Elements : Apocalypse battles

Capítulo 27 : O laço dos guardiões


Com o fim das batalhas do hospedeiro da luz, que matou seu oponente Koda com um golpe na região do peito, e do hospedeiro do trovão, que, depois de uma árdua batalha contra Kuro, conseguiu trazer a general do gelo, Yummi pro seu lado, agora, as únicas batalhas ainda não resolvidas são as batalhas dos dois irmãos Ryuuma, Kaito e Keima, que continuam suas lutas contra seus oponentes Kizuro e Sora.

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Primeiramente voltando ao terceiro andar, local da batalha entre Wyles e Koda, o homem de cabelos marrons e vestes brancas continuava dormindo embaixo da copa de uma árvore, descansando seu corpo que estava todo machucado, devido a árdua batalha travada. Mas, de repente, o jovem começou a ter alguns espasmos durante o seu sono, cerrando seus punhos e socando uma outra árvore do lado durante o processo. Seu rosto suava frio e se mexia descontroladamente, e o motivo para tudo isso se encontrava em seu subconsciente, onde estava espiritualmente. Ele estava sentado no meio de uma enorme sala retangular, com um vulto o rondando em alta velocidade.

??? – Por que?

Wyles – CALE-SE. – Gritou, tentando desferir um soco no vulto, que sumiu e apareceu em sua frente.

??? – Apenas me diga, Wyles. Por que você não usou meu poder?

Wyles – Ah, vamos lá, Feltar. Eu já te disse que era uma luta pessoal. Você vai ficar me enchendo o saco até quando? – perguntou, bagunçando o cabelo e ficando de pé.

Feltar – Até você usar a droga do meu poder, seu maldito. Estou preso no seu elemento faz décadas, preciso de ação. Não aguento mais ficar correndo em círculos aqui. – Falando isso, o vulto parou de correr e finalmente Wyles pôde observá-lo. Se tratava de um grande leopardo amarelo com pintas negras por todo o seu corpo, contando com olhos verdes, ao qual um, no caso o esquerdo, tinha uma cicatriz que o atravessava, e também possuía uma grande boca, repleta de dentes afiados.

Wyles – Cara, eu te falei e deixei bem claro desde o início durante o treinamento do Servant. Na minha próxima batalha, eu não iria te utilizar.

Feltar – Cara, você é muito chato. Por que não me deixou ajudar?

Wyles – Porque o Koda era um assunto pessoal. Queria resolvê-lo sozinho.

Feltar – Ah, sim, toda aquele rolo lá que ele foi o responsável por matar o próprio pai, levando o seu e o da Azuka junto, certo? Estou ciente. Nesse caso, tudo bem. Dessa vez passa porque a desculpa foi convincente, mas você realmente precisa me libertar alguma hora.

Wyles – Sim, eu acho que esse momento está bem próximo.

Feltar – Então, Wyles, o que me diz de apostarmos uma corrida? Preciso me movimentar.

Wyles – Outra? Já não bastaram todas aquelas que tive que fazer com você durante o treinamento?

Feltar – Ah, vamos lá. Aquelas lá nem contam como corridas. – Ao falar isso, lambeu a própria pata.

Wyles – Haha... boa piada, engraçadinho. Aquele dia em que nos conhecemos foi muito doido. – Falou Wyles, sentando-se no chão e começando a lembrar-se do que havia ocorrido durante o treinamento com Servant.

[


Servant – Você não controla 100% do seu poder ainda, Senhor Wyles. Sua tatuagem ainda não apareceu.

Wyles – E o que eu devo fazer para despertar esse poder? – perguntou, enquanto trocava golpes de espada com Servant, que defendia calmamente.

Servant – Você deve encontrar seu guardião elemental. – Respondeu, fazendo um movimento circular com sua espada, no qual tirou a WhiteCore da mão de Wyles, fazendo-a cair em sua própria mão. – Em uma luta de verdade, o que você faria em uma situação dessas?

Wyles – Guardião elemental, hein? – O médico, ignorando a pergunta do mordomo, apenas sentou-se no chão, pensativo. – Você sabe algum modo para que eu possa encontra-lo?

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Servant – Touché. – Comentou, encostando o sabre de luz no peito de Wyles, para encerrar a luta. – Seu guardião está no seu subconsciente, você precisa encontra-lo por conta própria.

Wyles – Entendi. Vou tentar. – Ao falar isso, cruzou suas pernas e acomodou-se em uma posição de Yoga. – (Vamos, vamos, apareça...) – começou a pensar, torcendo para que algo acontecesse.

Servant – Acessar seu subconsciente não é uma tarefa fácil, Wyles. Você está completamente tenso e desajeitado. Para encontra-lo, você precisa se livrar de toda essa tensão e ficar leve como uma pluma, sem problemas ou pensamentos ruins o assolando. Em resumo, para acessar seu subconsciente, você tem que estar completamente relaxado.

Wyles – Aaaaahhh, que droga, é muito difícil. Como o Kaito conseguiu?

Servant – Ele foi desmaiado. Quando você desmaia, você perde toda a força e tensão que te mantinham de pé, e volta a ficar leve, e assim você consegue chegar ao subconsciente. Mas esse caminho é o mais doloroso, você quer tentar?

Wyles – (Esse ruivinho é meio maluco.) – pensou pra si mesmo. – Não, não quero tentar não. Vou ficar no método que você passou.

Servant – Ok. Vamos lá.

Wyles – (Ah... Ok... vamos lá... relaxe... relaxe, Wyles... Você precisa encontrar esse guardião e ficar mais forte, para enfim vingar seu pai e recuperar a Azuka e os outros...) – Ainda sentado no chão, começou a pensar, com seus olhos fechados, e quanto mais ele pensava, mais uma aura branca ia subindo de seu corpo, o deixando cada vez mais tenso.

Servant – Isso não é bom... – Ao falar isso, bateu a ponta de sua espada duas vezes contra o chão da sala do nulo, e duas mãos gigantes surgiram do solo e prensaram o jovem, colidindo uma contra a outra.

Wyles – AAAHHHH. Por que você fez isso?

Servant – Sua tensão e preocupação está fora dos limites normais. Você anda se estressando demais, Wyles.

Wyles – E o que eu posso fazer? Isso é resultado dessas maluquices que vem ocorrendo.

Servant – Sim, estou completamente ciente, e se você continuasse tentando se acalmar daquela forma, provavelmente só se desgastaria ou geraria uma sobrecarga do seu poder, e você ficaria imóvel por algum tempo. E tempo é algo precioso para nós nessa fase do campeonato. Você não quer desperdiçar com algo tão trivial, certo? Agora, se você realmente quer chegar ao seu subconsciente, suspire fundo, deixe todas as suas preocupações para trás e feche os olhos.

Wyles – Tudo bem, tudo bem, vou tentar. – Respondendo ao conselho de Servant, o médico suspirou fundo e fechou os olhos, relaxando seu corpo ao máximo, e ao fazer isso, ao invés de entrar em seu subconsciente, começou a enxergar uma cena em sua mente, onde ele e Azuka corriam por um campo de flores amarelas, felizes e sem preocupações Wyles vestia um traje, que contava com camiseta, calça e sapatos, todos da cor branca, e Azuka vestia um longo vestido de cor púrpura, que combinava com uma linda flor que tinha em seu cabelo.. – Com essa visão acontecendo, o jovem começou a sorrir no seu lado exterior, enquanto Servant o observava.

Servant - ...Isso não vai acabar bem... – comentou consigo mesmo, no mesmo momento em que materializou uma cadeira atrás de si para sentar-se, colocando sua espada na escora da cadeira. No momento seguinte, uma xícara de chá surgiu do chão, e Servant começou a assistir Wyles, que continuava a sorrir.

De volta à visão de Wyles, ele continuava no campo com Azuka, a levantando pela cintura e a abraçando, enquanto os dois riam, só que de repente, Azuka que estava em seus braços, foi atravessada por uma lâmina e caiu sobre Wyles, morta.

Wyles – AZUKA... – Gritou Wyles, começando a chorar desesperadamente, gritando o nome da garota, que estava em seus braços, sem nenhuma reação. – QUEM FOI O DESGRAÇADO QUE FEZ ISSO?

??? – Foi você mesmo, Wyles. – falou uma voz, vinda amplamente, parecendo que estava em todos os lugares.

Wyles – O QUE? QUEM É VOCÊ?

??? – Suas fraquezas, Wyles. Suas fraquezas fizeram com que sua amada morresse na sua frente. O que você vai fazer quanto à isso?

Wyles – M-minhas fraquezas? Do que você está falando? – Perguntou, ainda abraçando Azuka fortemente em seus braços.

??? – Isso é o que vai acontecer se você continuar fraco, Wyles. TODOS QUE VOCÊ AMAM, VÃO MORRER BEM NA SUA FRENTE. – A voz gritou, e do nada, Wyles não estava segurando Azuka, mas sim Nina, sua mãe, que estava também morta em seus braços.

Wyles – MÃE? MÃE, RESPONDE. – Se desesperando ainda mais, Wyles continuou a chorar, sem saber o que fazer. – O QUE VOCÊ QUER, SEU MALDITO?

??? – Te mostrar o que você ainda é apenas um idiota fracote, que não consegue proteger ninguém. Olhe só pra você, deixou sua mãe e a garota que você gosta serem levadas na sua frente. O quão incapaz você é pra ter deixado isso acontecer? – A voz continuou falando, finalmente começando a tomar forma. Em frente à Wyles, que estava com Nina nos braços, surgiu enfim uma forma humana de luz, que criou uma imagem perfeita de Kuro.

Wyles – KURO? SEU MALDITO, EU VOU TE DESTRUIR.

Kuro(criado) – Como você vai me destruir, se não conseguiu passar nem do meu general mais fraco? Você vai é morrer se me enfrentar.

Wyles – Seu... MALDITOOOOOO. – Em uma grande onda de fúria, Wyles colocou o corpo que segurava no chão e puxou a flauta de seu pescoço, partindo pra cima da imagem de Kuro. – MORRAAAAAAAA

Do nada, quando Wyles se deu conta, ele estava de volta na sala com Servant, que estava desviando a cabeça de um ataque no qual Wyles fez sem nem perceber. Diferente do início da visão, onde Wyles sorria, agora ele estava chorando descontroladamente.

Wyles – Meu Deus... Servant, você está bem? O que eu estou fazendo? – Perguntou para o mordomo, que apenas tomou um gole de seu chá e arrumou seu monóculo.

Servant – Sim, estou completamente bem, Senhor Wyles. – Respondeu, levantando-se da cadeira e colocando a xícara sob a mesma, fazendo as duas se desintegrarem e voltarem ao chão. – Você acabou de passar por um conflito interno.

Wyles – Conflito interno? Como assim?

Servant – Quando muitas emoções e sentimentos estão borbulhando em seu corpo e você tenta entrar em seu subconsciente sem se livrar de todos os seus problemas de uma só vez, existe a chance de um conflito interno acontecer. Nesse conflito interno, tudo o que você acha que é ruim em você é falado por algum outro ser criado pela sua imaginação. Geralmente o indivíduo que passa por isso materializa em sua mente alguém ao qual ele tenha medo, rancor ou ódio. Esse ser que é materializado vai falar tudo o que você guarda pra você mesmo, levando você e sua mente ao extremo. A sua reação provavelmente foi partir para a violência contra essa imagem criada, e isso gerou um impulso elétrico no seu cérebro que fez o seu corpo físico me atacar.

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Wyles – Mas... aquele maldito... matou minha mãe... e a Azuka... eu não podia deixar barato...

Servant – Sim, esse ser interno faz o seu pior medo virar realidade bem diante dos seus olhos, e posso teorizar que você tem um grande medo de perder as duas mulheres que estão mais presentes em suas vidas atualmente.

Wyles – Não fale delas tão rasamente. Uma é minha mãe, e outra é a garota que eu gosto. – falou, sentando-se no chão novamente, um pouco trêmulo.

Servant – Desculpe, não sabia muito bem a forma como chama-las, então optei por esta.

Wyles – Está tudo bem, não esquenta com isso.

Servant – Esquentar? Você está com frio?

Wyles – Não, não é isso... esquece, vai.

Servant – Se assim deseja. – concordou o mordomo, ainda tentando achar algum sentido na frase anterior.

Wyles – Mas esse maldito conflito interno me pegou de surpresa, não soube como reagir... O que devo fazer? Me dê um conselho, Servant.

Servant – Certamente, Senhor Wyles. Vejo que você ainda está trêmulo por causa do seu conflito. – Apontou para a mão de Wyles, que não parava de tremer. – Vejo que você está realmente com medo... Para superar esses medos, só existe um método.

Wyles – E qual seria esse método?

Servant – Fique mais forte. Assim você poderá provar para si mesmo que estava errado sobre não poder proteger ninguém.

Wyles cerrou o punho ao ouvir a frase.

Wyles – Você tem toda a razão, Servant. Eu não vou ficar parado vendo todos que eu amo serem levados debaixo do meu nariz. Eu vou ficar mais forte. E agora, entrar no meu subconsciente é uma questão de honra. – Falando isso, acomodou-se no chão, respirou fundo e relaxou, e do nada, Wyles se encontrou em uma grande sala redonda e escura. – Hã? Onde eu estou? Será que eu finalmente consegui chegar ao meu subconsciente?

Feltar – Sim, é isso mesmo. Você demorou bastante para aparecer, hospedeiro. – Falou o leopardo, aparecendo atrás de Wyles com passos lentos.

Wyles – Hã? Mas o que? – perguntou-se, seguindo a voz, e vendo o grande leopardo atrás de si. – O que está acontecendo aqui? Por que eu estou falando com um gato?

Feltar – Eu sou um leopardo. – falou, aparecendo atrás de Wyles novamente, com suas garras visíveis em seus dedos, ao mesmo tempo que o rosto de Wyles estava com 5 marcas de corte.

Wyles – WAAAAAAHHH. MALDITO – Gritou, se jogando no chão enquanto rolava com a mão no rosto. – Desgraçado, por que você fez isso?

Feltar – Não é só porque você é o hospedeiro da luz que pode fazer gracinhas.

Wyles – Quem é você afinal? Você é o tal de guardião que o Servant pediu para eu encontrar?

Feltar – Sim, eu sou o guardião da luz. Meu nome é Feltar.

Wyles – Você já deve saber, mas me chamo Wyles.

Feltar – Sim, estou ciente. Mas e então? Veio aqui para eu liberar todo o seu poder ou só pra bater papo?

Wyles – Liberar todo o meu poder?

Feltar – Sim, exatamente. Um hospedeiro elementar só consegue utilizar 100% de seu poder se conseguir sua tatuagem, que é a ligação entre os poderes do guardião e do hospedeiro.

Wyles – Entendo. Então, o que eu preciso fazer para ganhar essa tatuagem?

Feltar – Você deve me vencer em uma corrida. Quando alcançar esse feito, você estará pronto para usar 100% do seu poder.

Wyles – Uma corrida? Por que uma corrida?

Feltar – Nós dois representamos a luz. Se você não me vencer, não conseguirá utilizar seu poder com maestria.

Wyles – E se eu não vencer essa corrida?

Feltar – Você vai ficar competindo comigo infinitas vezes, até eu ver que você realmente está preparado para utilizar tudo o que tem direito.

Wyles – Entendi... então, para ganhar o poder, eu preciso ganhar de você, certo?

Feltar – Basicamente. – falou, lambendo a pata.

Wyles – E por que não acabamos logo com isso?

Feltar – Ohoho, não esperava você me desafiar tão rapidamente. – gargalhou, com um tom de surpresa, enquanto voltou seu olhar felino ao garoto.

Wyles – Sim, vou desafiá-lo agora mesmo, afinal de contas eu não tenho muito tempo, preciso ficar mais forte de qualquer jeito.

Feltar – Tudo bem então. Você é quem manda, rapaz. De qualquer forma, vamos às regras da corrida, ok? – perguntou, espreguiçando-se.

Wyles – Espera aí, regras? Não é só correr?

Feltar –Assim seria muito fácil e eu não me divertiria. As regras são o seguinte: Correremos por toda a expansão ao redor dessa sala, e poderemos atacar um ao outro, para atrapalhar o percurso e tirar a concentração.

Wyles – Ei, por que poderemos interromper? Isso não faz sentido. E mais, você conhece essa sala como a palma da sua pata, como quer que eu vença?

Feltar – Não era você que queria ficar mais forte ao vir aqui? Se quer ficar mais forte realmente, vai ter que se adaptar a situações extremas. Se você conseguir me acertar um golpe e terminar em primeiro, eu vou te reconhecer como legítimo hospedeiro da luz.

Wyles – Ok, ok, tudo bem, já entendi. – Resmungou, indo ao local de partida, que havia sido indicado pelo grande felino. – (Droga... ele não está com uma cara agradável... isso não vai ser tão fácil...

Feltar – Vamos logo com isso. Posicione-se. – Ordenou, ficando atrás de uma linha que havia no chão.

Wyles – Certo.

Feltar – Preparar... 3... 2... 1... COMEÇAR. – Gritou, e nesse mesmo instante, Wyles saiu correndo com toda a sua velocidade para completar a volta.

Wyles – (Ótimo... acho que tomei vantagem. Onde ele está? ) – Perguntou-se enquanto corria, olhando para trás no processo, e nisso, viu que o Leopardo estava lambendo sua pata e passando em seu rosto, enquanto coçava algumas pulgas. – (O que? O que esse idiota está fazendo? Ele vai me dar a vitória assim tão fácil?) – Ao pensar isso, Wyles parou na metade do caminho, e gritou: - EI, SEU GATO GIGANTE, O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO?

Feltar, ao ouvir a pergunta, abriu um sorriso e posicionou a pata ao qual se coçava no chão, e em um segundo, passou por Wyles como um feixe de luz, acertando o jovem com uma trombada que o fez girar no ar, até cair de costas no chão, e nisso, o felino terminou a corrida, vencendo-a em um instante.

Feltar – Estava esperando para ver sua reação ao me ver parado enquanto você corria. E a sua reação foi a mais burra possível, você parou para alertar seu oponente. Que tipo de idiota você é?

Wyles – Agh... droga... cale a boca. – Falou, levantando-se, com a mão direita sobre suas costelas.

Feltar – Sério que você se machucou só com aquilo? Você é feito de que? De porcelana?

Wyles – Sabe uma comida que eu amo? – falou, voltando à linha de partida, ainda com a mão nas costelas.

Feltar – Hmm, pizza?

Wyles – Espetinho de gato. – respondeu, se posicionando novamente

Feltar – Wow... Ok, entendi a mensagem. – Respondeu, ficando quieto por um momento, vendo que Wyles estava o olhando enfurecido.

Wyles – Vamos lá de novo, gatinho.

Feltar – Tudo bem... 3... 2... 1... COMEÇAR. – Ao gritar isso, Wyles começou a correr novamente, deixando um rastro branco para trás.

Wyles – (Esse espertinho... vou mostrar pra ele minha velocidade.) – pensou, e como da última vez, olhou para trás para ver como estava Feltar, e viu que ele estava parado na linha de partida. – (Eu não vou cair nesse truque novamente, gato de botas.) – Voltou a pensar, focando em sua volta, aumentando sua velocidade.

No momento em que Wyles estava exatamente na metade do circuito, Feltar finalmente se mexeu, começando a correr extremamente rápido e alcançando Wyles em poucos segundos.

Feltar – E ai. – Falou, dando um chauzinho com a pata direita e cruzando a linha de chegada pouco depois, deixando Wyles perplexo, o que o fez para no meio da pista.

Wyles – (Esse maldito Garfield crescido... ) – Pensou, cerrando o punho. – SEU DESGRAÇADO, COMO VOCÊ É TÃO RÁPIDO?

Feltar – Simples, eu represento a luz. Queria o que?

Wyles – Droga, você me deixou comendo poeira mesmo saindo depois. Isso é incrível...

Feltar – Eu sei. – Concordou, coçando o focinho com a pata direita, com uma feição de deboche.

Wyles – (Todo esse poder do Feltar é alucinante. Preciso terminar esse treinamento o quanto antes.)

Feltar – Não fique parado aí, venha, você ainda não venceu.

Wyles – Certo...

E assim passaram-se 12 horas, com Wyles sofrendo derrota pós derrota de seu guardião, e o garoto se encontrava esgotado.

Wyles – Agh... – Resmungou, no chão, não tendo mais forças para se levantar, enquanto Feltar andava em círculos ao seu redor.

Feltar – Ah, o que é isso, Wyles? Você já cansou? Assim não tem nenhuma graça. – Comentou, sentando-se ao lado do médico.

Wyles – Agh... cale essa sua boca, ou vai ficar sem ração... – mesmo debilitado, Wyles conseguia falar.

Feltar – Suas piadinhas bestas com gatos não tem fim não? – Perguntou, já estando irritado, por Wyles ter feito tal tipo de piada pelas últimas 12 horas. – Ei, por que não me responde, desgraçado? – Perguntou, até olhar novamente para o jovem, e ver que o mesmo estava dormindo profundamente no chão da sala. – Idiota. – Falou, abrindo um sorrisinho no rosto e posicionando a cabeça de Wyles sobre seu pelo, para fazer seu corpo de travesseiro para o hospedeiro repousar. – Também vou tirar um cochilo.

E assim, Wyles abriu os olhos e notou que estava de volta ao campo de treinamento branco, onde Servant o esperava.

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Wyles – Ah não... droga... perdi muito tempo...

Servant – Bom dia, Senhor Wyles. O que houve? Conseguiu encontrar guardião?

Wyles – Sim, eu o encontrei, mas não consegui que ele me cedesse a tatuagem. Ele quer que eu passe num teste onde eu o enfrento, só que o desgraçado é muito bom.

Servant – Entendo. Mas vejo em seu rosto que está bastante preocupado. O que está havendo?

Wyles – Servant, como assim o que está havendo? Eu perdi 12 horas de treinamento com você enquanto estive lá com o Feltar. Meu tempo para treinar está se esvaindo...

Servant – O que? 12 horas? Do que o senhor está falando, Senhor Wyles?

Wyles – Você não tem noção de tempo não?

Servant – Claro que sim, tenho uma perfeita noção do tempo, e aliás, agora são 15:12, e você entrou em transe às 15:00.

Wyles – Espera, o que? Como assim? Isso significa que o tempo passa de modo diferente lá e aqui?

Servant – É o que posso teorizar, pois não há outra explicação lógica.

Wyles – Então, uma hora no meu subconsciente equivale a um minuto no mundo real... interessante...

Servant – E o que o senhor vai fazer agora, senhor Wyles? Vai continuar treinando aqui comigo ou vai voltar a encontrar seu guardião?

Wyles - Quero treinar com você pelos próximos 10 minutos, e vou voltar para o meu subconsciente.

Servant – Como desejar, Senhor Wyles.

E assim foi eito. Wyles ficou 10 minutos trocando golpes com Servant, e quando tempo se esgotou, Servant, que estava colidindo sua espada com o sabre de luz de Wyles, apenas o desarmou rapidamente e chutou seu estômago, fazendo-o se ajoelhar.

Servant – 10 minutos passaram-se, Senhor Wyles.

Wyles – Agh... Ok, obrigado. – respondeu, já sentando-se no chão e entrando novamente em seu subconsciente. – Legal, cheguei.

Feltar – Ah, aí está você. – Falou o leopardo, pulando de cima de uma pedra, parando na frente do jovem. – Onde você se enfiou?

Wyles – Minha consciência voltou pro mundo real, mas já estou de volta. Conseguiu descansar nessas 10 horas que estive fora?

Feltar – Eu dormi por apenas 5. Quando notei que você havia sumido, fiquei te procurando.

Wyles – Que atencioso. Mas e então, vamos continuar?

Feltar – Claro.

[Insira essa música: https://www.youtube.com/watch?v=Xydf351l-gw ]

E assim, continuaram seu treinamento para Wyles conseguir seu poder. Passadas 4 horas, o jovem, cansado, sentou-se no chão, com várias gotas de suor escorrendo por seu rosto.

Wyles – Seu maldito... você é muito bom.

Feltar – Obrigado. Vamos lá, você consegue fazer mais que isso. É só ter paciência que você consegue.

Wyles – Paciência, né? Ok. – concordou, levantando-se e indo novamente para a linha de partida. – (Como eu vou vencer esse desgraçado? Preciso pensar...) – perdido em seus pensamentos, apenas começou a esperar a ordem para começar.

Feltar – 3...

Wyles – (Ele parece estar muito relaxado. Está confiante que vai continuar me vencendo incontáveis vezes até eu desmaiar de novo...) – Começou a perguntar-se, concentrando-se na corrida.

Feltar – 2...

Wyles – (Preciso vencer, e rápido... Mas como? Droga) – Cheio de dúvidas, continuou concentrando-se.

Feltar – 1...

Wyles – (Ei... espera aí... É ISSO.) – Chegando à uma conclusão, Wyles preparou-se e abriu um sorriso no rosto, esperando a próxima frase do felino.

Feltar – COMEÇAR. – Gritou o felino, que já fitou mais à frente na pista para poder encontrar Wyles, sendo em vão. – (O QUE? ONDE ELE ESTÁ?) – Pensou, olhando por toda a quadra e não o encontrando, ficando com o olhar perplexo.

Wyles – O que foi? O gato comeu sua língua? – Perguntou o rapaz, que ainda se encontrava ao lado do felino, sentado no chão.

Feltar – O QUE? VOCÊ JÁ COMPLETOU A VOLTA? – Perguntou, extremamente confuso.

Wyles – Não. Na verdade, eu nem me mexi.

Feltar – O que? Por que? Isso não faz sentido nenhum.

Wyles – Não foi você que disse... – Wyles abriu um sorrisinho – que Era só eu ter paciência que eu ganhava?

Feltar – Hã? Como assim? Como você vai ganhar com paciência? – Perguntou, confuso.

Wyles – Simples... ESPERANDO VOCÊ ABRIR SUA GUARDA. – Wyles, com um rápido movimento, levantou-se e acertou um grande chute surpresa no rosto do felino, que o enterrou na parede, com os olhos revirados e sangrando, e então, Wyles, rapidamente atravessou a quadra e ultrapassou a linha de chegada, reencontrando Feltar já no chão, apoiado em suas patas traseiras. – EU VENCI. – Gritou, erguendo os dois braços para o alto, em formato de comemoração.

Feltar – Seu maldito... – Falou o grande felino, com a pata sobre o focinho. – Você realmente me venceu. – Ignorando a dor do chute, o leopardo abriu um sorriso. – Não imaginei que você fosse utilizar esse meio. Você foi esperto.

Wyles – Obrigado. Pois bem, já que eu te venci, quero minha recompensa.

Feltar – Bom, regras são regras... Nada mais justo. Fique parado. – Saindo da parede e se posicionando na frente de Wyles, Feltar começou a correr e atravessou o corpo de Wyles com um salto, parando mais à frente na sala, onde voltou seu corpo para o jovem, que estava vendo se ainda estava inteiro.

Wyles – Nossa, pensei que ia morrer. Se você me acerta com essa corrida eu iria sair voando.

Feltar – Levante a sua calça até a parte do joelho. – Ordenou

Wyles – O que? Ah, ok. – Concordou, obedecendo e levantando o tecido de sua calça em sua perna direita, e em sua panturrilha se encontrava uma grande tatuagem que representava um grande leopardo dentro de uma figura hexagonal. – Minha tatuagem, MINHA TATUAGEM APARECEU.

Feltar – Bom trabalho, Wyles. Agora você poderá usar todo o seu e o meu poder. Finalmente o hospedeiro da luz pode lutar com tudo.

Wyles – Obrigado, Feltar. – O jovem, emocionado, em um movimento instintivo, ajoelhou-se e abraçou o leopardo, que estranhou tal comportamento.

Feltar – O que está fazendo?

Wyles – Ah, não é nada. Bom, acho que meu treinamento com você acabou, não é? Devo voltar a treinar com o Servant. – Disse, acariciando a cabeça de Feltar, que aparentou gostar do feito.

Feltar – Ok. Até mais, Wyles. Espero sua visita em breve.

Wyles – Não se preocupe, logo eu volto. E ah, uma coisa, antes que eu me esqueça.

Feltar – O que foi, Wyles?

Wyles – O meu próximo oponente... eu quero enfrenta-lo sozinho, ok? Sua ajuda fez minha força crescer consideravelmente, mas receio que, por uma questão pessoal, não poderei utilizar seu poder em tal batalha.

Feltar – O que? Ainda não poderei agir? Droga... Quando voltar aqui, vou te infernizar por isso.

Wyles – Não se preocupe, outras chances virão. Até mais, Feltar. – Ao falar isso, Wyles sumiu aos poucos da sala.

Feltar – Até logo, amigo.

Wyles – SERVAAAANT – Gritou o garoto, acordando agitado, procurando o mordomo, que se encontrava em uma cadeira, lendo um livro. Ao ver que Wyles havia acordado, o mordomo apenas materializou um marca páginas em sua mão e o colocou no livro, guardando o mesmo no bolso.

Servant – Olá, Senhor Wyles. Demorou só 5 minutos desta vez. Tive tempo apenas para ler o primeiro capítulo de meu livro. Mas e então? Conseguiu seu poder?

Wyles – SIIMMM – Gritou, voltando seus braços para trás e expelindo uma grande quantidade de poder pela sala branca, fazendo até a cartola de Servant sair voando por um momento, até ele materializar outra em sua cabeça.

Servant – Então... Podemos começar o treinamento para valer, certo? – Perguntou, pegando sua espada que estava encostada sobre a cadeira e apontando para o garoto.

Wyles – Mas é claro. – Falou, retirando sua flauta do pescoço e revelando seu sabre de luz.

Servant – Então... que se inicie... O TREINAMENTO. – Gritou o mordomo, invocando vários pilares do chão do nulo.

]

Wyles – Aquele treinamento do Servant foi mesmo muito bom. Consegui ficar muito mais forte do que já estava, mesmo com seu poder.

Feltar – Aquele velho não brinca em serviço.

Wyles – Feltar, por que eu estou aqui? O que aconteceu? Eu desmaiei?

Feltar – Não, você apenas dormiu, mas como você acabou relaxando muito, acabou parando aqui. É normal acontecer. Mas não se preocupe, quando acordar, vai estar completamente disposto.

Wyles – Por quanto tempo eu estou aqui?

Feltar – Acordado, umas 5 horas. Mas desmaiado, 25.

Wyles – Entendo. Mas agora não é hora de descansar. Preciso acordar.

Feltar – Entendo. A situação pode não estar muito agradável para você ficar dormindo. Pois bem, vá lá. – Ao falar isso, o leopardo recostou a pata sobre o ombro de Wyles.

Wyles – O que vai fazer?

Feltar – Quando um hospedeiro desmaia em seu subconsciente, ele acorda na vida real. É o oposto daqui. – falou, dando um golpe no ombro de Wyles e o desmaiando. – Vejo você em breve.

Wyles, que dormia, agora um pouco mais calmo, acordou com um espasmo, assustado.

Wyles – Agh... Droga, Feltar. Mas obrigado por me acordar. – Falou, levantando-se, e ao olhar pra cima, viu que havia uma grande luz solar que estava o acertando diretamente através de uma janela. – Espera, como eu estou de pé? – Ao olhar para seu corpo, viu que todos os seus ferimentos haviam sido curados. – Espera... isso significa que eu posso me curar com outras fontes de luz? – Isso é ótimo. – Falou, sorrindo.

Enquanto sorria, ouviu uma grande explosão ocorrendo no andar abaixo de si, o que fez ele ficar sério novamente.

Wyles – Ok, não é hora para ficar feliz com descobertas. Essa explosão... veio do segundo andar... espera... Droga... KAITO. – Ao perceber que seu amigo ruivo poderia estar com sérios problemas, Wyles começou a correr em direção à saída do terceiro andar, para voltar ao segundo, local, onde kaito se encontrava.

Agora, voltando meia hora no tempo e indo diretamente para o primeiro andar, Sora e Keima continuavam lutando bravamente um contra o outro, desferindo vários golpes com suas respectivas espadas. Em um momento durante uma troca de golpes, Keima resolveu atacar por cima com sua doomed resonance, mas Sora estava atento, e com uma cambalhota para trás, desviou do ataque rapidamente, fazendo Keima acertar sua espada no chão. Após isso, Sora correu até o local do garoto de cabelos pretos e desferiu um golpe contra o pescoço de Keima, mas o garoto foi esperto e flexionou os joelhos para baixo, para fazer a espada passar reto no ar, e, por um segundo, Keima conseguiu achar uma abertura na guarda do general do vento, e assim, deu uma potente cabeçada no maxilar do mesmo, que foi desnorteado por um momento. Aproveitando o momento, Keima deu uma rasteira no garoto de cabelos brancos e lançou uma rajada sonora certeira em seu corpo, fazendo-o voar para longe.

Sora – GAAAHHH... – Gritou, com sua boca sangrando. – Maldito, você e suas malditas técnicas monges. – Enquanto falava, cuspiu sangue no chão e limpou a boca em seguida.

Keima – Por que você fala tanto desse tal estilo monge? O que ele tem de tão especial?

Sora – Vejo que você realmente é um tolo não sabe de nada. Vou te explicar. Antigamente, na era que os monges dominavam esse país com seus poderes mágicos e forças extremamente destrutivas, eles tinham um estilo de luta próprio, que foi tachado como o estilo de luta perfeito. Até hoje, não existem registros desse estilo de luta ter sido derrotado por outro, seja ele de onde for. Eu mesmo tentei aprender, porém falhei.

Keima – Se ele é tão bom assim, por que quase ninguém pratica esse estilo hoje em dia?

Sora – Quando os monges foram extintos, eles levaram esse estilo com eles, e hoje em dia são poucos os que conhecem ou conseguem praticá-lo. Os soldados do nosso país tem uma base dessa arte marcial para casos extremos, mas nada muito aprofundado, porque o que se tem hoje são apenas livros e figuras que representam como ela funciona.

Keima – E como você sabe tanto, se ela é uma arte marcial praticamente morta?

Sora – Não sei se você sabe, mas o Kuro residia dentro do corpo de um monge antes de se libertar. Ele contou sobre esse estilo de luta a todos os 4 generais, mas ao que parece, só eu me interessei em pesquisar isso a fundo.

Keima – Residia em um monge? – Perguntou-se Keima, colocando a mão em sua cabeça, a qual tinha começado a doer de repente, e então, uma rápida imagem de uma mão vindo em sua direção passou diante de seus olhos. – O que diabos... está acontecendo aqui?

Sora – O que está resmungando aí, maldito?

Keima – Ah, cale essa boca. – Respondeu, retirando a mão da cabeça e empunhando sua espada.

Sora – Tudo bem, voltemos ao tópico principal aqui. – Falou, sorrindo.

Os dois continuaram se encarando por alguns segundos, e então, ofegantes, voltaram a lutar. Os dois colidiram suas armas com potência, fazendo ondas sonoras e rajadas de vento serem expelidas das armas, e com isso, começaram uma incessante troca de golpes com suas espadas, onde os dois guiavam suas armas com exímia maestria, não deixando nenhum ataque adversário acertar seu corpo. Durante uma investida, Sora conseguiu acertar o rosto de Keima de raspão com a espada, mas, como uma medida automática, Keima mordeu a lâmina de Sora e a retirou da mão dele, a jogando para o outro lado, e com isso aproveitou para desferir um grande corte vertical no peito do general, que foi acertado em cheio, deixando uma listra de sangue em seu corpo. Em seguida, Keima o acertou com a parte cega da espada, o jogando para perto de sua wakizashi.

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Sora – GAAAAAHH – Gritou, caindo de costas no chão, levantando-se com dificuldades, após pegar sua espada. Ao levantar-se, viu que seu sangue estava pingando de seu corpo, e, assim, fez uma brisa leve passar por si, secando assim o sangue, deixando apenas uma gota em sua boca, a qual foi lambida pelo jovem de cabelo branco.

Keima – Que nojo, cara. Quem lambe o próprio sangue?

Sora – Cale a boca. – Prepare-se... LÁ VOU EU. – Gritou, correndo em direção à Keima, começando a lutar novamente. Eles continuavam trocando golpes incessantemente, até que Sora fez uma rajada de vento para baixo, que impulsionou Keima para trás e ele para cima, e com isso, ele começou a girar no ar, gritando: - BROCA TORNADO. – Ao gritar isso, um grande tornado surgiu atrás de seu tronco, o impulsionando para frente girando, e Keima, vendo aquilo, revestiu sua doomed resonance com poder sonoro e colidiu sua espada com a do general, criando um grande impacto e atrito, que jogou Keima para longe, parando apenas quando bateu as costas em uma das pequenas montanhas que haviam naquela sala.

Keima – Miserável... Essa doeu de verdade.

Sora – E ESSA VAI DOER AINDA MAIS. – Gritou, materializando dois tornados em suas mãos – TORNADO REI. – Ao gritar, juntou os dois tornados em um só e lançou o potente ataque de vento giratório na direção de Keima, que rapidamente revidou.

Keima – EXPLOSÃO SONORA – Gritando isso, uma grande rajada de som em formato de arcos foi de encontro com o tornado, gerando uma grande explosão. Em meio à fumaça, Sora surgiu em frente à Keima e acertou sua espada na coxa de Keima, que gritou de dor, mas antes de completar seu grito, Sora fez um tornado com seu pé, que o impulsionou para cima e possibilitou o general desferir um grande chute no rosto do jovem Ryuuma, que saiu realizando várias cambalhotas pela sala, até deitar no chão de fato, com sua perna completamente ferida.

Sora – Isso que eu chamo de um bom golpe.

Keima – GAAAAAAHH. – Gritou de dor, ainda deitado.

Sora – Essa é a sua punição por seus pecados.

Keima – Ngh... Hahaha... foram tantos nessa vida... Por quais exatamente eu estou pagando? – Falou, tentando levantar-se, mas falhando, ficando só de joelhos, por causa de sua perna.

Sora – Desafiar um general, quase tomar um posto de general, espionar o castelo e principalmente arruinar meu traje.

Keima – Essa droga era só um pano velho. Por que você se importa tanto?

Sora – CALE A BOCA – Gritou, chutando o rosto de Keima novamente em um movimento que durou apenas um segundo, e fez Keima perder um dente, que foi cuspido pelo mesmo, em seguida. – Esse pano velho era a última lembrança que eu tinha da minha mãe.

Keima – Sua mãe? – Perguntou, cuspindo sangue e apoiando-se em sua Doomed resonance para enfim ficar de pé.

Sora – Sim. Há alguns anos, meus pais viviam em uma guerra civil entre eles mesmos e comigo, mas isso não te interessa.

Keima – O que aconteceu? Perguntou, rasgando uma parte de cima de sua camiseta para amarrar no ferimento em sua perna. – Pronto, isso deve aguentar por hora.

Sora – O que? Por que se importaria?

Keima – Eu não me importo, mas é sempre bom saber o que motiva o inimigo. Esse seu complexo de inferioridade não veio do nada.

Sora – C-complexo de inferioridade?

Keima – Sim, não venha negar. É implícito em seus olhos seu sentimento de inferioridade.

Sora – Você está dizendo que eu sou inferior a você?

Keima – Não, muito pelo contrário. É você mesmo que acha isso. Desde aquele dia no hospital, onde eu consegui te cortar, você tem me olhado estranho. Agora mesmo nessa luta você quer provar que é mais forte que eu, apenas para não ferir seu orgulho de general. Está usando tudo o que você tem apenas para tentar parar alguém que à sua vista era um mero inseto.

Sora – Ngh... – rangeu os dentes. – CALE A BOCA, VOCÊ NÃO SABE NADA SOBRE MIM.

Keima – A cada palavra que você diz, minha teoria só vai se confirmando.

Sora – JÁ CHEGA. FURACÃO – Gritou, lançando uma rajada de vento superpoderosa para cima de Keima.

Keima – Sabre sônico: CORTE RESONANTE. – Ao gritar isso, Keima revestiu sua espada com energia sônica e cortou o ataque de Sora em dois, o dissipando completamente.

Sora – O que? Eu vou te destruir...

Keima – Pode vir. Estou começando a cansar de lutar contra alguém que só quer provar seu valor pra si mesmo sem nenhum motivo nobre. Vamos acabar com isso. – Keima revestiu sua espada com poder sônico novamente.

Sora – E eu estou cansando de olhar pra essa sua maldita cara de tédio. EU VOU ACABAR COM VOCÊ AGORA MESMO. – Sora, furioso, fez uma grande quantidade de vento sair de seu corpo, levantando seus cabelos e abrindo uma pequena cratera no chão. – Sabre do vento. – sua Wakizashi se revestiu em uma grande camada de vento.

Keima – LÂMINA SONICA.

Sora – LÂMINA CICLONE.

Os dois começaram a correr, um na direção do outro com suas espadas energizadas em mãos, e com um grito simultâneo, os dois cruzaram suas espadas, parando em lados opostos.

Keima e Sora – HAAAAAAAAAAAAA

Os dois continuaram parados por alguns segundos, olhando para baixo, respirando ofegantes, até que de repente, Keima se ajoelhou, apoiando-se em sua espada.

Keima – Gwah... – cuspiu sangue.

Sora – EU... SOU... O VENCEDOOOR – Gritou o general, erguendo sua espada para cima, mas de repente, suas pupilas perderam o brilho e ele caiu de bruços no chão.

Keima – Se sentir inferior... te faz inferior, seu idiota. – Keima, com dificuldades, levantou-se, usando sua espada como apoio. Após isso, começou a se dirigir vagarosamente na direção do general, mancando por causa de sua perna, para retirar seu elemento. – Vamos acabar logo com isso. Preciso ir ajudar os outros. Perdi muito tempo com você, desgraçado.

Enquanto Keima se aproximava em passos lentos, Sora, que estava em estado de delírio, começou a ver seu passado diante dos seus olhos.

[

??? – ASSIM NÓS NÃO CONSEGUIREMOS LUCRO. – Gritou um homem de cabelos marrons e olhos pretos, que aparentava ter por volta dos 40 anos.

??? – VOCÊ SÓ SE IMPORTA COM LUCRO, KAZEHIRO. NÃO SE IMPORTA COMIGO NEM COM SEU PRÓPRIO FILHO, SEU MALDITO MONGE IDIOTA. – Retrucou uma mulher, sua esposa, que possuía cabelos brancos e olhos verdes, aparentando ter cerca de 36 anos, que apontou para a porta do quarto onde os dois se encontravam, mostrando um garoto de 10 anos, Sora, que estava ouvindo atrás da porta, com lágrimas no rosto.

Kazehiro – JÁ CHEGA, ICHIKO. NÃO COLOQUE O SORA NISSO. VOCÊ SEMPRE O USA DE VÍTIMA QUANDO NÃO CONSEGUE O QUE QUER.

Ichiko – Isso é porque... SE EU NÃO FIZER ISSO, VOCÊ NUNCA ME OUVE, SEU IDIOTA. – A mulher, furiosa, deu um tapa no rosto do homem, que apenas olhou com desprezo para a mulher e saiu do quarto, abrindo a porta com fúria e lançando Sora na parede no processo. – SEU MONSTRO, CUIDADO COM O SORA.

Kazehiro - ... – O homem apenas seguiu seu rumo e saiu da casa, que era na verdade um dojô de caratê, com uma placa que dizia “Aokuma” na frente.

Ichiko – SORA. – Gritou a mulher, indo ajudar o garoto, que chorava de dor por ter batido a cabeça. – Sora, meu filho, você está bem?

Sora – Agh... Por que você e o papai estavam brigando dessa vez? – perguntou, tentando limpar suas lágrimas.

Ichiko – A gritaria foi muito alta, querido?

Sora – E-Eu estava na frente de casa treinando alguns golpes e consegui ouvir vocês gritando aqui no segundo andar. – resmungou, com a mão na cabeça. – Acho que a vizinhança toda escutou.

Ichiko – Desculpe, mas seu pai me tira do sério. Ele estava querendo investir tudo o que temos guardado para nossas férias em família nessa droga de dojô. Mas se nós não temos quase nenhum aluno, do que adianta ter um dojô bonito? E ainda pegar nossos investimentos para nosso merecido descanso? Eu não suporto isso. Ele só se importa em lucrar mais e mais, não pensa em como eu e você queremos essas férias, que estão sendo prometidas faz 3 anos.

Sora – Eu não entendo isso muito bem...

Ichiko – Não se preocupe com isso, meu bem. Vai dar tudo certo.

Sora – Onde o papai foi?

Ichiko – Provavelmente foi se embebedar novamente. Quando ele está errado e não admite ele opta por beber.

Sora – Não querendo defender ninguém, mas qual é o problema dele querer expandir o dojo?

Ichiko – Sora, não teria problema algum, se ele usasse outra fonte de dinheiro. O problema é que ele quer usar uma fonte que não é só dele. E esse dinheiro é para a sua tão sonhada viagem naquele dirigível-hotel.

Sora – O BigDrive? Eu sempre quis passar as férias lá.

Ichiko – Sim, eu também, mas seu pai nunca quer tirar férias. Só fica pensando nessa porcaria de dojo e em dinheiro.

Sora – Eu sinto que isso é culpa minha... sinto muito – falou, cabisbaixo.

Ichiko – Nunca mais repita isso, Sora. – Ichiko, instantaneamente, deu um tapa no rosto de Sora. – A culpa não é e nunca foi sua. Você não precisa de desculpar.

Sora – E de quem é então? Se não fosse pelo meu desejo idiota de ir naquele dirigível, você não brigaria com o papai por isso.

Ichiko – Sora... – A mulher suspirou fundo, - Só quero que você saiba que, mesmo que ele te acuse, você não tem culpa de nada, ok? – Abraçando o garoto, a mulher o reconfortou.

Tendo passado algumas horas, Sora estava treinando do lado de fora do dojô alguns de seus golpes, quando ouviu um barulho no portão de sua casa. Ao olhar, viu que seu pai havia retornado, e em sua mão, ele segurava uma garrafa de bebida alcoólica, e não aparentava estar bem.

Kazehiro – Opa... Por que esse portão está aqui? – Falou, esbarrando no portão.

Sora – (Droga... o papai bebeu de novo...) – Pensou, escondendo-se dentro de um arbusto.

Kazehiro – ICHIKOOOOO. – Gritou, escandalosamente.

Ichiko – Kazehiro? KAZEHIRO, SEU IDIOTA? ONDE VOCÊ ESTAVA? – Perguntou a mulher, aparecendo em uma janela da casa, vestindo um avental e com uma faca de cozinha na mão.

Kazehiro – Não interessa onde eu estava. O que temos para o almoço? E cadê o Sora?

Ichiko – Que desprezível. Essa maldita garrafa na sua mão fala tudo o que eu preciso saber. E você quer almoçar? Sério? Você passa o dia todo fora afogando essas suas mágoas idiotas e egoístas em um barzinho de esquina e quer almoçar? Eu estava prestes a começar o jantar.

Kazehiro – Cale essa maldita boca, antes que eu te deixe muda. E você não me respondeu, cadê o Sora?

Ichiko – Eu não sei. Não o vejo faz 2 horas. O que quer com ele?

Kazehiro – Enquanto eu estive no bar, eu pensei em uma coisa... que era óbvia desde sempre.

Ichiko – E o que foi?

Kazehiro – A única coisa que me impede de expandir o dojô... é o Sora e aquele maldito dirigível-hotel idiota que ele tanto quer ir, não é? Quero fazê-lo mudar de ideia, e deixar eu fazer meus negócios.

Ichiko – Maldito, como pode desprezar tanto assim o sonho do seu filho?

Kazehiro – Eu não estou desprezando... só quero que ele espere um pouco para realizar o sonho dele, para eu poder investir em negócios.

Ichiko – JÁ CHEGA DESSA MENTIRA, KAZEHIRO. – Gritou a mulher, saindo da janela, com os olhos cheios de lágrimas e saindo pela porta da frente. – ESSA SUA HISTÓRIA DE AUMENTAR O DOJÔ É UMA MENTIRA.

Kazehiro – DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO, SUA MALDITA? É CLARO QUE NÃO.

Sora – (Droga... eles voltaram a discutir... por quê sempre tem que ser assim?) – Começou a pensar, assistindo a cena, ainda escondido dentro do arbusto.

Ichiko – Ah, por favor né, Kazehiro. Sua família, a Aokuma, é toda de uma linhagem de monges bêbados podres, e você é igualzinho a eles. É OBVIO QUE VOCÊ VAI GASTAR ESSE DINHEIRO EM BEBIDAS. Vocês só existem ainda porque são ricos por causa da sua linha de dojôs famosa por todo o país, se não já haviam todos morrido na sarjeta. Você sabe muito bem que essa história de “expandir o dojo”, não passa de um código para o Sora não descobrir que você quer pegar todo o nosso suado dinheiro para ir beber. Onde minha mãe veio me meter com aquele casamento arranjado... Droga.

Kazehiro – ENTÃO VOCÊ ESTÁ DIZENDO QUE NÃO QUER MAIS ESTAR CASADA COMIGO? E TODOS OS NOSSOS MOMENTOS FELIZES? – Gritou, mexendo os braços e deixando um gole de sua bebida cair.

Ichiko – Sinceramente, a única felicidade que você me trouxe foi o Sora. Se não fosse por ele, eu não conseguiria ter aguentado você por tanto tempo.

Kazehiro – VOCÊ ESTÁ DIZENDO QUE ME ODEIA, SUA MALDITA TORITAKA? – Gritou ainda mais alto, fazendo a mulher tapar os ouvidos, enquanto ele lutava para manter-se de pé. – SE NÃO FOSSE POR MIM, VOCÊ E SUA FAMÍLIA JÁ ESTARIAM EXTINTAS. VOCÊ NÃO PASSA DE UMA PLEBÉIA IMUNDA QUE GANHOU MISERICÓRIDA DE UM NOBRE.

Ichiko – Eu realmente agradeço a você e seus pais por abrigarem minha família depois que perdemos tudo naquele tsunami... mas... dizer que somos PLEBEUS IMUNDOS SÓ PORQUE NÃO TÍNHAMOS MAIS CASA, É A GOTA D’AGUA. VOCÊ PASSOU DOS LIMITES, AOKUMA KAZEHIRO.

Kazehiro – EU NÃO LIGO PRAS SUAS LIÇÕES DE MORAL, CALE ESSA BOCA. Agora, voltando ao assunto principal, já chega. Eu mesmo vou procurar esse moleque. – Ao falar isso, quebrou sua garrafa numa pedra, deixando apenas um pedaço dela em sua mão, formando um objeto pontiagudo.

Ichiko – O-o que você pretende com essa garrafa? – A mulher sentiu um mal pressentimento.

Kazehiro – O que você acha? Ele é o meu único obstáculo para eu conseguir aquele dinheiro.

Sora – (P-papai...?) – Pensou, começando a sentir uma atmosfera pesada pairando o local, ainda escondido no arbusto.

Ichiko – N-não... Você não se rebaixaria tanto por dinheiro... ELE É SEU FILHO. – Gritou a mulher, com uma feição assustada e aflita.

[ Insira essa música: https://www.youtube.com/watch?v=hwzgaHCahi4 ]

Kazehiro – E daí? Agora saia da minha frente, pra eu acha-lo. – Ordenou, começando a andar, quando de repente, Ichiko se colocou em sua frente de braços abertos e cabeça baixa.

Ichiko – Eu não vou deixar você encostar um dedo sequer no Sora, está me ouvindo? – Disse a mulher, olhando para Kazehiro com fúria. – Você está fora de si, Kazehiro. Você está alcoolizado, vá tomar um banho e dormir, agora.

Kazehiro – E quem é você agora? Minha mãe?

Ichiko – Eu juro, Kazehiro... se você der mais um passo, essa faca na minha mão vai ter outra utilidade além de cortar alguns legumes.

Kazehiro – Então você quer lutar comigo, mesmo sabendo que eu sou o mestre desse dojô? Pois que seja então. Antes de encontrar o Sora, eu vou acabar com você, sua vagabunda. – Ao xingar Ichiko, Kazehiro entrou em posição de batalha, onde ficou com a garrafa apontada para a mulher.

Ichiko – Então finalmente nós chegamos nesse ponto... Até que demorou bastante. Não se esqueça que eu fui sua aluna número 1 antes de nos casarmos. – Retrucando Kazehiro, Ichiko posicionou sua faca em sua mão e preparou-se para a luta.

Sora – (Papai... o que diabos você está fazendo? Ele perdeu completamente a sanidade... e eu não consigo nem me mexer... estou paralisado de medo...) – Pensava o garoto, enquanto via aquela discussão tomando outras proporções não muito agradáveis. – (Eles vão lutar... e se matar por minha causa... droga... droga... por que eu sou tão inútil? Por que eu simplesmente não morro de uma vez? Eu... só queria... que tudo acabasse bem... POR QUE EU TENHO QUE PASSAR POR ISSO?) - O garoto, quase surtando, preso em seus pensamentos, foi trazido de volta ao mundo real quando ouviu a faca e a garrafa acertando uma a outra, sinal que seus pais tinham começado a brigar seriamente.

Ichiko – SEU DESGRAÇADO – A mulher gritou, atacando Kazehiro com a faca, enquanto o homem defendia com sua garrafa. Em um desses ataques, Ichiko conseguiu fazer com que Kazehiro recuasse, e como estava bêbado, o homem tropeçou em uma pedra e caiu sentado no chão, atordoado.

Kazehiro – Uma queda não vai me impedir de me livrar do meu obstáculo... – resmungando, o bêbado tentou levantar-se, mas Ichiko lhe acertou um chute no rosto, que o fez ir ao chão definitivamente.

Ichiko – Mãe... eu não quero decepcionar você... mas isso aqui é a única coisa que eu não tolero nessa droga de casamento... – comentou pra si mesmo, ainda com a faca em sua mão, olhando para seu marido deitado de bruços no chão. – Eu vou pegar as nossas economias, achar o Sora e dar o fora daqui, entendeu? E você não vai dar um pio quanto à isso, seu doente mental. Você passou dos limites.

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Sora – (Mãe...) – O garoto, um pouco mais calmo, começou a encher os olhos de lágrimas, vendo tudo aquilo o que ela estava fazendo para lhe proteger.

Quando Ichiko virou de costas para enfim procurar Sora, Kazehiro levantou com um salto e desferiu uma garrafada nas costas de Ichiko, o que a fez cair no chão, sangrando.

Ichiko – WAAAHHH. – A mulher gritou de dor, olhando com fúria para o homem, que a olhava com um olhar maníaco, enquanto sua garrafa pingava sangue.

Kazehiro – Eu vou acabar com você primeiro, se é o que está querendo. – O homem enfim ergueu sua garrafa para desferir outro golpe contra sua esposa, mas nesse mesmo momento em que abriu a guarda, Sora saiu do arbusto com lágrimas nos olhos e desferiu um chute no estômago de Kazehiro, que recuou. – Aghh... moleque maldito...

Sora – VOCÊ NÃO VAI ENCOSTAR MAIS NENHUM DEDO NELA, OK? – Gritou o garoto, de braços abertos na frente de Ichiko, chorando.

[ Pare a música anterior e coloque esta em loop: https://www.youtube.com/watch?v=tV-ndQ8LcrA ]

Kazehiro – Então finalmente resolveu aparecer, moleque. Era você mesmo que eu queria. Eu só ia matar sua mãe e logo iria arás de você, mas parece que você resolveu facilitar meu trabalho. – O bêbado olhava para o garoto com um sorriso cínico no rosto, com sua garrafa na mão.

Ichiko – Sora... Não... faça isso... Ele é um adulto... Ele vai te matar... – Falou a mulher, fraquejando a voz por alguns momentos, como se estivesse prestes a desmaiar.

Sora – Eu não me importo. Não vou deixar ele fazer mais nada contra voc- Enquanto falava, Kazehiro desferiu um chute no rosto do garoto, que foi jogado contra o muro da casa, caindo sentado no chão. – GWAAAH.

Kazehiro – Você realmente acha que pode proteger alguém com esse seu corpo FRACO? E ainda mais contra mim, A PESSOA QUE TE ENSINOU A LUTAR?

Sora – P-pai... – O garoto, ficando de pé, cambaleante, segurando para não chorar de dor, voltou seu olhar pra Kazehiro, que estava vindo em sua direção em passos cambaleantes. – Eu não me importo com o que você diz... Eu vou proteger a mamãe de você, SEU MONSTRO. – Gritou, furioso.

Kazehiro – Como eu disse... – O bêbado parou sua caminhada. – VOCÊ É FRACO. – Ao dizer isso, pegou impulso e desferiu um soco no estômago de Sora, que o levantou do chão e o jogou para cima, fazendo-o cuspir sangue, e quando ia cair, o homem acertou-lhe um potente soco no rosto, que o jogou violentamente contra o muro, fazendo, dessa vez, o garoto cair deitado de bruços, quase inconsciente. – Após todos os golpes, pegou Sora pelo braço e sentou-o contra o muro, agarrando-o pelas bochechas. - Sora, meu garotinho... eu admiro realmente a sua coragem de me enfrentar, mas um lixo como você nunca poderá enfrentar pessoas fortes. VOCÊ É UMA FALHA, MOLEQUE FRACO. – Ouvindo todas aqueles xingamentos, o garoto, que estava atordoado, só conseguiu deixar uma lágrima escorrer por seus olhos.

Sora – P...pai... - Já quase desmaiado, Sora apenas disse tal palavra.

Kazehiro – Agora, seja um bom menino e morra de uma vez, Sora, pois eu quero colocar minhas mãos naquele dinheiro. – O homem, com sua garrafa ensanguentada em mãos, enfim levantou-a para atacar o garoto, e quando finalmente ia acertá-lo, foi surpreendido por um ataque nas costas, que o fez parar no mesmo momento. Quando olhou para trás, viu que Ichiko havia enfiado a faca de cozinha em suas costas, e estava olhando para ele com um sorriso irônico.

Ichiko – Parece que você caiu no seu próprio truque barato, Kazehiro. – Falou, enfiando a faca ainda mais fundo no corpo de Kazehiro, que, com raiva, desferiu um soco na mulher retirou a faca de suas costas, jogando-a no chão, indo na direção de Ichiko mais uma vez. – O que? Por que você não caiu, seu maldito?

Kazehiro – O seu erro foi enfiar essa faca nas minhas costas em um único local. Se tivesse feito exatamente igual a eu fiz antes, você teria me derrubado, mas pelo visto minha aluna número 1 não foi bem ensinada. – Comentou, em tom sarcástico, caminhando na direção de Ichiko, que andava de costas. – NÃO ADIANTA VOCÊ FUGIR, DESGRAÇADA. – Ao gritar, Kazehiro correu rapidamente até a mulher e desferiu um golpe no pescoço de Ichiko com sua garrafa, fazendo a mulher cair de costas no chão, com a mão sobre o ferimento, tentando fazer o sangue estancar. – Você não tem mais salvação, Ichiko. Vai morrer aí no chão agonizando de hemorragia.

Ichiko – S-seu... maldito... agh... – falou, com extrema dificuldade, devido ao ferimento.

Kazehiro – Vou ficar assistindo isso. – Falou, cruzando os braços.

Sora – HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. – Gritou Sora, do outro lado.

Kazehiro – Mas o que? – O garoto, que estava quase desmaiado, acordou novamente, e dessa vez, com a cena de sua mãe ensanguentada no chão. Ao ver isso, ele levantou-se, pegou a faca que o bêbado tinha deixado no chão e começou a correr, empunhando a mesma.

Sora – HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA – Gritou, ignorando todas as suas dores e correndo com todas as energias que lhe restavam.

Kazehiro – VENHA SE JUNTAR À FESTA, SORA. – O homem, com um sorriso maligno, começou a correr na direção do garoto, empunhando sua garrafa. Enquanto os dois se aproximavam, Kazehiro ia preparando a arrafa para atacar o garoto, mas, quando o encontro finalmente ia ocorrer e Kazehiro atacou, Sora deslizou por baixo das pernas do homem, e quando ele virou para atacar o garoto, o mesmo pegou impulso no chão e apunhalou o homem diretamente no coração, usando todas as suas forças restantes para o empurrar até o muro da casa, onde conseguiu atravessar a faca no peito de Kazehiro.

Sora – HAAAAAAAAAAAA. – Após atravessar a faca, Sora finalmente parou de gritar, e com um olhar maligno, olhou para seu pai com desprezo. – Você... não merece viver. – Falando isso, o garoto virou de costas, para ir em direção à sua mãe.

Kazehiro – Ha...hahaha... Você pode ter vencido, Sora..., mas isso não muda o fato QUE VOCÊ NÃO CONSEGUE PROTEGER NINGÚEM. – Falando essas palavras, Kazehiro cuspiu sangue de sua boca e enfim morreu, largando a garrafa que estava em sua mão e escurecendo a vida que havia em seus olhos.

Sora – MÃE – Gritou o garoto, indo de encontro à Ichiko e vendo que ela ainda respirava, com dificuldades. O garoto ajoelhou-se no chão e levantou a mulher, para deixa-la sentada perto de si.

Ichiko – Sora... me desculpe por ter que fazer você se submeter à isso. Me desculpe por falhar em te proteger... no final... você quem fez isso por mim. – Com dificuldades, a mulher abraçou o garoto, que desabou em lágrimas, abraçando-a de volta.

Sora – Mãe...

Ichiko – Agh... – A mulher cuspiu sangue, e já quase sem forças, disse: - Sora, eu sei que não é um bom presente de despedida, mas eu comprei um novo uniforme de karatê para você... Era para eu te entregar apenas quando você crescesse, mas... acho que não vou conseguir ver isso acontecer. Ah, e sobre a promessa de te ensinar sobre o estilo monge quando você virasse adulto, com a ajuda de seu pai, desculpe, não poderei cumprir essa promessa... – Como seu último esforço, ela colocou suas mãos ensanguentadas no rosto de Sora, e carinhosamente disse: Não esqueça... Sora... não importa o que aconteça... eu te amo. – Com isso dito, a mulher deu um beijo na testa de Sora e finalmente caiu no chão, sem vida.

Sora – Mãe... eu também te amo... – O garoto, vendo Ichiko em sua frente, se debruçou sobre o corpo da mulher e chorou por cerca de uma hora, cochichando “Eu também te amo” até dormir. O garoto acordou 2 horas depois, quando ouviu um barulho vindo do céu. Quando olhou, notou que um grande dirigível estava passando acima de sua casa, e com isso, o garoto gritou o mais alto que pôde, com raiva de si mesmo.

[Pare a música]

]

Agora, de volta ao presente, quando Keima estava prestes à chegar em Sora, o jovem começou a emanar uma aura branca assustadoramente forte, e logo em seguida, levantou-se, com um olhar maligno.

Sora – EU NÃO VOU DEIXAR... VOCÊ VENCER, MALDITO MONGE. – Gritando isso, a aura branca se expandiu exponencialmente, devastando a área do Primeiro andar, o que fez Keima recuar, se escondendo atrás de uma pedra.

Keima – Monge? Do que você está falando? – perguntou-se, olhando por trás da pedra.

Sora – EU NÃO VOU FALHAR NOVAMENTEEEEE – Gritando isso, Sora firmou sua espada em sua mão e acertou a si mesmo, na região do ombro, local onde se encontrava sua tatuagem de guardião. Com isso, um grande pilar branco de poder subiu até o teto, cobrindo o general por completo.

Keima – O-o que? P-Por que a presença dele está me fazendo t-tremer? – Perguntou-se, olhando para sua mão, que tremia incessantemente, enquanto olhava para a grande massa de poder que Sora emanava. – Isso não está me cheirando nada bem...

Enquanto isso ocorria no primeiro andar, no segundo, Kaito e Kizuro continuavam sua luta, agora com níveis de poder semelhantes. Os dois cruzavam espadas com grande maestria, porém Kizuro parecia estar mais disposto que Kaito, que havia levado muito dano anteriormente, e já estava debilitado, porém ainda aguentava extremamente bem. Em uma oportunidade, onde Kaito fraquejou por um milésimo de segundo, devido ao cansaço, Kizuro lançou-o contra a parede com um golpe de sua espada, e logo em seguida, correu até o ruivo e desferiu um grande murro em seu estômago, que fez o garoto ser arrastado por vários metros e sair dando várias cambalhotas pela sala, até conseguir transforma-las em estrelas de ginástica, conseguindo parar de pé.

Kaito – O soco desse desgraçado chega a doer na alma... – Comentou consigo mesmo, em voz baixa, enquanto colocava a mão em cima do local do soco.

Kizuro – Desde que seus olhos ganharam essa coloração estranha, nossa luta está mais divertida do que nunca. Por que você não usou isso desde o início? Talvez, se usasse isso enquanto seus amigos ainda estivessem aqui, você talvez tivesse uma chance de me derrotar.

Kaito – Você é todo convencido desse seu poder, não é? – Perguntou, ofegante.

Kizuro – Claro que sou. Se eu não assegurar meu próprio poder, quem vai fazer isso por mim?

Kaito – Agh... – Kaito começou a ver tudo embrulhado, devido a todo o seu cansaço acumulado. – (Droga... eu vou desmaiar logo... Preciso acabar com isso antes que minha energia acabe).

Kizuro – Você não parece nada bem. Por que será né?

Kaito – Cale essa boc- Quando Kaito ia falar, recebeu outro soco de Kizuro, dessa vez no rosto, que fez o ruivo parar sua fala e voltar a virar cambalhotas, até cair deitado no chão. – M-maldito... – contorceu-se, levantando novamente.

Kizuro – Chega dessa conversa mole. Estou aqui para te apagar e te levar pro Kuro.

Kaito – Agh... Por... que?

Kizuro – Por que o que, seu idiota? Levou tantos socos que deixou de raciocinar normalmente?

Kaito – gh... – Kaito ajoelhou-se, devido ao cansaço. – Por que... você o obedece, Kizuro? Você é o único que não tem o parasita, não é? Então... por que você continua do lado dele?

Kizuro – Você não entenderia minha relação com o Kuro. Basicamente, uma regra que eu aprendi durante um período da minha vida é que você sempre segue os mais fortes para ficar mais forte.

Kaito – Então, você só respeita os mais fortes que você, não é? – Perguntou, levantando-se vagarosamente, usando aqueles poucos segundos para retomar sua consciência.

Kizuro – Você entenderá, jovem. Agora, VAMOS VOLTAR AO ESPETÁCULO. – Gritando, o general correu na direção de Kaito novamente, com sua rapieira em mãos.

Kaito – De acordo. – Sorriu, apertando sua espada em sua mão, enquanto seus olhos vermelhos ficavam ainda mais amedrontadores, voltando assim pro combate.

Os dois aproximaram-se e cruzaram suas lâminas, seguido por uma troca de golpes digna de frenesi, pois era quase impossível ver seus movimentos a olho nu. Kaito tentava cortar a armadura de Kizuro com sua DragonBorn, porém todos os seus ataques eram inúteis, pois a armadura do general era mega resistente, e ganhava apenas alguns arranhões com o impacto da lâmina crua do ruivo, e enquanto isso, Kizuro tentava atacar o garoto de todas as formas, mas ele defendia-se com grande habilidade. Em uma etapa já avançada da mesma sequência de golpes, Kaito resolveu mudar um pouco, e quando ameaçou atacar Kizuro com sua espada, ele na verdade a guardou e abaixou-se, e ao mesmo tempo em que a espada de Kizuro passava por cima de sua cabeça, o garoto levantou-se com o impulso de um pulo, revestiu seu punho com uma chama extremamente poderosa, finalmente acertando um gancho de direita no queixo de Kizuro, fazendo o general voar na parede, abrindo um sorrisinho satisfatório no processo.

Kizuro – GWAAAAHH – Gritou, atingindo a parede. Logo depois, notou que seu queixo ainda estava pegando fogo, e com um simples sopro, apagou-o, para mexer no mesmo. – Essa doeu...

Kaito – (Mesmo acertando-o, aposto que o que mais doeu nisso foi a minha mão...) – pensava, quanto olhava para Kizuro de longe, segurando seu pulso com a outra mão.

Kizuro – Você é um garoto interessante, Kaito. VAMOS EXPLORAR ESSES SEUS CONHECIMENTOS DE LUTA. – Executando um grande salto, apareceu em cima do garoto, tentando acertá-lo com sua rapieira, mas, o ruivo, vendo a intenção do general de persegui-lo caso ele desviasse, puxou sua espada e defendeu o golpe, abrindo uma grande cratera no chão, fazendo o homem de cabelos cinzas voltar para o ar por causa do impacto, e assim, Kaito revestiu sua espada e gritou:

Kaito – SABRE FLEMAJANTE: LÂMINA DO DRAGÃO – Gritando isso, Kaito revestiu sua espada com uma poderosa chama que misturava vermelho, laranja e amarelo e pulou na direção de Kizuro, que estava sem controle de si mesmo, desferindo um certeiro corte em seu ombro, destruindo a armadura naquele local, fazendo jorrar sangue do general, que gritou de dor. Sem ter terminado o combo, Kaito virou-se no ar e, ao moldar o restante de sua espada com chamas, cravou-a diretamente no estômago do general, que atingiu o chão com imensa força, e logo em seguida, Kaito caiu em cima de seu adversário com sua espada incandescente, causando uma grande explosão no local.

Logo após a fumaça se dissipar, Kaito notou que Kizuro havia segurado seu último golpe com sua rapieira, que se desintegrou devido ao impacto, junto com uma grande parte da parte da armadura do general que se referia ao seu braço direito, e ao ver isso, Kaito fez chamas aparecerem em suas mãos e acertou o general à queima-roupa com elas, jogando-o para o outro lado da sala com a quantidade de poder exercido, fazendo-o acertar uma pilha de sucata.

Kaito – Agh... Acho que conseguimos causar algum dano, obrigado, DragonBorn. – Falou, olhando para sua espada, que, aos poucos, começou a se desintegrar também. – Eu imaginei que você não fosse aguentar tudo isso não estando com sua potência máxima... Me desculpe, companheira, mas eu assumo daqui. – Terminando sua frase, a espada desintegrou completamente. – Te vejo daqui algumas horas. – Ao se despedir temporariamente de sua arma, o garoto virou para o general, provocando-o. – EI, KIZURO. NÃO FOI VOCÊ QUE DISSE QUE ATAQUES À DISTÂNCIA NÃO FUNCIONAVAM? – Gritou, abrindo um sorriso confiante no rosto.

Kizuro – Esse moleque... agh... – Falou, levantando-se em meio à sucata.

Kaito – VENHA, GENERAL. AINDA TEMOS BASTANTE TEMPO PRA LUTAR. – Gritou o garoto, revestindo seus punhos com chamas e entrando em posição de combate.

Kizuro – Sua persistência me cativa. VOCÊ NÃO VAI VENCER ESTA LUTA, RYUUMA KAITO. POR QUE NÃO DESISTE LOGO?

Kaito – Não vou vencer, é? Por que não diz isso...

Kizuro – O que?

Kaito – PRA ISSO AQUI? – Kaito, com um grande impulso, percorreu toda a sala em um instante e desferiu um soco com todo o seu poder no estômago do general, que levantou-o no ar, e com um movimento rápido, Kaito apoiou sua outra mão no chão e girou seu corpo para conseguir acertar um chute na parte de cima da cabeça do homem de cabelos acinzentados, que foi enterrado no chão.

Kizuro - GAAWWHH – Gemeu de dor, sendo pressionado contra o chão. – Eu não vou... te perdoar. – Apoiando-se em seus braços, o general conseguiu ficar de pé novamente, e quando olhou em volta, notou que Kaito já estava o esperando, em posição de batalha. – O que está acontecendo aqui, seu miserável? Por que estou levando esses golpes patéticos? O que você aprontou? – Perguntou, reconstruindo completamente sua armadura ao redor de seu corpo e cuspindo sangue.

Kaito – Finalmente você notou... mas infelizmente isso não é obra minha. É obra sua.

Kizuro – Minha? Do que você está falando?

Kaito – Depois de tanto tempo, e de tanto esforço... eu finalmente vejo traços de fadiga em você, Kizuro. – Falou, fechando ainda mais sua guarda. – Devido à seu cansaço, você já não está conseguindo defender tão bem como antes, mas isso não pode ser considerado uma vantagem para mim, pois eu estou em um estado bem pior. – comentou, em tom irônico.

Kizuro – Eu? Cansado? Por sua causa? Isso é um absurdo. Nem contra o Kuro eu demonstro cansaço. – Ao falar, arfou não-intencionalmente, enquanto uma gota de suor caiu de seu rosto. – Droga...

Kaito – Sinceramente, eu acho que o que me mantém de pé são todos os sentimentos que borbulham em mim e meu desejo de salvar meus amigos somado com esses olhos vermelhos. – falou, apontando para seus olhos de dragão.

Kizuro – Meu sangue está borbulhando e essa sensação de suor escorrendo pela minha pele é gratificante. Estou me empolgando. – falou, abrindo um sorriso de canto de rosto.

Kaito – Seu vigor é extremamente alto. Para fazer você demonstrar cansaço pela primeira vez, tive que cansar cerca de 10 vezes mais que você, mas finalmente o jogo vai virar.

Kizuro – Sim, você tem razão... vai virar... e vai ser completamente pro meu lado. HAAAAAAAAA – Kizuro, depois de suspirar fundo, começou a correr na direção de Kaito, para iniciar um novo combate, dessa vez corpo-a-corpo.

Os dois encontraram-se e trocaram socos, com seus punhos revestidos por seus respectivos elementos, e logo em seguida, começou-se uma sequência de golpes incrível, que mostrava o quão os dois entendiam de artes marciais. Após o soco, Kaito tentou acertar Kizuro com a outra mão, mas, com isso, o general segurou sua mão e juntou com a outra a qual ele disputava forças com o ruivo, e virou-se, passando Kaito por cima de suas costas e jogando-o com as costas no chão, fazendo-o cuspir sangue. Seguido disso, tentou desferir um soco em seu estômago, mas com uma decisão rápida, Kaito colocou os dois pés na frente do punho para segurar o golpe, e após isso, abriu as pernas para afastar os braços e acertou outra rajada de fogo no homem de cabelos cinzas, que apenas se afastou desta vez. Levantando-se do chão com um impulso em suas pernas, o garoto já correu na direção do general novamente, tentando acertá-lo com outro soco no estômago, mas dessa vez Kizuro segurou o punho de Kaito e acertou uma cotovelada em seu nariz, seguida de uma joelhada no queixo, e quando ele ia terminar com um soco em seu peito, Kaito jogou seu corpo para trás com todas suas forças e fez sua perna direita subir, acertando o queixo de Kizuro, e assim, executando uma estrela e caindo de pé, Kaito afastou-se alguns metros de Kizuro, que apenas voltou seu rosto ao normal.

Kizuro – Seus golpes são formidáveis, ruivo. Onde aprendeu a lutar tão bem?

Kaito – Fui treinado desde cedo... e você? Onde aprendeu seus truques? – perguntou, limpando um pouco de sangue que havia ao lado de sua boca.

Kizuro - ... – Com a pergunta de Kaito, Kizuro começou a lembrar-se de um lugar escuro, parecido com um octógono que era trancafiado igual uma gaiola. – Bom... digamos que eu não aprendi eles por escolha... mas já que eu aprendi, estou utilizando.

Kaito – Entendo. Bom, vamos ver se você vai utilizar corretamente.

Kizuro – Insolente. – O general do aço, abrindo um sorriso no rosto causado pelo comentário de Kaito, voltou a se preparar para o confronto.

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Os dois se encararam por um momento, e ao mesmo tempo, os dois foram na direção um do outro, e se chocaram batendo seus respectivos braços direitos, e assim, uma grande onda de choque se espalhou pela sala, devido ao poder dos dois generais, e seguido à isso, os dois começaram novamente a trocar golpes, começando com Kizuro afastando o braço de Kaito e pegando-o pelo ombro, desferindo uma grande cabeçada no garoto, que teve sua testa marcada com uma ferida, que fez uma lsitra de sangue descer em seu rosto. Em sequência, Kizuro tentou dar um soco no rosto do garoto, mas o mesmo desviou do golpe e aproximou-se juntamente da esquiva, acertando um soco no abdômen do general que, com o impacto, deu dois passos para trás, e assim, reafirmou-se e devolveu o soco que havia acabado de ganhar, acertando Kaito no lado esquerdo de seu rosto, voltando a cabeça do ruivo para baixo, terminando a sequência com um chute desferido com o peito de seu pé, que jogou o ruivo contra uma pilha de aço, a qual ficou deitado por alguns segundos, gemendo de dor.

Kaito – Agh... (Hahaha... e se pensar que, se eu desistisse... eu pararia de sentir toda essa maldita dor...) – Começou a pensar, até que cerrou seu punho, ainda deitado na pilha de aço. – (Não, eu não posso fracassar aqui... Não cheguei tão longe pra desistir.) – Com esse pensamento passando pela sua cabeça, ele virou-se e levantou-se, parando de pé, olhando para seu adversário.

Kizuro – Até quando você quer continuar com isso? Isso está sendo ridículo. Está sendo humilhante ter que bater em cachorro morto. Desista logo, hospedeiro do fogo.

Kaito – Você pode pedir... ordenar... fazer o que for... até eu ver você caído diante dos meus pés, eu não vou cair.

Kizuro – ENTÃO, VAMOS VOLTAR PARA A LUTA, SEU MALDITO. – Gritou, partindo pra cima do garoto, com seu punho já cerrado, pronto para acertar seu adversário.

Kaito – (Eu... estou cambaleante... acho que perdi muito sangue...) – Pensava, distraído, até o momento em que Kizuro acertou-o o soco diretamente na boca do estômago, fazendo o garoto cair de bruços no chão, completamente imóvel.

Kizuro – Perdendo o foco da luta enquanto seu oponente vem em sua direção? Acho que você não é tão formidável assim.

Kaito – C-cale... essa maldita... boca... – O ruivo, já completamente desgastado, lutava contra si mesmo, forçando seus braços para cima para tentar ficar em posição de prancha, para se levantar em seguida.

Kizuro – Isso é humilhante.

Kaito – HAAAAAAAAAA. – Com um grito extremamente desesperado, Kaito lançou uma rajada de fogo contra o chão, que gerou uma pequena explosão que o jogou para trás, e assim ele conseguiu ficar de pé, porém com as pernas trêmulas e cambaleante. – Arf... arf... (Esse é meu limite... se eu cair de novo... não vou mais levantar.) – Arfando, com extremo cansaço, e pensativo sobre sua condição atual, Kaito entrou em posição de batalha novamente.

Kizuro – O quão longe você vai por uma ambição? Isso é surreal.

Kaito – Se for para ajudar meus amigos, até eu estar morto, eu vou continuar me levantando. – Falou, cuspindo um pouco de sangue e equilibrando-se para não cair.

Kizuro – Então você nunca desiste de quem você ama, não é? – Perguntou, lembrando de um sorriso que vinha em sua direção, assim, cerrando o punho. – Nem... se você passasse pelo inferno? – O homem de cabelos acinzentados voltou sua cabeça para baixo, sombreando seu rosto.

Kaito – Do que você está falando, seu maldito?

Kizuro – Eu vou te mostrar que nem sempre a sua vida vai ter finais felizes. – Ao falar tal frase, Kizuro cruzou seus braços em forma de X na frente de seu corpo, e nisso, sua armadura de aço que estava quase completamente destruída por causa dos ataques anteriores, sumiu e voltou a reconstruir-se, voltando ao seu estado original.

Kaito – O-o que? Droga...

Kizuro – Se você demorou para conseguir arranha-la enquanto tinha uma boa condição, imagine agora que está nessa condição deplorável. – O general, com um sorriso no rosto e seus punhos cerrados, começou a andar lentamente na direção de Kaito, que lutava com suas pernas para manter-se de pé.

Kaito – V-você já quer recomeçar a festa? Então, que assim seja. – Mexendo seus membros lentamente, kaito entrou em posição de batalha. – (Venha pra cima, seu desgraçado.)

Kizuro continuou andando lentamente, e de repente, ergueu seu punho direito enquanto se aproximava, e do nada, sumiu como um fantasma e apareceu atrás do garoto ruivo, desferindo um golpe em sua nuca, golpe esse normalmente utilizado para desmaiar o oponente rapidamente. O ruivo, ao sentir aquele impacto, esbranquiçou seu olho por um momento, mas antes de cair no chão, posicionou sua perna direita em frente ao resto de seu corpo, para equilibrar o peso, e assim, seu punho direito se revestiu com uma chama completamente vermelha, e virando seu corpo rapidamente, acertou um grande murro no estômago de Kuro, o empurrando pelo chão com a força de seu punho e jogando o general brutalmente na parede, fazendo-o cuspir sangue pela boca.

Kaito – HAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. – Gritou, ajoelhando-se e ficando de cabeça baixa após o golpe, com sua mão pingando sangue.

Kizuro – C-como? Agh... – O general, com sua mão na barriga, levantou-se, olhando fixamente para o garoto ajoelhado, enquanto, com seu olhar confuso, tentava analisar a situação. – COMO VOCÊ CONSEGUIU UM SOCO TÃO PODEROSO, SEU MALDITO?

Kaito – Eu juntei todo o poder que me resta em um único ponto, ou seja, minha mão, e assim eu consegui te atingir... Hahaha... parece que essa sua armadura aí não é tão nova assim, não é? – Apontou, ainda com a cabeça baixa, mostrando uma grande marca de punho que fazia a armadura de Kizuro ir se rachando cada vez mais.

Kizuro – Seu maldito... Esse soco... eu senti algo nele... além da sua força. Não entendo o que isso é, mas... – Kizuro, ao olhar para sua mão, a viu tremular por um momento. (Mas o que? Isso... Não... eu não posso estar com medo desse pirralho. Mas eu realmente senti algo a mais nesse soco.)

Kaito – Essa é a força do meu desejo. Meu desejo de esfregar sua cara no chão. – Após falar isso, conseguiu levantar-se sem cambalear, estando firme e forte em sua posição. – Venha general, nenhum de nós perdeu ainda. – Com seus olhos vermelhos mais amedrontadores do que nunca, o garoto utilizou sua mão ensanguentada para chamar o general de volta à batalha.

Kizuro – Gosto do seu jeito, garoto. – Cerrando o punho, o general aprontou-se para voltar para a batalha. – Eu gosto, mas essa luta já se estendeu demais.

Kaito – Como assim?

Kizuro – Está na hora... de acabar com isso... de uma vez por todas, Ryuuma Kaito. Prepare-se, pois você será a primeira e última pessoa a ver essa técnica e sair com vida, então sinta-se lisonjeado. Nem mesmo o Kuro sabe sobre isso.

Kaito – O que? Do que você está falando, seu maldito? – kaito, estranhando as palavras do general, deu alguns passos para trás, para observá-lo estando com a guarda alta.

Kizuro –ENGRENAGEM SELADA. – Com o grito dado, uma forte massa de pressão começou a formar-se ao redor do homem de cabelos cinzas, e em seus antebraços duas engrenagens surgiram, fazendo assim tudo se acalmar. – HAHAHAHA.

Kaito – (Engrenagens? Mas o que? O que ele está aprontando? O que o Kuro tem a ver com isso?) – Com todas essas dúvidas pairando sobre sua cabeça, ele olhava cada vez mais atento para Kizuro, esperando ele fazer algo. – (Droga... agora seria a oportunidade perfeita para atacar, mas toda aquela pressão de antes me deixou completamente trêmulo...)

De repente, enquanto Kizuro gargalhava com aquelas duas engrenagens em seus antebraços, as mesmas começaram a girar em alta velocidade, e vários raios esverdeados começaram a correr pelo corpo de Kizuro, fazendo-o gritar de animação.

Kizuro – HAAAAAHHAAAAAAHAHAAAAAA... ISSO, MEU PODER, SE MANIFESTE: ADRENALINE MODE. – Com o terminar do grito, toda a energia dos raios verdes explodiu e Kizuro saiu andando de dentro da fumaça com alguns raios verdes estalando ao seu redor, enquanto as duas engrenagens caíam de seus braços, completamente gastas, e ele ia emanando uma grande presença, a qual paralisou Kaito completamente no lugar, não deixando-o se mexer.

Kaito – M-M-Mas... o que... é isso? Ele... duplicou a força dele. – Vendo todo aquele poder emanando de seu oponente, Kaito, incrédulo, ajoelhou-se, com os olhos completamente amedrontados perante a presença do general. Devido ao medo que sentia, se desligou de todas as outras coisas e seus olhos, que ainda estavam vermelhos, começaram enfim a piscar, até voltarem a ser verdes novamente.

Kizuro – O Kuro treinou a nós, generais, para termos 50% do poder total dele, mas, eu não me contento em ter o mesmo poder daqueles patifes, então, eu fui além, e treinei sozinho durante algum tempo. Não é à toa que eu tenho o título de general mais poderoso, não é mesmo? Esse é o meu resultado final... e pelos meus cálculos, isso se equivale à 75% do poder total do Kuro. Eu estava guardando exclusivamente para enfrenta-lo no mano-a-mano, mas você se mostrou um guerreiro digno de ver todo o meu poder. Então, sinta-se lisonjeado e aprecie esta forma enquanto você pode, Kaito, pois, será a última coisa que você verá durante um longo tempo.

Kaito – S-seu mons- Antes mesmo do ruivo conseguir formular sua frase, Kizuro apareceu em sua frente em um piscar de olhos, desferiu um grande soco com seu punho metálico envolto em raios verdes diretamente no rosto de Kaito, que o jogou na parede em menos de um segundo, fazendo os olhos do garoto esbranquiçarem-se por completo, causando por consequência, o desmaio do garoto, que quando caiu no chão, deixou uma marca perfeita de si 10 centímetros dentro da parede.

Kizuro – Eu avisei que seria a última coisa que você veria dentro de muito tempo. Se você não consegue passar por mim, como quer passar pelo Kuro? Você é patético, Ryuuma Kaito. Agora aceite a derrota e tenha bons sonhos. – Ao falar isso, Kizuro voltou ao normal e sentou-se em um banco metálico que criou. – Meu trabalho acabou, mas quem diria que meu oponenete seria um sujeito tão convicto...

Enquanto isso, Kaito, que estava desmaiado, acordou em uma sala negra, referente ao seu subconsciente.

Kaito – AAAAH. – Gritou, assustado. – KIZUROOOO. Espera, aqui?

Pyronious – Olá novamente, Kaito. – Falou o dragão guardião, soltando uma baforada da fumaça de seu cachimbo no jovem, que começou a tossir.

Kaito – Agh... Pare com isso, idiota. O que eu estou fazendo aqui uma hora dessas?

Pyronious – Chegou a hora, Kaito. É agora ou nunca. Sua vida depende disso.

Kaito – Espera... Você quer dizer...? – o jovem mudou seu tom de voz irritado para um mais sério.

Pyronious – Exato.

Kaito – Mas você me disse para usar apenas em situações extremamente desesperadoras.

Pyronious – Eu acho que descobrir que um oponente que você já estava com dificuldades de vencer tem ainda tem mais poder guardado e quase te mata com um golpe só, é um bom exemplo de situação de desespero.

Kaito – Mas... eu não estou pronto... Eu quase matei o Servant quando tentei, eu não sei me controlar.

Pyronious – Você acha que precisa se controlar contra o Kizuro? Ele esteve lutando quase em modo berserker com você o tempo todo. Ele é o oponente perfeito.

Kaito – Você tem razão, mas... – O ruivo cerrou o punho, olhando para o lado, inseguro.

Pyronious – Kaito, confie em si mesmo. Confie em si mesmo, e em mim.

Kaito – Tudo bem.

Pyronious – Me de sua mão.

Kaito – Lá vai.

Ao encostar em Kaito, Pyronious começou a emanar uma aura avermelhada, que passou para o garoto logo em seguida. Assim, os olhos do garoto voltaram a ficar vermelhos, e então, ele abriu os olhos na sala do segundo andar, levantando-se com extremas dificuldades, ficando de pé com a cabeça voltada para baixo.

Kizuro – Eu não acredito... você realmente levantou? – Perguntou, levantando-se de seu assento. – O quanto você gosta de apanhar, garoto? Você é apenas um fracassado, fique no chão e evite sua morte.

Kaito – Não... – Ao falar isso, vapor começou a sair de todos os ferimentos que haviam em seu corpo, amenizando um pouco suas dores.

Kizuro – O que? Espera, que sensação... é essa? – Perguntou-se, sentindo uma aura estranha no local.

Kaito - ... – Kaito continuou parado, olhando para baixo.

Kizuro – SEU MALDITO FRACASSADO, VOCÊ JÁ CAIU ANTES, VOU FAZER VOCÊ VOLTAR PRO CHÃO. – Furioso com a afronta do garoto, Kizuro cerrou seus punhos.

Kaito – Engano seu, Kizuro... Agh... eu não sou um fracassado por ter caído... Eu seria um fracasso... – no meio de sua frase, Kaito cuspiu sangue. – EU SERIA UM FRACASSADO SE CONTINUASSE NO CHÃO. – Ao falar isso, Kaito voltou seu olhar para Kizuro, mostrando olhos ferozes com tom azul.

KIZURO – Espera, o que? O que são esses olhos? – Perguntou-se, um tanto desconfiado e confuso.

Kaito – São os olhos que vão acabar com a sua raça, seu miserável.

Kizuro –Como é? É incrível... Você continua ladrando sem parar, mas você sabe o que o ditado diz, não é? CÃO QUE LADRA NÃO MORDE. E EU... SOU O TIPO DO QUE MORDE. – Ao falar isso, Kizuro partiu para cima do garoto, mas em um piscar de olhos, sua cabeça estava sendo afundada no chão, enquanto Kaito apenas aparecia do ouro lado da sala. – GWAAAAH. Seu... ADRENALINE MODE. – Gritou rapidamente, fazendo seu corpo se envolver novamente com os relâmpagos verdes, aumentando seu poder.

Kaito – Dois podem jogar este jogo de aumentar os poderes, Kizuro. HAAAAA – Kaito, gritando, fez um ferimento em seu próprio peito, ao qual danificou sua tatuagem, sendo envolto em seguida por um pilar de fogo azul, e, no meio do fogo, gritou: - Ó fera sagrada que controla as chamas, me dê seu poder para enfrentar essa grande ameaça: APAREÇA, GUARDIÃO FLAMEJANTE. – Ao profanar essas palavras, de dentro do fogo azul, foi capaz de se ver a silhueta de um grande dragão, e então, todo o fogo e a imagem se juntaram em Kaito, o envolvendo em um globo de chamas, que, depois de alguns segundos, se expandiu por quase toda a sala. Após isso, Kaito apareceu em meio as chamas, e além de seus olhos ferozes, seu cabelo também havia se tornado azul, e seu corpo possuía várias escamas ao redor do peito e braços, fazendo do ruivo uma espécie de híbrido de humano e dragão.

Kizuro – Esse poder... consegue se comparar com o meu... como isso é possível?

Kaito – Eu vou terminar com esta luta, Kizuro. Afinal, de acordo com você, ela já está durando demais.

Enquanto isso, no primeiro andar, algo parecido acontecia com Sora, que estava envolto em um pilar de poder de cor branca.

Keima – Mas o que está acontecendo aqui? O jovem Ryuuma, confuso, continuava a assistir todo o poder de Sora sendo emanado, enquanto tentava achar uma brecha para se aproximar.

Sora – Ó grande guardião dos ventos e tornados, por favor, me empreste seus poderes para destruir as calamidades que me ameaçam. GUARDIÃO ELEMENTAL. – De dentro da grande massa de poder, Sora recitava quase a mesma frase de Kaito no segundo andar, e então, com uma grande liberação de poder acontecendo na sala, Keima foi arrastado por alguns metros devido ao poder do vento, e nisso, Sora reapareceu levitando nos céus, lançando um olhar mortal para o garoto de cabelos pretos.

[Insira essa música: https://www.youtube.com/watch?v=t3j-JLylgNk ]

Keima – Mas o que? Eu sinto... que o poder dele... droga... estou sendo sufocado por essa tensão... – SEU MALDITO. FEZ TODO ESSE TEATRO APENAS PARA FICAR ME OLHANDO? O QUE VOCÊ TEM A ME MOSTRAR?

Sora - ... – Sem falar nada, Sora apenas revelou um enorme par de asas nascendo de suas costas, ao qual soltou várias penas em seu balançar. Essas asas aparentavam ser poderosas e suas penas eram completamente brancas, dando para o general um tom de anjo maligno. – Sinta... o poder de um anjo.

Keima – A-anjo? M-mas o que? Que droga de técnica é essa?

Sora – Eu não devo respostas a um ser inferior que está perto da morte.

Keima – Perto da morte? Do que você está falan- Enquanto falava, um corte foi feito em seu peito, jorrando sangue, enquanto Sora pousava lentamente atrás de Keima, com a lâmina de sua espada banhada com o líquido vermelho.

Sora – Você entende agora?

Keima – S-seu... desgraçado... Eu... nem vi você me cortar.

Sora – Você falou mais do que devia, meu caro. Ironicamente, sua boca o fará ficar calado para sempre. – Enquanto ameaçava Keima, o general do vento caminhava lentamente até o mesmo, recolhendo suas asas no processo.

Keima – Agh... (Esse corte... foi muito rápido, eu não vi absolutamente nada... Preciso contornar essa situação, antes que ele me mate de verdade.)

Sora – Morra, ser desprezível. – Levantando sua espada, Sora, em um piscar de olhos desferiu vários cortes no corpo de Keima, abrindo várias feridas e derramando sangue, fazendo o hospedeiro do som se ajoelhar.

Keima – (Droga... ele vai mesmo fazer isso... Eu tenho que desviar desse próximo ataque, ou será realmente o meu fim.) – Sem conseguir falar, Keima se desesperava cada vez mais em seus pensamentos.

Sora – ACABOU. – O general, furioso, perfurou o ombro de Keima, só que com a dor sentida, ele conseguiu voltar à sanidade, e então apertou seu punho contra sua espada e uma grande explosão sonora ocorreu, fazendo o homem de cabelos brancos recuar, devido ao barulho incessante. – Agh..., seu maldito.

Vendo que seu golpe havia funcionado, Keima fez várias cambalhotas para se afastar de seu oponente e ficar de frente para ele.

Keima – Você não vai me matar tão facilmente, Sora.

Sora – Então defenda-se pelo menos. – mexendo sua espada, Sora apareceu nas costas de Keima, e um grande corte apareceu em seus ombros, causando grande dor ao hospedeiro, que correu até uma parede para se afastar do general.

Keima – (General maldito... Já chega, não adianta ficar apenas me defendendo.)

Sora – Já vai desistir?

Keima – EM SEUS SONHOS, TALVEZ SIM. EXPLOSÃO SONICA – Ao gritar, apontou seu diapasão na direção do general, lançando um ataque à distância no qual se consistia em uma rajada sonora altamente poderosa, mas que foi defendida facilmente quando Sora colocou sua asa esquerda na frente do ataque, parando-o completamente.

Sora – Você realmente achou que um ataque desse nível iria me acertar? Ridículo...

[ Pare a música ]

Keima – JÁ CHEGA. Essa sua posição debochada está me dando nos nervos.

Sora – Mas olha só, então quer dizer que finalmente entende como é se sentir em nível mais baixo, não é? Pois então, isso é o que eu venho sentindo por toda a minha vida. Toda essa frustração... EU VOU DESCONTAR EM VOCÊ. – Em menos de um segundo, Sora abriu suas asas e alçou vôo, atingindo Keima com suas asas rapidamente, o levando para cima e deixando-o no ar.

Keima – Gah... O que pretende?

Sora – Isso... TORNADO MÚLTIPLO. – Com um simples bater de suas asas, um poderoso tornado formou-se ao redor de Keima, o envolvendo completamente.

Keima – O q- Antes mesmo de conseguir ficar em dúvida, Sora adentrou o tornado e começou a desferir vários ataques por todos os lados no corpo de Keima, que só conseguia reagir com gritos de dor. Após cerca de 2 minutos de golpes consecutivos em velocidades estrondosas, Sora finalmente apareceu no chão com suas asas recolhidas e o tornado se desfez, fazendo Keima cair de seu centro lentamente, completamente machucado e quase inconsciente.

Sora – Viu só, maldito Ryuuma? Isso que acontece quando você desafia um general. – O homem, vendo Keima naquele estado deplorável, simplesmente começou a andar em sua direção, até chegar ao seu lado, e pisar no seu peito, falando: - Como você mesmo disse... Se sentir inferior, te faz inferior. – Terminando seu pequeno discurso, o general simplesmente virou-se de costas, para ir para outro lado da sala, quando de repente ouviu um barulho vindo dos escombros onde Keima havia caído, e atrás de si, o homem de cabelos pretos estava de pé, apoiando-se em sua espada para não cair. – Você ainda ousa me desafiar?

Keima – Primeiramente...

Sora – Hã?

Keima – Quem disse... QUE EU SOU INFERIOR A VOCÊ? – Com sua espada em mãos, Keima levantou-a e então, as vibrações sonoras que sua espada emanou voltaram para ele de uma vez só, sendo atingido por todas as ondas de uma única vez, causando uma explosão sônica que Sora defendeu posicionando suas asas em frente à seu corpo. Após isso, o corpo de Keima começou a emanar uma aura ainda mais poderosa do que antes.

Sora – O que está fazendo? Terminando de se matar?

Keima – Eu te disse, não é? Que eu estava usando 100% do meu poder naquela hora? Pois bem... eu não sei se eu te contei, mas eu tenho uma habilidade... bem interessante.

Sora – Habilidade? Do que se trata?

Keima – Eu posso comprimir todos os tipos de sons, por mínimos que sejam, dentro da minha espada, e isso me concede um aumento considerável de poder... Eu chamo essa habilidade de “Caçador sonoro”. ENTÃO... ESSE É O MEU VERDADEIRO 100%, SORA.

Sora – Isso não mudará em nada o resultado da nossa luta, monge. Você deveria ter me derrotado enquanto era mais forte do que eu.

Keima – Por que você fica me chamando de monge, seu idiota? Eu não sou um monge. E você mesmo disse que a linhagem dos monges foi extinta. Como eu seria um monge?

Sora – Sim, você tem razão... afinal, eu não deixei nenhum vivo.

Keima – Espera... O que?

Sora – Sim, eu matei aquela maldita linhagem dos Aokumas por completo.

Keima – Então... aquela chacina em massa que ocorreu há 1 mês atrás, onde os investigadores não acharam nada além de uma pena branca na cena do crime, é obra sua?

Sora – Sim. E eles não eram monges de verdade. Apenas um homem que se casou com a filha deles há muito tempo atrás foi um monge, e então, eles resolveram pegar essa nomenclatura para si mesmos. Os monges reais estão extintos há mais de 60 anos.

Keima – Bem, sim, isso é de conhecimento geral. Mas... – Quando ia mencionar que Koji ainda existia, ele resolveu mudar de assunto – Por que você matou toda aquela família? O que eles fizeram para você?

Sora – Por acaso... você já ficou 10 anos da sua vida preso em uma camisa de força, por ser considerado um maníaco, mesmo tendo 10 anos de idade, sendo acusado de matar seus pais? Pois então... EU SIM. Aquela maldita família, por culpa de todos eles, eu perdi a pessoa mais preciosa da minha vida. Eles mereceram a morte.

Keima – E QUEM É VOCÊ PARA DECIDIR QUE ALGUÉM MERECE A MORTE OU NÃO? VOCÊ É UM DEUS POR ACASO? Eu também tive problemas com meu pai, mas eu não o matei. Isso nunca passou pela minha cabeça, porque mesmo com aquele tratamento, eu ainda o amava... – Keima cerrou o punho.

Sora – Não sou um Deus, mas eu chego bem perto, afinal SOU COMO UM SUBORDINADO DELE, UM BELÍSSIMO ANJO. – Gritou, expandindo suas asas e fazendo algumas de suas penas voarem. – Essas asas me deram a liberdade que eu precisava. A liberdade de um pássaro voando pelos céus...

Keima – Ok, chega dessa conversa. Eu vou acabar com você, Sora. E dessa vez, você não vai levantar.

Sora – Hahaha... que bonitinho, você acha realmente que vai vencer. Então, vamos colocar essas suas palavras à prova.

Keima – Estive esperando por esse momento.

Os dois se encararam, fixos e após entrarem em posição de batalha, Sora voou na direção de Keima em extrema velocidade com sua espada pronta para acerta-lo, e quando tentou atacar, para sua surpresa, Keima havia segurado o ataque utilizando sua espada, mas com o poder dos dois impactos contrários, criou-se uma grande cratera no chão do local, que fez o general recuar, enquanto o jovem de cabelos pretos caiu para dentro da cratera. Após conseguir cair de pé dentro do grande buraco, com apenas um salto o hospedeiro do som saiu de lá facilmente e olhou para cima, onde Sora sobrevoava.

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Sora – Eu não sei como você conseguiu se defender, seu maldito, mas agora, você não tem escapatória – Ao falar isso, Sora abriu suas asas completamente no alto, e assim, gritou: - TEMPESTADE DE PENAS. – Com isso, todas as penas das asas Do general foram em direção de Keima, que tentou revidar lançando uma rajada de som, mas foi completamente bombardeado por aquela metralhadora de penas que vinha do alto, ficando em meio a uma poça de sangue e cheio de penas cravadas em seu corpo, com os olhos trêmulos.

Keima – M-mesmo utilizando minha técnica... e-eu não consigo me opor completamente a esse desgraçado... Agh... eu preciso de mais poder... – Concluindo seu monólogo, Keima se ajoelhou na poça de seu próprio sangue e antes de cair completamente, colocou seus braços para apoiar-se. Enquanto olhava para seu reflexo em seu sangue, conseguiu ouvir o pousar do general, fazendo uma feição de medo. Os passos aproximavam-se lentamente, e, sem conseguir levantar sua cabeça, Keima simplesmente tremia, sem conseguir nem ao menos fugir.

Sora – Chegou seu fim, Keima. Realmente, tenho que dizer que essa foi uma ótima batalha, mas, o resultado sempre foi claro. – Com sua wakizashi em mãos, o general simplesmente desferiu um golpe nas costelas do jovem, que caiu para o lado, gemendo de dor. – Minhas ordens não deixam eu te matar, e esse é o único motivo pelo qual eu vou te deixar vivo. Mas o Kuro não disse que você precisava ficar consciente. – Com isto dito, o general pegou Keima pela camisa e chutou seu estômago com toda a sua força, jogando-o brutalmente contra a entrada do castelo, onde o mesmo ficou, aparentemente desacordado. - Essa luta chegou ao- O que? – Quando ia terminar sua frase, viu que seu adversário estava tentando levantar-se com todas as suas forças, mesmo sem sucesso.

Keima – Eu... preciso... levantar... – Gemendo e travando a cada palavra, Keima tentava desesperadamente ficar de pé.

Sora – MAS QUE DROGA, FIQUE NO CHÃO, SEU DESGRAÇADO. POR QUE VOCÊ NÃO DESISTE? VOCÊ JÁ PERDEU.

[Insira essa música: https://www.youtube.com/watch?v=JQ0lE7e3yfk ]

Keima – Porque... vocês estão... com o meu bem mais precioso... – Enquanto falava, a imagem de Zoey com Sayuri em seu colo e Keima ao lado das duas passava por sua mente... – Eu vou... RECUPERAR MINHA FAMÍLIA. – Com um grande grito, Keima finalmente pôs-se de pé, e quando voltou a olhar para seu reflexo, viu que a esclera de seus olhos estava em uma cor negra, e sua íris havia se tornado marrom, assim como seus sentidos estavam completamente aguçados. – Hã? O que houve?

Sora – Parece que o seu guardião quer se juntar à festa. E sua família? Bom, se quiser ela de volta, você vai ter que passar por mim.

Keima – Espera, isso é semelhante ao que aconteceu com o Kaito na floresta dos esquecidos... – Lembrou-se dos olhos vermelhos de Kaito por um momento. – Então era isso... Bathon? Você está me ajudando? Valeu, cara, chegou em boa hora. – Após agradecer, sua tatuagem de morcego piscou em um tom azul por um momento, simbolizando entendimento. – Ok, vamos lá. Hora de acabar com essa luta. – Falou, convicto.

Sora – Você está se achando demais.

Keima – Então vamos colocar isso à prova, Sora.

Sora, caindo na provocação, partiu para cima de Keima, e então, os dois começaram a lutar novamente. A troca de golpes começou com o general tentando acertar um golpe de espada em Keima, que se defendeu, agora com facilidade, fazendo, com impacto, várias pedras voarem, e após isso, ele afastou o homem de cabelos brancos para longe e finalmente atacou, só que Sora, com grande precisão, colocou suas asas na frente da investida do jovem, anulando-a. Sora então voou e tentou um mergulho, atacando de cima, mas isso também foi em vão, pois Keima conseguiu pular por cima do general e chutou suas costas com a sola dos dois pés, e assim, Sora beijou o chão violentamente pela primeira vez depois de algum tempo. Cerca de 10 segundos depois, ele levantou-se, cheio de arranhões na parte frontal de seu corpo, e com um olhar furioso, correu na direção do jovem Ryuuma novamente, começando novamente uma troca de golpes. Ele atacou com sua Wakizashi, só que Keima defendeu-se facilmente, e com um movimento rápido, aproveitou para girar sua espada e acertar o ombro do general, que utilizou suas asas para contra-atacar e acertar o rosto de Keima, abrindo um pequeno corte em sua bochecha.

Sora – Agh...

Keima – Maldito... essas suas penas são bem afiadas, não é?

Sora – Digo o mesmo para essa sua maldita lâmina estranha.

Keima – Hahaha, é para representar um diapasão. Mas isso não importa, não está sentindo nada estranho?

Sora – O que? Do que você está falando?

Keima – Olhe para essa sua asa.

Sora – O que? Espera... SEU MALDITO. – Ao olhar para sua asa, notou que havia uma grande marca de mordida, a qual estava sangrando.

Keima – Você sabe qual é a principal característica de um morcego, não é?

Sora – Não me diga que...

Keima – Sim... sugar sangue. E no meu caso, é para me fortalecer. – Juntamente com sua fala, seus músculos foram ficando cada vez mais fortes até rasgarem as mangas da camisa por completo, e seus ferimentos começaram a cicatrizar mais rapidamente.

Sora – SEU... EU NÃO VOU TOLERAR TAMANHA IGNORÂNCIA. EU VOU ACABAR COM ISSO AGORA MESMO. – O general, furioso, começou a emanar uma aura branca, que foi passando para a lâmina de sua espada, deixando-a completamente envolta em sua energia.

Keima – Também já cansei... E meu aumento de poder é temporário. HAAAAAAAAA – Gritando, Keima revestiu sua espada com energia sônica, ao qual estava mais forte do que nunca.

Sora e Keima – HAAAAAAAAAAAAAAAAAAA – Os dois correram um na direção do outro com extrema velocidade, e então, quando suas espadas iam se cruzar, Keima reitoru sua espada do percurso e passou por baixo da espada de Sora ajoelhando-se, e com um giro extremamente rápido, Keima levantou-se e chutou a cabeça de Sora, fazendo-o desviar de seu percurso e virar de frente para si, e assim, Keima, com sua Doomed resonance completamente cheia de energia, acertou em cheio o peito de Sora, energizando-o ainda mais no momento do impacto, lançando o general brutalmente contra a parede da sala, com seus olhos revirados e suas asas completamente destroçadas. Após isso, Keima retirou toda a energia de sua espada, e enfim seus olhos e músculos voltaram ao normal, e ele apoiou-se em seus joelhos para não cair novamente.

Keima – Finalmente... isso acabou.

[ Pare a música ]

Sora – Ha...hahaha... – Keima riu, ainda deitado contra a parede, enquanto suas asas sumiam lentamente.

Keima – Seu maldito, ainda não desistiu?

Sora – A vitória é sua... não se preocupe. – Profanou, quase desmaiando. – Só acho irônico o jeito que fui derrotado.

Keima – E que jeito foi esse?

Sora – Essa técnica que você utilizou... é uma das técnicas de finalização mais poderosas do estilo monge... Eu não tenho dúvidas, você certamente praticou isso em algum momento da sua vida... Cough... – Sora tossiu, cuspindo sangue. – Bom, mas isso não importa agora... vá salvar... sua família. – Ao falar a palavra “família”, Sora deixou uma lágrima escorrer de seus olhos, e enfim desmaiou em meio aos escombros da parede.

Keima – No final, você só é um cara que foi pro lado do mal por causa de um efeito borboleta horrível... eu não te culpo, Sora. – Enquanto falava com o general desmaiado, ativou o equipamento de remoção de elementos em seu pulso e encostou-o na cabeça de Sora, absorvendo o elemento por completo. Assim, o elemento dirigiu-se até o laboratório de Koji, onde a espada do monge ganhou uma nova parte, estando 3/5 completa. Após assistir o elemtno ir embora, Keima sentou-se em uma pedra por alguns momentos, para descansar, mas não conseguiu ficar parado nem por 5 minutos, pois ouviu uma grande explosão vinda de um andar de cima, e então levantou-se rapidamente e saiu correndo até a saída do andar. – Não posso ficar parado, tenho que ir ajudar os outros.

Agora, voltando 5 minutos no tempo, indo novamente para a luta do ruivo, ele e Kizuro trocavam olhares, com os de Kaito sendo de fúria e os de Kizuro de empolgação.

Kaito – Eu vou te destruir, Kizuro.

[Insira essa música: https://www.youtube.com/watch?v=GH9u4eZQGk8 ]

Kizuro – EU NÃO CONSIGO ME CONTEEEEER. – Bradou, empolgado, partindo para cima de Kaito.

Kizuro aproximou-se tentando desferir um golpe no estômago de Kaito, mas o ruivo desviou voltando-se para trás e segurando-se com as mãos no chão, aproveitando para envolver seus pés com chamas azuis e chutar o peito de Kizuro com a sola dos dois pés, afastando-o por alguns segundos, o suficiente para o garoto ficar de pé novamente. Cerca de 10 segundos depois, Kizuro já estava em cima de Kaito novamente, e os dois começaram a trocar vários golpes extremamente poderosos, incluindo um soco duplo, um acertando o rosto do outro, fazendo-os se afastar e respirar por um momento. Após esse soco, Kaito voltou seu punho contra o general do aço e tentou desferir outro soco, mas seu oponente teve a mesma ideia, e os dois impactaram seus punhos com grande potência, fazendo grandes rajadas de vento serem expelidas pelo andar. Kaito, aproveitando que estava com a mão de Kizuro junto da sua, revestiu sua outra mão com fogo e tentou acertar o rosto de Kizuro, mas o general foi mais rápido e agarrou a mão de Kaito e o imobilizou contra o chão, com seu braço atrás das costas.

Kizuro – Desde que você ativou esse tal Guardião elemental, a luta voltou a ficar interessante, não acha?

Kaito – CALE A BOCA. – Gritou, expelindo uma grande quantidade de chams do seu corpo, obrigando o general de cabelos cinzas pular para não ser atingido, e enquanto estava no ar, conseguiu ver Kaito avançando e tentando atacar com um soco em seu estômago, mas ele impulsionou-se para trás no ar e defendeu o soco com a sola de seu pé, utilizando o outro pé para acertar um golpe de calcanhar diretamente em seu nariz, fazendo-o voltar para o chão, onde Kizuro chegou também em questão de poucos segundos.

Sem nem mesmo falarem nada, Kaito e Kizuro simplesmente começaram a lutar novamente, e Kaito conseguiu então acertar um gancho de direita no queixo de Kizuro, mas como consequência, recebeu um soco no estômago e perdeu o fôlego, utilizando uma rajada de chamas para se propulsionar para trás ao mesmo tempo em que acertava o general e afastava-se para recuperar-se.

Kizuro – Essas suas chamas são um incômodo. LUTE COM SEUS PUNHOS, SEU MALDITO.

Kaito – Claro... você não é muito fã de ataques à distância, não é?

Kizuro – Meu arsenal é mais voltado para ataques brutos. – Falou, abrindo um sorrisinho.

Kaito – Por que o sorriso? – Perguntou, quando de repente, uma grande corrente de aço surgiu do chão e agarrou a perna de Kaito, prendendo-o no mesmo lugar, e nesse mesmo momento, Kizuro pegou impulso de onde estava e acertou uma joelhada no estômago de Kaito, que mesmo preso, conseguiu revidar com um soco no ombro de Kizuro, que tentou atacar com a outra perna mas não conseguiu, pois o ruivo deitou-se no chão em um movimento rápido e enquanto Kizuro estava realizando seu golpe, foi acertado por uma imensa rajada de chamas que o levou até o teto, cuspindo sangue e enchendo-se de várias queimaduras em sua armadura.

Kizuro – Agh... – Resmungou, prendendo-se no teto, após o ataque de Kaito cessar. – Esse miserável é muito bom de briga... Acho que vou acabar com isso o mais rápido possível. – Decidindo-se, desprendeu-se e voltou ao chão, onde Kaito o estava esperando, com fogo revestindo suas mãos.

Kizuro – Arf, arf... ME MOSTRE TUDO O QUE SEUS PUNHOS PODEM FAZER, RYUUMA KAITOOOOOO. – Quase explodindo de animação, o general do aço partiu para cima do ruivo novamente, abrodando-o com um chute que foi defendido por seus dois braços em formato de X,e em seguida, Kizuro tentou girar no ar e acerta-lo com a outra perna, mas Kaito adiantou-se e revidou o chute com outro chute, que fez Kizuro voltar para o chão em posição de fera, e desferir um grande soco no rosto de Kaito, que foi jogado no ar, e quando Kizuro tentou acerta-lo de cima utilizando suas duas mãos como se fossem um martelo, Kaito girou no ar e defendeu o ataque com sua perna direita, chutando os punhos de Kizuro, e logo após chegar no chão, fez uma estrelinha e chutou a cabeça do general no processo, só que Kizuro, por ser acertado, foi jogado para baixo, e com isso, conseguiu dar uma rasteira na mão que Kaito estava utilizando para realizar a estrela, fazendo-o cair de costas no chão e ser chutado para longe por Kizuro.

Kaito – Agh... Kizuro... EU VOU TE DERROTAR. – Exclamou em alto som, voltando ao encontro de Kizuro, que recebeu-o cruzando seu punho com o dele, causando uma colisão entre as chamas e a armadura. Aproveitando a chance, Kizuro segurou o pulso de Kaito para desferir outro soco com sua outra mão, mas o ruivo teve pensamento rápido e girou seus pés para o outro lado, arremessando o general no chão, mas em alguns segundos ele já levantou novamente.

Kizuro – Agh... LUTE... COMO UM GUERREIRO DE VERDADE. – Gritou, indo até Kaito e desferindo uma cabeçada em sua testa, seguida de um chute em suas costelas, que o fizeram cair de cara no chão.

Kaito – Maldito...

Pyronious – (Kaito...) – O guardião falou na cabeça do ruivo.

Kaito – (Pyronious? O que foi? Estou em uma situação um pouco crítica aqui para você me interromper. ) – Respondeu o dragão, em forma de pensamento.

Pyronious – (E a situação vai ficar ainda mais crítica se você não me ouvir. Ouça, o tempo de ligação entre eu e você só tem mais dois minutos. Você tem que acabar com esse cara antes desse tempo terminar, ou você com certeza está perdido.)

Kaito – (Só mais dois minutos? Por que tão pouco?)

Pyronious – (Por que você não domina essa técnica com a devida maestria ainda. Precisa treinar mais. Já é um grande avanço conseguir manter essa forma nesse seu estado, mas utilizar essa forma em 100% significa ter uma conexão sem limite de tempo com seu guardião).

Kaito – (Entendi. Vou ver o que posso fazer, Pyronious) – Respondeu, terminando a conexão com o guardião.

Kizuro – NÃO SE DISTRAIA NO MEIO DA LUTA – Berrou, acertando um grande murro no rosto de Kaito, que o jogou violentamente contra uma parede, a qual desmoronou uma parte e seus escombros caíram em cima do ruivo. – Não tire os olhos do seu oponente durante uma luta.

Após alguns segundos, a pilha de escombros começou a esquentar, até que de repente, Kaito saiu de lá destruindo vários escombros com um soco. Quando voltou, seus punhos estavam completamente machucados, cheio de ferimentos, devido ao grande tamanho dos escombros.

Kizuro – Ah, finalmente voltou.

Kaito – Droga... – Cerrou o punho.

Pyronious – (Kaito, você tem um minuto.)

Kaito – (Meu tempo está se esvaindo, merda...)

Kizuro nem esperou Kaito sair por completo dos escombros. Quando o ruivo apareceu, o general já o recebeu com um gancho no queixo que o tirou do chão, e finalmente conseguiu atcar com suas duas mãos em forma de martelo, jogando o ruivo com brutalidade contra o chão. Quando ele se levantou, Kizuro aproveitou para desferir um soco em seu estômago e uma cotovelada em seu nariz, seguida de uma joelhada em sua bochecha e outra em seu queixo, terminando com um murro diretamente em sua testa, e todos esses golpes deixaram o ruivo completamente atordoado, começando a cair enquanto Kizuro virou-se de costas, dando a luta por acabada.

[ Insira essa música : https://www.youtube.com/watch?v=9kP0gO48HLY ]

Kaito – (Eu estou... desmaiando? Quer dizer que mesmo com a ajuda do Pyronious, eu ainda não consigo chegar no nível desse maldito general?) – Perguntou-se, pensando enquanto caía, até que de repente, uma imagem de Hirako, Wyles e Keima passou pela sua mente, seguida de outra imagem com todos os seus outros amigos que haviam sido raptados por Kuro, e assim, Kaito, que estava praticamente caído, voltou seus braços para trás e, com fúria nos olhos, propulsionou-se de volta para a frente, ficando de pé, com os cabelos todos bagunçados e tapando seus olhos.

Kizuro – O que? – perguntou-se, virando rapidamente para o ruivo, que tinha fogo emanando de seu corpo.

Pyronious – (Kaito, 40... segundos...)

Kaito – (É mais que o suficiente, Pyronious). – Respondeu o dragão, revestindo seus punhos com chamas. - Você disse que quer ver o que os meus punhos podem fazer, não é? Pois bem... RECEBA. – Gritou, acertando um murro no rosto de Kizuro, que foi jogado para trás. – Eu tenho uma técnica perfeita para essa ocasião...

Kizuro – Técnica?

Kaito – Sim, você disse que não é tão chegado em ataques á distância mas é em ataques corporais, ENTÃO EU TE APRESENTO, GENERAL: MINHA TÉCNICA MAIS PODEROSA, QUE JUNTA OS DOIS TIPOS DE ATAQUES. – Falou, posicionando-se com seus pés o mais firmes possíveis.

Kizuro – ENTÃO MANDE ESSA TÉCNICA, VEJAMOS DO QUE VOCÊ É CAPAZ.

Pyronious – (30... segundos...)

Kaito – Punhos... DA METRALHADORA DE FOGO. – Ao falar o nome da técnica, Kaito revestiu todo o seu poder de fogo em suas mãos e começou a mandar vários socos no ar, que começaram a se transformar em vários punhos sólidos de fogo que iam na direção de Kizuro.

Kizuro – Ah, é SÓ ISSO? QUE RIDÍCULO. – Falou, fechando o olho esquerdo e focando apenas o direito, e então, gritou: - FRENESI DEFENSIVA. – Ao gritar isso, seus braços começaram a mexer-se descontroladamente, defendendo todos os punhos de fogo que Kaito estava mandando com seu ataque. – ISSO É RIDÍCULO, RYUUMA KAITO, EU ESPERAVA MUITO MAIS DE VOCÊ.

Pyronious – (20...)

Kaito – Ah, é? ENTÃO, TOMA. – Com fúria, Kaito começou a lançar cada vez mais punhos que vinham cada vez mais poderosos, e começaram a empurrar Kizuro por alguns centímetros. – O QUE ACHA DISTO, KIZUROOOOO?

Kizuro – AGORA SIM. – Com sua voz em estado elevado, Kizuro continuava defendendo todos os punhos de Kaito com suas mãos, agora indo um pouquinho para trás com a intensidade dos golpes. – Grr... VOCÊ NÃO VAI ME VENCER SÓ COM ISSO, KAITOOOOOOO. – Mesmo dizendo isso, um punho de Kaito ultrapassou a barreira de Kizuro e acertou em cheio seu rosto, mas mesmo assim ele continuou defendendo todos os outros.

Kaito – SE SÓ ISSO NÃO É O SUFICIENTE, VAMOS AUMENTAR A POTÊNCIA: PUNHO METRALHADORA DE FOGO GIRATÓRIOOOOOOO – Usando o resto que tinha de sua voz, Kaito começou a girar seus antebraços em uma rotação contínua, a qual lançava muito mais punhos do que antes. – TOMA ISSO, KIZUROOOOOOOOOOOOOOO

Kizuro – GAAAAAAAHHHH – Gritou, defendendo todos os punhos que podia, mas agora, a cada 10 defendidos, 2 acertavam-no. – AAAAARRGGHHH, ISSO NÃO VAI ME DERROTAR, KAITO. (Agh... eu não estou conseguindo acompanhar só com meu olho de defesa...)

Pyronious – (10... seg...)

Kaito – POR TODOS QUE EU AMO... POR TODOS QUE EU ME IMPORTO... RECEBA ISSO, SEU MISERÁVEEEEEEELLL. – Com toda a sua força restante, Kaito girou tão rápido os seus dois antebraços que os dois começaram a entrar em colapso e queimarem a si mesmos, mas mesmo assim, ele não ligou e continuou lançando cada vez mais punhos, até o momento que haviam tantos que Kaito não tinha mais controle sobre eles.

Kizuro – AAAAAAAAAGGGHHH – Com a tamanha potência do golpe, Kizuro abriu os dois olhos e sua barreira de mão foi completamente destruída juntamente de toda a sua armadura, e então, começou a receber todos os punhos diretamente, sangrando a cada impacto, sendo arrastado para a parede da sala e recebendo todos os golpes, chegando a rachar aquela parede inteira com a potência dos golpes – GWAAAAAAAAAHHHH (O que ele quer dizer com... “Todos que eu me importo...?”)

[ Pare a musica ]

Enquanto Kizuro recebia todos aqueles ataques, começou a lembrar-se de tudo o que havia passado até chegar ao lado de Kuro.

[

??? – Senhor Korotsu Kizuro, o senhor está despedido.

Kizuro – Hã? Mas por que? O que eu fiz? – perguntou, um ano mais jovem que o atual, utilizando terno e estando de cabelo curto.

??? – Você é um atraso para o andamento de nossos negócios. Por favor, passe nos locais indicados e suma da minha frente.

Kizuro – Tudo bem... – Desiludido, Kizuro saiu da empresa onde trabalhava e voltou para casa com seu carro, que era de cor branca. Ao chegar em casa, a primeira coisa que viu foi sua filha, uma menina de cabelos marrons com mechas acinzentadas e olhos castanhos, de aparentemente 7 anos, brincando em frente à sua casa com alguns amigos, que saíram correndo quando viram o carro estacionando. – Olá, Karen, cheguei. – Falou, ajoelhando-se e abraçando a menina.

Karen – Olá papai, chegou cedo hoje.

Kizuro – É, eu sei. Onde está sua mãe?

Karen – A mamãe está lá dentro.

Kizuro – Obrigado, falo com você mais tarde, pode ir brincar com seus amigos, ok?

Karen – Tudo bem, papai. Até mais. EI, PESSOAL, ME ESPEREM, - Falou a menininha, correndo atrás de seus amigos.

Kizuro – Despedido, hã? Em pleno dia do aniversário da Miyako... Eu não mereço... – falou, cerrando o punho. – Ei, querida, estou em casa. – Avisou, abrindo a porta e entrando na casa, encontrando sua esposa, Miyako, uma mulher de cabelos curtos e marrons com olhos castanhos, tomando um copo de chá na cozinha.

Miyako – Querido? Chegou cedo em casa. Cedo até demais. O que houve?

Kizuro – Me desculpe... Kizuro, com lágrimas nos olhos, ajoelhou-se na frente de Miyako e pôs seu tronco em seu colo, começando a chorar.

Miyako – Você foi despedido?

Kizuro – Sim, me desculpe. Bem no dia do seu aniversário, não queria te decepcionar. – olhou para sua esposa, ainda com seus olhos inchados, enquanto ela o encarava com um olhar solidário e acariciava seu cabelo.

Miyako – Não se preocupe, Kizuro. Coisas desse tipo não tem datas para acontecer. Está tudo bem, eu te amo, querido.

Kizuro – Eu também te amo. – Após terminar de chorar, o homem levantou-se e sentou-se à mesa junto de sua esposa, para conversarem sobre o ocorrido. Depois de tudo esclarecido, Miyako sorriu.

Miyako – Seu chefe é um idiota. Vá tomar um banho, ok? Você precisa descansar um pouco sua cabeça.

Kizuro – Mais tarde vamos naquele restaurante que eu te prometi, certo?

Miyako – Claro. – Sorriu.

Algumas horas mais tarde, no início da noite daquele mesmo dia, depois de Kizuro descansar a cabeça, ele estava agora em seu quarto, colocando um terno, enquanto sua esposa, que vestia um vestido vermelho-sangue com uma pequena abertura do lado, esquerdo, colocava um brinco de outro em sua orelha, se arrumando para saírem.

Kizuro – E a Karen? Ela já está pronta? – Perguntou, ajeitando sua gravata.

Miyako – Sim, eu a arrumei antes de vir aqui. Ela deve estar na sala agora.

Kizuro – Ok. Eu estou pronto, vou procura-la. Quando terminar aí, a gente sai.

Miyako – Entendido.

Kizuro – Kareeen. – Saiu do quarto, chamando o nome da garotinha, que logo apareceu. Ela trajava um vestido verde bordado e um lacinho da mesma cor em seu cabelo, estando com uma pequena sapatilha preta.

Karen – O que foi, papai?

Kizuro – Ah, nada, eu só queria saber onde você estava. Você está pronta?

Karen – Sim.

Kizuro – Ok, então vamos esperar sua mãe.

Miyako – Nem precisam. – Falou, aparecendo na sala de estar, completamente arrumada.

Kizuro – Você está linda, querida.

Miyako – Obrigada. Você também está lindo. – Falou, puxando-o pela gravata e o olhando sensualmente.

Karen – Eca.

Miyako – Bobinha. – riu, largando Kizuro e sorrindo.

Kizuro – Ok, então vamos?

Miyako e Karen – Vamos.

Os 3 então se dirigiram até o carro e foram até o restaurante, onde comeram, conversaram e se divertiram até altas horas noite. Ao saírem, o casal continuou conversando, enquanto Kizuro levava Karen nas costas, pois havia adormecido.

Miyako – Uuf... a comida desse lugar é maravilhosa.

Kizuro – Nem me fala, acho que nunca comi tanto na minha vida.

Miyako – Aquela garçonete estava te olhando estranho, você notou?

Kizuro – Não, nem notei. Só pedi a comida, não fiquei prestando atenção.

Miyako – Isso que eu gosto de ouvir. – Falou, dando um soco no ombro de Kizuro, que sorriu.

Os dois, enquanto andavam em direção ao carro, que havia ficado em outra esquina, passaram por um homem asiático de cabelos pretos que vestia uma camisa preta e calças jeans, juntamente com um par de óculos escuros. Ao passar pelo casal, ele os olhou de relance e escondeu-se atrás de um poste. Após isso, virou-se vagarosamente, pegou um celular, e fez uma ligação. Assim, outros 3 homens viraram a esquina, um de cabelo vermelho, outro de cabelo amarelo e por fim um de cabelo azul. Os três começaram a andar pela rua, e quando iam passar por eles, os cercaram contra o muro.

??? – Olha só o que temos aqui. – Falou o homem de cabelo amarelo, apontando uma arma para Kizuro enquanto o de cabelo amarelo apontava uma para Miyako.

Miyako – Ei, quem são vocês?

Kizuro – Ei, ei... calminha aí pessoal. – Falou, ajoelhando-se e acordando Karen, para ela ir para trás de Miyako. – Filha, só fica atrás da sua mãe, ok?

Karen – Tá... – Falou a meninha, coçando os olhos.

Kizuro – Não vamos nos precipitar aqui... O que vocês querem? Dinheiro? Joias? Eu dou.

???² - Nada disso. – Respondeu o homem de cabelo azul, aproximando a arma de Kizuro.

Kizuro – O que é então? Meu carro? Podem ficar com a chave, só não nos matem. – Falou, amedrontado.

???³ - Como você é ingênuo, Kizuro. – Comentou o homem de cabelos vermelhos.

Kizuro – Espera aí... como vocês sabem meu nome? – Ainda assustado, o homem travou de medo quando a arma de um deles encostou em suas costas.

???/ - Korotsu Kizuro... o líder fugitivo... quem diria que eu te encontraria, após 8 anos. – Comentou o asiático de cabelos pretos, chegando também com uma arma apontada.

Kizuro – Espera... líder fugitivo? Não, não pode ser... Essa voz...? Skylon?

Skylon – Então você lembra de mim, líder.

Kizuro – Como poderia esquecer de um desgraçado igual você? Um assassino frio e manipulador.

Miyako – Kizuro, o que está acontecendo aqui? – Perguntou a mulher, protegendo Karen.

Kizuro – Querida, é que- Quando ia falar, o asiático desferiu um soco no estômago do homem, o impossibilitando de falar.

Skylon – Deixa que eu explico o que está acontecendo aqui, senhora. Esse desgraçado que você chama de marido, é um traidor maldito.

Miyako – Traidor? Kizuro... do que eles estão falando?

Skylon – Nós somos da máfia. Esse desgraçado aqui foi escolhido para suceder nosso líder que estava à beira da morte há 8 anos atrás, mas logo depois de assumir o cargo, ele fugiu e sumiu do mapa. Esse é pior tipo de traição que um mafioso pode receber, a de um superior. E como você deve saber, senhora, você não trai a máfia. Todos nós juramos nos vingar se voltássemos a encontra-lo, e desculpe, mas é o que estamos fazendo.

Karen – Mamãe, o que é máfia?

Miyako – Karen... depois eu explico, tudo bem? Kizuro... isso é verdade?

Kizuro – Não... acreditem... neles... – Exclamou, ainda com dores na barriga.

Skylon – Negligenciando seus próprios ex subordinados? Que feio. Será que devemos falar algumas coisas sobre você para a sua esposa, para ela acreditar na gente? Como por exemplo o fato desse monte de cicatrizes nas suas costas terem sido feitas pelo seu pai assim que você nasceu, com uma faca, para te eleger como sucessor direto de sua posição? E ainda por isso você recebeu esse nome?

Kizuro – CALE A BOCA, NÃO ME LEMBRE DISSO, SEU MALDITO. – Kizuro tentou avançar contra Skylon, mas o asiático o imobilizou contra o muro em um piscar de olhos.

Skylon – Me diga que isso não foi um ataque seu? Bom, você não treina faz 8 anos.

Kizuro – Grr..., Skylon, seu maldito. Mencionar minhas cicatrizes.... Foi golpe baixo.

Miyako – Kizuro... você conhece essas pessoas pelo nome, e eles também te conhecem, eu não estou acreditando... você era da máfia? Então era isso?

Kizuro – O que? D-do que você está falando, Miyako? – Perguntou, ainda sendo pressionado contra o muro.

Miyako – Antes de nos casarmos, você disse que precisava resolver uns assuntos em particular, e voltou apenas um mês depois... então nesse tempo você esteve governando a máfia?

Kizuro – Agh... Droga... Não tenho como negar... me... desculpe. – Falou, soltando uma lágrima.

Skylon – Como ousa chorar na minha frente, seu traidor maldito? No tempo que você foi líder, você não tinha piedade nem de um inseto. Toda a sua frieza se foi quando você encontrou essa mulher? A culpa por você ter nos traído é dela? E essa menina? Ela deve ser a principal culpada.

Kizuro – N-não façam nada com elas... por favor... O assunto de vocês é comigo... – Implorou o homem, chorando.

Skylon – Homens. ATIREM.

Kizuro – NÃO. – Quando ele disse isso, os três subordinados de Skylon atiraram ao lado da cabeça da mulher, acertando o muro, fazendo Miyako travar de medo e se abaixar vagarosamente até o chão.

Skylon – HAHAHAHA, você tinha que ver a sua cara. Nós não iremos fazer nada com elas, desde que você colabore conosc- Quando ia terminar sua frase, Kizuro deu uma cabeçada para trás, acertando o rosto do asiático, que o largou por reflexo, e em seguida, Kizuro virou-se e desferiu um soco na boca de Skylon, que o derrubou. Os 3 subordinados, vendo o que Kizuro fez, saíram de perto de Miyako e Karen e foram para cima de Kizuro tentar imobilizá-lo. Quando o homem de cabelos vermelhos tentou dar um soco, Kizuro desviou e desferiu um soco em seu estômago, e desviou dos outros dois, chegando até sua esposa e colocando a carteira e a chave do carro no colo da mulher. Depois que fez isso, voltou a enfrentar os 3 subordinados, que já estavam vindo para o lado de Karen e Miyako. Kizuro correu na direção dos dois e desferiu um soco no de cabelos amarelos e uma cotovelada no rosto do de azul, mas logo após isso, o de cabelos vermelhos e Skylon aproveitaram que Kizuro estava ocupado e seguraram os braços dele, o imobilizando no chão.

Kizuro – ME SOLTEM, SEUS MALDITOS. EU VOU MATAR VOCÊS. – Gritando isso, Kizuro levantou a cabeça e gritou para Miyako, que assistia à cena, assustada. – MIYAKO, KAREN, O QUE ESTÃO ESPERANDO? CORRAM. PEGUEM O CARRO E DÊEM O FORA DAQUI. – Após gritar isso, a mulher saiu do estado paralisado que estava, pegou Karen e saiu correndo.

Skylon – PEGUEM-NAS.

Kizuro – O ASSUNTO DE VOCÊS... É COMIGO. – Gritou, soltando os braços, pegando a gola de Skylon e do outro homem e batendo suas cabeças uma contra a outr,a levantando-se com um pulo e impedindo os outros dois homens de correrem ou até mesmo atirar conras as duas que fugiram, pois o homem de cabelos cinzas pegou a arma do coldre dos dois antes de pará-los. – VOLTEM, OU EU DESCARREGO ESSAS ARMAS EM VOCÊS.

Os dois homens, obedecendo, voltaram para perto de Skylon e sentaram no chão, junto dos outros dois, enquanto Kizuro apontava duas pistolas para eles.

Skylon – Seu miserável... como ainda consegue ser tão forte?

Kizuro – Calado. Não é porque eu saí da máfia que minhas habilidades enferrujaram. Eu cortei minhas relações com vocês, por que me atacar do nada?

Skylon – Você é um traidor, Kizuro. Merece a morte.

Kizuro – CALE A BOCA.

???? – Cale a boca você, traidor. Durma. – De trás de Kizuro, uma voz grossa surgiu, e quando ele olhou para trás, recebeu um golpe no rosto desferido por um taco de beisebol, que o fez ficar tonto no chão, sem conseguir se mexer.

Skylon – Líder Ergon... então recebeu minha chamada de ajuda?

Ergon – Recebi. – Das sombras, um homem negro com cerca de 2,10 metros de altura e estatura forte surgiu, segurando um taco de beisebol. – Então, esse é o traidor?

Skylon – Sim, esse mesmo. O que faremos com ele? Vamos mata-lo, certo? Afinal, traidores merecem a morte.

Ergon – Seria fácil demais. Ele merece sofrer... Entende o que eu estou falando?

Skylon – Sim... entendo. A prisão subterrânea, certo?

Ergon – Exato.

Kizuro – Seus... malditos... – Enquanto ouvia os dois conversando, sussurrou isso e desmaiou. Horas depois, acordou no meio de um local completamente escuro, onde haviam pouquíssimas luzes e ele não conseguia ver nada, só ouvir vozes desconhecidas.

??? – Quem é o novato?

???² – Não faço ideia. Ele foi jogado aqui faz 4 horas, não sabemos nada sobre ele.

???³ – Fiquei sabendo que o próprio Ergon que o trouxe.

???² – O próprio Ergon? Então esse cara é importante.

Kizuro – Agh... Quem está aí? – Perguntou, levantando-se em meio à escuridão, acostumando-se aos poucos com a pouca luminosidade.

??? – Parece que ele acordou.

???² - Fale com ele.

??? – Por que eu? Se foi o Ergon que o trouxe, ele deve ser perigoso.

Kizuro – PAREM DE FALAR. – Gritou, já furioso. – Meu nome é Korostu Kizuro... onde eu estou?

??? – K-k-kizuro? O antigo líder da máfia, Korotsu Kizuro?

???² - O que um antigo líder faria por aqui?

???³ - Não acreditamos em você. Se você é mesmo o Kizuro, diga algo que só ele saberia.

Kizuro – Espere... mas se é algo que só eu saberia, por que vocês saberiam que eu não estou mentindo?

??? – Droga, fomos pegos. Essa é a resposta correta. Você é mesmo o Kizuro?

Kizuro – Sim. Onde estamos?

???³ - Na prisão subterrânea.

Kizuro – Prisão subterrânea? Do que se trata?

???² - Como um líder da máfia não sabe sobre esse local?

Kizuro – Ex-líder.

??? – Tanto faz. Enfim, esse é o local que os mafiosos largam as pessoas que eles mais odeiam para a morte.

Kizuro – Morte? Mas isso não faz sentido. Antes de eu desmaiar, eu ouvi eles falando algo sobre eu ter que sofrer.

???² - Exatamente. Esse local é a definição perfeita de sofrimento e desespero. Aqui é uma prisão em forma de círculo, a qual só tem duas entradas e saídas. A primeira é por onde eles nos colocam nesse inferno, e a segunda é lá em cima. ]

Kizuro – Lá... em cima? – Perguntou-se, olhando para o alto e vendo que realmente havia luz na parte de cima da prisão, que era arredondada. – E por que aqui é a personificação do desespero e sofrimento?

??? – Todos os dias essa prisão se enche de água em uma certa hora do dia, que ao que acreditamos, é ao meio dia. E como você pode imaginar, nós não somos alimentados aqui em baixo, então, nós temos que caçar nossos alimentos na água que vem. E essa água sempre está repleta de piranhas sedentas por sangue. A nossa sorte é que sempre que as comportas se abrem para a água entrar, várias plataformas de pedra se erguem até lá em cima, como se dissessem que é para escaparmos.

Kizuro – E então por que não escapam?

???³ - Não seria tão fácil. Um de nós já tentou subir, mas até lá em cima, são 25 andares, e isso dá cerca de 75 metros de altura. E as plataformas ficam abertas apenas por 5 minutos, ou seja, para um ser humano normal, é impossível subir tudo isso. Como já deve estar desconfiado, sim, nosso amigo que tentou subir simplesmente caiu lá de cima e morreu. Depois da morte dele, resolvemos não tentar mais escalar.

Kizuro – Entendo... Então vocês tem que ficar caçando peixes para comerem enquanto sabem que tem uma saída pronta? Isso deve enlouquecer qualquer um. – Comentou, enquanto cerrou seu punho.

??? – Não, nós não temos o trabalho de caçá-los. Alguns sempre ficam quando a água vai embora, então comemos estes. Nós ficamos em cima das plataformas mais baixas, para não sermos atacados pelas piranhas.

Kizuro – Entendo. É uma boa tática. – Quando falou isso, uma parte da parede subiu e então água começou a entrar na prisão.

??? – Está começando. Vamos para as plataformas. – Ordenou a voz, e Kizuro, querendo entender como aquilo funcionava, subiu na primeira plataforma, na qual ficava em 2 metros de altura e ele teve que subir com a força dos braços.

A água continuava entrando, e Kizuro, em cima da plataforma, começou a pensar em um jeito de escapar.

Kizuro – Eu preciso sair desse lugar.

???³ - HAHAHAHAHA... boa piada, garoto. Não existe outro jeito, que não seja subindo as plataformas.

Kizuro – Ei... e pela entrada de água? Vocês nunca pensaram em passar por ela?

???² - Isso é impossível. Olhe bem pra lá. – Ordenou a voz. – Se você olhar com atenção, verá que existe uma barra de ferro que impossibilita a passagem humana. Eles não seriam tão burros para deixar uma passagem assim de graça. Estamos falando da máfia.

Kizuro – Droga... Acho que vou ter que esperar essa água baixar.

??? – Sim, faça isso.

E assim aconteceu. Após os cinco minutos, a água cessou e foi embora por um pequeno cano que havia do outro lado da sala, e alguns peixes ficaram dentro da sala.

Kizuro – Bom, vou comer. – Falou, pegando um peixe cru e aproximando da boca.

??? – Ei, garoto, espere. – Falou uma das vozes.

Kizuro – Hã? O que foi?

??? – A cada mês é nos lançado um isqueiro lá do alto, então conseguimos assar nossos peixes fazendo uma fogueira. Quer?

Kizuro – Sim, eu aceitaria. Não sou muito fã de peixe cru.

Então, com isso, o riscar de um isqueiro foi ouvido e uma fogueira foi acesa, gerando luz naquele ambiente, e então, Kizuro finalmente conseguiu ver a feição das pessoas com quem conversara todo esse tempo. Eram três homens de meia idade, com cerca de 40 anos, com um vestindo um trapo de cor verde, outro um trapo de cor marrom e por último trajava um trapo de cor vermelha. Os três estavam assando seus peixes perto do fogo, quando Kizuro se aproximou, e notou que também estava vestindo trapos de cor cinza, e os três o olharam, fascinados.

??? – Esse cabelo cinza... não há dúvidas, você é da linhagem Korotsu.

Kizuro – Sim... Ei... agora eu notei uma coisa... eu estive aqui por todo esse empo e ainda não perguntei o nome de vocês. Poderiam me dizer?

??? – Claro. Eu me chamo Ylon. – Respondeu o homem de vestes marrons. – Este à minha esquerda, com roupas vermelhas é meu irmão mais novo, Ylun. E à minha direita, de vermelho, é meu irmão mais velho, Ylin. Nós somos trigêmeos.

Kizuro – Ylin, Ylon e Ylun? Espera... eu já ouvi falar desses nomes.

Ylin – Ah, é bom saber que alguém lembra de nós.

Kizuro – Ei... trigêmeos... Y... EI, VOCÊS SÃO OS IRMÃOS YONG. VOCÊS ERAM ASSASSINOS DE ALUGUEL ATÉ 7 ANOS ATRÁS, OUVI VÁRIAS HISTÓRIAS SOBRE VOCÊS. Espera, vocês foram dados como mortos... Por que estão nessa espelunca?

Ylun – Irmãos Yong... quanto tempo que eu não ouço isso. Chega a ser emocionante. – falou, soltando uma lágrima.

Ylon – Nós fomos dados como mortos, mas na verdade os mafiosos nos encurralaram e nos prenderam aqui nessa joça. Os 3 que acharam daquela vez foram outros 3 trigêmeos que não tinham nada a ver com a história.

Kizuro – Entendo. Eles caçaram vocês por terem assassinado meu pai, certo?

Ylin – Exatamente... Você sabe bastante para alguém com a sua idade.

Kizuro – Querendo ou não, eu estive dentro da máfia 19 anos da minha vida. Acabei ouvindo várias histórias.

Ylon – E por que prenderiam um filho de líder da máfia?

Kizuro – Por que eu traí a máfia 8 anos atrás, quando fugi deles. Ontem, enquanto eu caminhava com a minha família, eles me encontraram e me capturaram.

Ylin – Entendo. Você deve estar bem chateado de descobrir nossa identidade, não é?

Kizuro – Hã? Não entendi. Por que estaria?

Ylon – Nós matamos seu pai...

Kizuro – Vocês apenas fizeram o que precisaram fazer. Não se preocupem, eu odeio ele desde que descobri que isto é obra dele. – Com isso dito, Kizuro levantou sua camisa e mostrou suas cicatrizes em suas costas. Ele fez isso em mim quando eu era apenas um bebê...

Ylin – Que horrível...

Kizuro – Então não se preocupem, nossa relação não será abalada por isso. Desde que vocês não matem a mim, está tudo certo.

Ylun – HAHHAHAHAHA... Boa, garoto. Gostei do seu senso de humor.

Kizuro – Agora, eu quero falar sério com vocês.

Ylon – O que seria?

Kizuro – Eu não posso ficar aqui embaixo para sempre. Tenho que reencontrar minha família. Vocês estão aqui faz 7 anos, não é? Também devem querer rever a família de vocês.

Ylin – Na verdade, estamos melhores aqui.

Kizuro – Hã? Por que?

Ylun – Se voltássemos para casa, depois de 7 anos dados como mortos, nossa família nos mataria. O código de nossa família de assassinos diz: Se você tiver que morrer em serviço, que assim seja. Se fugir, será caçado e morto pelos membros da sua própria família.

Kizuro – A família de vocês é bem... peculiar, não é?

Ylin, Ylon e Ylun – Nem me fale.

Kizuro – Desculpe por ser tão egoísta, mas vocês poderiam me ajudar a escalar?

Ylin – Cara, a gente gostaria de te ajudar, mas como a gente já falou, é impossível subir essa maldita torre.

Kizuro – Você disse que um humano normal não conseguiria, mas acho que um ex-líder da máfia treinado desde a infância não é tão normal, não é?

Ylon – Nisso você tem razão. Bom, e qual o seu plano?

Kizuro – Eu me afastei da máfia há 8 anos, e desde então não treinei adequadamente o meu corpo. Preciso que primeiro, me ajudem a recuperar minha forma física. Podem me ajudar com isso?

Ylun – Bom, nós 3 passamos os dias no tédio. Acho que um pouco de ação depois de 7 anos, vai ser bem divertido. O que me dizem, irmãos?

Ylin e Ylon – Estamos nessa.

Kizuro – Então... QUE COMECE O MEU TREINAMENTO. – Gritou, convicto.

[Bote essa música em loop: https://www.youtube.com/watch?v=381DWITJ_uc ]

E assim passaram-se 10 meses de vários tipos de treinamento, sendo alguns deles abdominais, flexões e principalmente treino de luta física. Depois desse tempo de treinamento, quando Kizuro olhou para si no reflexo da água que começava a entrar, viu que estava completamente diferente, com o rosto todo sujo, cabelos e unhas compridas e extremamente em forma, estando pronto para tentar escalar a prisão.

Kizuro – Esses 10 meses que vocês 3 me treinaram não serão à toa. O dia de eu sair dessa droga de prisão é hoje. – falou, pulando da primeira plataforma para a segunda

Ylun, Ylon e Ylin – VAI LÁ, KIZUROOOOOO

Kizuro, ao mesmo tempo que a água começou a entrar, começou a subir nas plataformas, indo de uma em uma, com toda a precisão que conseguia, sem ser cegado pela luz que vinha de cima. Ele subia com toda a velocidade que podia, sem olhar para baixo.

Ylon – KIZURO, SEU OBJETIVO É SUBIR, NÃO SE IMPORTE CONOSCO AQUI EMBAIXO.

Ouvindo o conselho do amigo, continuou escalando a torre com todas as suas forças, mas quando ia chegar perto do final, as plataformas começaram a se desfazer, e ele, que ia pisando em uma, pisou em falso e quase caiu, mas conseguiu segurar-se com os braços, já subindo mais rapidamente e pulando para a de cima, que estava quase sumindo mas conseguiu segurar-se, para descansar.

Kizuro – Droga... você não vai se desfazer, plataforma maldita... – Já arfando, olhou para cima e notou que faltavam cerca de 20 metros para ele subir, mas as plataformas já haviam todas se encolhido, exceto a que ele se segurava. SE NÃO TEM PLATAFORMA, EU ESCALO COM MINHAS PRÓPRIAS MÃOS. – Com seu grito, ele apoiou seu pé na pequena parte de plataforma que ele estava e impulsionou-se para cima, indo de encontro com a parede, onde agarrou com todas as suas forças com suas unhas. – EU VOU... ESCAPAR. – Com toda a sua convicção e sangue fervendo, Kizuro conseguiu apoiar seu outro pé em uma ponta de pedra que havia solta e então se impulsionou para fora da prisão, caindo dentro de um octógono que era protegido por uma grande gaiola. – EU SAÍÍ. – gritou, dando para ouvir lá de baixo.

Ylun, Ylin e Ylon – Ah, que bom. Kizuro, sentiremos saudades.

[ Pare a música ]

Kizuro – Espera... O que significa isso? Uma gaiola? Onde eu estou?

Ergon – Então... você conseguiu fugir... Kizuro. Vejo que está bem diferente. Demorou 10 meses para subir a torre. – Falou o atual líder da máfia e que o havia prendido, Ergon.

Kizuro – O que? O que significa isso?

Ergon – Você achou mesmo que seria fácil assim escapar da máfia? Essa gaiola-octógono é feita acima do grande aquário onde os prisioneiros são jogados. Se você quer fugir realmente, vai ter que me vencer... E me vencer... NA FRENTE DE MILHARES DE PESSOAS LIGADAS AO SUBMUNDO. – Gritou, acendendo vários holofotes e revelando uma grande plateia que assistia tudo.

Kizuro – Como... Como você sabia que eu sairia hoje?

Ergon – Isso é obvio, Kizuro. Existem mini câmeras de segurança lá embaixo, então eu pude ouvir todas as suas conversas com os irmãos Yong.

Kizuro – SEU... MALDITO. VOCÊ... EU VOU ACABAR COM VOCÊ.

Ergon – Vejamos se esse seu treinamento de 10 meses surte efeito contra mim. – Falou, arrancando sua gravata e seu terno de mafioso, ficando apenas com sua camisa branca e sua calça preta.

Kizuro – Eu vou te mostrar o poder de um Korotsu, Ergon. HAAAAAAAAAAA.

Kizuro partiu para cima de Ergon rapidamente, tentando ataca-lo com um soco, mas o homem, extremamente habilidoso, pulou por cima da cabeça de Kizuro e chutou sua nuca, o jogando no chão.

Ergon – Não pense que eu fiquei parado esse tempo que você ficou treinando la em baixo. Eu estudei todos os seus movimentos, e quando você ia dormir, eu praticava tudo para conseguir me defender de você.

Kizuro – Seu... – Kizuro levantou-se impulsionando-se para trás e ficando de pé. – Mas é realmente uma pena, não é?

Ergon – Pena? Do que você está falando?

Kizuro – Existem técnicas... QUEEU APRENDI ANTES DE SER MANDADO PRA LÁ. – Gritou, avançando rapidamente e quando foi ameaçar um soco, colocou a mão no chão e desferiu um chute no rosto de Ergon, que o fez cuspir sangue, e em seguida, começou a soca-lo com toda a sua força, até joga-lo contra a grade da gaiola. – Você pode ser grande e musculoso, mas nunca vai me vencer.

Ergon – ISSO É O QUE VEREMOS. – O homem, então, puxou uma faca de um bolso secreto na manga de sua camisa, e foi para cima de Kizuro.

Kizuro – Como esperado de um mafioso maldito. SEMPRE TRAPACEANDO. – Gritou, correndo até Ergon e quando o mafioso foi ataca-lo com a faca, ele girou para um lado e segurou o braço de Ergon, desferindo uma grande joelhada no mesmo, quebrando o braço dele.

Ergon – GAAAAAAHHH.

Kizuro – Parece que suas técnicas para me vencer não estão funcionando, não é? Você vai me pagar, Ergon. Me pagar por ter me trazido de volta à esse inferno que é o submundo, e me pagar por me tirar da minha família por quase um ano.

Ergon – CALE A BOCA, MALDITO KOROTSU. – Falando isso, ele foi até à extremidade da gaiola, onde um subordinado dele o entregou uma pistola. – VOCÊ VAI MORRER, KIZURO.

Kizuro – Apelando pra armas de fogo? Então Ok. – Enquanto falava, uma pequena luz acinzentada adentrou a gaiola e ficou parada.

Ergon – Que merda é essa? Bom, não importa, deve ser algum tipo de vaga-lume. TOMA ISSO, KIZUROOOOOO. – Gritou, apertando o gatilho da arma várias vezes e disparando contra Kizuro, que desviou de quase todas as balas por causa da grande distância entre os dois, mas quando a última bala foi disparada, Kizuro se desequilibrou, e quando a bala ia acertá-lo em cheio, a luz cinza voou em sua direção e o acertou, sumindo completamente, e assim, quando a bala acertou sua testa, foi capaz de se ouvir um barulho de aço e a bala caindo no chão. – MAS O QUE DIABOS FOI ISSO? COMO VOCÊ PAROU ESSA BALA?

Kizuro – Eu não faço ideia. Mas estou me sentindo... INVENCÍVEL. – Gritou, e então uma armadura de aço criou-se ao redor de seu corpo, e ele pariu para cima de Ergon e, mostrando suas unhas por um pequeno momento, cortou o peito de Ergon por completo, fazendo-o cair no chão, completamente desmaiado. Após isso, foi até a barra de aço da gaiola e a entortou facilmente, abrindo espaço para sair de lá.

??? – O FUGITIVO ESTÁ ESCAPANDO, PAREM-NO. – Um capanga da máfia, vendo que Kizuro havia escapado, ordenou o ataque, mas ao olharem para Kizuro com apele cinza e cheia de sangue de Ergon, eles, que corriam rapidamente até ele, se amedrontaram e saíram correndo.

Capangas – AAAAAAH, CORRAM.

Kizuro – O QUE FOI? NÃO QUERIAM ME MATAR? – Perguntou, correndo atrás de todos os capangas como se fosse uma fera selvagem, atacando e matando todos com suas garras de aço. – HAAHAHAHAHAHAHA, VOCÊS CRIARAM UM MONSTRO, SEUS IDIOTAS.

Skylon – Droga... ele enlouqueceu... – Skylon, que assistia de longe, escondeu-se atrás de uma bancada.

Kizuro – Escondendo-se, Skylon? – Perguntou Kizuro, aparecendo em cima de Skylon.

Skylon – KIZURO?! POR FAVO, NÃO ME MA- com um sorriso extremamente sádico, Kizuro enfiou sua mão no coração do asiático, o matando por completo.

Kizuro – QUEM QUER SER O PRÓXIMO? HAHAHAHAHA.

E assim, depois de enlouquecer por completo e ficar uma semana rondando por aquele local de luta obscura, tentando achar mais alguém para matar, mesmo todos tendo fugido, Kizuro finalmente achou a porta de saída e quando viu-se em terra firme normal, com luz do sol à vista, ele saiu de uma porta que dava atrás de uma fábrica velha e abandonada, em um beco que era utilizado pela máfia.

Kizuro – Então era aqui que eu estive por todo esse tempo... Eu perdi completamente minha cabeça... e nem lembro quais meus objetivos. Bom, eu não me importo mais. – Quando resolveu sair andando por aí, notou que todos que ele encontrava ficavam o encarando e saíam correndo desesperados. – (por que todos estão correndo de mim?) – Perguntando-se isso, ele parou em frente à uma vitrine e olhou seu próprio reflexo, e assim, viu que sua pele cinza estava completamente suja de sangue, igual seu cabelo e roupas, que não passavam de alguns trapos velhos.

Kizuro – Deus... o que eu me tornei? – Perguntando-se isso, voltou correndo para o beco e ficou escondido lá por um tempo, até adormecer.

Algumas horas depois, ele acordou com uma sombra em sua frente. Ao olhar, simplesmente ouviu uma simples pergunta:

Kuro – Você quer ter mais poder do que já tem? Então me siga. Podemos ser grandes aliados.

]

Kizuro – (Então é isso... que ele quer dizer... Miyako... Karen... Ylin... Ylon... Ylun... Agora... eu entendo.) – Terminando seu pensamento, Kizuro foi completamente esmagado na parede por todos os punhos flamejantes de Kaito, causando uma grande explosão no local, a qual levantou o general para cima, desmaiado e o deixou caído no chçao, completamente desacordado.

Pyronious – (0..)

Kaito, Depois da insana sequência de ataques, teve sua transformação completamente desfeita, e seus braços que queimavam já em carne viva, apagaram-se, e após isso, o ruivo simplesmente disse:

Kaito – Eu... sou... o vencedor. – Ao falar isso, ergueu o braço direito e caiu desmaiado no chão, sem nenhuma outra reação.

3 minutos depois disso, Kizuro acordou e levantou-se, completamente tonto, indo até Kaito, vagarosamente.

Kizuro – O-obriga- Quando ia terminar de falar, recebeu um chute no rosto de um corte no ombro ao mesmo tempo, que o fez voar do outro lado do andar.

Keima e Wyles – SAIA DE PERTO DELE, DESGRAÇADO.

Wyles – Keima? Você aqui?

Keima – Eu que te pergunto isso. Você não devia estar em algum andar mais acima?

Wyles – Quando eu ouvi a explosão aqui embaixo, tive que vir ver como estava o Kaito.

Keima – Digo o mesmo. Eu ouvi a grande explosão vindo daqui de cima, e como já tinha terminado o serviço no primeiro andar, vim até aqui para ajudar.

Kizuro – Durmam. – Kizuro, utilizando seu pouco poder, entrou no adrenaline mode, e chegou em um instante atrás de Wyles e Keima sem eles nem perceberem, acertando-os com um golpe na nuca, que os desmaiou por completo, por estarem devidamente cansados de seus respectivos combates.

Kizuro – Enfim, como eu estava dizendo... Obrigado, Kaito. Você fez eu lembrar do meu objetivo final...– Ao falar isso, Kizuro pegou Wyles e o colocou em seu ombro, e após isso, pegou Keima em um braço e Kaito em outro, então abriu um portal em sua frente e sumiu daquela sala, deixando apenas escombros e vestígios de sua luta com o ruivo naquele local, que estava completamente destruído.