E Se Eu Não Te Amar?

Decepção Amorosa


— Droga! Eu nunca vou conseguir escrever uma carta que consiga mostrar a ela tudo o que eu sinto - disse Adrien amassando uma folha de papel e jogando de encontro com várias outras que já estavam em seu lixo.

— Como você pode estar apaixonado pela Ladybug, você nem sabe quem ela é de verdade.

— Você não sabe nada sobre o amor, Plagg.

— Ah! Eu sei sim, eu amo cheddar, amo queijo suiço e eu amo camembert — disse o pequenino abraçando um enorme pedaço do queijo fedido.

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Adrien frustado se levantou da cadeira onde estava e se dirigiu até a janela do seu quarto.

— Ah! O garotinho ta frustado só porque não consegue terminar o poema pro seu amor mascarado.

— Não preciso de um poema quando eu posso falar pessoalmente — ele fechou os olhos e imaginando a Ladybug, suspirou profundamente antes de falar — Seu cabelo escuro como a noite. Seus lindos olhos da cor de uma flor. Quem será por trás deste disfarce, meu amor.

— Que nojo! Você tá fazendo eu perder meu apetite — exclamou Plagg colocando o resto do queijo na boca de uma vez só — ou quase.

Adrien abriu seus olhos e correu até sua mesinha pegando um cartão em formato de coração.

— É isso, Plagg! Já sei o que vou escrever.

⠂⋆ ⠂

Ladybug tentava impedir o Cupido Negro de transformar os apaixonados em pessoas repletas de ódio, torcendo para que seu parceiro aparecesse para ajudá-la.

Ela não teve que esperar por muito tempo. Enquanto se escondia do Cupido Negro o Gatinho apareceu á sua frente escorado em uma parede balançando seu rabo preto.

— Já está esperando por mim meu amor? Preciso falar com você - disse ele confiante e decidido a revelar todos os seus sentimentos.

— Você vai ter que esperar. O Cupido Negro...

Ele a interrompeu colocando o dedo nos lábios dela.

— Eu prometi que falaria isto assim que te encontrasse. Ladybug, eu te...

Os olhos de Cat Noir se arregalaram quando ele viu que atras de Ladybug estava o Cupido Negro vindo na direção deles.

— Ladybug, cuidado!

Ele gritou e se colocou entre a joaninha e o anjo do mal, recebendo uma flechada em suas costas.

— Cat Noir!

A menina se assustou e ficou preocupada com o amigo que apertou as mãos com força nos ombros dela.

— Ladybug, eu... eu te odeio!

Cat Noir pronunciou estas palavras com estremo desprezo, ele fincou suas garras ainda mais fundo na joaninha que sentiu a dor se espalhar por seus ombros, mas antes que o gato rasgasse mais a sua pele ela chutou seu pé e se desvencilhou do aperto dele.

Com ajuda de seu io-io a pequena fugiu, ela sabia que agora teria dois problemas, parar o Cupido Negro e impedir que seu amigo lhe matasse.

O problema é que ela não sabia como fazer com que Cat Noir voltasse ao normal. Ela tentou se afastar o máximo possível do gato preto indo em direção ao Anjo do mal.

Depois de um tempo procurando ela o encontrou e para sua surpresa Cat Noir estava com ele.

— Como é que você vai lutar contra nós dois agora cara de inseto? — disse o gatinho sorrindo para a Ladybug.

A joaninha vendo que seria muito mais difícil do que imaginava percebeu que era hora de pedir ajuda a seu talismã.

— Talismã!

— Uma maça do amor!? O que eu vou fazer com isso? — perguntou ela confusa ao ver o que seu poder lhe deu.

Ela olhou para os lados e viu as mãos do azumatizado brilhando em vermelho com bolinhas pretas, neste instante ela entendeu o que precisava fazer.

Mas antes de tudo Ladybug precisava trazer o gatinho de volta e para isso, ela percebeu, só com um beijo. Pois um beijo sempre destrói as maldições causadas pelos vilões.

Ela correu em direção ao Cat Noir que a jogou no chão, ele estava em cima dela. Era o momento perfeito. Ladybug segurou o rosto do gato preto e lhe deu um beijo.

Cat Noir sem saber o que estava acontecendo olhou ao seu redor desorientado.

— O que está acon...?

— Depois eu te explico, gatinho. Agora preciso da sua ajuda para acabar com este akumatizado — disse ela interrompendo o que ele ia dizer.

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Ladybug jogou a maça do amor no Cupido Negro que ao se defender do ataque com as mãos ficou com as mãos pegajosas. Ele tentou usar seu arco e flecha nos heróis, mas sua mão ficou grudada na flecha.

Aproveitando a oportunidade Cat Noir usou seu cataclisma para destruir o broche onde estava o akuma.

Ladybug usando o io-io capturou o akuma.

— Chega de maldade akuma. Hora de aniquilar a maldade!

A joaninha purificou o akuma e assim fez com que tudo voltasse ao normal.

— Gatinho, hora de ir - disse a joaninha indo embora.

— Espera, Ladybug eu tenho que te dizer uma coisa.

Ela já estava no teto de uma casa, mas parou e esperou que Cat Noir a alcançasse.

— Fala rápido gatinho, estamos quase nos destransformando.

— Eu sei, mas eu precisava muito te dizer uma coisa — ele se aproximou da joaninha e segurou sua mão.

— Mas, o que você...

— Ladybug, eu te amo!

A garota ficou espantada com o que ele disse, afinal ele dava em cima de todas as garotas, inclusive dela quando ela era a Marinette.

Ele não podia estar falando a verdade, era só mais uma de suas brincadeiras.

— Cat Noir, eu não estou boa para essas suas brincadeiras, ta bom?

— Mas...

— Hoje pode ser dia dos namorados, mas eu não vou te dar um beijo só porque você está falando que me ama. Amor não é uma coisa que você devia brincar. Então, porque você não vai atrás de outra joaninha. Eu tenho mais o que fazer.

Ladybug pegou seu io-io e foi embora deixando o gatinho sem palavras.

O corpo de Cat Noir ficou paralisado enquanto ele tentava digerir o que seu amor acabará de lhe dizer.

Ela achava que ele estava brincando com ela?

Como ela podia achar uma coisa dessas?

⠂⋆ ⠂

De volta ao seu quarto, Adrien, estava devastado pela rejeição da sua Bugboo.

— Plagg, ela acha que eu estava falando só por falar. Ela não acreditou em mim.

— Viu é por isso que eu amo camembert, garotas são muito complicadas.

Adrien ignorou o pequeno Kwami e foi até sua escrivaninha onde pegou o cartão vermelho em forma de coração que ele havia feito para sua amada.

— Tive todo esse trabalho para fazer essa porcaria para nada. Ela nem considerou que eu pudesse estar falando a verdade.

O garoto colocou o cartão no fundo do bolso e se dirigiu até a sua janela, de lá ele conseguia ver a torre Eiffel ao longe.

— Eu só queria que ela me amasse também, Plagg.

— Você não pode ficar choramingando por aí só porque recebeu um fora.

O loirinho pensou por um instante e percebeu que seu amiguinho tinha razão, ele não podia ficar ali para sempre daquele jeito.

— Você tem razão. Plagg, mostrar as garras!

O gatinho saiu do quarto e foi em direção a cidade sem saber que no caminho encontraria uma certa garota de cabelos azuis.