Os cabelos de Astória caiam bagunçados para fora do sofá, quase tocando o chão. Ele sentia uma leve dor de cabeça devido às bebidas que haviam tomado antes de ir para sua casa, mas se lembrava de tudo. Seus olhos acinzentados fitaram a mulher ao seu lado e um pequeno sorriso se formava em seus lábios. Não havia dormido tão bem desde... Desde sua última noite antes de Azkaban.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Acariciou os cabelos dela cuidadosamente, deitando-se sobre ela e beijando-lhe o pescoço delicadamente. Aos poucos Astória foi abrindo seus olhos e percebendo o que estava acontecendo ali. Sorriu, abraçando-o apertado. Draco parou, olhando-a nos olhos e lhe deu um selinho.

—Bom dia.

—Bom dia, Malfoy.

—Sério que depois de ontem vai me chamar pelo sobrenome? –Ele arqueou as sobrancelhas, fazendo-a rir.

—Acho seu sobrenome sexy. –Ela deu de ombros, segurando seu rosto e beijando-o mais uma vez. Em seguida o afastou, se sentando e logo levando as mãos à cabeça. –Merlin, acho que não deveríamos ter ido ao bar após o baile. Da próxima vez vamos vir direto pra cá, okay?

Ele deu de ombros. Devagar Greengrass se levantou e andou até sua camisa, que estava atrás do sofá, colocando-a e fechando todos os botões, menos os três primeiros.

—Tem alguma poção para ressaca aqui?

—Meu quarto. Primeira gaveta do lado direito da cama.

Ela assentiu, subindo as escadas. Com um rápido feitiço fez com que tudo o que haviam derrubado voltasse ao seu devido lugar, indo em direção a sua banheira, que praticamente gritava seu nome.

Enquanto ficava ali na água quente, ele pensava na noite anterior. Antônio Dolohov e todos aqueles homens encapuzados. Precisava descobrir o que estavam fazendo em Hogwarts e como haviam entrado antes que atacassem novamente e os ferimentos leves que os convidados haviam conseguido com aquela visita se tornassem algo mais grave.

Assim que saiu do banho, com os cabelos molhados e enrolado em uma toalha, ele se dirigiu até a cozinha, onde ouvia alguns barulhos. Greengrass estava sentada na bancada com os cabelos molhados caindo pela camisa, fazendo-a colar em seu corpo. Usava sua calcinha vermelha e comia um pedaço de bolo de chocolate que havia encontrado.

—Parece que pensamos da mesma forma. –Ela riu e ele se aproximou. –Encontrou a poção?

—E um bolo. –Greengrass disse mordendo mais um pedaço e colocando o resto na boca do Malfoy. –Delicioso, não?

—Pelas barbas de Merlin, você não se cansa de comer?

—De jeito nenhum. –Ela respondeu, colocando o dedo indicador no peito dele. –E só estou dividindo porque estou na sua casa. Pode não parecer, mas até que sou educada.

Os dois riram e ele a puxou para um beijo intenso, apressado. As mãos dele a puxaram para mais perto, colando-a ao seu corpo molhado. Os dois poderiam começar tudo de novo, mas a campainha fez com que eles se separassem com um resmungo involuntário.

—Eu atendo.

—E eu fico com o bolo.

Ele revirou os olhos e sem se importar com o fato de que estava apenas de toalha o loiro foi até a porta, abrindo-a e se deparando com Gina Potter. As sobrancelhas da ruiva se arquearam no momento em que ela o viu.

—Bom dia, Malfoy. –Disse fazendo-o sorrir divertido.

—Bom dia, ruiva.

—Vim ver se está tudo bem desde os acontecimentos de ontem e perguntar o que queria conversar comigo. Eu poderia fazer isso quando nos encontrássemos, mas a curiosidade estava me matando então decidi fazer uma visita.

—Entre. –Gina o seguiu de perto, sentando-se no sofá diante dele. –Acho que o Potter não ficaria muito feliz se soubesse que você viu que a concorrência tem um corpo melhor, não é mesmo? Vou me vestir.

A Potter revirou os olhos, gargalhando, mas parou no instante em que Astória Greengrass entrou na sala. Lançou um olhar assassino ao amigo, que levantou as mãos em rendição e sorriu, continuando seu caminho pelas escadas.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

—Aceita bolo?

—Não, obrigada. –A mulher cruzou os braços.

—Acho que vão querer conversar a sós então é melhor eu ir.

—Concordo.

Com um aceno de varinha todas as suas coisas voaram até suas mãos e ela se trancou no banheiro. Draco voltou, se deparando novamente com a expressão nada agradável que se parecia muito com a de Molly Weasley quando estava irritada, o que geralmente assustava seus irmãos.

—Qual o seu problema, Malfoy? –Ela perguntou lhe dando alguns tapas, que só o fizeram rir. –Vi que dançaram ontem à noite, mas...

—Em minha defesa, ela é diferente da irmã.

—Em sua defesa ou em defesa dela?

—Eu não sei, de ambos? –Perguntou arqueando as sobrancelhas e a porta do banheiro se abriu.

Astória saiu de lá usando seu vestido de baile, com os cabelos secos e guardando sua varinha. Colocou a blusa de Draco no sofá ao lado dele, que se levantou.

—Acho que já está na minha hora. –Ela disse. –Quando quiser repetir, mande uma coruja.

—Você também. –Ele sorriu e a mulher o puxou para mais um beijo. Tão intenso quanto os outros, não se importando com o fato de que havia visitas que provavelmente estariam assistindo a tudo.

—Até mais Gina. –A loira acenou, se dirigindo a porta. –Diga a Harry Potter que lhe mandei um beijo.

A ruiva se levantou irritada pronta para atacá-la, mas Malfoy a segurou pela cintura por tempo suficiente para que a outra saísse e aparatasse. Quando a soltou, a Potter caiu no sofá, cruzando os braços.

—Então, onde estávamos? Ah sim, na parte em que ela é diferente da irmã.

—Sabe que ela só estava tentando provocá-la, não é? –Draco riu.

—Okay, acho melhor mudarmos de assunto antes que eu o estupore. –Ela respirou fundo. –Soube que Dolohov tentou matá-lo ontem.

—Não se preocupe, nós o pegamos.

—Eu sei, mas... Acha que eles voltarão para buscá-lo?

—Antes Você-Sabe-Quem não se importava com quem ficava para trás, mas considerando que agora eles estão em menor número tenho quase certeza que sim. –Ela soltou o ar, preocupada. Draco sabia que tinha dito tudo o que ela não queria ouvir, mas não poderia simplesmente mentir.

—Draco, o que eles querem? –Ele a encarou. Não fazia ideia. –Sabe o que eu percebi quando Harry me disse que não voltaria para o sétimo ano porque seria um auror? –O loiro balançou a cabeça negando. –Que mesmo depois da guerra ele continuaria se colocando em perigo para proteger outras pessoas.

—Não se preocupe ruiva, o Potter vai ficar bem. –A consolou, dando um leve sorriso que não a convenceu nem um pouco. –O cara sobreviveu a Voldemort. Não vai ser um bando de Comensais malucos que vai mata-lo.

—E se for, Draco? Há muito tempo não acontece nada tão grande quanto o que houve ontem e eu sei que algo muito maior está por vir. Harry não pode... Não agora que...

—Não agora que você está grávida. –Completou, fazendo com que ela arregalasse os olhos.

—Desde quando você sabe? –Murmurou, surpresa.

—Era o que eu iria perguntar ontem quando pedi aquela dança. –Ele deu de ombros. –Potter já sabe?

—Não e ele não pode saber ainda, portanto você não vai contar.

—Não vou. Mas acho que se você está tão preocupada deve conversar com ele.

—Promete que se souber que ele está em perigo vai falar comigo?

—O quê?

—Harry nunca me diria. Ficaria apenas fingindo que está tudo bem. –Ao ver a expressão no rosto do homem ela murmurou: -Por favor, eu preciso saber!

—Tudo bem, eu prometo.

Gina balançou a cabeça assentindo e se levantou, respirando fundo e tentando se acalmar.

—Então... Astória Greengrass?–Ela mudou de assunto, fazendo-o rir. –Não está pensando em levá-la realmente a sério, não é? Quero dizer, ela deu em cima do meu marido pouco antes de sair.

—Uma coisa sobre mim: eu não levo ninguém a sério.

—Porque você é um idiota.

—Faz parte do meu charme. –Falou, piscando para a ruiva.

—Vai sair com ela de novo?

—Sabe, ela é uma boa companhia.

Uma coruja entrou pela janela, deixando uma carta diante do dono da casa, que se apressou para abrir e ler.

—É a coruja de Harry.

—Ele está no St. Mungus. Parece que tentaram invadir o quarto do auror que me trocou de cela. –Contou, se levantando.

—Eu vou com você. –Ela disse se apressando para acompanha-lo.

—Não acha melhor...

—Nem ouse tentar me impedir, Malfoy. Estou com vontade de estuporá-lo desde que vi a Greengrass aqui, então não me provoque ainda mais.

*-*

—Harry! –Gina Potter disse quando finalmente encontrou o marido, sem se importar com os vários aurores que ali estavam.

—Gina? –Disse a encarando entrar seguida por Draco. A ruiva lhe deu um abraço apertado e um selinho, puxando-o para longe de todos aqueles homens. Ronald Weasley os acompanhou.

—Não me olhe assim, ela iria me estuporar. –O loiro contou colocando as mãos nos bolsos. –Então, o que houve aqui?

—Pegamos mais dois. Também estavam no baile ontem. –O Weasley começou.

—Ótimo e eles falaram algo importante?

—Só que estão recebendo ordens de alguém.

—Dolohov?

—Pensamos nele também, mas até agora ele não disse nada útil. –Harry respondeu.

—Parece que alguém quer mesmo você morto, Malfoy. Agora, se de verdade ou apenas em boatos, nós não sabemos. –O ruivo disse o olhando sério. –Pensei em assuntos da guerra, afinal, são todos comensais.

—Não sei se você se esqueceu Weasley, mas também fui um Comensal e um deles quase me matou ontem a noite.

—Talvez você os tenha irritado. Sabe, você é bom nisso.

—Rony, por favor... –Gina pediu e por um momento sentiu suas pernas ficarem bambas, recebendo olhares preocupados do marido, que ainda a abraçava. Precisava de um pouco de ar. –Eu vou... Eu preciso ir ao banheiro.

Ela saiu rapidamente, deixando com Harry a tarefa de evitar uma nova briga, o que o impediu de seguí-la.

—O que eu quero dizer é que você pode ter se recusado a fazer algo para Voldemort, eu não sei, e eles estão tentando se vingar agora.

—Olhe cenoura, não me orgulho de dizer, mas apesar de tudo fui um bom soldadinho. –Ironizou. –Aprendi que não deveria contrariá-lo.

—Hermione então? –Harry perguntou e os dois o fuzilaram com o olhar.

—Nenhum deles sabia da minha relação com ela.

—Tem certeza? –Os dois o encararam e ele soltou o ar irritado.

—Todos que sabiam estão mortos.

—Talvez tenha esquecido alguém.

—Eu não sou idiota.

—Vou falar com Dolohov novamente, ver se consigo algo além de piadinhas sem graça. Enquanto isso colocarei mais aurores aqui, parece que Zender sabe de alguma coisa, então não podemos deixar que ele morra antes de nos dizer o que é.

*-*

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

—Então, o que vai ser hoje? Você escolhe. –Hermione disse ao chegar em casa após um dia cansativo no trabalho e buscar Scorpius na casa de Pansy.

—Pizza!

—Pizza, Scorp? Sério?

—Você disse que eu podia escolher!

—Okay. –A morena riu. –Podemos pedir pizza.

O telefone tocou e ela se apressou para atender, deixando o filho sozinho na cozinha.

—Oi querida.

—Rony, o que houve? –Perguntou, notando o tom de voz do marido.

—Não precisa me esperar, vou ficar preso no trabalho.

—De novo?

—Sinto muito.

—Não, tudo bem, eu entendo.

—Mas não se preocupe, isso não vai acontecer amanhã.

—Vai mesmo querer fazer isso? –Ela riu.

—Lógico que sim e Gina disse que vai me ajudar.

—Merlin, então eu acho que posso esquecer a ideia de ser algo pequeno.

—Totalmente. –Ele respondeu. –Ah Mione, não é todo dia que você faz aniversário.

—Quer mesmo entrar nesse assunto novamente?

—Definitivamente não. Agora tenho que ir, Harry está me chamando.

—Okay, tome cuidado.

—Sempre tomo. –Disse e desligou o telefone.

—Parece que somos só nós dois. –Hermione falou voltando para a cozinha.

—Papai vai vir amanhã?

—Não sei, o que acha de escrever para ele?

—Nós podemos? –O pequeno sorriu.

—É claro que podemos. –E com um aceno de varinha já estavam com tudo o que precisavam nas mãos.

Depois de entregar a carta a coruja e a observar desaparecer na noite, os dois foram até a sala assistir a um filme que passava na TV enquanto esperavam pela pizza.

—Acha mesmo que ele vai vir?

—Tenho certeza que sim, querido. –Disse acariciando os cabelos loiros do filho.

—E no meu também?

—Ele nunca perderia o seu.

—Ótimo, porque quero apresenta-lo a todos os meus amigos.

—Tenho certeza que ele vai adorar conhece-los.

—E a namorada dele?

—Quem? –Perguntou encarando-o.

—Aquela moça que estava dançando com ele no baile. É a namorada dele? Tia Pansy disse que ela se chama Astória.

—Não, ela... Acho que seu pai não tem namorada, meu amor.

—E por que não?

—E-eu... Eu não sei.

—Eu não entendo. Como um “soro” poderia transformar alguém em um cachorro? –O menino disse se referindo ao filme. –Quero dizer, não seria uma poção? Como aquela que o tio Harry disse que ele e Rony tomaram uma vez?

—Na verdade, a poção polissuco não pode ser usada para um ser humano assumir uma forma animal.

—Mas eles disseram que você...

—Eu sei, mas tive que ficar na enfermaria por um bom tempo até parar de vomitar bolas de pelo.

—Que nojo. –Murmurou fazendo careta.

—Você não faz ideia. –E os dois riram.

A pizza logo chegou e quando o filme acabou, Scorpius já estava dormindo nos braços da mãe, que achou melhor não acordá-lo. Com um movimento de varinha desligou tudo e se juntou ao filho em um sono profundo.

Apenas quero ter uma conversa
Esqueça as obrigações
Talvez nós podemos continuar mantendo o contato
Oh, isso não é pedir muito
Você não precisa ser o meu amor para eu te chamar de querida