KATE estava ficando irritada com os joguinhos de Cora. Agora a bruxa parecia estar achando divertido apertar seu coração. Chegou a ponto da caminhada, em que Kate teve de encostar-se a uma árvore para poder disfarçar a dor. David e Emma chegaram a perguntar, mas Kate inventou uma desculpa qualquer. Mary já deveria ter imaginado o que era então apenas a olhou com uma expressão preocupada. Killian nem pareceu notar.

Kate estava disposta a ir falar com ele. Contar sobre a história do coração. Pelo menos tiraria um peso das costas. Mas quando estava indo na direção do pirata, outra dor no peito a atingiu e a garota acabou não conseguindo disfarçar, e acabou tendo de sentar-se.

— Kate, está tudo bem? — Emma e David foram até ela, seguidos de Mary, Henry e Killian.

— Sim... Eu só... — Kate olhou para Mary, pedindo inconscientemente por ajuda — Tive uma tontura... Mas não é nada. — A garota forçou um sorriso e começou a se levantar, sendo auxiliada por David.

— Tem certeza? — David pergunta

— Sim... Estou bem. — A garota sorri.

Os dois retribuem e continuam a caminhada.

Assim que todos, exceto Mary, voltam a andar, Kate volta a encostar-se a uma arvore e suspira.

— Por que não contou a ele? Era sua oportunidade.

— Eu estava indo contar... E você viu o que aconteceu. Isso pode ser algum sinal dela de que eu não devo contar. Eu já fiz errado em ter te contado, Mary, não posso arriscar mais.

— Mas, Kate, todos ficamos preocupados...

— Eu sei. E fico muito grata por isso, mas não posso fazer nada enquanto minha irmã estiver nas mãos daquela bruxa.

Mary suspira.

— Está bem.

As duas seguem o caminho, e quando o dia já havia sido substituído pela noite, o desenho enfim parou. Todos se encontraram em frente a um... Pé de Feijão?

Hook e Emma riram com certa ironia que Kate não entendeu. Provavelmente já tiveram alguma história em um desses.

— Um pé de feijão? Minha irmã está em cima de um pé de feijão? — Kate pergunta

— Exatamente. — A voz de Cora confirma.

Mas a bruxa não estava sozinha. Regina estava com ela, porém sua expressão parecia estar diferente. Mais assustadora do que o normal, se é que é possível. E ainda as roupas, Regina estava em seu perfeito figurino de Evil Queen.

— Regina... — Kate pôde ouvir Emma sussurrando.

— Não fiquem tão quietos... Iremos leva-los até a garota. Regina, será que poderia fazer as honras? — Cora pergunta a filha.

Regina faz um movimento com a mão, em seguida todos estavam no topo do pé de feijão.

O ambiente possuía cores claras e uma carência de decoração. A névoa que cobria o chão deixava o lugar com um aspecto mais frio, e as únicas coisas no cômodo eram uma mesa com uma espécie de bandeja tampada e no centro uma jaula.

— Lisa! — Kate exclamou ao ver a irmã presa ali dentro.

— Kate! — A garota, que incialmente estava distraída, pareceu então acordar.

Kate correu até a jaula, mas Regina se pôs a sua frente e em seguida o corpo da garota estava sendo jogado para trás.

Todos estranharam a reação dela, principalmente Emma, mas ninguém se manifestou.

— Regina... — Emma começou — O que está fazendo?

— Agora que Regina está no lugar certo, ela voltará a ser a rainha que esse reino precisa. Minha filha voltará a ser a Evil Queen. — Cora explica.

— Regina, você não é uma pessoa má. Não deixe que isso... — Mary começa, mas é interrompida pela mesma.

— Quieta! — Regina grita.

Cora sorri.

— Não será tão fácil, Branca. Meu plano é trazer a tona todas as trevas que minha filha vem tentando ocultar. E para que isso aconteça, deve ser da maneira que ela começou: Esmagando o coração de um inocente. — Cora aponta para a jaula onde Lisa estava presa.

Kate se desespera.

— Você não pode mata-la!

— É claro que eu posso. — A bruxa da de ombros — Mas quem fará isso será Regina. Agora pra não dizer que sou tão má... Vou te dar uma chance. — Cora vai até a mesa e descobre a bandeja — Há dois corações aqui. O da sua irmã e o seu...

Por um momento, Hook olhou para Kate, mas a garota estava tão nervosa que acabou não percebendo.

— Tiraremos na sorte. — Cora continua — O coração escolhido, será esmagado.

Kate sente lágrimas descendo por seu rosto.

— Deixe-a! Não fui eu que descumpri com trato? Mate-me então!

Cora ri, se divertindo com a situação e pega o coração de Kate.

— Assim não teria tanta graça... — Ela aperta o coração, fazendo a garota cair de joelhos e em seguida o coloca de volta na bandeja. Então, “mistura” os dois corações e estende a bandeja para Regina.

— Escolha o seu favorito.

Regina hesita por um momento.

— Regina... Você não precisa fazer isso... — Mary tenta

— Não ouvidos a ela. Escolha!

Regina olha para os corações na bandeja e pega um.

Internamente Kate implorava para que fosse o dela.

Regina começou a apertá-lo e em seguida foi ouvido um grito vindo de Lisa.

— Não! — Kate grita.

Ela não poderia perder a irmã. Sua única família.

— Isso é pra você guardar pelo resto da vida, garota. Você não foi forte o bastante para salvar a vida de sua irmã.

Regina continuou apertando o coração enquanto Lisa se contorcia de dor dentro da jaula.

E tudo aquilo era culpa de Kate...

EMMA não poderia deixar que isso acontecesse. Não poderia deixar que Regina voltasse a ser a Evil Queen. A morena lutou e sofreu tanto para poder ter final feliz, para conseguir voltar a ser aceita pelo povo, que não era justo que tudo aquilo fosse perdido.

— Regina, nos escute. — A loira começa — Isso não é o que você quer. Não é o que você é.

Regina a olha.

— Você é uma mulher forte, Regina. Não se deixe levar pela tentação. Eu já conheci seus dois lados e sei que você tem um coração bom. — Mary ajuda

— Se não fizer por eles, faça por mim, mãe. — Henry se manifestou pela primeira vez.

Regina pareceu mexida ao ouvir a voz do garoto.

— Teremos poder aqui, meu filho... — Regina diz, mas sua voz já estava falhando.

— Não, não teremos. Isso é uma ilusão. Storybrooke é nosso lugar. Isso aqui é passado. — O garoto insiste

— Você está recomeçando sua vida lá, Regina. Quer mesmo jogar tudo fora? — Mary pergunta.

— Você não tem o direito de opinar! — Cora eleva seu tom de voz — Ela acabou com sua vida primeiro, Regina. Ela fez o seu amor verdadeiro ser morto. Não esqueça o que aconteceu com Daniel...

— Porque você o matou! — Regina grita, voltando a apertar o coração.

— Regina, você pode encontrar o amor verdadeiro em Storybrooke e você sabe disso. — Mary insiste

Por um momento, Regina olha para a Emma e a loira estremece.

— Eu... Não posso fazer isso. — Regina olha para o coração e coloca de volta de volta na bandeja.

Emma sorri e corre até Regina a abraçando.

— Não! — Cora grita e a cena seguinte, foi no mínimo estranha. A imagem da bruxa estava começando a desaparecer. Como uma imagem em um projetor falhando. — E a culpa é sua! — A bruxa estava mais enfurecida do que nunca. Aproveitou a distração de Emma e tirou seu coração.

Todos olharam, sem reação.

— Eu te disse, Regina. O amor é uma fraqueza. Você não quis o meu e agora não terá o de Emma também. — Dito isso, Cora apertou o coração da loira, até que virasse pó.

— Não! — todos gritaram, enquanto o corpo de Emma caía, sem vida, nos braços de Regina.

REGINA olhou uma ultima vez para a imagem de Cora, enquanto ela se dissolvia. A bruxa sussurrou algo que ela não conseguiu entender... Mas aquilo não importava.

Daniel estava morto.

Emma estava morta.

E a culpa era dela.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.