They say that time's supposed to heal ya But I ain't done much healing

Hello - Adele

Olá

Sou eu

Eu estava imaginando se após todos esses anos

Você gostaria que nos encontrássemos

Para superarmos

Tudo

Dizem que o tempo supostamente lhe cura

Mas eu ainda não fui completamente curada

Olá

Você pode me ouvir?

Estou na Califórnia sonhando com quem costumávamos ser

Quando éramos mais jovens

E livres

Eu esqueci como era antes do mundo cair aos nossos pés

Há uma baita diferença

Entre nós

E um milhão de milhas

Olá do outro lado

Devo ter ligado umas mil vezes

Para lhe dizer que sinto muito

Por tudo o que fiz

Mas quando eu ligo você parece

Nunca estar em casa

Olá do lado de fora

Pelo menos posso dizer que eu tentei

Para lhe dizer que sinto muito

Por partir seu coração

Mas não importa, isso claramente

Não lhe deixa mais em pedaços

Olá

Como você vai?

É tão típico de mim falar sobre mim mesmo

Me desculpe, espero

Que você esteja bem

Você já conseguiu sair daquela cidade

Onde nada nunca aconteceu?

Não é segredo

Que nós dois

Estamos correndo contra o tempo

POV EDWARD

Depois que Bella saiu de casa eu entrei em desespero, não conseguia mais acompanhar os acontecimentos ao meu redor. Todos falavam sem parar comigo e tentavam me amparar, mas eu não conseguia focar minha mente.

Deixei meu corpo cair de joelhos até o chão e gemi passando as mãos pelos cabelos nervosamente à medida que as últimas lembranças me tomavam.

Bella pula do penhasco.

Eu pulo atrás.

Jacob a salva e eu a mordo.

Bella acorda e fica muito brava.

Bella vai embora.

Bella vai embora.

Bella vai embora.

A imagem dela me abandonando não saia da minha mente. Apertei os olhos firmemente e desejei morrer. Desejei com todas as forças que a morte me alcançasse. Não queria viver num mundo onde Bella não me queria.

Quando eu a deixei, havia um argumento que eu sustentava firmemente para não voltar correndo para ela e implorar seu perdão. Eu acreditava que precisava me afastar para mantê-la segura. Ela foi à coisa mais importante e incrível que me aconteceu. Não conseguia aceitar a ideia de que Jasper a tinha atacado no seu aniversário de 18 anos por minha culpa, tudo por eu ser um monstro egoísta que a queria por perto.

Exalei fortemente.

O que eu faria agora?

— Você vai desistir? Vai mesmo deixar Bella ir embora da sua vida? — a voz de Carlisle, meu pai, soou suave próximo a mim. Ele tocou meu ombro e eu levantei meu rosto sem vida para olhá-lo diretamente. Eu não me preocupava mais em ler a mente de ninguém ou responder, mas naquele momento eu queria me expressar, a pergunta dele girava em minha mente causando-me uma tontura estranhamente humana.

— Eu não sei exatamente. — comecei incerto e olhei para seus olhos que sempre me passavam confiança. Me sentia um garotinho perdido numa tempestade em alto mar. — Não posso viver sem ela. Preciso que ela me perdoe. Eu sei que soa masoquista o que eu vou dizer, mas mesmo que ela me despreze eu preciso dela perto. Preciso vê-la sempre. — terminei de falar esfregando a testa com força tentando apagar a imagem dela me deixando.

Carlisle soltou uma risadinha e eu olhei de cara feia. “Será que o meu sofrimento o divertia?” tentei ler seus pensamentos, mas só havia diversão. Bufei irritado e desviei o olhar. A imagem dela ainda rondando minha mente.

— Se quer recuperá-la tem que se manter sóbrio e agir calculadamente. A Bella que conhecemos não é rancorosa ou malvada. É apenas o lado de vampiro recém-criado falando mais alto. Seja consciente meu filho. Vai dar tudo certo. Ela está sozinha e precisa do seu apoio, principalmente durante o período de transição. — finalizou ele no mesmo instante que Alice soltava um grito agudo do outro lado da sala atraindo nossa atenção.

Jasper postou ao seu lado abraçando sua fina cintura até que ela voltasse à realidade. Foquei meus “ouvidos” extras

Visão on

***Bella corre pela floresta sem rumo.***Em determinado momento ela se senta em uma pedra e enxuga vagarosamente os pingos de chuva de seu rosto.***Sua expressão era de tristeza e dúvidas. Parecia estar em uma luta interna sobre o que fazer.***

A visão muda abruptamente.

***Bella acerta uma árvore com fúrias, várias árvores em sequência vão ao chão com a força do impacto.***

A visão muda novamente.

***Bella agora está abatendo um leão da montanha de uma maneira extremamente sexy. Seu vestido estava em farrapos.***

Visão off

Eu estava sentindo meu membro ganhar vida com a imagem dela rodopiando em minha mente, mas a áurea sexual foi quebrada pelo ofego de Alice e eu foquei minha atenção em sua mente novamente.

“Não pode ser!” pensou Alice quando focou seus olhos apavorados em Jasper.

Esfregou a testa e forçou o futuro de Bella a aparecer.

Nada!

Mais uma vez.

Nada!

Novamente.

Ainda tudo escuro.

— Edward... — balbuciou incerta em minha direção quando o barulho do ar escapando dos meus pulmões soou alto.

“Não podia ser. O que teria acontecido a minha Bella?” pensei me erguendo e correndo para fora num salto. Eu conhecia aquela floresta. Já estive lá uma vez, antes de Alice e Jasper se unirem a nós. Ela provavelmente não saberia onde fica e como chovia forte ninguém conseguiria me seguir. Era arriscado ir sozinho, eu sabia, mas não havia tempo para nada e eu era o mais rápido.

Bella podia estar sendo atacada pelos lobos, apesar de Jacob ter ajudado da outra vez, a situação agora era diferente, ela era uma vampira no fim das contas.

Os Cullens eram proibidos de pisar nas terras Quileutes, mas não havia nada que eu pudesse fazer agora, além de quebrar as regras. Apressei ainda mais minha corrida temendo pelo pior.

Eu não a deixaria morrer. Não, definitivamente não. E se os lobos fizessem qualquer coisa com ela, eu iria exterminar toda a matilha e a reserva. Mataria todos. Mulheres, crianças, homens e lobos.

Quebrando literalmente o trato, pulei o rio a oeste de Forks, é o rio que separava o nosso lado do deles, continuei correndo na mesma velocidade, mas mantendo sempre os ouvidos e a mente aberta.

“Onde ela estaria?” pensei um segundo antes de parar abruptamente ao ser atingido pelo seu delicioso cheiro. Um alívio sem tamanho me tomou. “Ela estava bem no fim das contas.”

Seu cheiro parecia mais concentrado do que eu me lembrava de algumas horas atrás, minha mente não conseguia lembrar-se apropriadamente da fragrância singular da minha Bella. Seu cheiro incrivelmente doce, tentador, sensual, floral...me fez aspirar profundamente e fechar os olhos em deleite.

“Como podia ser tão perfeita?” pensei mais apaixonado e segui alguns passos, mas parei quando notei seu pequeno corpo sentado numa pedra com a cabeça encostada nos joelhos.

“Linda!” quase babei com sua visão.

Sem querer assustá-la sussurrei seu nome — Bella! — e ela girou o rosto em minha direção naquele mesmo momento.

Analisei rapidamente procurando ferimentos, mas a única coisa que consegui foi uma ereção diante da visão dela molhada.

Sua face delicada me encarava confusa, seus cabelos estavam úmidos tinha algumas mechas grudadas na testa. Ela sorriu um pouco e se levantou dando um passo em minha direção. Sorri de lado com isso.

“Será que ela havia me perdoado?” pensei sem muito tempo para divagar, pois no instante seguinte um “meteoro” me atingiu com um baque fortíssimo.

Como estava distraído não notei aproximação e me repreendi mentalmente por isso. Meu corpo foi arremessado uns metros distantes de Bella e antes que eu atingisse o chão girei no ar parando em posição de ataque. Quem quer que fosse estava perto.

“Seria um lobo ou um vampiro?” questionei mentalmente assim que consegui forcar minha visão e vi um silhueta grosseira se movimento no topo das árvores. O monstro estava pronto para saltar sobre mim e eu não conseguia ler nenhum pensamento coerente com meus “ouvidos” extra.

Sua mente formava imagens desconexas e muito confusas, eu podia captar seu ódio em minha direção e me preparei para atacar.

Usei minha visão de vampiro para tentar reconhecer seu rosto, mas não pude reconhecer com nitidez, pois ele parecia usar uma máscara, mas ele parecia estranhamente familiar.

“Talvez fosse um dos lobos Quileutes.”

Rosnei ameaçador e expus meus dentes. Ele não iria me pegar desprevenido novamente, eu defenderia minha Bella de qualquer jeito.

O monstro estranho rosnou em resposta e avançou em minha direção.

Olhando atentamente seus movimentos com meu reflexo avançado desviei de seus golpes facilmente e acertei alguns socos na cara peluda e nas costas. Ele pareceu surpreso e antes da sua reação dei um chute em sua barriga e ele voou derrubando algumas árvores no caminho.

Não perdi tempo em analisar suas feições naquele momento. Eu precisava me livrar dele rápido antes que os lobos, prováveis amigos do saco de pulgas, aparecesse.

Ele deu um latido alto e parecia estar em todas as partes agora. Girei meu corpo atentamente, como um leão da montanha, e esperei ouvir de onde viria seu ataque, como eu não podia contar com sua mente para me auxiliar, utilizei meus outros sentidos, mas ele foi incrivelmente silencioso quando caiu pensadamente em cima de mim expondo seus caninos próximo ao meu rosto. Não tive tempo de reação, pois a voz de Bella soou próximo a nós surpreendendo a ambos.

— Edward? ... Mike? —

“O QUE?” Minha mente gritou. “Como assim? O que aquele humano idiota pensa que está fazendo? E como ele conseguiu me atingir com tanta força? Ele era um lobo? Como eu nunca percebi?” Inúmera dúvidas giravam por minha mente até ser interrompida pela voz distorcida do bastardo, leia-se Mike, dirigir a minha Bella.

— Não se aproxime, Bella. Eu estou te protegendo dele. Ele não vai te magoar nunca mais. Ela é MINHA, Cullen. — sua voz detestável se nomeava dono da mulher da minha existência. Como ele se atrevia?

Ela é minha, Cullen.

Ela é minha, Cullen.

Ela é minha, Cullen.

Sua frase martelava na minha mente me deixando zonzo. Foi então que a raiva tomou conta de mim. Dei uma mordida forte em seu braço que prendia meu pescoço e senti um gosto de sangue podre na minha boca, ele grunhiu de dor e eu me aproveitei para inverter as posições. Eu não deixaria barato e ele também parecia que não.

Rolamos pelo chão com socos, chutes e mordidas, mas o desgraçado conseguiu dar um golpe no meu pescoço e eu quase perdi a cabeça. Eu estava perdendo o controle dos meus movimentos devido à força que ele fazia para arrancar minha cabeça.

— Afaste-se dele. Agora! — a potente voz angelical soou cheia de autoridade, mas foi ignorada pelo projeto de monstro.

Temendo pela segurança dela implorei aos céus por uma ajuda. Ajuda que eu recebi prontamente, mas não foi do céu.

Tudo aconteceu rápido demais.

Num milésimo de segundo ele estava em cima de mim e quase conseguindo arrancar minha cabeça, no outro a terra literalmente tremeu, o abalo sísmico era mais potente que um terremoto nível 9 na escala Richter. Um terremoto com esta magnitude poderia destruir um raio de milhares de quilômetros.

Porém, este foi potente, mas se concentrou a uns dois quilômetros ao nosso redor. Mike me olhava com os olhos arregalados e eu não conseguia esconder minha surpresa com o tremor inesperado.

Desviei o olhar dele para me surpreender mais quando um buraco gigantesco começou a se abrir do nosso lado. As árvores começaram a pegar fogo e ele se alastrava como uma praga.

Eu olhava tudo entorpecido, não conseguia me mover ou balbuciar qualquer palavra. “O que estava acontecendo? O mundo estava acabando? Era o fim de tudo? Eu morreria sem o perdão da minha Bella?”

Trovões ensurdecedores soaram forte me distraindo dos pensamentos e me fizeram saltar de susto, uma chuva torrencial caiu acompanhada de uma ventania poderosa e começou arrancar as árvores ao nosso redor.

Girei a cabeça na direção de Mike e ele havia desaparecido. Cravei meus dedos fundo no chão molhado segurando em uma raiz e torci para não ser carregado. Meu corpo saia do chão com a força do vento e eu temi pelo pior.

Foi então que minha visão se focou numa figura miúda mais adiante, estava concentrada com os olhos fechados. Suas mãos estavam erguidas para o céu e uma nuvem branca saia delas guiando toda aquela catástrofe. Abri a boca em choque.

— BELLA! — gritei atraindo sua atenção. Assustada ela abaixou as mãos e a tormenta em terra cessou instantaneamente. Cai no chão ao mesmo tempo em que ela caia de joelhos e segurava a cabeça com as mãos.

Completamente assustado com o que constatei, corri para o seu lado e amparei seu corpo frágil. Ela parecia tão vulnerável.

— Como conseguiu fazer isso, Bella? — questionei alisando seu rosto com delicadeza. Aquilo era tão estranho. Vampiros podem ter dons descobertos quando se transformam e com as décadas são capazes de administrar, mas nenhum recém-criado conseguia ter o poder de controlar seus dons, como um clique eu me lembrei de que era sobre Bella que estávamos falando e ela sempre me surpreendia.

Olhei ao redor notando o estrago que minha garota fez. Pelo menos 4 km de floresta havia desaparecido e alguns poucos troncos estava espalhados, alguns soltavam um pouco de fumaça e a chuva havia diminuído.

— Não sei. — respondeu poucos segundos depois com aparência cansada, ela apoiou seu rosto no meu peito e eu a abracei apertado. Ela parecia ter me perdoado. Ri nervoso com a nova situação e beijei seus cabelos com afeto. Ela precisa de apoio emocional, era muita coisa para que eu assimilasse imagine ela então.

— TIRE SUAS PATAS IMUNDAS DE CIMA DELA, CULLEN. ELA É MINHA! — o grito histérico de Mike Newton, em sua forma humana, fez Bella saltar de meus braços e encará-lo de costas para mim.

Olhei para ele com raiva. “Será que o bastardo não morria?” Sua roupa estava rasgada e ensanguentada do lado direito, parecia bastante ferido.

— Pare Mike! Vamos conversar numa boa. Eu não quero ter que fazer aquilo de novo. — disse ela num tom carinhoso.

Me irritei com aquilo. “Por que ela tinha que trata-lo assim?” Apertei os punhos com força, estava cheio de ciúmes.

— Como você pode querer conversar depois de tudo que ele te fez passar? Como pode deixar ele te abraçar depois de te magoar? — ele parecia nervoso e começou a caminhar em nossa direção. — Ele vai fazer de novo. Você sabe que vai. — postei-me a frente dela, apesar de saber que ela não precisava de minha proteção e ele rosnou parando de caminhar, mostrei os dentes como um cão raivoso. Eu não conseguia me controlar.

Bella tocou meu ombro e seu toque me acalmou instantaneamente, porém ela tirou a mão rápido demais para a minha frustração e passou por mim, ficando a frente novamente.

— Afaste-se dela Cullen, ela é minha! —

Bella pareceu ficar tensa com sua ameaça, ela era uma recém-criada, poderia se irritar muito fácil com qualquer um, logo temi pela culpa que ela sentiria se o matasse. Eu adoraria vê-lo morto, mas eu não queria ver minha Bella sofrer mais.

Respirei fundo e resolvi me pronunciar para distraí-la, mas ao mesmo tempo para mostrar aquele moleque que ele estava sobrando.

— Você não tem direito algum sobre ela e eu só vou embora se ela quiser assim. — disse firme encarando seu rosto passar de raiva para surpresa e depois para puro ódio.

— Qual é o seu problema, cara? Você já a abandonou e feriu o suficiente. Eu que cuidei dela. Eu sou o namorado dela. Charlie chora todos os dias, desde que ela sumiu, mas isso não te importa, né? Veja só o que fez com ela. Teve coragem de transformá-la numa vampira. Tudo para tentar prendê-la ao seu lado. Isso não vai funcionar, Cullen. Não vou permitir que seu plano doentio tenha sucesso e muito menos que a trate como uma boneca de pano presa a fios que você comanda. Eu. Não. Vou. Permitir. — assim que seu pequeno discurso foi chegando ao fim, sua aparência começou a se transformar no monstro novamente.

Bella soltou um ofego surpreso com o que viu. O rosto de bebê transformou-se numa cara peluda com dentes pontudos aparecendo, as mãos humanas transformaram-se em patas enormes com garras afiadas e para completar ele soltou um uivo tentando me intimidar. Analisando melhor aquele monstro, não sabia dizer o que ele era na verdade. Lembrava um lobo e um humano ao mesmo tempo, porém seu lado lobo não parecia com os Quileutes.

Sem esperar ser atacado por ele de surpresa (já que sua mente estava uma bagunça em ambas as versões), posicionei meu corpo para saltar e lhe arrancar a cabeça. Seria rápido e limpo, sem erros dessa vez.

— JÁ CHEGA! — o grito de Bella fez nos dois recuar por um instante. Lancei meu olhar questionador em sua direção temendo o pior. “Será que ela temia que ele morresse? Espero que não.” Pensei com uma pontada no peito.

—Eu estou cansada disso. Eu não sou propriedade de ninguém. Não se comportem como homens das cavernas. E chega dessa atitude machista. Eu não vou aceitar receber ordens de ninguém e já estou farta dessa confusão sem sentido. Vocês dois juntos conseguem me tirar do sério. — tinha uma mão na cintura e a outra abanando nervosamente em nossas direções, enquanto seu pé batia no chão impacientemente.

— Bella? — o idiota disse cheio de si. — Vem comigo. — convidou-a e eu grunhi. “Será que ela iria?” — Eu posso continuar cuidando de você e vai ficar tudo bem. Eu prometo linda. — soou sua voz humana e melosa.

“Não vá, Bella. Fique comigo, por favor!” implorei mentalmente. Não sei o que faria se ela o escolhesse na minha frente. Com esse pensamento, recuei um passo com medo da resposta dela, mas como sempre. Bella era Bella e conseguia me surpreender.

— Não Mike. Acabou! — começou a dizer e tocou meu braço. Olhei sem compreender o que queria dizer com aquilo. “Acabou o que?”

— Edward me magoou e você cuidou de mim, mas isso foi em outra vida e por mais que eu quisesse esquecê-lo...eu não posso. Obrigada por tudo que você fez por mim, mas é ele que eu amo...sempre foi ele e você sabe...eu nunca menti para você sobre meus sentimos com relação a ele. Me desculpe, mas eu não posso continuar me enganando e te usando. Você é apenas meu amigo. —

Suas palavras firmes foram como um baque no meu coração morto, ela ainda me amava. Eu devia saber que ela ainda me amava, apesar de eu sempre agir como idiota. Bella, minha Bella ainda me amava. Dei uma risada alta de felicidade. Ela me olhou tímida e eu a tomei em meus braços girando-a no ar.

“Ela me escolheu. Apesar de todas as minhas burradas, ela ainda me escolheu.”

Porém, sua reação foi oposta ao que eu esperava, ela me empurrou e me olhou com frieza, desviei o olhar esperando a rejeição, de novo.

“Só porque ela disse que me ama não significa que me perdoou, é isso? Acho que sim, mas eu não desistiria de conquista-la. Tenho seu amor e a eternidade a meu favor. Eu lutaria por ela.”

— Você tem certeza Bella? — perguntou ele mais uma vez, ainda mantendo distancia de nós.

— Sim. — foi tudo que ela disse antes dele sair em disparada pela floresta.

— Mike? — sua voz quebrou um pouco quando o viu sair daquela maneira e eu me senti culpado por tê-la abandonado causando uma aproximação entre eles. Se eu nunca tivesse ido embora ela não sofreria.

Com um suspiro cansado ela esfregou a testa e se colocou a caminhar para o lado oposto. O buraco em meu peito se abriu novamente, sem pensar muito corri atrás. Eu não perderia nenhum segundo de oportunidade de ganhar seu perdão e afeto. Tinha a eternidade e jogaria com todas as cartas. A seduziria se fosse necessário.

— Bella, tem lugar para ir? — puxei conversa quando a alcancei. — Vamos conversar...você não quer matar ninguém...e eu posso te ajudar a se controlar. — balbuciei incerto sem saber o que dizer para ela não se afastar.

“Boa ideia, gênio!” pensei irônico para mim mesmo. Quis me chutar por minha falta de um plano pronto.

— Não preciso de você. Já provei que posso controlar até o meu...dom. Por que não conseguiria controlar minha sede? — disse me encarando furiosa e eu me encolhi um pouco diante da sua agressão verbal.

Ela voltou a caminhar e eu caminhei junto, em silêncio. Quando ela parecia extremamente irritada por minha insistência puxei conversa de novo.

— Sei que você não precisa, mas isso não significa que eu vou desistir de você, senhorita Isabella Swan. Talvez a nossa relação já te afete mais, nem a minha presença, só que eu não posso mais ficar um segundo longe de você. Eu fiz a maior burrada da minha vida em te abandonar. Eu estava voltando para te pedir perdão e você estava com...ele. Então me afastei inseguro, mas agora eu não sei quanto a você, só sei que eu não quero me afastar mais. Me perdoe por quebrar seu coração. Ás vezes você está tão fria que parece não se importar com o que há entre nós. Você pode até tentar correr contra o tempo, mas nos amamos e nada irá nos separar mais. Por favor! Vamos tentar de novo. Só uma chance, Bella. É tudo que eu te peço. — finalizei encarando suas orbes vermelha. Torcendo internamente para que minhas palavras tivessem o poder de fazê-la vacilar pelo menos um pouco.