Dream A Little Dream

Capítulo 19 - Heart Shaped Box


POV ANNABETH


Estava a horas debruçada contra a escrivaninha pensando na ideia de Percy. Eu poderia desabafar tudo em um pedaço de papel, sem medo de retaliação.


Por outro lado, o medo que eu sentia era palpável. O que eu faria se alguém mais descobrisse sobre isso?


Suspirei. Precisava deixar de ser tão paranóica.


Encostei o lápis na folha e respirei fundo.


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''Antes eu poderia me considerar uma pessoa feliz. Obviamente, só percebemos a felicidade quando conhecemos a tristeza. A algum tempo poderia me considerar uma pessoa helenística. Vivia pelo prazer momentâneo, cabular regras, fazer o que todos considerariam imoral e irresponsável.


Eu não era daquele jeito, não de verdade. Pensava ser algo do momento, que logo passaria e até certo ponto eu estava certa em relação a isso. Passaria, mas não da forma que eu esperava.


Honestamente, me considero uma pessoa com boa memória, mas o trauma causado pelos acontecimentos posteriores me fizeram esquecer detalhes da minha própria história. E havia também as drogas.


Eu não consigo me lembrar com clareza das noites em que passei entorpecida pela ilusão de felicidade que as drogas traziam-me. Eu me sentia infeliz. Sentia que eu era um lixo para todos, um peso morto.''



Ouvi alguém bater na janela e me apressei para abrir. Percy estava encostado na grade de proteção despreocupadamente.


– Oi. - disse sorrindo involuntariamente.


– Oi. - ele respondeu. - Adivinha quem é o novo solteiro da área?


– Sério? - indaguei arqueando uma sobrancelha. - E Rachel não pirou?


– Claro que ela pirou. - ele disse revirando os olhos e abraçando a minha cintura.


– Eu vou morrer. - digo colocando meus braços ao redor dele.


– Eu não vou deixar ela fazer nada. - ele disse encostando sua testa na minha.


Sorri e encostei nossos lábios com urgência.


Percy agarrou a minha coxa e me carregou entrelaçando minhas pernas ao redor de seu corpo. Entramos no quarto procurando pela cama às cegas. Quando enfim a encontramos, Percy caiu pesadamente sobre ela.


Percy tateou meu corpo avidamente, fazendo-me arrepiar a cada toque. Afundei minhas unhas em seu braço arracando-lhe um gemido baixo.


Ele me apertou de encontro ao seu corpo e afagou minhas costas por baixo da blusa, seus dedos desabotoando rapidamente o feixo do meu sutiã.


Mordi seus lábios enquanto ele deslizava a alça do meu sutiã pelo meu braço. Percy separou nossas bocas e distribuiu beijos do meu pescoço até o decote da minha blusa.


Suspirei ofegante e trouxe sua boca de volta pra minha. Suguei seu lábio inferior com força e mordi seu pescoço. Suas mãos subiram por minhas costas e afagaram a lateral dos meus seios.


– Percy. - gemi contra o seu ouvido.


Isso o incentivou a apalpá-los.


– Percy. - arfei e me separei dele. - Controle-se.


Percy gemeu e me puxou para o seu lado.


– Desculpe. - ele disse afagando a minha cintura.


– Já passamos por isso antes. - digo arqueando uma sobrancelha.Percy bufou.


– Certo, desculpe, desculpe, desculpe. - ele disse. - Pronto, já pedi desculpas pelas próximas três vezes que eu tocar em você de modo inapropiado.


– Então você pretende fazer isso de novo? - indaguei com a sobrancelha arqueada. Percy limpou a garganta.


– Vou deixar a questão em aberto. - Percy disse fazendo-me rir.


– Seu Cabeça de algas. - disse dando um selinho nele.


– Annie, eu preciso te pedir um favor. - seu rosto adquiriu um semblante sério.


– Pode falar. - disse sentando-me reta.


Ele entrelaçou nossas mãos e suspirou pesadamente.


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– Eu decidi que vou dar uma chance pro meu pai. - ele disse engolindo em seco.


Apertei sua mão.


– Fico feliz que tenha decidido isso. - disse sorrindo.


– Bom, é. - ele disse e mordeu a bochecha por dentro. - Mas eu não tenho coragem de ir sozinho... você poderia ir comigo?


– Claro que sim. - disse revirando os olhos.


– Obrigado. - ele disse beijando a minha testa. - Amanhã depois da escola, tudo bem?


– Umhun. - disse.


– Depois que você terminar com o Erick... - ele disse cantarolando.


– Eu não te falei? Nós já terminamos. - disse sorrindo.


Ele me olhou com desconfiança.


– Quando? - perguntou desconfiado.


– Hoje. - disse dando de ombros. - Ele veio aqui desabafar sobre uns assuntos e a Carly entrou e deuses, até um cego notaria que aqueles dois são apaixonados um pelo outro.


– Nossa. - Percy disse rindo. - Se eu me lembro bem, teve uma história entre eles uns dois anos atrás.


– Como assim? - indaguei boquiaberta. - Nenhum dos dois me contaram nada sobre isso.


– Porque será? - Percy perguntou enciumado.


Bati em seu ombro.


– O que aconteceu? - indaguei curiosa.


– Para entrar para as líderes de torcida você passava por um teste além do que você fez. - ele disse. - Na época Carly andava com Erick, ele era bem nerd, digo, tinha mesmo cara de nerd e usava óculos esquisitos e...


– Ok, Percy, continue. - disse revirando os olhos.


Percy bufou.


– Carly tinha que humilhar alguém na frente de todos. - ele disse. - Eu não lembro exatamente o que ela disse mas foi bem cruel.


Olhei pra ele com raiva.


– Cara, você esqueceu a melhor parte da história. - disse batendo na própria testa.


Percy riu e revirou os olhos.


– Mas porque ela teve que fazer esse teste estúpido? - perguntei indignada.


– Era uma antiga tradição. - Percy disse. - Rachel virou capitã naquele ano.


– Rachel mandou ela fazer isso ao Erick? - disse com mais raiva ainda. - Isso é horrível, eles são irmãos, pelo amor de Deus.


– Eles são o que? - Percy indagou.


– Eles são irmãos. - repeti calmamente. - A Rachel é a vadia mais vadia que existe.


– Então é por isso que ele estava na casa dela hoje. - Percy disse. - Agora tudo faz sentido.


Revirei os olhos.


– Você é tão esperto Cabeça de alga. - disse revirando os olhos.


Alguém bateu na porta, logo Carly entrou.


– Annabeth Chase, eu vou matar vo... Ah, oi Percy. - Carly disse parando no meio do quarto.


– Oi Carly, como vai o Erick? - ele perguntou maliciosamente.


Carly corou rapidamente e olhou ameaçadoramente pra mim. Dei um soco no ombro de Percy.


– Cala a boca Cabeça de alga. - disse e ele riu.


– Cabeça de alga? - Carly indagou com uma sobrancelha arqueada. - Vocês tem até apelidinhos fofos?


Percy e eu desviamos os olhos constrangidos o que fez Carly rir.


– E o que aconteceu com Luke? - Percy rebateu fazendo Carly fechar a cara.


– Como você sabe sobre nós? - ela indagou olhando com raiva pra mim.


– Não fui eu, eu juro. - digo levantando as mãos.


– Eu vi vocês juntos outro dia. - ele disse sorrindo maliciosamente pra ela.


– Luke gosta de outra garota. - ela disse. - E eu gosto...


– Do Erick. - eu e Percy dissemos ao mesmo tempo.


– Calem a boca. - Carly gritou enquanto nós ríamos.- Vocês são dois idiotas.


O celular do Percy vibrou. Ele olhou na tela e revirou os olhos.


– Preciso ir. - ele disse se levantando.


– Algum problema? - perguntei.


– O de sempre. - ele disse revirando os olhos. - Nico andou aprontando de novo.


– Algo que faria Thalia pirar? - indaguei receiosa.


Thalia surtando era algo que ninguém gostaria de ver. Percy não respondeu de imediato.


– Nada que não possa ser resolvido. - ele disse me dando um beijo.


– Até amanhã Annie.


– Tchau Cabeça de algas. - disse entre um beijo e outro.


Continuamos ali por um momento, não queria que ele fosse embora.


– Ei, eu continuo aqui, sabia? - Carly disse frustrada. Nós rimos.


– Boa noite. - disse dando-lhe um último selinho.


– Boa noite. - ele disse baixo e foi em direção a janela.


– Percy, minha mãe não está em casa, já está na hora de você usar a porta da frente pra ver a Annie. - Carly disse sorrindo torto.


– Hum, claro... - Percy falou dando meia volta e saindo pela porta do quarto.


– Você é impossível, sabia? - digo a Carly que gargalha e se joga ao meu lado na cama.


– As coisas pareciam mais sérias, o que mudou? - Carly perguntou sorrindo maliciosamente para mim.


Senti minhas bochechas esquentarem.


– Ele terminou com a Rachel. - disse baixinho e mal contendo um sorriso involuntário.


Carly igualou o seu sorriso ao do gato de Cheshire.


– Isso é incrível! - ela disse. - E... o... Erick?


– Você o tomou de mim. - brinquei e ela fechou a cara.


– Você é quem jogou ele pra cima de mim. - ela disse cruzando os braços.


– E você adorou isso. - rebati franzindo os lábios num sorriso. Carly desviou os olhos corando.


– Um pouco. - ela confessou de má vontade.


Arqueei uma sobrancelha.


– Não me olhe assim. - ela esbravejou.


– Ok... - disse hesitante. - Não vai me contar o que aconteceu?


– Não. - ela disse olhando para os pés.


– Foi tão ruim assim? - indaguei mordendo os lábios.


– Não. - ela repetiu sorrindo maliciosamente e levantando-se. - Mas eu sei o quanto você é curiosa, portanto, não vou te contar.


Joguei um travesseiro nela.


– Eu vou matar você quando você estiver dormindo. - ameacei-a.


– Boa noite Ann. - ela disse saindo do quarto.


Deitei e sorri para o teto, agradecendo para todos os deuses por estar dando tudo certo novamente.



Acordei ligeiramente embriagada pelo sono. Arrumei-me para a escola sem pressa.


Vesti meu vestido de mangas xadrez azul marinho e meia-calças pretas. Passei uma maquiagem básica e calcei minhas sapatilhas de veludo azul.


Desci as escadas e encontrei todos a mesa já comendo.


– Bom dia. - disse alegremente.


– Acho que alguém acordou de bom-humor. - Malcom disse com uma sobrancelha arqueada.


– Ela está apaixonada. - Carly disse docemente.


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Sentei com as bochechas coradas.


– Ai meu Deus. - Tia Suzan disse. - Por quem? É por aquele garoto do shopping? O Erick?


Carly limpou a garganta e eu gargalhei.


– Parece que alguém ficou com cíumes. - comentei sorrindo maliciosamente.


– Cala a boca Annabeth. - ela disse desviando os olhos.


– Ninguém me conta mais nada nessa casa? - Tia Suzan reclamou num suspiro dramático.


– Sinto o mesmo, mãe. - Malcom reclamou.


– Annabeth está namorando com o Percy. - Carly disse.


Olhei pra ela boquiaberta.


– O que? - ela perguntou dando de ombros. - Eles iam saber.


– Vocês estão namorando? - Malcom perguntou sério.


– Não estamos namorando, só... - balbuciei olhando para meu café da manhã.


– Eu vou quebrar a cara do Percy. - ele disse cerrando os punhos.


– Não vai não. - Tia Suzan disse olhando séria para Malcom. - Annabeth parece realmente feliz desse jeito e eu espero que continue assim.


– Ele vai magoar ela mais cedo ou mais tarde. - ele disse. - E então...


Tia Suzan deu um olhar significativo para Malcom. Ele suspirou.


– Desculpe Ann, eu estou muito feliz por você. - ele disse dando uma piscadela.


– É bom estar mesmo. - disse dando um soco de brincadeira nele pra aliviar a tensão.


Terminamos de comer o café da manhã e fomos para a escola.


Encontrei Percy encostado no capô do seu carro olhando para o celular com extrema concentração.



–Você parece concentrado. – disse me encostando no capô ao seu lado.


–É esse jogo. – ele disse com frustração fazendo-me rir.


–Carly contou para Malcom sobre nós. – disse franzindo os lábios. – Foi um café da manhã bem esquisito.


–Porque ele ainda não veio me bater? – indagou com as sobrancelhas franzidas.


–Não sei. – disse dando de ombros.


Não achava que Malcom queria bater em Percy de qualquer jeito.


Percy guardou o celular no bolso traseiro da calça e repousou as mãos ao redor da minha cintura. Senti um repuxo no estômago e meu rosto esquentou.


–Percy, eu acho melhor nós não... – tentei argumentar mas ele me interrompeu.


–Annie... – disse sorrindo. – Pare de se preocupar.


–Isso é uma instituição de ensino, deveríamos... – me interrompi fazendo uma careta. – O que diabos eu estou falando?


Nós rimos e eu coloquei a mão em seu ombro.


–Tem pessoas olhando. – digo afastando-o.


–Eu não me importo. – respondeu me dando um selinho.


–Eu sim. – disse tentando –inutilmente- abafar um sorriso.


–Você é muito irritante, sabia? – perguntou apertando-me ainda mais contra ele.



–Pelo amor de Deus, vão para um motel. – Thalia gritou a uns 20 metros de distância.


Todas as pessoas numa área de 50 metros viraram para olhar. Afastei-me de Percy atordoada. Thalia se aproximou de mãos dadas com Nico.


–Você não consegue ser um pouco discreta, Thalia? – perguntei ficando afastada de Percy.


Vocês não conseguem ser mais discretos? – Thalia rebateu com um sorriso malicioso. – Já estava na hora de vocês dois se entenderem.


Percy olhou pra mim e eu desviei o olhar para os meus pés.


–Não estávamos fazendo nada. – ele disse colocando o braço ao redor da minha cintura.


Neste momento o sinal tocou.


–Vamos? – ele indagou e eu assenti furtivamente.


Nos despedimos de Nico e Thalia e fomos em direção à escola. Percy soltou a minha cintura e segurou a minha mão.


–Percy, eu acho melhor não chamarmos atenção. – disse soltando sua mão com hesitação.


–Certo. – ele disse revirando os olhos.


Sentamos na nossa habitual mesa.


As aulas seguiram lentamente e antes do sinal do almoço todos pareciam estar falando sobre o trágico término do Percy e da Rachel.


Eu particularmente não achei nem um pouco trágico.


Não tive nenhum tempo de aula com Rachel hoje de forma que não sabia se ela queria me matar, mas provavelmente ela queria.


Coloquei o uniforme das líderes de torcida no vestiário e me alonguei com Carly.


Rachel não apareceu para o treino, o que eu achei muito estranho.


–Então, você vai voltar conosco ou com o Percy? – Carly perguntou no vestiário.


Coloquei meu vestido antes de responder.


–Vamos ver o pai dele. – disse calçando as sapatilhas.


A boca de Carly se abre num perfeito O.


–O pai do Percy está vivo? – ela perguntou boquiaberta. – Que louco.


–Pois é, será que a Tia Suzan vai se importar se eu chegar mais tarde? – indaguei.


Carly revirou os olhos.


–Evidente que não. – respondeu.


–Então estou indo. – disse pegando a minha mochila. – Até mais tarde.


Sai do vestiário e dei de cara com Percy.


–Hey, estava esperando você. – ele disse me dando um beijo na testa.


Sorri pra ele e pus uma mecha de cabelo atrás da orelha.


–Estou aqui. – anuncio debilmente.


Ele me dá um sorriso torto.


–Pronta? – ele pergunta.


–Sim e você? – indago arqueando uma sobrancelha.


–Eu acho que vou vomitar o meu almoço. – ele brinca.


Fomos até onde o carro dele estava e Percy começou a dirigir. Fizemos o caminho todo em silêncio. Percy passou três vezes pelo hotel indicado e parou quase um quilômetro à frente.


–Eu não consigo fazer isso. – disse suspirando.


– Não vai fazer mal nenhum vocês conversarem. - disse pegando o rosto dele com ambas as mãos.


– Tudo está ótimo do jeito de sempre. - ele disse desviando os olhos. - Melhor ainda com você.


Mordi o lábios diante de sua declaração despercebida.


– Tudo pode ficar melhor ainda. - digo dando um sorriso encorajador. - Mas a escolha é sua, Percy.


Percy respira fundo duas vezes e beija a minha testa.


– Você está certa. - disse ligando o carro e dando a volta no quarteirão novamente.


Nos dirigimos a recepção do hotel. Notei que as mãos de Percy estavam tremendo um pouco. A funcionária do hotel estava no telefone e mastigava um chiclete com a boca aberta.


– Huh, Oi, eu estou procurando por... - Percy começou mas a garota o interrompeu.


– Só um minuto. - ela disse e voltou a falar no celular. - Então amiga... Ah, não foi nada, só um povo mal educado que fica interrompendo a minha conversa.


Olhei pra Percy com uma sobrancelha arqueada.


– Com licença. - Percy disse mais alto. - Eu estou procurando um homem chamado...


– Cara, você não está vendo que eu estou resolvendo um assunto importante? - ela disse fuzilando Percy. - Pois é Britt, repete exatamente o que ele disse.


– Vamos chamar o gerente. - disse simplesmente.


Ela me olhou e bufou.


– Já falo com você Britt. - ela disse e sorriu amigavelmente para nós. - Boa tarde, em que posso ajudá-los?


– E-eu estou procurando por um homem que está hospedado aqui, seu nome é Poseidon. - Percy gaguejou.


– Sobrenome? - a mulher perguntou com desinteresse.


Os ombros de Percy desceram.


– Eu não sei o sobrenome dele. - ele diz com a voz arrastada.


A mulher olhou para nós com impaciência.


– Sinto muito mas eu não posso fazer nada para ajudá-los. - ela diz voltando a falar no celular.


Travei o maxilar e a olhei com descrença.


– Eu tenho certeza que você pode, então por favor pare de agir como uma vadia estúpida e encontre alguém nesse hotel chamado Poseidon. - disse me inclinando sob a bancada que nos separava.


A mulher estreitou os olhos pra mim.


– Você não está vendo que eu estou no celular? - a vadia perguntou revirando os olhos.


Fuzilei-a com o olhar. Percy afagou a minha cintura e me puxou para longe dela.


– Tudo bem Annie, fizemos o possível. - ele disse colocando as mãos nos bolsos.


– Tem certeza? Eu posso voltar lá e enfiar a mão na cara daquela vadia. - digo dando um olhar furtivo para onde ela estava.


Percy sorriu fraco.


– Está tudo bem, vamos embora. - ele disse colocando os braços ao redor de mim.


– Isso é meio frustrante. - comecei a dizer. - Nós poderíamos entrar escondidos no elevador e procurar quarto por quarto.


Percy sorriu.


– Você realmente faria isso? - ele perguntou com uma sobrancelha arqueada.


Talvez não com tanto entusiasmo.


– Claro, porque não? - disse dando de ombros e voltando a olhar para a frente.


Foi quando eu vi arregalados olhos verdes-mar olhando para nós.


Bem, mais especificadamente para Percy.


Eu não precisaria rodar um hotel inteiro atrás de um homem.


Ah, como somos sortudos.