraram na minha direção.

- Posso falar com você? – Perguntei a Apolo.

Hermes sussurrou alguma coisa para Jesse e então os dois me deixaram sozinho com o deus.

- Por que você me deixou ficar? – Perguntei – Achei que me queria longe dela.

Ele sorriu.

- Não pense que eu desisti. Eu só achei que enquanto ela está doente é melhor deixarmos as coisas como estão. Mas, depois vamos voltar ao nosso acordo.

- Não fale dela como se ela fosse um produto.

- Poupe-me Valdez. Foi você quem a “trocou” primeiro. – Ele disse. Depois saiu andando.

- Cara, esses deuses se acham. – Eu disse baixinho

- Talvez seja pelo fato deles serem... Deuses. – Disse alguém atrás de mim.

- Hey Piper.

- Oi. – Ela disse sorrindo – Como ela está?

- Bem. Está descansando agora.

- Por que você e Apolo não estão se dando bem?

- É... É meio complicado.

- Tudo bem. Não precisa falar. Mas, não acho que seja bom você ter um deus como inimigo.

- Você está certa. Não sei o que faço.

- Pede conselho pro Percy, ele deve saber bem sobre isso.

Nós dois rimos.

- Mas, ele é Percy Jackson, eu sou só o Garoto de Manutenções.

Piper sorriu.

- Você é um ótimo Garoto de Manutenções.

Então ela piscou pra mim e saiu andando. E eu voltei pro quarto.