Emergency

Capítulo 13 - Proteção e Segurança


- Você vai me matar? - Perguntou, temendo a resposta.

- Não, por enquanto não. - Aquele por enquanto fez com que ela tremesse de medo.

- Não?

- Não. Eu vou te levar pra viver comigo.

- Mas eu não quero viver com você!

- Mas você vai. Por bem ou por mal. E aí, o que vai ser Caroline?

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Caroline estava morrendo de medo. Porque dera uma de espiã, afinal? Agora, ela estava ali dentro de um carro, rumando a um destino totalmente desconhecido com um maníaco no volante.

Seu corpo todo tremia tamanho o medo que ela sentia. Ela só pensava que seu fim estava próximo e que não haveria ninguém para salvá-la do seu destino. Morreria jovem e antes mesmo de entrar em uma faculdade, ou até mesmo de namorar algum veterano que cursasse medicina.

Na verdade, ela precisaria sim de um médico quando Klaus se cansasse dela e resolvesse dar um tiro no meio de sua testa. Mas é claro que quando algum médico chegasse ali, já seria tarde demais para fazer alguma coisa.

Oh, cale-se e pare de pensar tão negativo!

- Chegamos. - Disse Klaus, sorrindo de um jeito medonho e parando o carro no mesmo instante.

Amedrontada, Caroline saiu do carro, vendo uma casinha verde que exalava simplicidade bem na sua frente. Percebeu que aquela casa ficava totalmente afastada da civilização e sentiu um frio na espinha.

Uma rajada de vento gelado fez com que a loira se arrepiasse e se encolhesse de frio. O clima não era nada favorável e só fazia com que ela tivesse ainda mais vontade de tremer.

- Venha, Sweet. - Klaus pegou a loira pelo pulso, fazendo com que a mesma o puxasse ferozmente para trás. - Não seja arisca, Sweet senão serei obrigado a tomar sérias providências. - O olhar intimidador que Klaus lançou em direção a Caroline fez com que ela engolisse em seco.

Mesmo relutante, ela deixou que Klaus continuasse segurando seu pulso num aperto firme que com certeza deixaria marcas mais tarde.

Assim que entraram na casa, Caroline percebeu que toda a simplicidade que exalava a entrada da casa não exalava por dentro. O aspecto e a estrutura daquela pequena casa era assustadora.

- Por favor, me deixe ir embora... - Pediu a loira choramingando.

- Já disse que não! Você e eu iremos viver juntos a partir de agora. - Caroline olhou dentro dos olhos verdes daquele bandido e constatou que ele era um doente.

- Porque você está fazendo isso comigo? - Perguntou, sentindo uma enorme vontade de chorar.

- Porque eu quero. Somente por isso. - Deu de ombros.

- Mas eu não quero e você não pode me obrigar! - Chiou ela, aumentando o tom de voz.

- Tem certeza de que eu não posso? - Klaus retirou do paletó uma pistola prateada que apontou para a testa de Caroline. Ela fechou os olhos quando viu a arma e comprimiu os lábios, liberando todas as lágrimas que ela havia prendido. - Eu posso fazer o que eu quiser, Caroline. Sou um dos bandidos mais perigosos daqui. Tem certeza de que quer mesmo arriscar? - Ele encostou o cano da arma na testa de Caroline enquanto a mesma continuava com os olhos bem fechados. Klaus falava todas aquelas palavras com a voz bem baixinha, mas isso não deixava a situação menos aterrorizante.

E é assim que eu vou morrer. Bem do jeito que eu pensei. Será que dá tempo de pelo menos dizer as minhas últimas palavras?

- Abaixa essa arma Klaus... Por... por favor. - Ela pediu, chorando, sem coragem de abrir os olhos e encarar a face fria e tenebrosa daquele que parecia ser um grande assassino. O medo que ela sentia apenas triplicou ao sentir aquela arma pressionada contra a sua cabeça.

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- Prometa que vai se comportar, Sweet. Ninguém precisa se machucar. - Ele pressionou com mais força o cano da arma na testa de Caroline. A arma era fria e só deixava Caroline mais nervosa.

- Eu... - Gaguejou, impossibilitada de falar algo.

- Você só precisa prometer, querida. - A voz áspera soava próximo ao ouvido de Caroline, instigando-a, incentivando-a a falar. Ela não queria dizer nada. A única vontade que ela tinha naquele momento era a de sair correndo. Mas Caroline sabia que não tinha escolha. Ela não queria morrer. Foi exatamente por isso que quando Klaus fez menção de apertar o gatilho, ela se ouviu dizendo:

- Eu prometo!

Elena ainda podia sentir o gosto dos lábios de Damon em sua boca e a textura de suas mãos em sua pele fria. Era algo tão incontrolável para si que ela não conseguia parar de se lembrar do que aconteceu no quarto há algumas horas atrás. Nem dormir ela conseguia.

Por mais que tivessem prometido que aquilo não iria mais se repetir, em algum lugar no fundo de sua alma, ela sabia que aquela não seria a única vez que eles se beijariam. E ela mal podia esperar para repetir a dose.

Era difícil para ela absorver tudo o que havia acontecido desde que foi sequestrada. Nunca se imaginou em uma situação tão complicada como essa. Mas ali estava ela, suspirando por se pegar pensando no que acontecera há algumas horas atrás, naquele mesmo quarto.

- Elena, está acordada? - A voz de Damon a trouxe de volta de seus devaneios.

- Estou sim, porque? - Perguntou sentindo o coração acelerar dentro do peito.

- Quero que se esconda no porão. - Ela se levantou rapidamente quando ele disse para ela se esconder.

- Me esconder? Porque? - Franziu o cenho.

- Tem alguém rondando o cativeiro. - Elena sentiu o medo lhe dominar. Será que teriam que fugir novamente?

- Como sabe disso? - Ele bufou, impaciente.

- Não tenho tempo para ficar explicando. Venha, se esconda logo! - Damon a puxou pela mão, levando-a para o andar de baixo e abrindo uma portinha de madeira, entrando com Elena ali.

- Aonde você vai? - Elena perguntou, aflita, quando Damon fez menção de sair.

- Vou ver quem é que está cercando a casa. Não saia daqui por nada nesse mundo. - A morena queria seguir as instruções de Damon com afinco mas não pôde deixar de sentir medo por ele.

Seja lá quem for que esteja rondando a casa, é alguém perigoso e Elena tinha medo de que algo ruim acontecesse ao Damon simplismente porque tinha muito medo de perdê-lo.

Tudo bem, ele era o seu sequestrador, mas também era a pessoa que havia tocado seus lábios pela primeira vez.

- Damon... tome cuidado, por favor. - Ela pediu, com os olhos marejados. Damon olhou profundamente para Elena, antes de assentir minimamente com a cabeça e se virar, já saindo do quarto.

Elena ficou ali parada por um tempo, sentindo um aperto enorme no peito até que Damon se virou, voltando rapidamente para dentro do porão. Ela o olhou sem entender exatamente o que ele estava fazendo quando ele a puxou pela cintura e depositou um beijo de tirar o fôlego em sua boca.

Sentiram um formigamento estranho quando seus corpos entraram em contato um com o outro. As mãos de Damon passeavam pelas costas de Elena e as dela agarravam os cabelos negros de Damon com uma força descomunal.

Aquele beijo fazia com que eles esquecessem quem eram e até mesmo onde estavam naquele momento. Infelizmente, Damon quebrou o beijo, saindo do porão e fechando a porta, deixando uma Elena ofegante e trêmula para trás.

Ela quase o seguiu, mas decidiu ficar ali dentro esperando com o coração aflito afinal, ela não seria de grande utilidade para ele apesar de saber que depois daquele beijo, ela seria capaz de se jogar na frente de um carro por ele.

Droga, eu estou mesmo apaixonada...

Aquela madrugada fria parecia estar tranquila demais. Não se ouvia nenhum barulho a não ser o das cigarras que cantavam nas árvores e o de algumas corujas que emitiam barulhos de vez em quando.

Mas Damon sabia que o perigo mesmo era aquele no qual ele não conseguia ver. Era o perigo que se esgueirava por trás das árvores e entrava sorrateiro no território.

Ele sabia que havia alguma coisa errada.

Ajeitou a arma no suporte e caminhou cuidadosamente, cortornando a casa tentando fazer o mínimo de barulho possível e encostou-se na parede ao ver um homem parado de costas para ele, tentando arrombar a porta dos fundos.

Damon retirou a arma do suporte e pulou em cima do homem, que caiu no chão dando um urro de dor. O homem tentou se debater depois de ver porque tinha caído, mas Damon não deixou, virando-o de frente e apontando a arma para o seu rosto. O homem arregalou os olhos na hora.

- O que você quer? - Damon foi direto ao ponto.

- Que você nos entregue Elena Gilbert. - Ele teve vontade de trincar os dentes quando ouviu o que o capanga disse.

- E para quê? - Perguntou, tentando controlar a raiva que sentia.

- Para Katherine. Ela quer que você se junte a nós. - Damon deu uma risada totalmente frívola e sem humor.

- Como se eu fosse acreditar naquela vadia! - Disse ele, já se preparando para apertar o gatilho.

- Ela está disposta a te perdoar por tudo o que fez se você se aliar a ela e entregar Elena Gilbert. - Percebendo as intenções de Damon, o capanga tentou enrolá-lo.

- Pois eu não vou! - Esbravejou.

- Então aguente as consequências. - O capanga deu uma cotovelada no rosto de Damon, fazendo com que ele largasse o capanga que se levantou e sacou uma arma.

Damon se levantou mas parou ao ver a arma que estava apontada para si. Num movimento arriscado, Damon deu um golpe no braço do homem que segurava a arma, que deu um disparo com o golpe de Damon antes de cair no chão.

Elena ouviu o disparo dentro do porão e ficou ainda mais aflita com a possibilidade de que Damon pudesse ter sido atingido.

O capanga começou a desferir golpes em Damon, enquanto o mesmo se defendia de todos. Damon deu uma série de chutes na barriga do capanga de Katherine, que se curvou de dor. Tentou pegar sua arma que estava jogada no chão quando ouviu a voz de Elena gritando:

- DAMON!

- ELENA VOLTE PARA O CATIVEIRO! - Ele ordenou, irritado, enquanto via a mesma desesperada em sua frente enquanto o capanga a pegava.

Ela deu um grito assustado ao sentir a arma que estava sendo pressionada em sua cabeça.

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- Largue essa arma, Damon se não eu a mato agora mesmo, bem na sua frente. - Damon sentiu medo ao ver Elena vulnerável rendida por aquele capanga miserável.

- Deixe-a em paz. Deixe Elena em paz! - Ele pediu, sentindo-se desesperado.

- Eu vou levá-la comigo. - O capanga deu um sorriso malicioso e Damon sentiu raiva, muita raiva de toda aquela situação. Ele estava de mãos atadas.

Até que, numa reação totalmente maluca e espontânea, Damon viu Elena dar uma cotovelada na barriga do capanga seguida de uma cabeçada em seu rosto. O capanga urrou de dor mais uma vez e Elena aproveitou para sair correndo.

O capanga fez menção de atirar em Elena enquanto ela corria, mas Damon foi mais rápido e deu um tiro em seu peito. O homem caiu no chão, totalmente ensanguentado. Elena assistiu aquela cena horrorizada e assustada, chorando descontroladamente.

- Vá para o cativeiro. Eu cuido disso. - Sabendo que ela se referia ao corpo do capanga, ela apenas o obedeceu, tremendo da cabeça aos pés.

Algum tempo depois...


Já estava quase amanhecendo, mas Elena não havia pregado os olhos desde o que havia acontecido com o capanga que queria levá-la.

Todas as cenas que se seguiram só conseguiam inundar a sua cabeça de horror.

Damon entrou no cativeiro um pouco sujo e com a aparência cansada. Ele ia bronquear Elena pela sua atitude impulsiva quando a mesma se levantou do sofá e correu para os seus braços, abraçando-o como se fosse a última vez que o faria.

Elena começou a chorar enquanto Damon tentava acalmá-la, fazendo um cafuné gostoso em seus cabelos. Ambos se sentiam aliviados por terem conseguido saírem ilesos de mais um ataque. Principalmente depois do que Elena fizera.

- Nunca mais faça isso, Elena. - Ela assentiu, ainda chorando. - Quando eu mandar você ficar escondida, é para você ficar escondida.

- Me desculpe... eu... eu tive medo! Eu ouvi um disparo e pensei que... eu pensei o pior. - O desespero de Elena era tanto, que ela chegava a soluçar.

- Está tudo bem agora, Elena. Não vou deixar que ninguém lhe faça mal. Está segura comigo. - Assegurou-lhe. Elena sentiu conforto naquelas palavras. Sentiu confiança, pois sabia que era verdade.

Por mais irônica que toda aquela situação representava para ambos, Damon sabia que a protegeria de tudo o que a ameaçasse fazer mal, porque o que sentia por Elena era mais forte do que a sua força de vontade de se manter longe dela.

Elena sabia que a única pessoa que poderia fazer com que se sentisse em segurança novamente era seu próprio sequestrador. E ela gostou daquela sensação e sentiu que poderia fazer qualquer coisa naquele momento para manter os braços dele em volta de seu corpo.