Escuridão... é isso que meus olhos conseguiam ver. Tentei correr, mas nada adiantava, não conseguia chegar em lugar algum. Não conseguia ver nada. Gritava por minha mãe, pelo meu pai, mas nada, ninguém me ajudava. Foi então que vi uma luz fraca e no meio daquele breu essa pequena luz ofuscava meus olhos. Cheguei mais perto e vi dois cachões, um grande e um bem pequeno. Chequei mais perto, o primeiro que consegui ver, foi o grande e a Gabriela estava lá dentro, com um rosto sereno, me assustei e muito, mas chegando perto do outro fui ver que tinha um bebê, provavelmente era meu irmão. Eu comecei a correr, a gritar mais ninguém me ajudava.

Isa: Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...........

Jaci: acorda Isa, Isa acorda.

Ela me sacudia, nada muito delicado. Abri meus olhos e apenas abracei. Que pesadelo horrível, sonhar com a morte de Gabriela e do bebê, isso não é bom.

Jaci: calma Isa, já passou, foi só um sonho.

Eu não conseguia falar nada, as lagrimas teimavam em cair, eu não agüentaria se isso fosse verdade, graças a Deus era apenas um pesadelo, “já passou!” ficava colocando essa duas palavras na minha cabeça. Tentando convencer a mim mesma. Respirei fundo e cheguei para traz, desfazendo do abraço.

Isa: obrigada.

Jaci: que isso Isa, sempre estou aqui pra você.

Isa: eu começo a desconfiar que você é meu anjo e não minha amiga humana.

Jaci: já ouviu falar que os nossos amigos são os nossos anjos?

Isa: você sempre está comigo nos momentos mais difíceis.

Jaci: e nos felizes também.

Olhei no relógio e ainda era 19:00, ficamos conversando e contei do meu pesadelo, pra ela, quando foi mais ou menos 20:00 fui tomar um banho bem relaxante,aquele terrível sonho ficava me perturbando, tentei com todas minhas força afastá-lo, mais eu não sou forte o suficiente. Saí do banho com uma toalha enrolada na cabeça,e outra no meu corpo, a Jaci estava arrumando o cabelo.

Isa: credo porquinha vai tomar banho não?

Ela me mostrou o dedo do meio.

Jaci: pra sua informação já tomei antes de vir pra cá ta?

Não falei nada e fui colocar um pijama bem fresquinho para arrumar meu cabelo. Jaci tinha acabado de arrumar o dela e foi arrumar o meu também, ficamos conversando coisas do passado, antes de mudarmos, antes do acidente, e me bateu uma saudade da minha casa, poder rever os moveis que minha mãe escolheu, ver as coisas que era dela. A nossa casa de São Paulo, eu pedi para meu pai não vender e nem colocar para alugar, para deixar do jeito que minha mãe tinha deixado, ele entendeu e deixou, nem nas coisas dela eu mexi, não tinha coragem. Lembrei do Caio, ele que tentou fazer de tudo para me animar depois do acontecido, mais enquanto mais as pessoas ficavam ao meu redor, mais sem educação eu era, então eu não culpo ninguém por ter afastado, eu tenho vontade de voltar em SP apenas para me desculpar com ele, eu sei que ele só queria meu bem. A Jaciara é amizade antiga, ela que ficava comigo dias após dias me abraçava esperando eu chorar, ela não ficava tentando me fazer ficar feliz, ela ficava do meu lado esperando meu momento, esperando um pouco dessa dor diminuir, e é por ela que eu sou muito grata, minha anja.

Acabou de arrumar meu cabelo, fui escolher uma roupa, ela tinha trago um vestido para usar, mais eu a convenci de que ela melhor não, pois íamos dançar muito do jeito que há tempo não dançávamos.

Look Jaci:

Look Isa.

\"\"

Começamos a nos maquiar, eu adorei o que estava vendo no espelho, modéstia parte. Estávamos prontas apenas esperando o meu bebê vir nos buscar. Estávamos sentados na sala até que Gustavo aparece, ele entra me olha de cima a baixo.

Gustavo: ta linda amor, mais não acha que esse short ta muito curto não?

Isa: nem começa Gustavo, você me conheceu assim e sabe que eu gosto de short assim e nem ta curto, é tudo da sua imaginação, se tiver com vergonha nem precisa ficar perto de mim.

A Jaciara ficou com uma cara.

Gustavo: desculpa Isa, só estou cuidando do que é meu.

Isa: ta amor, me desculpa também, não devia ter falado desse jeito com você.

Cheguei perto dele e o beijei, a jaci arranha a garganta tentando chamar atenção.

Gustavo: sem brigar por causa de roupas?

Isa: isso.

Dei um selinho e fomos entrando no carro do pai dele. Encontramos com o resto da turma e entramos. Estava super lotada, sentamos em umas cadeiras que tinham lá e os meninos foram buscar as bebidas, eles estavam demorando demais, então eu e as meninas resolvemos ir dançar perto de nossas mesas. Mais ou menos uns 5 minutos chegou um menino perto da jaci e ficou querendo dançar com ela, ela pediu para ele sair. Puxei ela pelo braço, fazendo ele soltar dela.

Isa: você é surdo ou o que? Ela falou que não quer.

Menino: é muito abuso da sua parte falar assim comigo.

Ele a puxou de volta e tentou beijá-la a força. Até que o Bruno aparece e empurra o garoto.

Bruno: não chega mais perto dela. Ta.

O garoto saiu e a Jaci tava um pouco nervosa.

Jaci: achei que hoje eu iria perder um braço, todo mundo me puxando.

Ela tentou levar na brincadeira, mais eu conhecia muito bem ela e sabia que ela estava muito nervosa, fui sentar com ela e Gustavo me acompanhou.

Isa: amor, deixa eu ficar a sós com ela por favor.

Gustavo: ok, vou ali ficar com minha irmã.

Ele me deu um selinho e saiu.

Isa: jaci, calma, já passou.

Ela respirou fundo.

Jaci: pois é né, eu vim aqui para me divertir, nossa, não sabia que o Gustavo dançava tão bem – ela deu ênfase no TÃO.

Eu olhei rapidamente e ele me tirou o fôlego.

Isa: você ta bem?

Jaci: pode ir lá cuidar dele, que eu vou beber um pouco e depois vou lá dançar também.

Levantei e fui dançar com o meu bebê, ficamos nos beijando e esse beijo foi esquentando. Me afastei um pouco, mais continuei dançando.

Gustavo: desculpa.

Apenas sorri, e o beijei de novo, mas com mais calma.

JACIARA narrando:

Estava bebendo algumas coisinhas e senti alguém sentando perto de mim, olhei e vi o Bruno.

Jaci: oi, e muito obrigada.

Bruno: amigos é para isso mesmo.

Jaci: pois é amigos – ah para né Jaciara, ele sempre fica te cantando e você sempre o tira só porque hoje é festa você ta querendo ficar com ele , não eu não quero ficar com ele, eu não to acreditando que eu pensei nisso.

Ele saiu de perto de mim e eu fiquei lá sozinha, vegetando e pensando na vida, até que um ser me tira dos meus pensamentos.

Xxx: oi?

Jaci: ér.. oi.

Xxx: tudo bem?

Jaci: sempre e você?

Xxx: melhor agora - melhor agora? Frase mais feita, não sabe nem cantar uma garota - prazer Felipe.

Jaci: prazer Jaciara.

Ficamos conversando um monte de coisas, ele era até legal, pelo menos eu não fiquei pensando no Bruno. Me diz porque eu estou pensando nesse garoto até agora? Eu não acredito. Depois de muito tempo, ele saiu e nós trocamos nossos contatos.

Depois de um tempo o Bruno chegou e sentou, perto de mim.

Jaci: oi de novo.

Bruno: oi – falou super grosso.

Jaci: que bicho te mordeu em? - esse é meu modo carinhoso de perguntar “o que aconteceu?”

Bruno: nada não Jaci.

Jaci: ok, eu estou aqui tentando ter um dialogo com você já que não quer ... fui.

Levantei e ele me puxa pela mão.

Bruno: desculpa.

Sentei de novo e ficamos conversando o resto da noite, ele seria um bom amigo.

ISABELA narrando:


Ficamos dançando, e eu não vi onde a Jaci estava, eu só vi que ela estava sentada conversando com o Bruno, praticamente a noite inteira. Olhei para o lado e a Babi estava ficando com o João. Pera aí.............. o JOÃO???????? Isso mesmo, achei que estava ficando tonta, por causa da bebida, a Mari estava dançando sozinha. Cheguei perto dela e o Gustavo ficou só me olhando.

Isa: resolveu adotar o estilo de vida da Jaci?

Mari: ãn? Qual?

Isa: forever alone.

Mari: ainda não, mais como eu vi que ta todo mundo de casalzinho eu preferi ficar sozinha.

Isa: não esta mais sozinha amiga.

Ficamos conversando e dançando até. A Jaci chegou perto de mim e fizemos uma rodinha.Pelo visto a jaci não ficou com ninguém.

Quando deu umas 04:00 fomos embora o Gustavo me deixou junto com a Jaci na casa da Babi, nós meninas íamos dormi todas lá.

Isa: boa noite amor.

Gustavo: boa noite pra você também, até amanha. Tchau jaci.

Ela só acenou, dei mais um beijo nele e entramos, a Babi arrumou um pijama para nós e fomos dormir.