Dragon Ball GT Kai

Não vou me render! A determinação de Pan!


— O Rejick só não matou ninguém no torneio ainda por causa das regras. Acho que agora eu entendo como vocês se sentiam com respeito a mim quando estávamos no Planeta Rudeeze. Sei que mesmo sendo bem mais nova, ela é mais corajosa e até mais experiente do que eu lutando e por isso talvez eu não devesse me importar, mas será mesmo que fizemos bem em deixar a Pan lutar Goten?
— E que escolha a gente tinha Marron? A Pan tem o gênio forte igual a minha mãe e também é muito teimosa.
— Só espero que ela não acabe se machucando...
— Esse é o meu medo Marron, por isso pedi a ela para que não se esforçasse demais, só que conhecendo ela como é, não creio que vá acatar esse pedido. - disse Trunks.
— Ela vai ficar bem.
— Como você pode ter certeza disso Uub? - Goten perguntou.
— Porque ela é sua sobrinha e é neta do Mestre Goku.
— O Uub e eu também estamos preocupados, mas a melhor coisa que podemos fazer é apoiá-la e no final das contas, me agrada a ideia de que ela lute contra um cara forte como o Rejick, acho que vai ser bom para ela. - comentou Goku.
— Prontos? Comecem!
O Narrador deu o comando, o som do gongo anunciou o início da luta e Pan, furiosa pelas provocações de seu oponente, foi a primeira a tomar a iniciativa, enterrando seu punho em um estrondo na face de Rejick, que recebeu o golpe parado, sem fazer questão de se defender. Sua face virou um pouco, mas logo ele empurrou o punho da menina de volta com um sorriso debochado junto à bochecha esquerda esmagada, o que deixou a pequena saiyajin perplexa.
O mercenário então desferiu um jab na barriga com o punho direito que a deixou imóvel, com os olhos arregalados após cuspir um pouco de sangue. A agarrou pela cabeça e com o braço esquerdo, desferiu uma cotovelada no pescoço, na região do ombro direito, fazendo-a gritar de dor com o estalo e depois a soltou arremessando para longe. Ela caiu arrastada até a borda da plataforma, deixando toda a plateia em choque.
— Ai meu Deus, Pan! - gritou Chi-Chi. - Eu sabia, eu sabia que não devia ter concordado com o seu consentimento Gohan! Como pôde deixar ela participar sabendo que teria gente perigosa participando? Ela é só uma criança!
— Por favor, fica calma mamãe, a luta acabou de começar e...
— Como quer que eu me acalme se esse brutamonte magricela machucou minha netinha?!
Enquanto Chi-Chi dava uma bronca em seu filho mais velho, com Videl no banco do meio, sem saber o que fazer, Uub, Goku e os outros assistiam com preocupação da porta da sala de espera, era como se a tragédia tivesse sido anunciada com aquele início violento de combate, onde Rejick contra-atacou sem piedade, demonstrando o previsto abismo que existia entre os poderes dele se comparados aos de Pan.
— Essa não! - falou Marron em meio à tensão coletiva.
— Foi muito forte, pode ter quebrado a clavícula dela com esse golpe! - Trunks comentou.
A menina se retorcia no chão e Rejick, depois de se aproximar caminhando, pisou no tórax dela, dificultando ainda mais a sua respiração.
— É uma pena, mas vou ter que te empurrar para fora agora, pois não me agrada a ideia de torturar uma criança sem necessidade.
Rejick desceu o pé de volta ao chão e o preparou para empurrá-la. Vendo que ia perder, Pan segurou a dor e abriu os olhos, estendendo as mãos juntas para cima, disparando uma rajada de ki que explodiu na face do mercenário, o fazendo dar alguns passos para trás. A poeira da explosão logo desapareceu, revelando a face séria de Rejick, ilesa com o olhar a observar a menina se levantar. Ela olhava seu oponente com cara de dor, até que levou a mão esquerda ao ombro e o puxou para cima de uma vez só, gerando um novo estalo que o colocou no lugar, fazendo com que ela desse um grito com os olhos lacrimejando, o que logo depois foi se tornando alívio ao perceber que a dor estava passando.
— Pan! Você está bem? - Goten perguntou a ela ao longe e ofegante, ela ergueu a cabeça sorriu, respondendo ao mostrar o polegar em sinal de positivo.
— Pan! - Uub chamou a sua atenção, colocando as mãos na boca para criar uma barreira de som. - Se quer ter alguma chance contra o Rejick, use a cabeça e toda a sua força, é o único jeito!
Pan parou por um momento com as palavras do jovem guerreiro, até que acenou com a cabeça seriamente, voltando-se então para o campo de batalha.
— Hmpf! - Rejick deu um leve sorriso e fechou os olhos. - Até que você é durona garota. Hum?
Ele abriu os olhos e ficou sério de novo quando sentiu o ki dela aumentando, vento se formava ao redor da saiyajin e seu poder explodiu em uma aura amarela, fazendo seus cabelos por baixo da bandana mudarem para as cores do Super Saiyajin.
— Não pode ser, a neta de Mister Satan também consegue fazer aquilo?! - exclamou o Narrador. - Se todo mundo aqui consegue fazer isso, então alguém, por favor, me ensina a fazer também!
— Pretende mesmo continuar me enfrentando com um nível tão medíocre pirralha?
— Eu não sou medíocre!
— Que fique claro que eu tentei ser gentil, então não me culpe se você morrer, pois eu não terei piedade.
— Cala a boca!
Pan avançou na direção do mercenário mais uma vez e mais determinada, conseguiu dar início a uma rápida combinação de socos e chutes cuja qual ele estava conseguindo dar cabo de defender-se sem maiores problemas.
— Com certeza a participante Pan é um prodígio, está atacando com tudo o participante Rejick em uma velocidade impressionante!
Pan puxou seu punho para trás, com o objetivo de desferir um forte soco, Rejick sorriu e desferiu um gancho em seu queixo, a lançando para cima. Ele reapareceu lá no alto, girando o corpo para um chute de bicicleta que mandou a menina para baixo novamente, cravando o corpo dela com as costas no chão do ringue.
— Renda-se! - Rejick já descia ao seu encontro para enterrar seu punho na barriga dela, mas Pan conseguiu rolar para o lado a tempo, deixando que o impacto do golpe dele no solo abrisse uma enorme cratera.
— Vamos ver o que acha disso. - Pan posicionou suas mãos juntas na testa. - Masenko!
Ainda com o punho no chão, o mercenário olhou para o lado ao ver a luz daquele golpe o tragar, uma grande explosão se sucedeu na sequência, deixando a todos inquietos.
— Será que a Pan conseguiu? - perguntou Bra.
— Eu não sei, não dá para ver. - respondeu Bulma.
— Huhuhuhuhuhuhum... Huhuhuhuhuhuhuhuhuhuhum... Huhuhahahahaha... Hahahahahahahahaha! - Rejick surgiu ileso da nuvem de poeira, para o espanto de Pan. - Eu te disse garota, o seu nível ainda é muito medíocre para poder enfrentar o Grande Rejick. - ele desapareceu, reaparecendo em sua frente e desferindo um soco de direita que quase lhe arrancou a cabeça e a lançou para longe, estava prestes a colidir com o muro quando o mercenário apareceu e a agarrou pela perna direita, a erguendo de ponta cabeça até a altura de sua face. - Renda-se!
Furiosa, Pan a abriu os olhos e girou a perna esquerda, que atingiu a cabeça de seu oponente. Se desvencilhando pois, a menina virou o corpo para ficar em pé no ar e foi desferir um soco com o punho esquerdo, o qual Rejick segurou com a mão direita e com a outra lhe deu um soco no estômago, a puxando depois para jogá-la para dentro do ringue novamente, onde ela caiu rolando até parar de bruços.
— O que ele vai fazer? Por que ele não jogou a Pan para fora? - Trunks se perguntava.
— Desgraçado... - Pan começou a se levantar outra vez, com dificuldade.
— Eu já disse, renda-se!
— Não!
Rejick apontou seu dedo indicador, disparando um raio de ki vermelho que perfurou a perna direita dela, fazendo-a cair sobre seu joelho direito.
— Não seja orgulhosa pirralha, você vai morrer!
— Eu disse... QUE NÃO! - ela chamou com mais força a aura amarela novamente, o que fez a bandana voar de sua cabeça, mostrando então por completo suas madeixas loiras em pé.
Pan estendeu suas mãos para frente e começou a disparar uma onda contínua de esferas de energia contra seu oponente, que começou a correr na sua direção, desviando e repelindo os ataques. Quando chegou perto para acertar um soco, seu golpe acertou apenas uma imagem, deixada pela saiyajin.
— Hum?
— Vou te derrubar! Kamehame... HA!
De supetão, o mercenário olhou para trás, uma onda de energia contínua de cor azul gigantesca estava vindo em sua direção. Firmando os pés no chão, ele estendeu sua mão direita, que segurou o golpe como se fosse um escudo.
— É agora Pan, libere todo o seu poder! - gritou Goku.
— Não me importa quem você seja ou o quanto é forte, não vai me subestimar e ficar por isso mesmo! Tome isso! HAAAAA!!!
Pan elevou seu poder até o limite, o que fez com que a espessura do Kamehameha ficasse maior, Rejick sentiu seus pés começarem a deslizar, ainda que permanecesse tranquilo ao segurar o ataque. A saiyajin gritou, uma explosão ainda maior que a de antes aconteceu e ao final de tudo, ela estava ofegante, na esperança de que tivesse empurrado Rejick para fora como queria.
— Wow, esse Kamehameha da Pan foi muito poderoso! - disse Goten.
— É verdade. - concordou Uub, antes de dar seu adendo. - Mas não foi o suficiente.
Rejick apareceu inteiro por trás da cortina de fumaça, apenas a palma da mão que segurou o ataque estava chamuscada, para o espanto da garota, que havia inclusive voltado ao normal.
— Não pode ser!
— Eu mal posso crer! - o Narrador tirou os óculos e os colocou de volta depois de coçar os olhos. - O participante Rejick não tem nenhum machucado!
— Co-como? Como é possível que...?
— Hmpf, que decepção!
— Garotos, esse é todo o poder da Pan? - perguntou Goku.
— Bem papai, eu diria que ela está até um pouco mais forte do que na época da luta no Planeta Tsufuru, então eu acho que sim.
— Isso é ruim, o Rejick é muito forte e a Pan não tem como enfraquecê-lo como o Animalia fez na luta contra o Kyabe, a única chance dela era usar todo o seu poder em um único golpe, mas não foi o suficiente! - comentou Uub. - E agora ela está esgotada, se o Rejick não jogar ela para fora logo...
— Você... Você...
— Está assustada? Acreditou mesmo que poderia me jogar para fora em um momento de descuido? Essa é uma das diferenças que eu tenho para com o Mestre Freeza, ele sempre prejulgou os seus oponentes ocultando sua verdadeira força, eu não. Em momento algum me conteria, mesmo diante de uma pirralha fraca como você, já que nunca se sabe quando o oponente pode surpreender, não acha? Não me importo de desperdiçar energia se, no final, meu opositor estiver completamente humilhado, seja ele quem for.
— Seu monstro...!
— É por isso que eu recomendo mais uma vez, renda-se!
— Eu... - Pan rangeu os dentes, antes de se lançar ao ataque novamente. - Waaah!
Rejick apenas levou o punho de leve de baixo para cima e a acertou no queixo, a repelindo para o alto, onde ela então percorreu o ar até cair no chão novamente. O discípulo de Freeza outra vez se aproximou caminhando e a ergueu do chão pelos cabelos.
— Renda-se!
— Eu... não vou... me render! Ugh! - Pan recebeu outro forte soco no estômago.
— Renda-se!
— Eu não...
Antes que ela terminasse a frase, Rejick levou sua cabeça contra o chão, fragmentando o lugar do impacto e então a lançou para o alto, na direção de suas costas. Apontando seu dedo indicador, disparou uma sequência de raios de energia que começaram a perfurar o corpo da menina saiyajin, que no finalizar cairia banhada em sangue.
— Eu não posso olhar senhoras e senhores, eu não posso olhar! - disse o Narrador.
— Oh não, alguém precisa parar a luta, desse jeito a Pan vai morrer! - exclamou Bra.
— Droga, eu vou dar um jeito! - disse Gohan, antes de correr pelas fileiras das arquibancadas, rumo à saída.
— Me espere Gohan! - Videl o seguiu, deixando Chi-Chi ali, apreensiva ao lado de Bulma e Bra.
Na porta da sala de espera dos lutadores, alguém chegou subitamente:
— Satan? - Buu viu seu protetor ficar em choque, assim que enxergou a cena.
— Não pode ser, então o que ouvi era verdade!
Pan agora estava inerte, de bruços no chão e Rejick a levantou outra vez, a segurando pelas costas do gi, que estava completamente rasgado a esta altura.
— Mais uma vez, renda-se!
— Eu... Eu...
— Como é orgulhosa! - Rejick a soltou e lhe deu uma joelhada na barriga que a manteve suspensa e depois juntou as mãos para um golpe de marreta nas costas que a devolveu ao chão. - Renda-se!
— Não vou... - Pan fechou os punhos e começou a se levantar com grande dificuldade. - Me render!
De joelhos, ela liberou a energia do Super Saiyajin novamente, raios envolveram seu corpo por um instante, até que o poder a deixou e ela não conseguiu se transformar, já não tinha mais forças e sucumbiu a cair de bruços outra vez. Rejick se abaixou, a virou e a ergueu pelo colarinho da camiseta.
— Pirralha, você já nem sequer tem forças para ficar de pé, por que não se rende?
— Porque... Porque...
Rejick deu um forte soco com o punho esquerdo enquanto a segurava, Satan não conseguiu mais aguentar ver aquela tortura.
— Já chega! - ele correu até a borda da plataforma, chamando a atenção do público.
— Hum? Mister Satan? - falou o Narrador.
— O que está fazendo aí parado seu idiota, por que não para essa luta?!
— Bem eu...
— E você, solte a minha neta!
— Vovô Satan...
— Fique quieto e não se intrometa no que não é da sua conta!
O olhar do mercenário o deixou com um frio na espinha, mas ver Pan daquele jeito fazia sua raiva transbordar ao ponto de superar o seu próprio medo, Mr. Satan colocou o pé direito na borda da plataforma, estava prestes a quebrar as regras, subir no ringue e encarar Rejick, mesmo sabendo que não tinha chance alguma. Foi então que Buu o segurou, pois Uub estava entrando no estágio:
— Rejick!
— Uub? O que quer?
— Eu conheço a Pan desde que ela tinha cinco anos. Por mais que você bata nela, ela nunca vai se render. Resistir a você é a forma dela provar a si mesma que é forte e por mais que chore, ela vai preferir morrer ao dizer que se rende. Você já venceu esta luta Rejick, agora deixe-a ir, você mesmo disse que não queria torturar sem necessidade, lembra?
Rejick olhou para a expressão fraca da pequena saiyajin, suspirou e então a arremessou para fora do ringue, Uub conseguiu pegá-la, antes que caísse no chão.
— Só faço isso em respeito a você como meu rival. Que isso fique como uma conta para acertar comigo quando nos encontrarmos nas finais.
— Certo.
— E então, vai me declarar como o vencedor ou não? - Rejick perguntou ao Narrador, que estava boiando.
— Eh, oh sim! O participante Rejick é o vencedor!
A plateia estava em silêncio, chocada, Gohan e Videl então chegaram ao local e todos se ajuntaram para perto de Pan, que foi levada às pressas para a enfermaria. O Narrador então declarou uma pausa no torneio, até se acalmar o tumulto.

Pan foi levada para a enfermaria, Uub a colocou na cama e havia um grande aglomeramento no quarto. Ela estava perdendo a consciência, o que fez com que o desespero tomasse conta de Gohan.
— Papai, o senhor trouxe Semente dos Deuses?
— Não Gohan, não pensei que seria necessário.
— Então vou curá-la eu mesmo! - disse Buu, quando Vegeta o interrompeu ao entrar no quarto com Kyabe.
— Não precisa gastar a sua energia. - ele olhou para Goku. - Kakarotto!
Vegeta tirou do bolso um saco de pano e o arremessou.
— Oh, você realmente veio preparado, hein Vegeta?
— Tem três sementes aí, dê uma para a sua neta e guarde as outras duas. Se até o fim do torneio ninguém precisar delas, poderemos usá-las para recuperar nossas energias antes da nossa luta nas finais.
— Entendi, você é mesmo muito esperto, valeu Vegeta! - ele se voltou para seu filho mais velho. - Tome Gohan.
— Obrigado papai. - Gohan se aproximou do leito onde sua filha estava. - Aqui está Pan, coma!
— Ei, o que vai dar para ela, a menina precisa de cuidados médicos! - disse o enfermeiro que estava ali para atendê-la.
— Tenha calma amigo, é um remédio nosso que vai ajudar ela a ficar boa. - explicou Trunks.
Pan mastigou e engoliu a semente, no instante seguinte abriu os olhos e levantou o tronco, sentando-se. Já não tinha mais nenhum ferimento.
— Graças a Deus, Pan! - Videl a abraçou.
— Mamãe? Papai?
— Mas que tipo de droga era essa? - o enfermeiro se questionava, até sair correndo assustado do quarto.
— Tio Goten? Trunks? Vovô Satan?
— Ah minha netinha querida! - Mr. Satan agarrou Pan e abraçou com força. - Que bom que está bem, lindinha do vovô!
— Para com isso vovô, eu não sou mais nenhum bebê!
— Desculpe, eu me esqueci que você cresceu tanto que já não precisa mais do seu velho avô.
— Ah, não fica assim Vovô Satan, eu vi o que fez e estou muito orgulhosa da sua coragem para me defender!
— É mesmo?
— Eu também não esperava isso do senhor papai.
— Hahahahahahaha! Eu não podia deixar aquele cara continuar machucando a Pan, afinal de contas eu sou o Grande Mister Satan! Hahahahaha!
— Não estrague o momento! - Videl disse com uma expressão perplexa.
— Desculpe...
— Você lutou muito bem Pan! - disse Goku ao se aproximar e acariciá-la na cabeça.
— Vovô?
— Não fique triste porque perdeu, o importante é que esteja bem e que essa experiência sirva para você ficar ainda mais forte!
— Claro vovô! - Pan então viu Uub ao lado dele, sorrindo ao lhe entregar a sua bandana laranja, que havia se perdido no meio da batalha, de volta. - Uub? - ela a pegou e a amarrou na cabeça. - Obrigada!
Eles tocaram seus punhos em sinal de amizade e depois disso, a reunião foi interrompida:
— Vejo que já está boa.
— Você?! O que faz aqui? Fique sabendo que eu não vou deixar você encostar na minha sobrinha! - exclamou Goten.
— É isso mesmo! - disse Satan, que foi até Rejick e o encarou de perto. - Se quiser passar, vai ter que passar primeiro por cima do Grande Mister Satan, o homem mais forte do mundo, da galáxia, do universo, dos universos! Entendeu?!
— Saia da frente! - o olhar de Rejick fez Mr. Satan sentir o pavor novamente, mas a própria Pan interveio na situação, para a surpresa de todos.
— Deixem ele passar.
— Mas ele por pouco não matou você! - disse Kyabe. - Mestre, não podemos deixar este homem passar!
— Não é problema nosso.
Rejick então entrou e se achegou junto da cama onde Pan estava sentada.
— Diga o que você quer. Veio caçoar porque me derrotou?
— Eu só quero dizer que, apesar de tudo, vejo que há muito potencial escondido em você. Algum dia serei Imperador do Universo e quando este dia chegar, vou precisar de soldados fortes e de inimigos que me fortaleçam, vai depender muito do que você escolher.
— Como é?
— Tenho a impressão de que você não conseguiu o poder que tem agora por seu próprio mérito, estou errado?
Pan se lembrou de Daishinkan, já que fora ele quem desbloqueou o seu Super Saiyajin.
— Bem, acho que não.
— Foi o que pensei. Então deixe de brincadeira, cresça e treine como se deve pirralha, deixe de ser medíocre e fique forte para quando este dia chegar, me ouviu?
Pan parecia surpresa com as palavras do mercenário enquanto lhe olhava de maneira repreensiva e então sorriu.
— Entendi, quando esse dia chegar e eu escolher ser sua inimiga, estarei tão forte que você não terá chances contra mim!
— Foi por causa disso que, por um momento, eu realmente pensei em te matar, mas decidi correr o risco. Até mais... Pan.
Rejick puxou seu capuz para cobrir a cabeça e se encaminhou para a saída.
— Ei. - com seu senso de justiça, Kyabe o fez parar assim que passou por ele, que era o último antes da porta. - Isso não muda o fato de que você torturou esta menina. Você é uma ameaça em potencial para este universo e eu não posso deixá-lo impune pelo que fez!
— Pois então guarde isso para quando me encarar no torneio, afinal de contas, você é o meu próximo adversário, não é?
Rejick olhou nos olhos de Kyabe com um sorriso de imponência por baixo do capuz e o saiyajin respondeu com um olhar sério, antes do discípulo de Freeza, por fim, virar as costas e deixar o recinto.
— O Rejick é realmente um cara muito estranho... - comentou Trunks.
A primeira rodada do torneio chegou ao fim e a segunda estava para começar em alguns minutos. Marron estava ali em silêncio naquele quarto, viajando em tensos pensamentos a respeito do combate que estava para travar com o discípulo de Son Goku.

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