~Pov. Draco

Não sei quanto tempo permaneci inconsciente, com a cara no assoalho de maneira frio. A energia das trevas pairada sobre todo o ambiente não desaparecera, assustando-me cada vez mais: nunca havia estado em algum lugar com tamanha magia negra, até aquele momento. Mesmo as reuniões de Comensais da Morte em minha casa eram, comparadas àquilo, tranquilas.

Assim que acordei, corri os olhos, examinando o local: paredes negras, com uma textura... diferente. No canto extremo esquerdo, próxima a uma pequena janela, existia uma lareira, com fogo alto e crepitante. Ao lado, um armário de aspecto antigo e empoeirado, com cortinas vermelhas, além de portas e pés quebrados. Presumi que chegara ao destino.

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Bom trabalho, filhote de Malfoy. O trabalho começa aqui. Você terá um prazo e deverá cumpri-lo. Se não o fizer, já sabe o que acontece. Narcisa aguarda ansiosamente por tudo isso. Como sempre, a voz cortante, estremecendo em minha mente, revivendo meus piores pesadelos sem qualquer dificuldade. Odiava a facilidade que o Lorde das Trevas possuía para adentrar em meus pensamentos, fazendo com que eu me sentisse vulnerável. E era, de fato.

Se tivesse feito o que havia sido designado, talvez não teria tanta dificuldade em realizar a tarefa maligna. Neste instante, não tinha ideia como desempenhar tal conserto.

De repente, uma estante me chamou a atenção, cheia de livros exalando uma aura negativa e brilhante. Com certeza, um sinal de que estaria prestes a ajudar-me. Puxei um livro, saindo dele diversos papéis soltos, repletos de feitiços rascunhados. Algum faria melhorias, eu esperava.

Com a varinha, fazia tentativas, todas falhas, de reparo. E, parando para pensar, lembrei que toda aquela missão começou com uma ideia minha: maldita hora em que fui dar ouvidos a Montague. Entretanto, no fundo, sentia-me orgulhoso e inteligente por tudo.

~Pov. Hermione

Enquanto subia as escadas para o dormitório, minha mente vagava por todos os atuais problemas. De algum jeito, pressagia que a futura paixão por um rival era apenas a ponta do iceberg. E tudo isso, mais uma vez, apenas me enlouquecia.

As pessoas cruzavam a todo instante, conversando, gesticulando, isto é, me causando uma dor de cabeça terrível. A vida poderia funcionar de maneira em que toda vez que queríamos, conseguiríamos colocar tudo no "Mudo". Infelizmente, a grande capacidade humana não chegava nesse nível.

O alívio de chegar na porta gravada com os nomes "Hermione Granger", "Parvati Patil" e "Lilá Brown" aparecera. A cama, com almofadas e colchas fofas douradas e vermelhas, aparentava clamar por "Venha, deite, se emaranhe nisso. " Tudo o que eu mais desejava era realizar o "pedido".

Deitei nas cobertas, murmurando um trechinho de Wonderwall, Oasis. No mundo trouxa, essa música era uma novidade e fazia muito sucesso. Because maybe you're gonna be the one that's saves me... Como esse pedaço da letra coincidia bem com o que eu desejava era puro acaso. Entretanto, era inegável a vontade de que tudo estivesse bem. Apesar da confusão de sentimentos, no fundo, sabia que David Martin era o melhor para mim.

Draco, além de arrogante, insensível e Sonserino, era um Malfoy. Os Malfoy's eram Comensais, servos de Aquele-que-não-deve-ser-nomeado, e beijo nenhum jamais mudaria esse fato. Já David, era carinhoso, inteligente, Corvino, amigável, entre outras características amáveis que poderia passar um dia inteiro citando. Era a hora de começar a arcar com as próprias consequências, eu sabia.

Aquela grande decisão atormentava minha pobre mente, afinal, conhecia o final desse "conto de fadas". Mais uma vez, acabaria tragicamente para meu psicológico: não desejava Martin. Não sonhava com ele todas as noites. Não era ele que fazia meu coração acelerar e querer escapar pela boca em toda pequena observada. Não era ele que me deixava sem dormir e sem ar.

Não depois de muito tempo, adormeci. Em meus sonhos, uma figura de cabelos platinados estava em minha frente, porém, de costas. Ela empunhava uma varinha relativamente bem, prestes a atacar. Imaginei que fosse Draco, protegendo-me de todo o mal. Mais atrás, algo sombrio e aterrorizante parecia brilhar. "L-l-lorde das Trevas, o trabalho está concluído. " o garoto, reconhecido como tal pela voz grossa e grave, disse. "Trago, como pedido, a fiel amiga de Harry Tiago Potter, Hermione Jean Granger. "

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Acordei, assustada, suando no meio da noite. Um calafrio penetrava minha espinha na ponta do nariz, dizendo que algo errado estaria acontecendo. A certeza de que Draco estava em meus sonhos e toda a cena eram o suficiente para perder diversas noites especulando.

Precisava, no momento, de um copo d'água. Dumbledore saberia como tratar tudo aquilo, todavia, como lhe dizer que andara trocando beijos com pessoas do nível de Draco Black Malfoy?

Só vi que, de fato, havia dormido demais quando percebi que já passara até o jantar. Todo o castelo dormia tranquilamente, exceto os festeiros de plantão. Na Cozinha, vários andares abaixo da Torre da Grifinória, Elfos Domésticos lavavam infinitos pratos, limpavam as quatro mesas correspondentes às das casas do Salão Principal, varriam o chão e cozinhavam já o café da manhã. Vislumbrei Dobby, encantado com algum tempero novo proveniente de Hogsmeade, pelo canto de olho.

— Ohhh, Hermione! - Demorou apenas segundos para o amigo avistar-me. - O que faz por aqui?

— Ah, acordei há pouco e senti uma imensa vontade de beber água. Poderia, por favor, me ceder um copo?

— É para já! Copo de água para Hermione Granger saindo... - O líquido molhou minha boca seca, revigorando todas as energias. - Minha amiga não parece bem... O que houve?

— Sabe quando tudo parece não fazer nenhum sentido, Dobby? Quando você começa a questionar a existência de tudo e sem perceber... - algumas lágrimas foram escorrendo de meu rosto, mas limpei-as rapidamente.

De repente, a porta abriu. A última imagem que gostaria de ver adentrou a sala, suspirando de alívio.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.