GUSTAVO NARRANDO

Eu decide sair de perto dos meus amigos, procuraria outra turma, eu precisava me afastar para a Isa ser feliz e esquecer esse covarde aqui, e perto de mim, andando junto comigo, mesmo como amigos eu sei que seria quase impossível dela me esquecer e continuar com a vida dela, fui para o grupo da Dani, eu estava sofrendo, mais eu não podia deixar a Isa sofrer, o amor que eu sinto por ela é muito grande e eu não posso vê-la sofrendo. Quando ela chegou à escola e me viu com a Daniela, passou e me deu um "oi", meu coração parecia que ia saltar pela boca, mas eu não fiz nada, na hora do recreio eu a vi indo para a sala, a Dani queria ir também, mais eu não queria, já bastava ela ter que me ver com a Dani eu não ficaria no mesmo lugar que ela, eu não estou namorando e nem ficando com a Dani, mas ela fica me abraçando e eu apenas deixo, é errado eu sei, mais eu preciso que a Isa me esqueça. Quando entrei na sala ela estava conversando com alguém, fiquei com o coração na mão, por mais que eu quero que ela continue com a vida dela, ela sempre será minha pequena, fiquei a encarando e teve aquele estresse, eu via nos olhos dela que ela estava sofrendo, mais era melhor para ela me esquecer. Quando eu a vi saindo com o Guilherme, primo do Bruno, me deu uma vontade de tira-la de perto dele, cola-la em meu braço, e pedir perdão por tudo de ruim que eu fiz para ela, mais nada eu fiz, como sempre, eu sou um covarde isso sim, eu conheço o Guilherme há muito tempo, por ele ser primo do Bruno, mais não sou amigo dele, só o conheço de vista, mais o Bruno sempre falou muito bem dele, então a Isa estava em boa companhia.
Só eu sei o quanto me doí e falar e fazer tudo isso, mas era preciso. Ouvi a Mari conversando com a Isa no telefone, e pude ver que ela estava feliz, pelo menos eu acho isso, ela foi dormir na casa da Jaci e provavelmente a Isa iria contar como que foi o seu "passeio".

Que droga!!

Não conseguia conter as minhas lagrimas, ouvi a campainha tocar limpei meus olhos, mais não consegui disfarçar os meus olhos inchados, abri a porta e vi que era o Caio.
Caio: que olhos inchados são esses aí?
Gustavo: estava pensando na vida, mais a Mari não esta.
Caio: eu sei, eu vim conversar com você.
Gustavo: então entra - dei espaço para ele entrar e fomos para o meu quarto.
Caio: como você esta?
Gustavo: mal.
Caio: eu te conheço há pouco tempo, mais parece que é mais tempo, todos nós estamos mal, você se afastou dos seus amigos.
Gustavo: vai ser melhor assim.
Caio: melhor para quem?
Gustavo: para a Isa.
Caio: ela sofreu demais, e esta tentando levar a vida dela adiante, e você tem que fazer o mesmo, mais não é se afastando que você irá conseguir isso.
Gustavo: é melhor eu me afastar que ela me esquece mais rápido.
Caio: as coisas não são bem assim não Gustavo.
Gustavo: mais vai ter que ser.
Caio: não quero ela sofrendo mais, ela já sofreu muito, mais passando na frente dela com aquela menina esta fazendo sofrer mais.
Gustavo: fazendo isso ela me esquece mais rápido.
Caio: eu vim conversar com você, porque eu sei que esta sofrendo mais que ela, mais eu vi que é impossível ter um papo com você, mais o recado está dado, tchau.

Ele saiu nervoso e nem esperou eu falar nada, eu estava certo do que eu estava fazendo e continuaria mesmo que todos os meus amigos virassem a cara para mim, deitei na minha cama e chorei, maldita hora que eu fui envolver com coisas que não presta, eu acabei com a minha vida, o que restou foi só lembranças, lembranças do meu amor, fui dormir umas 23:00, amanha teria prova e eu ainda estava recuperando minhas notas do mês que estive internado.