E se Fosse Verdade

Cap12 - O beijo,


Eu nem precisava comentar sobre à casa do Max, tipo era de deixar qualquer um de boca aberta, acho que minha casa inteira era apenas um cômodo na dele, como fazia pra encontrar alguém ali dentro? Fala sério você tinha que andar com um megafone.

Eu desci do carro, o ogro parou do meu lado eu devia estar realmente com a cara de babaca já que eu nem conseguia fechar a boca.

—Tudo bem?—Ele perguntou me olhando de um jeito esquisito, parecia até preocupado.

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—Claro.–Eu revirei os olhos.

Então ele me puxou pra perto me abraçando, aquilo era muito... Confortável. Eu devia estar endoidando.

— Eu acho que você devia valorizar mais o seu sorriso e começar a usá-lo. —ele sussurrou no meu ouvido. —A gente não esta num funeral.

Mas para mim parecia, o meu funeral.

—Mas eu valorizo o meu sorriso, minha mãe me ensinou isso.—eu disse tentando me afastar.

—Ensinou?—Ele perguntou erguendo as sobrancelhas.

—Sim. Ela sempre me dizia “me responde de novo que eu te arrependo os dentes”.

—Eu já falei que gostei da sua mãe. — ele disse rindo.

Os seguranças não nos parou na hora em que passamos pela porta. A sala estava lotada de gente, cara acho que a escola inteira estava ali.

—Achei que não chegava nunca cara. — O Max gritou aparecendo na nossa frente, e então eles fizeram um cumprimento engraçado e idiota, eu preferi ignorar.

—E ai Iza. —ele disse como se só agora tivesse se dado conta que eu estava ali. —Cara, você esta uma gata. —Ele disse me olhando de cima em baixo, aquilo fez com que minhas bochechas pegassem fogos.

—Ei tira os olhos. —O Ogro disse me puxando novamente para perto dele.—Ela é minha.

–Menos. —Eu não era nenhum objeto para ter proprietário.

—Ei calma ai ratinha. —Ele disse piscando eu preferi ignorar então me virei para o Max.

—Feliz aniversario. —eu murmurei sem graça de não ter trazido um presente. Mas o que eu ia dar pra ele? Uma colerinha. Tipo Max, Max vem cá garoto.

—Humm valeu. Separei um lugar bacana pra gente. —ele disse nos puxando para uma mesa perto do palco.

Sabe, agora eu adoraria, aquela mascara de fantasia no rosto. Porque todo mundo tinha que olhar pra gente enquanto nos caminhávamos. Não porque eu era uma pessoa importante, mas sim pelo idiota que segurava a minha mão.

Como ele podia sorrir enquanto todo mundo comentava de nós. Tipo:

Quem é ela?

—Trocou a Thifany por ela?

—Ta legal isso não vai durar muito. —Eu tinha certeza que tinha apenas pensado nisso, mais o Michel virou para mim e sorriu.

—Relaxa e aproveita a festa.

Como se fosse fácil.

Realmente a mesa era uma das melhores que tinha ali. Eu me sentei e o Ogro ambulante sentou ao meu lado, tinha mais algumas pessoas na mesa, eu até tinha pensado em sorrir para elas mas desisti da idéia quando todo mundo me olhou como se tivesse visto uma assombração. Qual era o problema daquelas pessoas? Melhor deixar pra lá.

— Então o Michel já estava te pegando?—Um imbecil perguntou quebrando o silencio da mesa e é claro que eu o reconheci, era o menino que havia passado as cantadas baratas no portão da escola. Minha vontade de socá-lo só aumentou.

—Não. Mas graças a você eu a conheci. —O Michel falou antes que eu começasse a usar meu requintado vocabulário. —Relaxa. —Ele sussurrou no meu ouvido. —Você a viu?

Eu senti um arrepio percorrer a minha espinha, aquilo não estava acontecendo, ou pelo menos não devia.

—Viu? Do que você esta falando?—eu perguntei alto demais.

—Psiu. —ele colocou os dedos sobre os meus lábios. —A Thifany.

Oh claro a Thifany. Por mim ela podia estar amarrada nos trilhos do metro que eu não ia me importar.

—Vamos dar uma volta. —Ele pediu impaciente então levantamos. —Max qualquer coisa me avisa. —Ele disse pro Max que estava mais interessado na conversa da menina ao lado do que no que o Michel disse.

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—Será que a gente já não pode ir embora. —eu não estava curtindo aquela festa de jeito nenhum.

—Mas acabamos de chegar. —Ele disse assombrado.

—Eu sei. Mas todo mundo já viu a gente junto. —Eu disse dando de ombros.

—Nem todo mundo. —ele me lembrou. —Faltou a pessoa mais importante.

Quem? Papai Noel. Porque a Idiota da Thifany que não podia ser.

—Vamos dançar?—O ogro perguntou de repente.

Ele não iria querer dançar comigo. Isso eu tinha certeza ao menos que ele pretendesse ter os pés amassado.

—Melhor não.—Eu disse olhando para os lados procurando um lugar aonde eu pudesse me agarrar antes de ser arrastada para a pista de dança.

—Por quê?—ele disse levantando a sobrancelha. —A esquentatinha não agüenta uma dança.—Ele provocou.

—Cara eu to te avisando isso é pro seu bem.—Custava ele me ouvir uma vez na vida.

—Vamos lá.—Ele disse me puxando para pista de dança.—Isso não pode ser tão ruim.—Os pés dele iriam dizer depois.

Tá eu tinha que admitir que não foi tão ruim assim, claro sem contar o fato de eu ter pisado uma três vezes no pé do Michel, mas ele bem que mereceu.

— Cara será que tem uma amuleta por ai?—Ele perguntou enquanto saímos da pista de dança.

—Eu avisei.—Eu murmurei e minhas bochechas coraram. Porque isso sempre acontecia.

—Ah, vem cá.—Ele disse me abraçando.

Ulgh. O que ele tava fazendo?

—O que foi?—Eu perguntei quando ele se afastou um pouco e acariciou o meu rosto.

— A Thifani esta olhando. —Ele sussurrou no meu ouvido, aquilo era algo difícil de acostumar.

Ótimo. Estava sendo observada por uma vaca.

—Hora do show. —Ele disse colando o seu corpo no meu, aquilo fez com que minhas pernas tremessem.

Ele prendeu meu rosto entre suas mãos, e nossos olhos se encontraram, inevitavelmente eu mordi meu lábio inferior ele sorriu para mim, foi quando tudo aconteceu. Ele colou seus lábios no meu e tudo pareceu desaparecer a minha volta, eu não me importei da escola inteira estar ali, ou que aquele beijo era apenas para fazer ciúmes para Thifani, eu simplesmente me deixei levar por aquela sensação.

—Nada mal.—Ele se afastou um pouco sorrindo, e eu fiquei ali parada sem reação tentando organizar meus pensamentos, foi quando ele me puxou novamente em mais um beijo.

Ele se afastou ainda sorriso. O que eu devia fazer agora? Eu devia estar pirando, completamente enlouquecendo. Minha consciência gritava: FUGIR, FUGIR.

Eu respirei fundo procurando a porta de saída.

Claro que eu não dei dois passos, pois o Michel me segurou.

—Pra onde você esta indo?

Porque ele tinha que fazer pergunta difícil.

—Nem pense em bancar a ratinha agora. —Ele piscou pra mim. — Ou vai se arrepender.—Ele disse dando um leve selinho e me puxando para perto. —E eu vou ser obrigado a ficar beijando você a noite inteira, só assim eu teria certeza que você não iria fazer nenhuma besteira.

Eu acho que não seria tão ruim fazer uma bela besteira aqui? Será que ele iria perceber.
Aff, o que eu estava pensando.