– Vai ser tão bela que até os anjos vão sonhar com ela... - Eu disse a Carlos Daniel que deu aquele sorriso que tremia as minhas pernas por inteiro, esse homem me fazia corar e transbordar de alegria. Ao chegarmos em casa me deparo com Leda na sala com Elizabeth e Estephanie e ambas davam risadas. Quando chegamos fomos cumprimenta-las e Carlos Daniel tentou subir para seu quarto o mais rápido possível e as três puxaram ele para sala, logo fiquei com ele na sala, o olhar dele para mim bem chateado com a situação. Mais tarde, quando finalmente subimos Elizabeth foi atrás de Carlos Daniel, e disse que eles precisavam conversar e ele se virou para ela dizendo "Mais tarde a gente conversa, agora eu e Paulina temos assuntos pendentes" e ela saiu do quarto, logo não conversamos sobre nada, ficamos juntos na cama a tarde inteira, mas não fizemos sexo. Ao invés disso, ficamos deitados falando sobre tudo e nada ao mesmo tempo nos encarando e nos mil beijos ali.

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A noite fomos jantar e Lalinha chama Carlos Daniel dizendo que há uma ligação para ele dizendo que era a senhorita Leda Duran, na hora Elizabeth deu risada dizendo para ele ir atender rapidamente, ele me pede licença e diz que irá atender e não irá demorar para retornar a mesa, digo a ele que tudo bem e acabo ficando na mesa com Elizabeth, Estephanie e Willy.

– Bom Paulina, o que nos conta. O que tem feito? - Elizabeth me pergunta.

– Nada, só trabalho. - Eu respondo a ela colocando o garfo em minha boca desejando sumir para não ter de ficar perto das feras.

– E o trabalho na cafeteria?

– Eu perdi o emprego.

– O que? - Ela se faz de desentendida. - Não acredito amiga. Que barbaridade! Flor, não fique chateada viu. Há vários empregos de cafeteria por aí, ou floristas, jardineiras, empregadas. Ah, estávamos precisando de uma para limpar os banheiros da empresa... Se quiser, o emprego é seu! - Ela me diz num tom sarcástico.

– Olha realmente são empregos admiráveis, e agradeço a sua preocupação comigo, mas eu já arranjei um emprego... Queridinha. - Eu respondo a ela.

– Ah, sério? Nossa fico feliz por você. E onde você arranjou o emprego? Se é que posso saber.

– Simples. Na fábrica Bracho. - Respondo a ela colocando a taça de vinho na minha boca.

– Achei que você não bebia. - Estephanie me diz.

– Carlos Daniel diz que não há nada demais em uma taça de vinho. E realmente é agradavel o gosto que tem o vinho. Foi com ele que bebi pela primeira vez.

– Vocês saem pra beber? - Willy pergunta.

– Não. Foi quando vocês ainda estavam fora da mansão...

– Você trabalha em que na fábrica Bracho? - Elizabeth volta a me perguntar novamente.

– Eu estou como sócia executiva. Cuido das finanças da fábrica, pedidos, cheques.

– Uau. E sem experiência?

– Creio que Carlos Daniel confia na minha integridade pra assumir um cargo com tal responsabilidade.

– Bom, voltei. - Carlos Daniel diz se sentando a mesa novamente. - Está tudo bem por aqui? - Ele pergunta para mim.

– Tudo. Elizabeth estava perguntando sobre a fábrica.

– Agora se interessa? - Ele pergunta a ela.

– Sempre me interessei. Da onde você acha que sai o meu dinheiro para vestidos e meu cabelo todo mês?

– Ah, já deveria saber.

– Mas, a Paulina aproveita, não aproveita?

– Como assim? - Eu pergunto a ela.

– Agora a compra fica bem mais fácil na fábrica, sabia?

– Eu não tenho vontade de sair gastando por aí senhora, ainda uso minhas roupas de sempre...

– É, eu percebi. Esse seu vestido de agora é o mesmo que você usa sua vida inteira, eu imagino. Essa e todas as suas outras roupas.

– Acredito que se um dia eu precisar muito então sim, eu vou atrás de roupas, ainda tenho meu dinheiro que juntei e não estou tão necessitada assim. Mas, agradeço sua preocupação com minhas roupas.

– Você quem sabe. Para se sentir um pouco melhor né meu bem, compre algo.

– Mesmo que ela estivesse cheia de seda, já disse para ela. Paulina, seria a mais bela de todas as mulheres. Ela está linda assim.

– E depois você vem me dizer que não há nada entre vocês! - Elizabeth disse ao Carlos Daniel, logo me encarou e tomou mais um gole de vinho.

– Não há nada entre nós. Estamos esperando o nosso divórcio.

– Ah! Que lindos. Continuem assim.

– Bom, vou me deitar. Boa noite. Paulina você já vai subir?

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– Eu vou tomar um banho e já irei. Boa noite. E boa noite a vocês, com licença.

– Não iríamos sair para conversar? - Elizabeth pergunta a Carlos Daniel.

– Deixe para amanhã. Boa noite. - Carlos Daniel responde e então subimos para o quarto, e ao invés de irmos um para seu devido quarto, toda noite agora Carlos Daniel dormia em meu quarto escondido, é claro.

No dia seguinte...

Na manhã seguinte bem cedo, Carlos Daniel levantou e foi para o seu quarto e como de costume bagunçou sua cama como se tivesse dormido lá e tomou seu banho, fomos direto tomar café da manhã e logo para a fábrica. Lá na fábrica fizemos a reunião sobre quem iria viajar para o interior e quem iria no banco, eu ainda era nova e não poderia, mas tive voz para votar.

– Voto em Rodrigo para ir ao interior pois ele tem integridade assim como todos nós, porém seria melhor um pouco. E Carlos Daniel como dono da fábrica poderia pedir aos bancos. - Disse o Julio.

– Voto em Julio pois ele sempre teve a graça no que falar e sabe como transmitir o que falar. - Disse o Rodrigo.

– Voto nos dois para ir, pois seria melhor e poderiam alcançar mais público para as vendas da fábrica e concordo com o Julio, Carlos Daniel poderia ir pedindo aos bancos. - Eu disse a eles dando o voto.

– Bom, eu acho que concordo com a Paulina. Se os dois forem será melhor para o maior público alvo da nossa fábrica, falem com empresários, donos de estabelecimentos, e eu falarei com o banco. - Carlos Daniel disse dando o voto dele.

– Claro que você iria concordar com a Paulina, tudo é para ela agora. - Julio disse a ele.

– Menos Julio. - Carlos Daniel respondeu. E o celular dele começou a tocar. Carlos Daniel foi atender para o lado de fora, e logo voltamos aos nossos trabalhos. - Gente, vou ter que sair por um tempo, a Elizabeth me ligou novamente, disse que é sobre o divórcio então estou indo. Até mais tarde. Beijos. Meu amor, vem aqui. - Ele disse me chamando, e me deu um beijo. Eu te amo.

– Eu te amo. - Eu respondo a ele. - Logo, volto a olhar os papéis das finanças da fábrica, percebo que há uma diferença, e vou para os bancos pedir para que me deem os extratos de tudo e volto para a fábrica logo depois. Começo a analisar os papéis, e chamo Rodrigo para me ajudar, e ele se espanta assim como eu, peço segredo até o momento. Já se passaram duas horas e nada de Carlos Daniel. E já está dando minha hora de ir embora, ao invés disso, peço um táxi e vou falar com Célia e Filomena, desde o dia que invadiram minha antiga casa, não há mais movimento perto dela a não ser da polícia que vem de vez em quando observar a casa. Perco o horário, já é quase nove horas da noite e peço mais um táxi indo de volta para casa. Chego lá e não encontro Carlos Daniel, então começo a ficar preocupada. Tomo um banho e vou me deitar sem jantar.

Quando deu dez horas da noite ele chegou, e coincidentemente com a Elizabeth ao seu lado, ela chorava demais e eu comecei a pensar que ele deveria ter assinado o divórcio sem dar nada a ela. Ele vai direto para o seu quarto sem falar nada para mim. Não digo nada também. Só dou mais um beijo nele de boa noite, ele está deitado perplexo olhando para a parede. Quebro o silêncio.

– O que aconteceu? - Eu pergunto toda preocupada.

– É... É... Ela é... Louca.

– Isso eu já tenho uma breve noção meu amor. Mas, o que aconteceu?

– Ela... Anda cobrando muito pelo divórcio ai discutimos a tarde inteira. - Ele me disse.

– Ah! Entendi. Bom, não fique assim meu amor. Tudo vai ficar bem, você vai conseguir resolver isso. Mas, eu preciso falar com você! É melhor deixar para amanhã, só que é bem sério.

– Vou dormir meu amor, amanhã me conta sem falta, tudo bem?

– Tudo bem. Boa noite, durma com Deus! - Eu digo a ele saindo do quarto.

No dia seguinte...

Assim que desço para tomar o café da manhã, encontro Carlos Daniel na mesa, ele estava com um rosto ainda perplexo, assustado, me perguntei o que viria a acontecer o motivo daquela discussão entre Carlos Daniel e Elizabeth, mas o pior ainda estava por vir.

– Carlos Daniel... Eu preciso falar com você! - Eu digo a ele.

– O que foi amor meu?

– Ontem quando você saiu para falar com a Elizabeth, comecei a olhar as folhas de pagamentos, das contas bancárias da fábrica. E, observei o grande desvio de verbas da fábrica.

– O que??? - Ele pergunta nervoso, se levanta da mesa e fecha suas mãos furioso. - Como assim, de quanto estamos falando?

– Quase um milhão. - Eu respondo a ele.

Ele bate a mão na mesa, furioso franzi a testa. - Se acalme, vamos dar um jeito nisso Carlos Daniel! - Eu disse a ele.

– Não tem como se acalmar Paulina, entenda. Um milhão! Meu Deus. Estou sendo roubado.