Dramione-Bring Me To Life

Cumplicidade e Estrelas


Hermione e Draco ainda permaneciam na margem do Lago Negro. A Lua já estava em seu ápice, mas eles estavam ali aproveitando um a companhia do outro.

Agora já estavam mais afastados um do outro, mas Hermione ainda mantinha a cabeça apoiada no ombro de Draco, que parecia não se importar. Uma coisa intrigou Hermione, que levantou a cabeça e encarou as íris azuis de Draco.

–Que foi?- ele perguntou confuso pela quebra de contato dela.

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–Hm, Malfoy eu posso te fazer uma pergunta?- ela indagou meio tímida.

–Você já fez Granger...- ele soou divertido, mas ao ver a seriedade da menina emendou - Depende...Mas pergunte

–Por que você escolheu as Trevas? - ela disse colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

Ele fechou os olhos e agarrou a grama com força. Ela abraçou as pernas e se encolheu esperando algum xingamento ou agressão por parte dele. Quando ele abriu os olhos, ela fechou os seus, com medo e deixou escapar um gemido.

–Granger, abra seus olhos...- ele pediu e ela negou com a cabeça - Vamos garota, abra logo

–Você não vai me xingar né? - ela abriu um olho e o encarou, ele riu.

–Não sua tonta!- Ele riu da ingenuidade dela.

– Tudo bem! - ela abriu os dois olhos e o encarou - pronto!

–Diga-me...- ele começou meio hesitante - Você mataria para salvar uma vida?

Aquela pergunta a pegara de surpresa, e ela pôs-se a pensar diante do olhar inquisidor do loiro. Avaliou as opções e escolheu a que mais lhe parecia correta.

–Se fosse por alguém que eu amo...Sim!- ela disse.

–A razão de eu ter escolhido o lado de Voldemort, foi mais ou menos essa...- ele começou a contar- Desde que eu me conheço por gente, meu pai sempre foi envolvido com as Artes das Trevas e consequentemente Voldemort, aliás toda minha família foi. E com toda certeza, ser o filho rebelde nessa situação...não seria o mais adequado...

Ele fez uma pausa e suspirou lembrando daquela época desfavorável a sua sorte, a garota apoiou uma mão em seu ombro o incentivando a continuar, e assim ele o fez.

–Achei que tudo estava tranquilo quando Voldemort tinha sumido, e estava sim. Mas quando ele retornou, eu vi minha vida indo pro buraco. Meu pai voltou para o círculo íntimo de Comensais da Morte e arrastou-me junto com minha mãe. Eu achava uma ideia meio idiota, ter que idolatrar um cara que se achava melhor que todos, mas eu não tinha escolha. - ele suspirou novamente, cansado - Tudo piorou quando Lucius foi pego pela Ordem da Fênix. Voldemort forçou-me a me tornar um Comensal, no início eu fiquei contra essa ideia, mas ele ameaçou a vida da minha mãe e eu não tive escolha, com Lucius em Azkaban, restava apenas a mim cuidar da minha mãe, e assim eu o fiz, mesmo tendo que me aliar as trevas...

Hermione ficou em choque e comovida com a história de Draco. Ela segurou as próprias lágrimas e apertou o ombro dele num gesto reconfortante. Ele apoiou os braços nos joelhos e afundou a cabeça, não queria encarar ela, não queria ver a pena estampada em seus olhos, não queria sentir pena de si próprio.

Corajosamente, Hermione se aproximou mais dele, passou o braço pelos ombros dele e apoiou a cabeça em seu ombro novamente, Ela o Abraçou. Draco ficou surpreso com tal ato e levantou um pouco a cabeça.

–Granger?!- ele perguntou com a voz meio embargada- Por que...

–Shiiiu!- ela o cortou e fechou os olhos. - Eu sei como é isso, já fiquei assim...

–Por que?- ele a olhou- Por Quem?

Ele peguntou em um sussuro, e a viu afundar o rosto em seu ombro.

–Meus pais...- ela disse com a voz abafada - A guerra me obrigou a fazer isso.

–Obrigou você a fazer o que? - ele insistiu docemente.

Ele logo sentiu as lágrimas quentes dela molharem o tecido frio de seu suéter, com a mão livre ela agarrou o seu braço. Seus soluços eram altos e o choro dela fazia o coração dele doer.

–Tudo bem se não quiser me contar...- ele sussurou ao ouvido dela.

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–Não! - ela disse com a voz pastosa - eu estou bem...

Ela limpou o rosto com as costas das mãos e se aproximou mais dele por causa do frio.

–Antes de me encontrar com Harry no verão retrasado, o verão que antecedeu a guerra - ela começou- Eu tomei todas as precauções necessárias de segurança, aprendi mais azarações, mais feitiços protetores e etc. - ela suspirou, havia se formado um nó em sua garganta- Consequentemente tive como obrigação proteger meus pais, Já que eles são trouxas e sabiam um pouco sobre Harry...O que com certeza faria Comensais irem atrás deles...

Seus olhos se encheram de lágrimas novamente e ela pressionou as palmas das mãos contra os olhos, apoiando os cotovelos nos joelhos. Ela se sentia tão...Sozinha.

–Eu os obliviei Malfoy!- ela disse ainda com as mãos no rosto. - Eu lancei o O-obliviate neles, e eles ficaram seguros...esperei até uma semana depois da guerra para ir atrás deles- ela inspirou o ar pela boca - Fui com Harry á Austrália, eu estava tão feliz... Por poder vê-los, abraçá-los...Quando meu pai abriu a porta da casa, me senti nas nuvens...mas isso durou poucos minutos, até eu descobrir que eles haviam formado uma nova família, até adotaram uma menina - ela riu melancólica- Agora eles são os Wilkins e não mais os Granger. Eles vivem felizes agora, mas eu sinto tanto a falta deles.

Seu choro se intensificou, e Draco ficou sem ações. A abraçou novamente, e ela se aconchegou no abraço.

–Mas por quê Granger? - ele indagou confuso - eles são seus pais...

–Por favor! - ela pediu olhando os olhos azuis dele - Não me faça perguntas sobre isso...Eu só não podia fazer isso...não podia.

–Mas...- ele ainda estava completamente confuso - por que você não podia?

–Eu não poderia estragar a felicidade deles, se estão bem do jeito que estão...Por quê mudar? Me faz feliz, vê-los felizes - Ela olhou para as estrelas e sorriu. - São Lindas né?

–An? O quê?- ele a olhou com o cenho franzido, confuso pela mudança de assunto repentina.

–As estrelas...- ela deitou- se na grama e obsevou o céu estrelado.

Ele ainda estava confuso, mas sorriu ao constatar a beleza daquele céu estrelado. Deitou ao lado dela e juntos observaram as estrelas brilhantes, que aos olhos deles...pareciam infinitas.

–Às vezes eu culpava o cosmo pelos meus problemas- ele confessou e riu.

–Botar a culpa nas estrelas?- ela o olhou - não foi uma coisa muito inteligente da sua parte Malfoy.

–Antes que me chame de louco, quando eu fazia isso - ele comentou rindo- Eu tinha 5 anos,Granger! Cinco!

–Sei...- ela riu mesmo estando meio triste.

–Vamos culpar as estrelas agora, pelos nossos erros...- ele disse pensando - Pelas nossas falhas...Afinal elas não podem nos contrariar, são estrelas!

–A Culpa É Das Estrelas...- ela riu- É Malfoy, você não é tão burro quanto eu pensava...Culpar as estrelas foi...Digamos, razoável.

–Ha-Ha-Ha...Estou rindo horrores do seu humor Granger - ele comentou tediosamente - Por favor, não me agracie mais com suas piadas baratas.

Ela riu, riu mesmo. Ele a observou gargalhar e logo a gargalhada dela o contagiou, e lá estavam eles rindo feito dois bobões. Mas eles não se importavam naquele momento, não mesmo. Observaram as estrelas, esquecendo de seus próprios problemas.

Hermione acabou adormecendo com a cabeça no ombro de Draco, mas ele não se importou.

Afinal Malfoy e Granger não eram tão diferentes quanto eles e os outros pensavam.

–Tell me would you kill to save a life?

(Diga-me, Você mataria para salvar uma vida?)

Tell me would you kill to prove you're right?

(Diga-me, Você mataria para provar que está certo?)

Crash, crash, burn, let it all burn

(Bater, Bater, Queimar, deixe tudo queimar)

This hurricane's chasing us all underground

(Este furacão nos persegue em nosso interior)

No matter how many deaths that I die, I will never forget

(Não importa quantas vezes eu morra, eu nunca esquecerei)

No matter how many lives that I live, I will never regret

(Não importa quantas vidas eu viva, eu nunca me arrependerei )

There's a fire inside, of this heart

(Há fogo por dentro deste coração)

And a riot, about to explode into flames

(Em um tumulto prestes a explodir em chamas )