Jullie

O resto do dia não teve nada que me chamasse a atenção, mas, no dia seguinte, adivinhe qual era a minha primeira aula? Isso mesmo, uma das únicas aulas que eu tenho com ele - química!

Quando entrei, vi aquele moreno lindo, e me sentei perto dele. Conversamos um pouco e fizemos uma atividade em dupla. Infelizmente, a aula acabou rápido.

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- Então, Jullie, que aula você tem agora?

- Inglês. E você?

- Geografia.

- Hum... Que pena.

- Você pode me acompanhar até lá?

- Claro, a sala é bem perto da minha.

Nós fomos andando e todos nos olhavam. Eu já estava acostumada, mas parece que Alex não.

- Chegamos. É aqui.

- Ah, muito obrigada.

- Desculpa pelos olhares nos corredores, mas é que pela minha reputação as pessoas me odeiam, ou me admiram, ou querem ficar comigo.

- Não tem problema, mas deve ser difícil ser você, então. – Disse de maneira compreensiva.

- Mais ou menos, mas com o tempo você se acostuma. Bom, sua aula já vai começar. Acho melhor você ir.

- Verdade. Obrigado pela companhia. – Disse ele, despedindo-se e entrando na sala.

Assim acabou a melhor parte da minha manhã. Na parte da tarde, fui com Christy e Andy para o nosso treino de cheerleader. E quem estava lá? Isso mesmo. Meu moreno bonitão. Quando ele me viu, veio falar comigo.

- Oi, parece que você veio mesmo. – Disse, cumprimentando-o.

- Pois é, decidi seguir sua ideia.

Eu ri e falei:

- Você acha que vai passar?

- Talvez. Eu sou o próximo a fazer o teste.

- Então boa sorte.

- Obrigado.

Ele saiu correndo para voltar para seu jogo, quando de repente Christy pulou em cima de mim e começou a fazer um monte de perguntas – eu não tinha contado direito sobre Alex.

- Meu Deus, Jullie. Que bunda!

- Nossa, só eu que reparei primeiro no sorriso?

Andy e Christy responderam ao mesmo tempo:

- Sim!

- Nossa, hein. Essas são as amigas que eu tenho.

- Você está gostando dele?

- Não sei, nunca gostei de ninguém.

- Ah, eu te falo. É ótimo...

- Ah, não, Christy. Nem comece a falar do Lucas.

- É que ele é maravilhoso, desculpa...

- Tá, vamos parar de conversar, viemos aqui para treinar.

Ele estava tão lindo treinando, e, com aquele corpo atlético, ele com certeza praticava esportes em sua antiga escola. Senhor! Eu estou muito distraída, preciso me concentrar ou vou cair.

Quando a aula finalmente acabou, fiquei esperando que Alex saísse para descobrir se ele tinha ou não passado no teste. De repente o vejo correndo em minha direção, e em um segundo já estou em seus braços – aqueles músculos...

- Então, passou?

- Sim, estou tão animado.

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- Eu te disse que você ia passar!

- Eu devia ter confiado em você, e em mim mesmo...

- Alex, você joga muito bem.

- Você viu?

- Claro que sim.

- Valeu, e, bem... Você é uma ótima cheerleader.

- Obrigada.

Então algo interrompeu nossa linda conversa. Era uma ligação do meu pai, avisando que não poderia me buscar, e que eu teria que voltar para casa de ônibus. Assim que desliguei, Alex percebeu que eu estava um pouco chateada, e perguntou:

- O que aconteceu?

- Nada de mais. Ocorreu um problema no trabalho do meu pai, e ele não vai poder vir me buscar. Em outras palavras: vou ter que ir de ônibus para casa...

- Quer uma carona?

- Sério? Eu não sabia que você tinha carro.

- Não tenho. Na verdade, eu tenho uma moto.

- Que legal, aceito sim.

- Vou no vestiário me trocar e depois te encontro, okay?

- Okay, vou estar no meu vestiário.

Assim nos despedimos e saímos, eu ainda sem acreditar que iria voltar para casa com ele.

Sai do vestiário e o vi parado, com aquele sorriso de anjo.

- Vamos?

- Claro.

Saímos da escola, e de longe eu já pude ver a moto dele. Subi na garupa e pus meus braços ao redor de sua cintura, e fomos direto para minha casa. Chegando lá, ele disse que precisava ir, e foi embora.