Ela ainda não sabe...

Capítulo 32


Edward olhou emocionado para a mensagem.

De: Bella Swan

Para: Edward Carlisle Cullen

Assunto: Saudade. Preocupação.

Espero que tudo tenha dado certo no tratamento. Desculpa, por não ter ido com você. Prometo que da próxima vez, nada irá me impedir de acompanha-lo na consulta. Estou morrendo de saudades, queria muito estar com você.

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Leah está cada vez melhor. Ela se encontra ansiosa para se encontrar com o bebê dela.

Beijos amor.

Desde o dia que tinha revelado sobre sua saúde, as coisas tinha melhorado entre os dois. Estavam mais unidos que antes, parecia que esta pequena fraqueza tinha apenas fortalecido os sentimentos deles.

E naquele mesmo dia, começou os tratamentos necessários. Bella sempre que podia o acompanhava, dizendo que ela estaria com ele na saúde e na doença.

Ele olhou ao redor, sentido falta de uma pequena menina, dona de um lindo sorriso. Já fazia tempo que não a via, estava começando a se preocupar. De certa forma, isso fazia ele se sentir mal, pois queria tanto que ela se tornasse real, e se fosse preciso, ele abria mão de Bella para que ela nascesse.

Queria tanto que ela aparecesse, mas todos os esforços que fazia parecia inútil.

— Por onde anda, pequena? – Sussurrou angustiado.

Tentou se levantar, quando uma tonteira ameaçou a derruba-lo. Ele se apoio no braço da cadeira.

Aquilo estava acontecendo com mais frequência, principalmente por causa do tratamento que era rigoroso e puxava toda sua força.

A porta é aberta. Passos de sapatos alto ecoava pelo seu escritório.

— Filho? – Elizabeth se aproximou quando Edward estava quase caindo. O desespero se apossou da mulher. – Socorro! Alguém me ajude!

Isso foi tudo que ele escutou antes de tudo se apagar em sua mente.

Quando acordou, se encontrava em seu quarto. O corpo estava pesado e a cabeça doía, o que significava que não poderia levantar como desejava naquele momento. Só então, percebeu que sua mãe estava sentada ao lado da cama, com a aparecia cansada, como se tivesse envelhecido cinco anos de tanta preocupação.

Ela tinha o olhar perdido, e aquilo mexeu com a consciência dele, pois se tivesse se cuidado no começo como ela tanto implorou, nada daquilo estaria acontecendo. Hoje, tinha consciência do quanto ela estava preocupada com o bem-estar dele, depois de conhecer Angel, tantas coisas foi despertado dentro dele, e com o desaparecimento dela, estava morrendo de preocupação como um pai coruja. Agora sabia o quanto tinha feito sofrer sua mãe, o quanto ela estava temorosa de perder o único filho.

— Mamãe... – Ele começou a falar, precisando de pedir perdão pela dor que estava causando nela.

Elizabeth olhou aliviada, por ele ter acordado.

— Fique calmo meu filho. – Ela passou delicadamente a mão no rosto dele, como se ele ainda fosse aquele menino travesso de anos atrás.

— Me desculpe mãe... – Ele pegou os mãos dela. – Me perdoe, por lhe causar tanta dor. Agora sei... Que fui um péssimo filho por ter lhe dado tantas preocupações, quando só queria o melhor para mim. – Ele beijou as mãos dela. – Obrigado por não desistir de mim, quando eu já não me importava com mais nada.

— Oh meu filho, uma mãe jamais desiste de seus filhos. – Ela sussurra entre as lagrimas.

Edward limpou carinhosamente as lagrimas do rosto da mãe.

— Não quero faze-la chorar, mãe. – As mãos tremia, enquanto se esforça para engolir o bolo que tinha se formado em sua garganta. – Quero que me perdoe por não ter me importado com sua dor antes. Quero que sorria, nem que seja uma das últimas coisas que eu tenha que fazer. Quero faze-la feliz, para recompensar todas as dores que causei.

— Já sou feliz por ter você como filho. – Elizabeth diz emocionada. Pela primeira vez, seu filho se abria com ela. – As preocupações e dores são parte do pacote ser mãe, meu filho. E não abrirei mão delas, se elas significam que terem você aqui comigo, suportarei tudo para que você jamais seja tirado de mim.

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Naquele momento mãe e filho se abraçaram.

—--------------

Ela sentia uma grande ansiedade a consumindo. Olhou outra vez para a rua.

Queria tanto ver e tocar seu bebê. Fazia tanto tempo que foi separada dele, ele deveria estar tão diferente. Sorriu ao lembrar aqueles grandes olhos verdes a encarando com curiosidade. Olhou para seu colo, aquele mesmo que seguraram com insegura e medo, para depois apreciar com amor e carinho aquele pequeno que lhe transmitia calor de felicidade.

Naquele momento se sentiu insegura. Será que ele se lembraria dela? Poderia ser ridículo pensar assim, mais queria que quando o carregasse novamente no colo, queria que ele soubesse que ela era aquela menina que o olhara com esperança e amor, que aceitará o presente de ser mãe dele.

— Fique calma, Leah. – Bella estava deitada na cama, vendo a preocupação no rosto prima. – Ou acabara tendo um infarto antes de voltar a ver teu filho.

Ela se virou para Bella, e deu um sorriso sem graça.

— É tão difícil! Se tivesse em meu lugar entenderia como estou me sentido. Não sei explicar... – Ela morde o lábio inferior. – Mas, é como se faltasse um pedaço de mim. E tudo só se resolverá quando ele tiver em meus braços.

— Ainda não acredito que sou tia.

Leah não soube o que responder. Pois, era algo que ela não havia escolhido ou premeditado, mas, estava agradecida por ter sido presenteada.

— Ele deve estar lindo. Quando bebê, era a coisa mais linda que já tinha visto.

— O vai fazer em relação a Emmett? Ele é o pai, e Edward deixou bem claro que Emmett quer ser presente na vida do filho.

Leah se encolheu. Ainda não sabia bem o que faria sobre aquilo. Era muita informações. Porém, sabia que Emmett foi também uma vítima naquela noite, e sabendo como se sentia em relação ao filho, entendia que não era justo negar isso a Emmett. Só que ainda era difícil encarar de frente aquela situação.

Prometeu a sim mesma que faria tudo para o bem do filho, e se isso significava abrir espaço para Emmett, ela faria isso.

— Daremos um jeito. – Falou confiante. Não agiria mais como um ratinho assustado, precisava ser forte. As consultas com a psicóloga estavam sendo muito construtivas. – Não vou negar um pai a meu filho. Sei que Emmett não teve culpa no que aconteceu comigo. Só preciso que ele tenha um pouco de paciência.

Bella abriu um imenso sorriso.

— Pode apostar que ele vai ter, Leh. – Afirmou satisfeita. – Edward disse que ele quer fazer de tudo para redimir o mal que o irmão dele causou, que fara tudo que for preciso para que você o perdoe.

O assunto começou a deixa-la desconfortável. Pois, sempre que falavam de Emmett um arrepio se apossava de seu corpo. E ainda não estava preparada para entender o significado daquilo.

Por isso, mudou de assunto:

— Como Edward está?

— Ele está cada vez mais abatido, o tratamento deixa-o exausto. – Diz com a voz baixa. Leah sabia que Bella estava morrendo de medo de perde-lo, e tentava fingir que tudo estava bem para não preocupa-lo. – Mas, estou confiante que tudo vai ficar bem. Tenho fé que ele vai se curar.

— Claro que vai. – Ela pega as mão de Bella, transmitindo toda as forças que ela precisava naquele momento. – Ele é forte e vai aguentar.

—-------

Emmett olhou para o berçário em busca de reconhecimento. Tinha certeza que aquele era o orfanato em que os pais de Leah, deixaram o filho deles. Depois de tantas buscas, sentia que estava cada vez mais próximo de encontrar o filho que não sabia existir.

Seu olhar foi atraído para um menino de cabelos loiros, pele clara. A criança estava de cabeça baixa brincando com um boneco de plástico. Ele era lindo. O coração de Emmett bombeou com força quando o menino levantou a cabeça como se sentisse que estava sendo observado, naquela hora ele confirmou quando encarou o seus olhos no rostinho gorducho da criança.

Encontrei meu filho. Meu filho.

Aquelas palavras estavam pesadas de sentimentos. Agora entendia porque Leah teve um peripaqui quando o viu, a criança era a imagem viva dele. As características, os olhos, tudo pertencia dele, olhando com cuidado percebeu que ele tinha a boca de Leah.

O impacto da realidade o vendo era mais forte do que imaginou que poderia ser. Ele era pai. E pensar que quase não o conheceu, fez com que apertasse com força a mão. A inveja e as mentiras do irmão e da noiva, quase o fizeram perder aquela maravilhosa criança.

— Pelo visto, o senhor já conheceu o pequeno Antony. – Falou a madre. – Ele é a criança que procura. Foi a única que chegou naquele dia.

Sim. Aquele era meu filho perdido. A criança que foi tirada dos braços da mãe. Um bebê inocente que foi rejeitado pelos avós preconceituosos. Fruto de uma armadilha cruel.

— Quando poderei leva-lo? – Perguntou não tirando os olhos da criança.

— Todas as papeladas estão sendo assinadas. – Comentou feliz por mais uma criança encontrar o amor da família. – Hoje mesmo poderá leva-lo.

Emmett se surpreendeu quando entrou no berçário, mas depois sorriu, queria muito carregar filho nos braços.

Quando chegou onde o filho estava, ele se inclinou e o beijou na cabeça. Ficou olhando para o menino que olhava curiosamente para o homem que tinha o beijado. Era como se perguntasse: Quem é você? Para a felicidade dele, o menino ergueu os bracinhos para ele.

Orgulhou inchou em seu peito. Seu filho o reconhecia, mesmo sem saber quem ele era. O sangue falava mais alto.

— Eu sou teu pai. – Falou cheio de emoção.

Sem saber bem como se carregava uma criança, ele levantou o filho entre seus fortes braços. E tudo se acalmou quando o bebê apoio a cabeça em seu peito, como se dissesse: Te aceito como meu papai. Lágrimas inundaram os olhos de Emmett, e ele nem era sentimental.

— Também já te amo muito, filho. – Disse engasgado com os sentimentos que aquele pequeno despertava nele.