Pov. Rose

Acordei confusa. Onde eu estava? Que horas eram?

Tinha a sensação que minha cabeça ia explodir. Tentei me levantar, mas alguém empurrou meus ombros contra a cama.

–Ei vai com calma filha. –Meu pai sorria para mim.

–Pai? Onde eu tô?

–Você esta no hospital. Depois que o filho do Draco te encontrou, te levou direto para a enfermaria da escola. Se tivessem demorado mais um pouco talvez você nem estivesse mais aqui.

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Ele tinha olheiras escuras e os olhos estavam vermelhos talvez de tanto chorar, parecia que tinha dias que ele não dormia.

–Por quanto tempo eu dormi?

–Você ficou em coma por três meses meu amor.

TRÊS MESES EM COMA?

–Meu Merlin. E a escola? As provas?

Tentei me levantar de novo e tudo rodou.

–Calma Rosie, esta tudo bem, conversei com Minerva e assim que você estiver melhor poderá voltar para a escola e fazer um trabalho de cada matéria pra recuperar as suas notas.

–O que aconteceu com a Helena? E o Lorenzo?

–Helena foi capturada no meio da floresta logo depois de deixar dois aurores desacordados. E Lorenzo infelizmente não resistiu aos ferimentos causados pelos feitiços.

Lorenzo estava morto. Não sabia se eu ficava feliz ou não por isso, afinal ele não sabia o que estava fazendo.

–Não pense tanto amor, você esta segura agora.

–Pai, onde esta o Scorpius?

–Ele foi para casa dormir um pouco. Ficou do seu lado o tempo todo, quase tivemos que seda-lo para levar ele para casa, ficou desesperado quando os médicos disseram que você talvez não fosse acordar.

–Ele ficou? –Um sorriso bobo brotou nos meus lábios.

–O que você tem com esse filhote de doninha albina?

Eu corei.

–Nada.

De repente a porta abriu e todos os meus familiares entraram, o quarto ficou lotado. Mamãe e Hugo vieram correndo e me abraçaram. Depois todos me abraçaram um por um. O médico entrou e me deu uns remédios para dor e pediu que apenas os pais e irmão ficassem, houve reclamações de todos, mas eles assentiram e saíram.

–E ai maninha? Como foi ser salva por uma doninha? Você gostou né? –Hugo brincou comigo me dando cutucadas nas costelas.

–Ah cala a boca!

–Meu amor, ficamos tão preocupados quando Minerva nos contou que você tinha sumido, seu pai chamou todos os aurores disponíveis para procurar você. Seu tio Harry quase teve um treco. E seu irmão organizou grupos de busca pelo castelo.

–Sério Hugo?

–Não me olha assim. Você é minha irmã se você sumisse iriam me culpar por não cuidar de você.

Eu lhe dei um soco no braço. Todos começaram a rir. A porta abriu e Albus colocou a cabeça para dentro.

–Rosie tem “alguém” aqui que veio te ver. –Ele sorriu maliciosamente.
Ele abriu mais a porta e Scorpius entrou surpreso e sem folego. Assim que me viu abriu um sorriso enorme.

–Mãe, pai, Hugo vocês podem me dar um minuto?

–Claro. –Mamãe e Hugo falaram em uníssono.

–Não vou deixar você sozinha com ele. –Pai ralhou.

–Ronald vamos, deixa ela. –Mamãe chamou.

–Mas... –Ele protestou.

–Sem “mas”, AGORA. –Ela olhou ameaçadoramente para ele.

–Tudo bem.

Eles saíram e fecharam a porta. Scorpius sentou na beirada da cama, o cabelo estava bagunçado e tinha uma aparência cansada.

–Como você esta, minha ruiva?

–Dolorida.

Ele riu.

–Você deixou todos preocupados sabia? Até meu pai ajudou na busca.

–Obrigado.

–Pelo que? –Ele ficou confuso.

–Por me salvar. Se não fosse você eu não estaria aqui.

–Eu não suportei a ideia de perder você, Rosie você é minha vida, a melhor coisa que já me aconteceu. Se você morresse eu morreria também, eu jamais poderia viver sem você comigo.

Ele me abraçou, eu encostei minha cabeça em seu peito e chorei. Chorei por ele, por mim, por ser idiota e nunca ter percebido o quanto amava aquele loiro. Ele se afastou, secou as lágrimas. Nossos olhos se encontraram ele aproximou seu rosto do meu e me beijou calorosamente e apaixonadamente.

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Alguns meses depois...

–Anda logo Scar ou vamos nos atrasar.

Scorpius estava saindo do banheiro com uma toalha enrolada na cintura. Ele balançou a cabeça para tirar o excesso de água do cabelo. Ele era tão gostoso.

–Eu nunca vou me acostumar com essa cena.

–Que cena?

–Você saindo do meu banheiro só de toalha.

–Acostume-se isso vai acontecer muito.

–Anda logo Scar eles estão nos esperando na casa da vovó Molly.

–Calma tô quase pronto.

Ele passou a camiseta pela cabeça, e colocou uma jaqueta de couro por cima.

–Pronto vamos.

Descemos até a lareira da sala, e jogamos o Pó de Flu falando “A toca”. Aparecemos na lareira da vovó Molly em meio a várias cinzas.

–Odeio a Rede de Flu, estou doida para aprender a aparatar.

–SCORPIUS, ROSIE. Por que demoraram tanto? –Vovó Molly gritou da cozinha.

–O bonito aqui demorou no banho.

–Seu avô era igual. –Ela nos abraçou de um jeito que me deixou sem ar. –Estão todos lá fora esperando. O almoço esta quase pronto.

Passamos pela cozinha e Tia Gina estava lá.

–Olá crianças. –Ela estava com um avental cheio de farinha.

–Oi tia Gina.

Saímos pela porta dos fundos e todos nos cumprimentaram. Sentamos com meus primos debaixo de uma árvore.

–E aí Redhead. –Isabelle estava deitada na grama com a cabeça no colo de James.

–Oi gente.

Albus estava sentado arás de Loreley com as mãos na cintura dela, e ela estava apoiada no peito dele sorrindo abertamente para mim. Pois é, eu descobri que Lysander terminou com Loreley um mês depois de eu ser atacada só porque ela passava mais tempo comigo no hospital do que com ele. Mas depois eu descobri que era porque ele estava afim de outra. Mas Albus entrou em cena e ajudou Loreley depois de ver ela chorando perto do lago. Eles começaram a namorar há um mês eles são tão fofos, meio água com açúcar, mas fofos.

Victoire estava se agarrando com Ted mais longe do grupo. Era impressionante como o ar não era necessário para eles. Eu já vi eles se agarrarem por três minutos seguidos, bizarro, e nojento. Roxanne estava sentada do lado da namorada dela, Cristine. E Fred II estava fazendo carinho na cabeça de Dominique. Os outros estavam jogando Quadribol no campo improvisado que ficava dentro da floresta.

Ficamos jogando conversa fora até vovó nos chamar, papai foi buscar os outros na floresta. Passaríamos aquela semana n’A Toca, teríamos uma semana para fazer o que quiséssemos sem nossos pais por perto.

Durante a tarde jogamos Quadribol e nadamos e um lago perto do campo. Voltamos para A Toca ao final do dia. Os adultos vieram se despedir de nós.

–Juízo hein. –Mamãe falou dando um olhar significante de Scorpius para mim.

–Se comporta filhote, eu sei onde você mora. E mantenha suas mãos longe da minha filha. - Papai ameaçou.

Jantamos e fomos dormir. O que é claro não aconteceu. A Toca foi aumentada magicamente para comportar mais quartos conforme os netos foram nascendo. Eu, Isabelle, Loreley, Dominique, Roxanne e Cristine ficaríamos em um quarto, e os garotos em outro. Teddy e Victoire ficariam juntos, injustiça, e os mais novos separados, meninas de um lado e meninos do outro.

Ficamos até tarde comendo doces e jogando conversa fora. Vovó e vovô passaram para dar boa noite, e foram dormir. Assim que ouvimos eles roncarem invadimos o quarto dos meninos. Alguns estavam dormindo e jogamos água neles (com copos já que algumas ainda não podiam usar magia), eles levantaram assustados e cuspindo água. Scorpius foi uma das vitimas.

Ele estava todo molhado e a camiseta grudava no corpo e de repente ele resolveu me abraçar. Encharcou meu pijama e tive que ir trocar. Quando entrei no quarto fechei a porta logo depois ele entrou também. Me abraçou pelas costas e beijou meu pescoço logo abaixo da clavícula.

–Você está linda.

Mentira, eu estava com um pijama de flanela velho e toda descabelada.

–Você mente mal.

–Você é linda de qualquer jeito para mim ruiva.

Ficamos assim por um tempo, só abraçados como um casal normal.

–Os pesadelos pararam? –Ele me perguntou.

Eu ainda tinha pesadelos com aquela noite. Já perdi as contas de quantas vezes acordei gritando a noite por causa dos pesadelos. Geralmente Scorpius virava e me abraçava com força sussurrando que tudo ia ficar bem, outras vezes Hugo entrava no meu quarto e sentava na beirada da cama e ficava conversando comigo até eu dormir, uma vez ele pegou no sono e dormiu na poltrona que tem ao lado da minha cama.

–Diminuíram. Antes era toda noite, agora raramente tenho.

Ele me virou de frente para ele. E me beijou, um beijo terno e reconfortante.

–Eu estou aqui ruiva. Nada vai acontecer, eu não vou deixar.

–A última vez que você falou isso eu fui sequestrada. –Brinquei.

Ele ficou sério.

–Rose. –Seu tom de voz era calmo, mas firme. –Me desculpa.

–Pelo que?

–Por não ter percebido quem Helena era realmente.

–Ei, ei. Para. Não foi culpa sua, ninguém poderia saber. Eu estou bem. Nós estamos bem.

Eu me sentei na cama e ele sentou ao meu lado.

–Eu te amo meu loiro.

–Eu também te amo minha ruiva.

Ele me deitou na cama e começou a me beijar, mas fomos interrompidos por meus primos que entraram no quarto.

–Pode parar por aí. –James falou.

–Sai dai, vamos Malfoy. Você quebrou a primeira regra da família: nunca se pegue com uma prima nossa n’A Toca. –Albus sentenciou como se fosse o Ministro da Magia. –Hora da punição.

Eles carregaram Scorpius para fora e deixaram ele de cueca e jogaram baldes de água gelada nele. Eu ri muito quanto Scorpius correu atrás deles. Todos estavam rindo até vovô e vovó apareceram.

Foi uma ótima semana.

Pov. Scorpius

Quando voltei d’A Toca fiquei em casa até a viagem de volta para Hogwarts, papai estava preocupado com o que o Sr. Weasley poderia fazer caso eu ficasse tempo demais perto da ruiva.

Na estação me despedi dos meus pais e procurei James e Albus em um dos vagões. Sentei com eles e Rose foi sentar com as meninas em outro vagão.

**

Os dias passavam tranquilamente no castelo. Estava indo para a biblioteca quando uma garota me puxou para um canto e me beijou. Não era Rose. Era Pamela Brandes. Me afastei bruscamente.

–Qual o seu problema garota?

–Nossa passei as férias querendo isso.

Ela limpou o batom que borrou no canto da boca.

–Você merece uma garota melhor que aquela maluca Weasley.

Eu me enfureci.

–Nunca fale dela. Ela pode ser maluca, mas é minha maluca. E é melhor ela ser meio maluquinha do que uma vadia que nem você.

Virei às costas e sai andando.

Pov. Rose

Eu estava caminhando com Isa quando uma garota loira veio correndo já ofegante na minha direção.

–Rose....eu...Scorpius...Pamela. –Ela se abaixou e colocou as mãos nos joelhos.

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–Ei calma aí, respira fundo e começa de novo. –Isa falou para a menina.

–Eu vi o Scorpius beijando a Pamela.

Ela falou de uma vez, respirando rapidamente.

–Qual Pamela?

–Brandes.

Minha pressão caiu, fiquei tonta, me apoiei na Isa.

–Redhead você ta legal?

–Tô, mas tem uma vadia que vai apanha.

Falando no diabo. Ela vinha na minha direção rebolando e com um sorriso arrogante na cara.

–Eu mato ela. –fechei a mão e fui em direção a ela.

–Rose. –Isa me advertiu.

–Rosie. –Ela falou de um jeito afetado. –Tudo bem fofa?

–Ah cala a boca vadia desgraçada.

Eu levantei a mão e dei um tapa na cara dela.

–Aí!!! Qual o seu problema garota?

–Como você ousa beijar o meu namorado? -O tapa foi forte, pois rachou o lábio dela.

–Eu não o beijei, ele me beijou.

–Não minta.

Levantei a mão mais uma vez, mas alguém segurou meu braço. James e Albus estavam atrás de mim, Albus segurava meu braço.

–Acho melhor você sair daqui garota. –Isa falou entre dentes. Um pequeno grupo se formou a nossa volta. Quando Pamela passou por Isabelle, ela segurou o braço da outra. –E acredito que você vai ficar de bico fechado sobre isso ou vai levar mais do que um tapa.

–Você ta me ameaçando?

–Não, é só um aviso.

Pamela saiu andando e uma garota foi amparar ela, levando ela para o dormitório.

–O que foi isso priminha? –James riu.

–Apenas uma vadia recebendo o que merece por beijar o namorado dos outros.

–Caramba aquilo vai dar um belo vergão. –Albus comentou, e era verdade porque eu começava a sentir minha mão arder por causa da força do tapa.

Um garoto do primeiro ano chegou correndo com um Scorpius esbaforido logo atrás. Ele apontou para mim e falou alguma coisa. Scorpius se aproximou com um olhar preocupado.

–O que aconteceu aqui? –Ele se sentou ao meu lado e me abraçou.

Isa relatou tudo com calma para ele.

–Rosie eu jamais beijaria ela, eu juro.

–Eu sei Scar, Eu bati nela porque ela beijou você. Ninguém beija o namorado de Rose Weasley.

Ele sorriu pra mim e se aproximou. Eu coloquei minha mão entre a gente.

–O que foi?

–Você desinfetou sua boca?

–Sim eu desinfetei.

Todos riram. E eu o beijei, não um beijo normal. Um beijo que podia significar tudo, desde um “eu te amo” até um “bom dia”, um beijo que me transmitia paz e segurança. E eu sabia que nada poderia separar a gente, nada me faria parar de amar aquele loiro.

Tudo estava bem.

NOTAS FINAIS

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