Emily

Capítulo 26 - Algo precisa mudar


Pov’ Emily

Quando Tritão disse aquilo eu meio que entrei em desespero. Ele estava claramente falando de uma traição aos Olimpianos. Eu não poderia compactuar com uma coisas dessas.

— Você está falando de trai-los! Isso é muito grave Tritão!! - Exclamo tentando me afastar dele, mas ele continua me segurando.

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— Primeiramente eu peço que se acalme. - Ele disse e eu lentamente começo a me acalmar. – Isso não é uma traição Emily e sim uma luta pelos nossos direitos. Os 12 Olimpianos não são melhores que nós! Temos direito sim a ter o mesmo nível de respeito e regalias que eles. - Tritão disse me soltando. - Olhe a sua volta, e veja a forma como somos tratados! Eles nos chamam de deuses menores, mas quem disse que eles são maiores que nós! Sempre nos tratam como empregados, sempre apagam nossa importância. - Eu neguei rapidamente com a cabeça.

— Isso não é bem verdade, nem todos são assim... eu - Tritão me interrompe bruscamente.

— O que te faz pensar que isso não é verdade? È só porque eles ainda não te diminuíram? - Ele pergunta zombeteiro. - Vasculhe sua mente, nenhum deles te diminuiu?

Eu fiz o que ele disse e infelizmente as palavras de Zeus e Afrodite me acertam em cheio. Tritão também deve ter notado e cruzou os braços parecendo satisfeito. - È uma questão de tempo até que eles se cansem de você e te tratem exatamente como tratam todos nós. - Tritão diz e eu olho para ele transtornada.

— Meu pai nunca me tratou mal, para ele isso não é importante. - Falo séria.

— Queria Emily irei te contar uma coisa. Antes eu era o maior orgulho de meu pai Poseidon e por anos foi assim, até que ele começou a se deitar com mortais e dar mais valor aquele meio-sangues do que a mim e muitos dos meus outros irmãos por ai. Você realmente acha que com o seu pai isso seria diferente? - Tritão indagou no final. ]

Ele agora conseguiu me fazer refletir sobre tudo e eu estava começando a entrar em desespero só em imaginar a possibilidade de meu pai me amar menos comigo.

— A proposta é que se junte á nós em nossa luta. Se todos ficarmos juntos eu tenho certeza que poderemos convencer os Olimpianos a nós darem mais importância e mais diretos iguais ao deles. - Tritão segura minhas duas mãos. Ele olha no fundo dos meus olhos esperançoso.

— Eu posso pensar um pouco a respeito, antes de tomar minha decisão? - Questiono e ele assente.

— Claro, eu estarei aguardando ansiosamente a sua resposta. – Ele diz e eu sorrio.

Ficamos em silêncio por alguns minutos e foi ai que eu percebi que ainda estávamos de mãos dadas. Eu corei ligeiramente e o mesmo aconteceu com ele que soltou minhas mãos, como se elas tivessem lhe dado um choque.

— Então agora acho que é hora de voltar para casa. – Digo para quebrar a tensão.

(...)

Eu finalmente estava em casa sozinha, depois dessa manhã bem louca. A possibilidade de poder me curar da doença fez meus pensamentos conflitantes sumirem por um tempo. Eu teria as gemas necessárias para me tornar uma deusa por completo, sem precisar mais lutar contra essa doença . Essa maldita doença sempre me fez sentir como o Pinóquio. Na verdade eu era exatamente como ele.

Pinóquio era uma menino de madeira que apenas queria se tornar um menino de verdade. E eu era uma autômato em formato de deusa e queria me tornar uma deusa de verdade e por completo. Sinto que estou sendo egoísta, passando por cima do romance que eu mesma estava formando entre Poseidon e Atena, mas eu quero ser normal e eu lamento ter que fazer isso, mas é necessário.

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Mas, o que Anfitrite não sabe é que sempre encontro uma brecha. E dessa vez não seria diferente. Poseidon e Atena apenas foi adiado, mas esse casal ainda vai acontecer.

(...)

Eu estava sentada na minha mesa terminando de fazer a poção da paixão ardente, quando ouço batidas em minha porta. Estranho. Meu pai estava em sua forja e eu claramente não esperava receber visitas. De qualquer forma espero que não seja Afrodite. Rapidamente faço minhas coisas desaparecerem e atendo a porta. Era aquela víbora da Afrodite mesmo.

— O que você quer? - Perguntei sem me importa em ser rude.

—Vim dizer para não se importa com o barulho. - Afrodite disse e eu olhei para sem entender.

— Eu estou fazendo uma festinha particular com um amigo seu. - Ela explicou e eu arregalei os olhos quando entendi o que ela queria dizer.

— Você não vai fazer isso! - Gritei a assustando. - Você não vai fazer sexo com Ares aqui neste templo! Não vou deixar uma vaca como você desrespeitar nossa casa! - Digo a empurrando para fora do caminho.

Vou até o quarto do meu pai e vejo que Ares estava ali bem a vontade apenas de cueca. Aquela vadia ainda foi fazer isso no quarto do meu pai! Por que ela pelo menos não se dirigiu ao quarto dela.

Se fosse em outra hora eu teria ficado quase mortificada com a visão de Ares seminu, mas minhas raiva e indignação eram tão grandes, que eu pouco me importava.

— Sai da minha casa agora! - Berrei para o mesmo. – Vocês dois não vão desrespeitar mais meu pai! Vocês podiam fazer isso em um motel ou qualquer outro lugar, mas na cama dele! - Digo sentindo as lágrimas transbordarem.

— Pare der ser dramática garota idiota. – Afrodite disse da porta.

— Emily não se mete onde não é chamada. Por que você não vai cuidar de seus assuntos longe daqui. - Ares diz irritado.

— Essa é minha casa! Você não deveria estar aqui! - Eu tento controlar a minha raiva. - Você dois são dois nojentos. Ares eu pensei que você estava mudando e era tudo falso. Está fazendo isso tudo apenas por levar um fora, isso é a cara daquele Ares que eu acho patético. – Falo fria como um gelo.

— Quer saber Emily estou cansado de você e toda essa pose de superior. – Ares diz se levantando. - Eu acho que alguém tem que te por no seu lugar. - Ele rosnou.

— Ela fica com essa pose de sou superior a vocês dois. Tão patética. – Afrodite estava alimentando a ira de Ares.

— E esse alguém seria você, Ares? - Indaguei e zombei em seguida. - Você nem ao menos tem moral para me dizer qualquer coisa. – Ri.

Ares me segura pelo pulso com força. - Eu não vou mais tolerar isso. Emily você percebe que você é a menos importante dessa sala. Eu e Afrodite somos um dos 12, sabe o que isso significa? - Ele me pergunta, mas eu não me dou o trabalho de responder. - Significa que estamos acima de você e você nos deve respeito, por que você é uma deusinha menor que nem ao menos é uma deusa de verdade. - Eu ofeguei surpresa.

Ares me lançou bruscamente no chão. - Você não pode chegar aqui querendo se impor e impedir que nós façamos qualquer coisa, por que você não é ninguém. Então desce desse seu maldito pedestal e cai na real. - Ares se joga na cama.

— Ares tem toda a razão garota. Você parece mais uma coisa que nem deveria existir a propósito. – Afrodite diz me olhando com desprezo.

— Então a menos que queria ver um filme pornô caseiro, eu acho melhor você sair do quarto. - Ares diz e fico incrédula.

Quando Afrodite ameaça tirar o vestido sem se importar com a minha presença eu rapidamente me levantei e saí. Eu não fiquei mais nenhum minuto ali. Sai do templo do meu pai, o meu templo e deixei que aqueles dois fizessem o que quiserem.

E foi nesse exato momento que a verdade me alcançou. As lembranças vieram esmagadoras. Lembrei-me de quando Zeus surtou comigo e me rebaixou. Lembrei de como Hermes me tratou naquela fatídica noite. De como Afrodite sempre me tratou. Eu lembrei das palavrar duras que havia acabado de ouvir. E tudo isso por que eu era uma deusa menor! Uma deusa que não nasceu de maneira convencional!

Eu fui criada e educada para ver e saber qual era a verdadeira beleza das coisas e das pessoas. E aquela situação não era bonita nem um pouco. Agora que eu estava pensando com clareza me lembrei de algumas situações em que vi muitos deuses grandes menosprezando os menores que eles. Não havia beleza nisso. Havia apenas feiura. Apenas maldade e preconceito. Tritão tinha razão alguma coisa precisar mudar.

E foi com isso em mente que eu continuei andando até a fonte de água mais próxima. Mandei uma mensagem de Iris para Tritão.

— Eu tenho sua resposta. - Foi tudo o que eu disse quando ele atendeu.