O aerodeslizador chega na arena e me resgata. Subo com muita dificuldade na escada e quando chego na sala, sou sedada. Então é assim que tratam o vencedor?

Quando acordo, estou numa sala pós-cirurgia. Olho para a minha perna. Estava com uma aparência melhor, e estava menos doída. Uma Avox entra na sala com uma bandeja de comida e coloca no meu colo. Uma sopa e água. Tomo a sopa e dispenso a água, coloco a bandeja na mesa do lado da minha cama e tento levantar da cama. Os tubos que estavam no meu braço me fazem dormir novamente.

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Acordo em um quarto, no trem provavelmente, a caminho do Distrito 2. Levanto da cama e tento sair do quarto, mas acabo caindo no chão ao tentar andar. Mas que merda que fizeram com a minha perna?

Louise entra no meu quarto.

–Onde está a minha vencedora do massacre quartenário?... –ela entra no quarto sorrindo me procurando. Ela olha para o chão. -... No chão. Como você foi parar aí? Não te avisaram?

–Me avisaram do que? –pergunto. Nesse momento a mesma Avox que levou sopa para mim na sala entra com duas muletas na mão.

–A cirurgia da perna. Você terá que andar de muleta. –ela diz.

–Pra sempre?!

–Não. Claro que não. Por alguns meses, até você se recuperar. Agora, vamos comer que já estamos chegando no distrito.

Distrito. Casa. Família. Cato.

A idéia de poder rever Cato novamente me anima, me fazendo esquecer de que terei que andar de muletas por meses. Louise me ajuda a levantar e a Avox me entrega as muletas. Ando até a sala de jantar e Louise me ajuda a sentar na cadeira.

Rapidamente chegam com a comida. Um porco, arroz grelhado, salada. Como tudo o que eu tenho direito antes de chegar no distrito.

–Eu não terei entrevista? –pergunto.

–Ah, não. Você terá que ficar de repouso. –Louise responde. - Loucura, não?

Continuo comendo, até que nos avisam que tínhamos chegado no distrito. Me levanto rapidamente. Quero logo ver Cato. Estou quase saindo do trem quando um pensamento vem a minha cabeça. E se o tempo em que eu estive na arena, Cato arranjou outra? E se ele não me quiser mais por estar de muletas? Para com isso, sua idiota. Cato te ama.

Pelo menos é o que ele me diz.

Desço do trem com a ajuda de Louise e logo vejo uma multidão. E lá estavam eles. A minha família, me esperando, sorrindo. Vou até eles e os abraço.

–Onde está Cato? –pergunto. Algo me agarra por trás.

–Serve esse? –ele pergunta me abraçando por trás. Viro para ele. –Muletas?

–É. Por causa de Felix. Olha, eu entendo se você não me quiser mais, não quero ser um peso na vida de ninguém... –digo.

–Peso? Até parece. Agora vou poder cuidar de você, minha pequena. –ele me interrompe me abraçando, e novamente sumo em seus braços. -Eu te amo. -ele sussurra.

–Eu também te amo. -sussurro de volta.