E Se {Série De Repente} 1

Capítulo 2 - Antes de tudo


Lilly estava em casa, em seu atelier, construído pelo seu pai com a ajuda de Barry que o desenhou. Ela estava sentada a mais de uma hora, olhando para a tela em branco com o pincel na mão. No momento estava com o seu bloqueio criativo, mas não era bem assim, sua cabeça estava em outro lugar, mais precisamente em alguém, Barry— o cara dos seus sonhos e seu melhor amigo – Tudo parecia perfeito e ambos eram almas gêmeas.

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Com um longo suspiro levantou-se da cadeira e foi para a cozinha, conversar com a sua mãe, que estava preparando o jantar. Sua mãe, Ella é uma chef e junto com a mãe de Barry, Hanna tem o seu próprio restaurante de sucesso.

- Mãe?! – disse Lilly ao entrar na cozinha, puxando uma cadeira e logo se sentando. Observando Ella cortar os legumes.

— Sim querida – disse ela ao olhar para sua filha, pegando uma tigela para colocar os legumes cortados.

A cozinha era clara e ampla, com uma janela grande que dava de frente para o jardim, a mesa redonda continha uma fruteira, onde Lilly brincava com uma maça.

— Aconteceu alguma coisa querida? – perguntou Ella indo se sentar em frente à filha. Com um suspiro Lilly respondeu

— Apenas pensando – depois de uma pausa perguntou – Mãe, como você sabia que o papai era o cara certo? – Com uma expressão de surpresa sobre como os pensamentos de sua filha seguia, Ella tentou ser clara o bastante e curiosa sobre o final desta conversa.

— Sabe Lilly não tem uma resposta exata. Ou de certo e errado, não é uma receita aonde cada passo que você irá tomar está escrito.

— Então como você sabia que ele era o único? O que fez você se casar com ele e construir uma família?

Com uma risada e um manear de cabeça, Ella olho nos olhos da filha e disse.

— O amor Lilly! Quando eu conheci seu pai demorou um tempo até chegar aonde nós chegamos e no tempo em que estávamos namorando, eu tive minhas dúvidas e tenho quase certeza que seu pai as teve também. O que é normal querida, afinal, o futuro é uma caixinha de surpresas, mas por que a pergunta repentina? O que se passa nessa cabecinha? – perguntou Ella que se inclinava e acariciava o longo cabelo castanho claro de Lilly.

— Sabe mãe, eu não sei, foi repentino. Estava pensando no presente e no futuro e é claro que o Barry fazia parte e aí como em um estalo me veio esse questionamento e é claro o seu relacionamento com o papai, que é incrível e tão certo – Respondeu Lilly brincando com os dedos e esquecendo a maça em sua frente.

Com uma risada e um olhar penetrante na garota de 21 anos, que aos olhos da mulher que chegava a seus 40 anos e com o cabelo curto castanho médio ainda era o seu bebê, viu o nervosismo e com um olhar carinhoso segurou a mão da sua filha e disse – Lilly, você e o Barry já estão juntos há algum tempo, ou melhor, a vida inteira. Filha ter dúvidas é normal, não quer dizer que você parou de gostar dele ou se essa duvida irá trilhar seu caminho daqui pra frente. São as decisões Lilly que farão a diferença no seu futuro. – terminou dando um aperto de conforto na mão da filha e se levantou para terminar o jantar.

Lilly também se levantou, contemplando o que sua mãe disse saiu da cozinha, mas antes disse – Irei pintar, quando o jantar estiver pronto me chame, por favor.

Em vez de ir ao seu atelier, foi direto para seu quarto. Chegando lá, sentou-se na cama e olhou para o criado mudo, pegando o porta-retratos que continha uma

dupla foto sua com Barry, a primeira quando eram crianças e a segunda, mais recente, de quando começaram a namorar.

Flashback:

Na varanda de uma casa, sentados em um sofá-balanço para duas pessoas estavam dois jovens apaixonados na faixa etária de 17 e 18 anos.

Uma jovem Lilly borbulhante com o cabelo na altura das costas com mechas claras estava olhando com os seus olhos castanhos lamacentos para um jovem Barry de cabelo castanho claro um pouco abaixo das orelhas com os seus olhos castanhos avelã, sorrindo para a menina a sua frente.

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— Eu sei que é estranho – disse Barry, segurando as mãos da menina em seu colo, a menina sorriu e deu um pequeno aperto em torno de suas mãos.

— É um pouco – concordou com a cabeça – Mas olha, eu quero tentar, mas nossa amizade não pode ser esquecida – terminou olhando para as suas mãos, preocupada com a amizade de uma vida inteira.

— Lil – Barry disse ao levantar o queixo dela com as pontas dos dedos – Nossa amizade é mais importante que qualquer outra coisa e eu não estou disposto em colocá-la em risco, mas – com um suspiro Barry se levantou e ficou de frente para a garota sentada – mas, eu estou apaixonado por você e não posso esquecer este sentimento, nossa amizade não vai acabar, só vai ficar mais forte! – terminou puxando Lilly para ficar de pé ao seu lado.

Sorrindo para o garoto apaixonado, Lilly o abraçou – Também estou apaixonada por você e isso é o que importa. - Quando o abraço acabou Barry olhou para Lilly com um sorriso brilhante – Então é um sim? – Perguntou ansioso. – SIM, SIM, SIM – Gritou Lilly com um sorriso enorme.

Não contendo a felicidade, Barry a levantou do chão e ficou os girando com gargalhas de felicidade.

Quem os olhasse de longe diria e sentiria a alegria que emanava nos jovens amantes apaixonados.

Fim do Flashback

Voltando a realidade, Lilly colocou as fotos de volta onde estavam e com um suspiro saiu do quarto e voltou ao atelier e com inspiração, começou a pintar, as pinceladas dando formas aos jovens Lilly e Barry. Uma cena marcada até hoje nas memórias da garota, uma de suas favoritas, o momento em que Barry a levantou e os girou.