Ela ainda não sabe...
Capítulo 2
Estava muito feliz. Alguém podia vê-la. Pensou que nunca, ninguém a veria. E com essa nova esperança, restaurou as forças para lutar pela sua mãe. Ninguém, e nem o destino, lhe tiraria a esperança de ser amada pela mãe.
Desde que havia saído do hospital, onde tinha conhecido o estranho, que podia vê-la. Tinha voltado a seguir a mãe.
Não cansava de olha-la, é tão bela. Pensava enquanto a observa.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Mãe! Já disse, que amo Jacob. – Resmungava a morena.
— Você é jovem. Não precisa se casar. E existe muitos amores para experimentar.
A menina dá uma risada gostosa. Gostava da avó. Ela tinha uma ótima aliada.
Renée era contra o noivado da filha, que ainda era muito jovem para casar.
— Não amarei ninguém, como amo Jacob! – responde irritada com a mãe, por continuar a insistir naquele assunto. – Ele será meu único amor!
Renée a olha contrariada. Sabia que a filha estava cometendo um erro, em se casar tão nova. Tinha tanto a viver, antes de se comprometer ao um casamento.
Com uma expressão angustiada a menina, se aproxima da mãe, pegando na mão dela, e fechando os olhos, transmite todo seu amor, para ela. Queria tanto que ela pudesse senti-la e vê-la. Será que o destino estava certo? Sua mão não amava? E que estava muito satisfeita com aquela vida?
— Querida, você está bem? – Pergunta se preocupado com a filha, que a poucos minutos atrás estava furiosa, e no outro, estava tão serena. Era como se estive em outra dimensão.
Como se recebesse um choque, ela sai da bolha que estava. E volta a ficar revoltada com a insistência da mãe.
— Estou ótima! Pois, vou casar com o homem que amo! – diz afastando a ternura que lhe tocara o coração. Nada iria impedi-la de se casar com o homem que ama!
A menina se senta inconformada na cama. Quase havia conseguido. Podia jurar, que a mãe sentiu sua presença. Mais, estava ficando fraca, e a ligação que elas tinham, estava desaparecendo.
Não tinha muita coisa para fazer ali. E com isso, se transporta para junto do desconhecido que conseguia vê-la. Precisava que alguém a ajudasse. E somente ele poderia. Pressentia isso.
Mais quando chegou, ele já não estava no hospital. O que a deixou bastante triste.
Mais não desistiria. E com muito esforço, conseguiu descobrir onde ele estava.
Quando o encontrou, ele estava muito concentrado lendo um jornal.
— Oi. – diz num sussurro, tentando chamar atenção dele.
Mais ele a ignora. E isso, a deixa muito chateada. Precisa dele. E ele agia como se não existisse.
Se ele queria fingir que não a via, ela então não se incomodaria por fazer travessuras.
A primeira coisa que fez, foi puxar uma cadeira. Depois, pegou vários livros. E começou a cantar uma música de ninar, bem alto, enquanto folheava o livro sem interesse algum.
E dá um meio sorriso, quando percebe que ele estava ficando irritado. E canta ainda mais alto.
— Chega! – Ele diz dobrando o jornal, e se levanta. – Você não existe! É uma alucinação!
Ele estava muito irritado. E começou a andar de um lado pro outro na sala.
Ela o olha, e da de ombro.
— É o que todo mundo diz. – Ela diz em voz baixa.
Ele se aproxima, e a olha com um olhar penetrante.
— Quem é você? – ele pergunta, e rapidamente puxa o cabelo frustrando. – O que estou fazendo!? Isso é uma alucinação! – E passa a mão pelo rosto e fecha os olhos. – Ela vai sumir. É apenas uma criação da minha mente!
E por mais que fechasse e abrisse os olhos, a garota na frente dele não desaparecia.
Por alguns, minutos, a menina fica sem saber o que dizer. Então responde:
— Não sou uma alucinação!
— O que você é, então? – Pergunta frustrado com as tentativas de fazer ela desaparecer. E num piscar, uma ideia lhe vem à mente – Só o que me faltava! Estou vendo fantasmas!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!A menina fica emburrada, e cruza os braços.
— Não sou um fantasma! Isso foi muito indelicado!
O homem da uma gargalhada. Agora tinha a certeza que estava louco. Pois estava enxergando um fantasminha, que estava ofendida, por chama-la de fantasma. É, estava bastante louco.
— Gosto de ser chamada de vida! – Continuava a menina, com a carinha contrariada. – E não fantasma!
Que por sinal, era muito brava. Para de rir. E tenta entender, o que realmente estava acontecendo. Talvez já soubesse a resposta, e apenas não queria acreditar.
Balança cabeça, como se aquilo fosse afastar o que já bem sabia, o que aquilo significava.
Da uma segunda olhada. Ela era tão novinha, para ser um fantasma, ou vida, como ela gostava de ser chamada. O que será que aconteceu com ela?
Repara que ela devia estar entre seis ou sete anos. Tinha cabelos castanho claro. E os olhos, era de um azul magnifico. Parecia um boneca, pequena e delicada.
— Como se chama? - Pergunta ao se sentar de volta na cadeira. Precisava similar o que estava acontecendo.
— Não sei. – E olha para ele. – E você?
— Me chamo Carlisle. – dá uma pausa. – Como assim, não sabe o seu nome?
— É um nome muito bonito. – Ela responde. E dá um sorriso sem graça pra ele. – Minha mãe não teve tempo de me dá um nome.
O modo como ela disse, foi tão sofrido. Então lembrou, que quando a encontrou, ela chorava e havia dito, que tinha perdido a mãe.
Se aproximou e abraçou a confortando.
— Sinto muito. Você deve sentir muita falta dela.
Ela balança a cabeça. E sua vontade, era protege-la de toda a dor e sofrimento. Sabia que estava ficando louco. Agora estava consolando uma fantasminha. Isso, só um louco fazia.
— Estou louco! – sussurra de olhos fechados, ainda abraçado a menina.
— Por que diz isso? – Pergunta curiosa.
— Por que, estou conversando com um fantasminha. – fala rindo.
Ela o olha com carinha brava.
— Já disse, não sou um fantasma! Sou uma vida... – Ela dá uma pausa, como se estive procurando as palavras certas. – Quero dizer, uma alma.
— Por que não está com a sua mãe? Achei que as almas se encontravam no famoso paraíso. – Diz ironicamente.
E percebe que atingiu um ponto fraco da menina, que perde toda a expressão.
— Não posso. – Ela sussurra. – E minha mãe, é igual a você.
— Como assim?
— Ela está viva.
Que loucura era aquela? Como aquilo era possível? Ela havia dito que tinha perdido a mãe naquele dia, em que se conheceram. Sentia um nó na cabeça com essa história.
— Mais... você disse que havia perdido ela. – relembro o que havia me dito, e tento entender o que ela dizia.
Ela se mexe meia desconfortável.
— De certa forma, estou perdendo ela. – dizia enquanto mexia as mão nervosamente. – E naquele dia, realmente acreditava que havia à perdido para sempre.
Aquilo estava ficando cada vez mais confuso. Como era possível perder alguém quando já não faz parte daquele mundo?! Não estava entendendo mas nada.
— Não teria sido ela a te perder? – Tento esclarecer, pra ver se conseguia entender algo do que ela falava. – Já que você não está mais viva?
— Não! Você, não está entendendo! – Dizia meia impaciente. – Minha mãe, não sabe que existo.
— Como isso é possível?! – pergunto descreditado. Pressentia que não parava por ai.
— Não sei ao certo, o que aconteceu. – Começou a explicar em voz baixa, como se estivesse compartilhando um segredo. – Apenas sei que ela é a minha mãe, e que antes que eu nascesse, algo muito ruim aconteceu, impedindo que eu vivesse. Desde então existo somente em alma, esperando o momento certo para nascer. Só que o destino, disse, que sou um erro, e desde que passei a existir, vem impedindo o meu nascimento. – O que escutava era incredível. Tinha uma vontade imensa de conforta-la ao escutar a tristeza na voz dela. – Ele diz, que não estou nos planos dela, e que minha existência foi um acidente, que jamais devia ter existido. – Ela dá um suspiro profundo, e continua. – Tive que observar várias vidas, se tornarem filhos da minha mãe, mais sempre tive a esperança de que um dia chegaria a minha vez. – Os lábios dela tremem ao continuar. – Mais naquele dia, o destino, destruiu todas elas, ao dizer que nunca vou nascer, e que meu tempo está se esgotando. Quando ela engravidar, deixarei de existir. A cada geração que se passa, minha existência vai se enfraquecendo, ouvir dizer, que isso vai acontece, por causa dos meus pais, que a cada geração vem seguindo caminhos diferentes, tornando a nossa ligação fraca com o passar do tempo, até que desapareça. E posso sentir que é verdade, pois, sinto que a ligação está cada vez mais fraca com a minha mãe. Se o caminho dos meus pais não se cruzar, deixarei de existir, como se nunca estivesse existido.
Estava sem palavras, o que acabava de escutar era absurdo. Não acreditava que aquilo realmente estava acontecendo. Primeiro descobre que pode ver fantasmas, e agora aquilo. Será que havia enlouquecido?
Se sentia na obrigação de consola-la. Percebia que ela não tinha mais ninguém para fazer isso. E com isso, se levanta e vai até ela, e abraça, dando todo o conforto que conseguia dá. Queria poder ajuda-la de alguma forma, mais não sabia o que podia fazer por ela. Sabia como ela se sentia. Sentia na boca o gosto de saber que tinha pouco tempo, e que estava sozinho, abandonado pela própria sorte.
— Gostaria muito de ajuda-la, mais não sei em que posso ajuda-la. – Digo, passando minha mão pela macieis de seus cabelos.
— Sério? Que vai me ajudar?
Quando ela me encara com aqueles grandes olhos azuis, não consigo dizer outra coisa.
— Sim. Mas não sei, em que posso ajuda-la.
— Me ajudará achar o meu pai. – Diz sorrindo de felicidade. – Iremos achar o meu pai! Eu sabia! Sabia, que você era o meu sinal. E que me ajudaria!
A felicidade dela, me enchia de contentamento. E acreditava, que ela também era o meu sinal. Poderia ajudá-la a encontrar a felicidade, e isso, me deixaria com a alma em paz, por saber, que fiz algo de bom, antes de partir.
— Primeiro, você precisa de um nome. – Digo a vendo cheia de felicidade. – Não quero ter que chama-la todas as vezes de menina.
Ela para de pular, e fica na minha frente, me encarando com aquele olhar.
— Sério? Eu nunca tive um nome.
— Mas, agora você terá. – confirmo com um sorriso.
— Isso é.... Tão bom. – Grita cheia de felicidade, com o olhar sonhador.
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